Advogados portugueses elegem hoje o bastonário da Ordem

Cerca de 26 mil advogados têm até hoje a possibilidade de escolha entre três candidatos a bastonário. Apesar das diferenças, os estilos de António Marinho e Pinto, Fernando Fragoso Marques e Luís Filipe Carvalho coincidem na análise sobre o estado da Justiça.

Até ontem, já tinham votado por correspondência cerca de 13 mil advogados. Está em causa o mandato do próximo triénio na Ordem dos Advogados e, até ao final do dia de hoje defrontam-se nas urnas as propostas de Marinho e Pinto (actual bastonário), de Fragoso Marques e de Luís Filipe Carvalho.   

Fragoso Marques queixa-se “de uma batalha eleitoral profundamente desigual” onde terá sido esquecido pela comunicação social, apesar de “ter percorrido todo o país a falar com os advogados”.

Notoriedade pública é a vantagem comparativa do actual bastonário, Marinho e Pinto, que pretende consolidar o trabalho feito durante o seu mandato. O recandidato sustenta que “não se pode permitir a entrada de milhares de advogados todos os anos, muitos deles sem qualificação”. Marinho e Pinto também pretende lutar pela “rejudicialização da acção executiva, do processo de inventário, bem como combater as altas custas judiciais”.

Por seu turno, Luís Filipe Carvalho propõe-se “arrumar a casa, o que passa por reinstalar a estabilidade institucional da Ordem, que desapareceu”. Muito crítico quanto à condução do actual bastonário, este candidato afirma mesmo que “a Ordem está estilhaçada”.

Fragoso Mendes declarou ao JN que tem a expectativa de que estas eleições tragam “a vitória da razão sobre a demagogia”. Marinho e Pinto disse aguardar “um veredicto democrático”, que se propõe respeitar independentemente dos resultados eleitorais.

MRA Alliance

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