Archive for setembro, 2016

Sujeiras

terça-feira, setembro 27th, 2016

Citamos:

Observador

O cargo de secretário-geral das Nações Unidas está, em teoria, acima de todas as intrigas políticas, dos interesses nacionais e dos jogos de bastidores. Mas o caminho até lá chegar não. Os três primeiros classificados na última votação informal podem todos cair, devido aos possíveis vetos dos membros permanentes do Conselho de Segurança. E, num ano em que se abria a esperança de uma primeira mulher a ocupar o cargo mais alto da diplomacia mundial, são três homens que lideram a corrida, com Guterres na frente. A própria Helen Clark, uma das candidatas mais bem qualificadas para o cargo, já desvalorizou o papel do sexismo nas votações. “Há um turbilhão de fatores”, assegura ao The Guardian. Já Natalie Samarasinghe, líder da Associação das Nações Unidas britânica, que tem vindo a fazer campanha por uma seleção mais transparente, assumiu: “O poder político interessa mais. Aquilo a que estamos a assistir é uma batalha entre os membros permanentes para se afirmarem, em que os candidatos, em última análise, interessam menos do que o país que consegue levar a melhor”.

Todos os candidatos têm um receio em comum: o veto de um dos membros permanentes do Conselho de Segurança. E os cinco países que o constituem (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China) têm todos interesses próprios e vão usar o seu poder de veto para os defender. Até agora, as votações têm sido informais — esta segunda-feira decorre a última –, em que cada candidato pode receber três tipos de votos: encoraja, desencoraja, e não tem opinião. A partir da próxima votação, os membros permanentes do Conselho de Segurança usarão boletins de voto com um código de cor. Se um candidato tiver um boletim com esse código entre os seus votos “desencoraja”, fica excluído da corrida. Os últimos dias têm sido intensos em episódios para negociar com quem tem poder de veto. Basta ver como Marcelo (e Sampaio) deu uma ajuda diplomática a Guterres na recente visita a Nova Iorque.

Guterres e o Twitter falso

O antigo primeiro-ministro português tem sido o mais votado em todas as eleições informais. A grande ameaça para Guterres é o possível veto da Rússia, que prefere um secretário-geral originário da Europa de Leste. Um líder ocidental, aliado dos Estados Unidos, é o oposto do que Moscovo quer. O grupo da Europa de Leste é o único dos grupos regionais da ONU que ainda não teve um secretário-geral. Na semana passada, apareceu no Twitter uma mensagem em nome de Guterres, dizendo que o candidato português tinha conversado com o embaixador russo na ONU e garantido o apoio da Rússia na votação. Esta revelação acabaria com a corrida, dando a vitória certa a António Guterres, mas já veio a saber-se que, afinal, se tratava de uma conta falsa. O aviso já circula. Era apenas uma jogada de bastidores.

Guterres à frente

terça-feira, setembro 27th, 2016

Citamos:

Observador

 

 

O antigo primeiro-ministro português, António Guterres, venceu a quinta votação informal para secretário-geral das Nações Unidas. Guterres teve 12 votos a favor, dois contra e um sem opinião, entre os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU. Em segundo lugar, ficou Vuk Jeremić, atual presidente da Assembleia Geral da ONU e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da Sérvia, e em terceiro ficou Miroslav Lajčák, que é atualmente ministro dos Negócios Estrangeiros da Eslováquia.

Trata-se da última votação informal, antes de os membros permanentes do Conselho de Segurança poderem usar o seu direito de veto. António Guterres tem sido o mais votado em todas as votações informais:

  • 21 de julho: 12 a favor, 0 contra, 3 neutros.
  • 5 de agosto: 11 a favor, 2 contra, 2 neutros.
  • 29 de agosto: 11 a favor, 3 contra, 1 neutro.
  • 9 de setembro: 12 a favor, 2 contra, 1 neutro.
  • 26 de setembro: 12 a favor, 2 contra, 1 neutro.

Os membros do Conselho de Segurança podem apresentar três tipos de voto, consoante encorajam, desencorajam ou não expressam opinião relativamente ao candidato.

Uber em Portugal

segunda-feira, setembro 26th, 2016

Citamos:

Diário de Noticias

 

O presidente da ANTRAL não aceita a legalização de plataformas de transporte. Para além da manifestação nacional do dia 10 de outubro, outras virão e assegura que a luta pode ficar violenta. Já a Uber opta por um tom conciliatório.

Florêncio Almeida ainda não conhece o diploma que vai legalizar empresas como a Uber e a Cabify e que hoje chega às mãos dos parceiros para um período de audição de propostas de 10 dias. Mas o presidente da ANTRAL já tem a resposta pronta para dar ao Governo: “Porrada não vai faltar!”.

O presidente da maior associação de táxis do país lembra que, para além da manifestação nacional do dia 10 de outubro, marcada pela ANTRAL e pela Federação Portuguesa de Táxis, acontecerão muitos outros pequenos protestos “de 100 ou 200 táxis em pontos estratégicos”.

O processo legislativo está ainda dependente de um período de discussão pública e depois da promulgação (ou não) pelo Presidente da República. Mas os taxistas não vão ficar à espera da decisão de Marcelo Rebelo de Sousa. “Não vamos deixar que isto passe em claro!”.

O presidente da ANTRAL adiantou ainda que a associação voltará a apresentar as suas propostas, que diz terem sido “rejeitas pelo grupo de trabalho”. Sendo a principal “que a Uber e outras plataformas funcionassem ao serviço dos táxis, como acontece na Holanda”.

Num tom mais conciliatório, o diretor geral da Uber em Portugal, Rui Bento, afirmou ao DN que a empresa “tenciona analisar o que venha a ser conhecido sobre o diploma e não prescindirá de exercer o seu direito de audição no procedimento legislativo se entender que a sua participação é relevante”.

O responsável da Uber lembra que “os transportes públicos, incluindo os táxis, têm um conjunto de benefícios desde logo fiscais e o direito exclusivo de ocupar partes da via pública (paragens ou praças de táxi, faixas BUS).De momento a Uber entende que as diferenças entre os serviços podem levar à manutenção de parte destas diferenças de regimes, mas apenas desde que claramente justificadas e enquadradas num princípio de sã concorrência e de promoção da mobilidade eficiente”.

Rui Bento entende também ser possível criar pontes de entendimento com os taxistas. “O que também nos parece importante é que os táxis tenham acesso a ferramentas tecnológicas que lhes permitam dar resposta às necessidades de mobilidade em rápida mudança nas cidades. Em algumas cidades onde operamos, a legislação permite que os táxis interessados em trabalhar com a plataforma da Uber podem converter-se em veículos descaracterizados e assim serem integrados em opções como o uberX. Noutras cidades, a Uber oferece uma escolha de alternativas de mobilidade que inclui os táxis locais. Não excluímos, de forma alguma, nenhuma destas opções e o nosso objetivo é claro – contribuir para uma melhor mobilidade nas cidades”.

Mas a ANTRAL exclui completamente essa colaboração. “Nós queríamos descaracterizar carros nossos mas para dar resposta a estas plataformas e não para trabalhar com elas”, afirma Florêncio Almeida. “Não somos contra as plataformas mas contra a ilegalidade que andam a fazer. Os táxis têm tarifas fixadas pelo Estado e eles vão ter as tarifas que querem. Não aceitamos!”

 

.http://www.dn.pt/sociedade/interior/legalizacao-da-uber-porrada-nao-vai-faltar-5408455.html

Retomada de uma atividade

sábado, setembro 17th, 2016

Este site parou com a morte de Pedro Varanda de Castro, que o editou durante anos.

Contém alguns dos seus melhores textos e das suas melhores reflexões sobre os tempos de crise.

Se não acredita, procure “euro” ou “União Europeia” e terá, seguramente, uma surpresa.

Vamos voltar a agitar este espaço de comunicação na perspetiva de melhorar a cooperação escritórios que integram a a MRA Alliance e outros que a queiram integrar.

A ideia é abrir a rede a todos os que queiram cooperar na base dos princípios que a informam.

Esteja atento…