Archive for setembro, 2011

domingo, setembro 25th, 2011

O Congresso do maior partido político da Federação Russa, “Rússia Unida”, resolveu a principal intriga política dos últimos tempos, afirma hoje o site “Voz da Rússia”: O presidente Dmitri Medvedev propôs, e o partido apoiou, a nomeação do primeiro-ministro e líder do partido, Vladimir Putin, como candidato para a presidência em 2012. O próprio Medvedev, adianta o site, vai liderar a lista de candidatos do partido “Rússia Unida” já nas eleições de Dezembro para a Duma.

Os especialistas russos citados pela “Voz da Rússia, dividem-se sobre a decisão do congresso. Politicólogos russos dizem que a decisão era absolutamente previsível. 

O especialista do Conselho Alemão para Relações Exteriores, Alexander Rar, afirmou: Acho que tudo estava claro, tanto na Rússia quanto no exterior, que Putin ainda é a figura política dominante no país. O condomínio político entre Medvedev e Putin tem mudado muito durante os quatro anos. Fez a Rússia mais pluralista ao mais alto nível, uma vez que os dois políticos tinham algumas pequenas divergências. O tandem foi formado pacíficamente e também pacificamente será dissolvido agora. Putin será presidente. Medvedev ganhará uma oportunidade única de se tornar príncipe herdeiro de Putin, o seu sucessor.

O politicólogo e editor da revista londrina online “Open Democracy”, Sigmund Dzencholovski, não partilha a opinião de Rar: Eu esperava que ou Medvedev continuava [como presidente] ou apareceria um terceiro candidato. Mas esta escolha também tem uma certa lógica. Mesmo assim, Putin é o líder do país, um homem que goza da maior popularidade e apoio. Mas os tempos difíceis aproximam-se. Entendemos que a próxima década será tão boa e brilhante, como foram os últimos dez anos. Talvez eles tenham chegado à conclusão de que o país deve ser dirigido por uma pessoa mais forte.

Outros especialistas e políticos, reagiram de várias maneiras à continuação da partilha do poder russo entre os dois políticos russos. Vladimir Kachin,  membro do Partido Comunista da Rússia, na oposição, manifestou-se crítico e surpreendido: Pensávamos que o tandem [acordo bilateral] tinha determinado há muito tempo como realizar as eleições para a Duma e as eleições. Se compararmos o estado do país de hoje com o de 10 anos atrás, veremos um enorme colapso na Rússia – na indústria, ciência, agricultura, e o tandem não podia provocar nenhuma divisão ou contradição. E assim, esta política levará ao fracasso do governo no poder tanto nas eleições da Duma como nas presidenciais.

O conhecido chefe da União de Industriais e Empresários do país, Alexander Chokhin, ao contrário, acredita que Dmitri Medvedev e Vladimir Putin têm demonstrado uma atitude equilibrada: Agora há uma base para mudanças pessoais no governo. E eu acho que é importante. É um esquema mais transparente. Portanto, o resultado do Congresso de hoje, na minha opinião, é muito positivo para o sistema político e para a política económica.

O especialista do Instituto Real de Assuntos Internacionais Chatham House, James Nixey, também diz que a decisão do congresso da “Rússia Unida” era previsível:  Há um ano ou dois atrás, muitos pensaram que poderia haver rivalidade entre Medvedev e Putin. O presidente da Rússia num artigo no Financial Times chegou a escrever que não poderia imaginar competir com Vladimir Putin. Por isso, não digo que as declarações de hoje tenham sido uma notícia surpreendente para mim. Dmitri Medvedev tem dirigido o país com competência. Por outro lado, Putin pode voltar a assumir o cargo constitucional e legalmente.

Por seu turno, os analistas ocidentais interrogam-se sobre o que vai mudar na política interna e externa da Rússia. Para já, Dmitri Medvedev e Vladimir Putin falam de unidade e continuidade.

MRA Alliance

Abbas pediu na ONU reconhecimento do Estado palestiniano e diz “basta”

domingo, setembro 25th, 2011

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, entregou ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o pedido de adesão às Nações Unidas de um Estado palestiniano, o que significaria o seu reconhecimento. “Este é o momento da verdade – disse Abbas – o nosso povo espera as resposta do mundo”, no discurso proferido perante a Assembleia, ontem, em Nova Iorque.

Israel reagiu imediatamente. “Lamentamos profundamente, a única forma de existir um estado palestiniano é através das negociações”, disse à AFP Gidi Shmerling, porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Na nossa opinião a única via para uma verdadeira paz são as negociações, não actos unilaterais”, acrescentou.

No discurso, Abbas lembrou aos países membros que, há um ano, a ideia do reconhecimento do Estado palestiniano motivara uma vaga de optimismo e adesão – como que a dizer que este é o momento de cobrar essa reacção. Prosseguiu acusando Israel de continuar a ocupação, de continuar a construir colonatos e de não querer “negociar de acordo com o direito internacional”. Lembrou que, pela manhã, e perante confrontos entre palestinianos e israelitas perto do colonato de Nablus – ambos os lados atiravam pedras – os militares israelitas dispararam e mataram um palestiniano. Abbas prosseguiu dizendo que o passo palestiniano “não visa isolar ou deslegitimizar Israel”.

Na quarta-feira, também na ONU, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerara que o pedido seria o passo errado. Defendeu que não há “atalhos” no processo de paz com Israel e no reconhecimento do estado palestiniano, e que este pedido é “ilusório”.

Obama e Abbas reuniram em Nova Iorque, mas do encontro nada saiu que abrandasse os receios de estalar uma crise diplomática na ONU – os membros estão divididos mas têm alguma margem de manobra uma vez que a resposta ao pedido palestiniano pode levar várias semanas a surgiu – e com temidas repercussões de violência no Médio Oriente.

Cinco países sinalizaram já a sua intenção de votar favoravelmente esta adesão: Brasil, China, Líbano, Rússia e África do Sul. Os palestinianos precisam de pelo menos nove votos positivos, dos 15 membros do Conselho para ver as suas ambições confirmadas. E, acima de tudo, precisam que não haja veto por parte de qualquer dos cinco membros permanentes – algo com que claramente não podem contar, dada a posição assumida pelos Estados Unidos de que usará esse direito para bloquear a iniciativa palestiniana.

“Teremos que nos opor a qualquer iniciativa no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, Ben Rhodes, já após a reunião entre Obama e Abbas.

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, apresentara uma solução de compromisso: que a Assembleia Geral da ONU (onde os Estados Unidos não têm direito de veto) conceda aos palestinianos o estatuto de Estado não membro das Nações Unidas (têm actualmente o estatuto de entidade observadora) e determine um calendário para as negociações. A proposta dividiu os países membros.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho defendeu que a Palestina deve procurar melhorar o seu estatuto dentro das Nações Unidas através da Assembleia Geral e não do Conselho de Segurança, à saída do encontro bilateral com o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmud Abbas, em Nova Iorque.

“Seria de evitar uma solução forçada relativamente ao Conselho de Segurança na medida em que estamos em condições de fazer uma melhoria da qualificação da Autoridade Palestiniana em termos das Nações Unidas através da aprovação de uma resolução na Assembleia Geral”, declarou aos jornalistas portugueses no final do encontro com Abbas – que durou cerca de meia hora – à margem do debate geral da reunião anual da ONU.

MRA Alliance

Défice público baixou 2.000 milhões em oito meses

terça-feira, setembro 20th, 2011

Após os sucessivos planos de austeridade lançados pelo anterior Governo e pelo actual, as contas do Estado parecem estar a melhorar. Entre Janeiro e Agosto deste ano, o défice público baixou em dois mil milhões de euros.

O saldo negativo está agora nos 7.200 milhões de euros, quando no mesmo período do ano passado estava nos 9.200 milhões de euros. Estes dados referem-se ao saldo do subsector Estado e à Segurança Social. Isto é, ficam de fora os Fundos e Serviços Autónomos, por exemplo, os hospitais, e também os municípios e as regiões autónomas, que como sabemos, no caso da Madeira, estão a mostrar surpresas negativas.

Por outro lado, as contas da execução orçamental referem-se ao saldo entre todas as verbas que a Administração Central e a Segurança Social receberam e tudo o que tiveram efectivamente de pagar, isto é a chamada contabilidade pública. De fora ficam os compromissos assumidos que só se percebem pela chamada contabilidade nacional. O que significa que, quando se fizer o acerto final das contas do estado neste período, o saldo pode ser diferente.

Recorde-se que é pela chamada contabilidade nacional que o Governo tem justificado o agravamento das medidas de austeridade por serem detectadas diferenças significativas nas contas do Estado.

MRA Alliance/SIC Noticias

Madeira: Passos isola politicamente Jardim e endurece críticas ao Governo Regional

terça-feira, setembro 20th, 2011

O líder do PSD e primeiro-ministro Passos Coelho não vai fazer campanha na Madeira ao lado de Alberto João Jardim para as eleições regionais, marcadas para 9 de Outubro, e não poupa críticas ao líder regional.

O primeiro-ministro, em entrevista à RTP1, afirmou que enquanto líder do Executivo não se deve envolver em disputas partidárias e menos ainda quando foi “conhecida uma situação greve e irregular”, referindo-se à dívida da região escondida por Alberto João Jardim e que rondará os 1891,3 milhões de euros.

“Nas actuais condições, em que foi conhecido pelo país uma situação que é grave e que é irregular, que tem custos de reputação para Portugal, não seria compreensível que o primeiro-ministro fizesse qualquer confusão de carácter partidário e se envolvesse na campanha eleitoral da Madeira”, afirmou.

O primeiro-ministro afirmou ainda que “o Governo tem de assegurar, em primeiro lugar, que todo o trabalho que vai ser feito e completado de avaliação da real situação da Madeira não será objecto de olhares partidários, mas de olhares de Estado”.

O Governo, acrescentou Passos Coelho, “tem nesta altura uma responsabilidade muito grande: aos eleitores da Madeira, ao país e à comunidade internacional mostrar exactamente qual é a dimensão das finanças públicas no arquipélago e, sobretudo, criar condições para que se possa corrigir uma coisa que não devia ter acontecido e que não pode voltar a acontecer”.

MRA Alliance/Público

Madeira merecia “tratamento exemplar” a nível penal, diz Catroga

terça-feira, setembro 20th, 2011

Eduardo Catroga defende que o caso da Madeira devia ter um tratamento exemplar do ponto de vista penal. “É pena que o quadro penal da chamada responsabilidade política não esteja mais desenvolvido no nosso País, porque este caso podia merecer um tratamento exemplar”, afirmou o ex-ministro das Finanças e responsável pela elaboração do programa eleitoral do PSD aos microfones da TSF.

Catroga responsabiliza, no entanto, todos os partidos políticos pela situação no arquipélago e explica que foi a Assembleia da República que deu meios a Alberto João Jardim e ao governo regional para que continuassem com a indisciplina de forma recorrente. “Todos os partidos políticos na Assembleia da República têm as suas culpas na medida em que todos normalmente aprovam medidas em relação à Madeira e aos Açores, quase sempre por unanimidade”, disse.

Entretanto, o Governo de Lisboa está a preparar um plano de austeridade para a Madeira que prevê mais impostos, maior corte de funcionários públicos e o fim de subsídios. A situação “insustentável” já definida pelo ministro das Finanças para as contas da Madeira – que desde 2008 omitiu vários encargos no total de 1.681 milhões de euros – vai levar o Executivo a impor um rigoroso programa de austeridade.

Entre as medidas está um corte do número de funcionários públicos mais ambicioso do que os 2% impostos pela ‘troika’ no programa de ajuda a Portugal, um aumento do IVA superior ao fixado no memorando de entendimento e a extinção do subsídio de insularidade que representa um acréscimo de 2% nos vencimentos dos cerca de 30 mil funcionários públicos madeirenses.

Estas são algumas das medidas em estudo pelo ministro das Finanças, soube o Diário Económico, num momento em que faltam menos de duas semanas para se conhecerem os resultados da auditoria às contas da Madeira – antes das eleições regionais de 9 de Outubro – e quando a derrapagem da Madeira domina a cena política nacional.

MRA Alliance

S&P corta ‘rating’ de Itália

terça-feira, setembro 20th, 2011

A agência de notação financeira informa, em comunicado, que desceu o ‘rating’ de Itália de A+ para A, mantendo o ‘outlook’ negativo, o que indica a possibilidade de um novo ‘downgrade’ nos próximos meses. Isto apesar de Itália ter aprovado este mês um pacote de austeridade de 54 mil milhões de euros, para convencer o Banco Central Europeu (BCE) a comprar títulos de dívida italiana no mercado secundário.

A S&P justifica o corte com a sua previsão de um fraco crescimento da economia italiana A agência reviu em baixa a expansão do PIB de Itália para um ritmo médio anual de 0,7% entre 2011 e 2014, contra a anterior projecção de um crescimento de 1,3%. “Acreditamos que o ritmo reduzido da actividade económica italiana até à data irá fazer com que sejam difíceis de atingir os objectivos orçamentais do Governo”, explica a S&P.

MRA Alliance/DE

Remessas de emigrantes portugueses em Angola crescem 30%

terça-feira, setembro 20th, 2011

O valor das remessas enviadas pelos portugueses a trabalhar em Angola continuou a subir em 2010, aumentando, num ano, 30,34%, para 134,9 milhões de euros.

A progressão, embora a um ritmo menor do que o crescimento verificado entre 2008 e 2009, impulsionou a subida do valor das remessas de emigrantes portugueses no conjunto dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) mais Timor-Leste.

Angola mantém-se no pelotão da frente dos PALOP com o maior valor de remessas enviadas para Portugal, distante de Cabo Verde, que, com 3,1 milhões de euros em remessas, surge em segundo lugar, de uma lista revelada hoje pelo Banco de Portugal num relatório sobre a evolução das economias nestes países.

Somando Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, as remessas de emigrantes totalizaram, de 2009 para 2010, 141,5 milhões de euros, mais 29,7% do que um ano antes.

O valor do dinheiro que entrou em Portugal vindo destes seis países é quase quatro vezes superior ao valor das remessas enviadas de Portugal para os PALOP e Timor-Leste, que desde 2008 está a cair e ficou, no ano passado, em 37,1 milhões de euros, menos 11,6% face a 2009. A maior queda registou-se entre os cabo-verdianos, que enviaram para o seu país de origem 12,9 milhões de euros, uma descida de 38,3%.

MRA Alliance/Público

PALOP devem a Portugal cerca de 1800 milhões

terça-feira, setembro 20th, 2011

A dívida dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) ao Estado português registou, no ano passado, o maior crescimento em 15 anos, aumentando para 2407 milhões de dólares (1764 milhões de euros, à taxa de câmbio actual) no final de 2010.

Face ao ano anterior, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe somaram mais 201 milhões de euros em dívida a Portugal, ou seja, mais 12,9%, mostram dados hoje revelados pelo Banco de Portugal (BdP) num documento sobre a evolução das economias nos PALOP e em Timor Leste. Já a dívida directa ao Estado caiu, no ano passado, 13 milhões de euros, uma tendência que já se verificou em 2009.

Angola é, dos cinco países, aquele com a maior fatia da dívida, cerca de 60%, equivalente a 1056 milhões de euros. O aumento foi de 62 milhões de euros.

MRA Alliance/Público

MNE Paulo Portas vai fechar embaixadas e consulados

segunda-feira, setembro 19th, 2011

O ministro dos Negócios Estrangeiros prepara-se para encerrar várias embaixadas e consulados, refere o semanário Sol. Os encerramentos surgem no âmbito de uma reestruturação global da rede diplomática externa que está em fase de ultimação no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

De acordo com a edição online do Sol, o líder do CDS encarregou uma equipa do MNE de proceder ao levantamento exaustivo de todas as representações do Estado no exterior, embaixadas e consulados, mas não está, para já, definido o número de estruturas que vão encerrar.

Para já também não está prevista uma data para o anúncio desta ‘reestruturação global’ da rede diplomática, de acordo com o mesmo jornal, que indica ainda que o número de embaixadas que vão ser encerradas deverá ser bastante superior ao número de consulados afectados. Isto porque, por iniciativa do Governo na altura liderado por José Sócrates, já houve recentemente uma reforma dos consulados.

MRA Alliance/DE

Seis derrotas em sete para Merkel nas eleições regionais alemãs

segunda-feira, setembro 19th, 2011

Os sociais-democratas do centro-esquerda venceram a coligação conservadora de Angela Merkel nas eleições regionais em Berlim. Os resultados de ontem, a sexta derrota da chanceler alemã em sete possíveis – o único estado que a CDU conseguiu segurar este ano foi a Alta Saxónia, no leste do país, onde está coligada com o principal partido da oposição nacional, o SPD – deixam o governo de centro-direita sob pressão e com muitas vozes a pedir a antecipação das legislativas previstas para 2013.

De acordo com as sondagens à boca das urnas divulgadas pela televisão alemã ARD, o SPD alcançou 29,5% dos votos na capital do país, pouco menos que os 30,8% alcançados em 2006. A CDU ficou com 23,5% do eleitorado, mais dois pontos percentuais dos que foram obtidos na votação anterior, mas muito aquém dos 40% que o partido costumava alcançar em Berlim durante a década de 80 e 90. Já os Verdes conquistaram 18% dos eleitores na capital (um bom resultado em comparação com os 13,1% obtidos em 2006) e o partido da Esquerda (Linke) caiu de 13,4 para 11,5%.

O presidente da câmara de Berlim, Klaus Wowereit, consegue o seu terceiro mandato de cinco anos, com o apoio dos Verdes, como parceiros de coligação. Wowereit, que se tornou, em 2001, no primeiro líder abertamente gay de um estado alemão, é conhecido por ser uma figura popular com um carregado sotaque berlinense. Tem governado a capital associado ao Linke há dez anos e apesar do desgaste vai continuar por mais um mandato.

O elemento surpresa coube ao Partido Pirata – que fez a sua campanha em torno da reforma dos direitos de autor e da melhoria da privacidade na internet – e que surgido no nada obteve 8,5% dos votos. Fundado em 2006, o partido apostou numa comunicação irreverente, captando a atenção dos eleitores mais jovens. “Eles centram-se muito no liberalismo, na liberdade e na autodeterminação”, explicou Holger Liljeberg do Info Polling Institute, à Reuters.

Além da esperada derrota para o SPD, a CDU de Merkel teve ainda outra desilusão com os liberais do FDP, o seu parceiro na coligação a nível nacional, a não conseguir obter 5% dos votos, o mínimo para garantir representação no parlamento regional.

MRA Alliance/ionline

UBS corrige perdas por fraude para 2,3 MM de dólares

segunda-feira, setembro 19th, 2011

O banco suíço UBS revelou ontem que a perda devido a uma operação de trading não autorizada no sector da banca de investimento subiu de dois mil milhões de dólares para 2,3 mil milhões (1.666 milhões de euros).

A fraude decorreu durante os três últimos meses e foi possível porque o operador de mercados responsável, entretanto detido, escondeu os riscos gerando dados fictícios.

Entretanto, a polícia londrina deteve o corretor do banco suíço UBS que terá sido responsável pela fraude. De acordo com o jornal britânico Finantial Times, Kewku Adoboli foi detido pelas autoridades inglesas na manhã de quinta-feira no bairro financeiro da capital londrina, estando a ser investigado pelo seu alegado envolvimento na fraude.

O banco não identificou a divisão de onde terão saído estas perdas, adiantando apenas num comunicado que as posições dos seus clientes não foram afectadas, mas Kewku Adoboli (como o próprio escreve na sua página da rede social LinkedIn) era trader na divisão Delta1, do braço de investimento do UBS. Este departamento, entre outras competências, é normalmente um dos últimos recursos dos bancos para negociações próprias dos bancos de investimento, com recurso a activos do banco.

Este tipo de divisões Delta1 existe em outros bancos de investimento e foi onde o já condenado trader da Société Général Jerome Kerviel também fez negócios com dimensões avultadas (na ordem dos 50 mil milhões de euros), acabando por provocar perdas ao banco francês na ordem dos 4,9 mil milhões de euros.

MRA Alliance/Público

Líbia: Anúncio de governo interino foi adiado “sine die”

segunda-feira, setembro 19th, 2011

O governo interino líbio, que deveria ter sido anunciado ontgem, foi adiado “sine die”, enquanto no terreno as forças pró-Khadafi continuam a resistir ao ataque dos combatentes em dois importantes bastiões.

As forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) continuaram o seu ataque aos grandes últimos bastiões do coronel, Sirte (a 360 quilómetros de Trípoli e a sua cidade natal), e Bani Walid (a 150 quilómetros), sem registar avanços.

Enquanto isso, prosseguiam as conversações para um governo interino que devia ter sido anunciado ontem. A meio da tarde de hoje, chegou a informação de que à falta de acordo, este executivo ficaria adiado. O governo “fica adiado sine die para prosseguir conversações”, disse o “número dois” do CNT; Mahmoud Jibril, em conferência de imprensa. “Há acordo sobre a atribuição de numerosas pastas. Outras estão ainda a ser discutidas, mas esperamos concluir estas discussões o mais cedo possível.”

A agência francesa AFP tinha antes antecipado que o governo deveria ter 34 ministros e ser chefiado por Jibril. Duas das pastas seriam ocupadas por mulheres.

Em Bani Walid, a Reuters fala de um “ataque caótico”, com divisões entre os combatentes do CNT. As forças locais culpam os que vieram de fora de serem desorganizados e de não se quererem coordenar; os de fora acham que os locais estão a passar informações a lealistas.

Em Sirte, os combatentes anti-Khadafi eram atingidos com armas pesadas, dizia um comandante militar à agência noticiosa francesa AFP. “O problema é que há crianças e civis [dentro da cidade] e nós não os queremos atingir com rockets ou artilharia pesada”, explicava Walid al-Fetouri. “Mas por outro lado, eles disparam contra nós com metralhadoras pesadas e artilharia”.

O CNT precisa de conquistar estas duas zonas antes de poder declarar a Líbia “libertada” e começar a trabalhar na Constituição e eleições – prevendo oito meses para eleger uma Assembleia Constituinte e mais um ano até às eleições gerais.

MRA Alliance/Público

O começo do fim do jardinismo madeirense

segunda-feira, setembro 19th, 2011

Até sexta-feira passada, Alberto João Jardim era o único político português invencível – e inimputável também. Todos os líderes do pós-25 de Abril, de todos os partidos, ganharam e perderam, tiveram o amor do povo e o seu ódio correspondente, à vez. De Mário Soares a Cavaco Silva, todos viveram os seus momentos “horribilis”, provaram o fel da impopularidade e sofreram derrotas estrondosas. A única excepção à normalidade democrática era, de há 33 anos para cá, Alberto João Jardim, refere hoje a edição online do jornal i

Todos os que prometeram guerra a Jardim acabaram a deitar a toalha ao chão, humilhantemente. António Guterres, nos idos 90, descobriu o “défice democrático” da Madeira – e o seu líder parlamentar de então, Jaime Gama, levou a causa ao ponto de, numa famosa sessão parlamentar, ter comparado Jardim ao ditador da República Centro-Africana “Bokassa”. Quase vinte anos mais tarde, em 2008, já Presidente da Assembleia da República, o mesmo Jaime Gama foi à Madeira elogiar a governação de Alberto João e, mais, apontá-lo como “o exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo”.

Depois de António Guterres, até antes de ter chegado ao governo, ter metido a viola do défice democrático da Madeira no saco, veio Sócrates e tentou pôr cobro ao festival jardinista. A “megera lei socialista das finanças regionais” – como ainda ontem lhe chamou o presidente do governo regional da Madeira – foi o mote para a estrondosa demissão de Alberto João e convocação de eleições antecipadas. E o povo madeirense renovou a confiança a Alberto João Jardim.

As finanças regionais continuaram no centro do dramalhão político: a demissão do governo Sócrates esteve iminente, com Teixeira dos Santos a ameaçar demitir-se se as cedências a Jardim fossem feitas. Um braço-de-ferro neurótico que terminou a favor de Jardim, depois da tragédia que em Fevereiro de 2010 abalou a Região Autónoma. A desgraça aniquilou a guerra das transferências e Sócrates e Jardim ficaram amigos – com Teixeira dos Santos, isolado, a clamar que não deveria ser assim.

Isto é só um avo de uma história recente em que os insultos de nível abaixo de zero e as ameças  de independência pontuaram o discurso do homem que era “assim”, uma espécie de fardo que o PSD nacional e o país tinham de acarretar por obrigação democrática. As vitórias consecutivas aniquilavam qualquer resposta.

Agora, aparentemente, o mundo mudou. Pela primeira vez, Jardim foi apanhado em flagrante delito e com Portugal sob o fogo amigo dos mercados internacionais, a sua margem de manobra reduziu-se drasticamente. Pode não ser o fim, mas é o começo disso.

Regiões espanholas com dívida igual a 12,5% do PIB

sábado, setembro 17th, 2011

O Banco de Espanha revelou hoje que a dívida consolidada das 17 regiões semi-autónomas de Espanha atingiu no segundo trimestre um valor recorde de 133,2 mil milhões de euros, cerca de 12,4% do PIB.

Este valor compara com os 11,6% do PIB alcançados nos primeiros três meses do ano. Segundo cálculos do ministério das Finanças espanhol, divulgados a 8 de Setembro, o orçamento das 17 regiões terá registado uma correcção de 1,2% do PIB na primeira metade do ano.

O Banco de Espanha revelou ainda que a dívida pública do país liderado por José Zapatero é de, actualmente, 65,2% do PIB. O governo espanhol estima que o peso da dívida pública atinja 68,7% do PIB, no final do ano.

MRA Alliance/DE

INE: Omissão das dívidas pode “diminuir a credibilidade do País”

sexta-feira, setembro 16th, 2011

“Do ponto de vista de Portugal, a principal consequência poderá ser diminuir a credibilidade internacional do país”, disse à agência Lusa fonte oficial do Instituto Nacional de Estatística (INE), questionada sobre as consequências que as omissões dadas a conhecer hoje poderiam trazer para Portugal e para a Administração Regional da Madeira.

O INE explica ainda que, relativamente ao impacto no primeiro semestre, é apenas o que está contabilizado na nota hoje divulgada e confirmou ter dado conhecimento ao Eurostat da situação, tal como o gabinete de estatísticas das comunidades europeias já havia confirmado esta tarde.

Numa primeira reacção pública, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse que a situação da Madeira configura “uma irregularidade grave”, afirmando que o executivo já está a elaborar legislação para que tal não se repita. “O que se passou desde 2004 é uma irregularidade grave, sem compreensão”, afirmou Passos Coelho, em Paris, no final de um encontro com o presidente francês Nicolas Sarkozy.”

Na nota conjunta divulgada hoje o INE e o Banco de Portugal dão conta que nas últimas semanas receberam dados relativos a encargos assumidos pela Administração Regional da Madeira que não foram pagos aos credores nem reportados às duas entidades que apuram as contas nacionais portuguesas.

A irregularidade, também classificada como “grave” pelas duas entidades e pelo Ministério das Finanças, vai obrigar à revisão dos défices de 2008 a 2010, para incluir no défice orçamental português 1.113,3 milhões de euros só nestes três anos, a maior parte (915,3 milhões de euros) a incluir em 2010.

O impacto estimado no défice de 2008 é de 139,7 milhões de euros (0,08% do PIB), em 2009 de 58,3 milhões de euros (0,03%) e em 2010 915,3 milhões de euros (0,53 por cento).

As entidades explicam que as contas a integrar devido aos acordos de regularização de dívidas não dizem respeito apenas a 2010, mas “sobre a despesas realizadas em anos anteriores e não reportadas” e que se esse reporte tivesse sido feito o registo seria feito nos anos correspondentes em que as despesas foram realizadas, mitigando assim também o impacto no défice, que estimam em 0,1% do PIB entre 2004 e 2009.

O INE e o BdP dizem que após diligências, terão chegado informações entre o final de agosto e esta semana que dão conta de Acordos de Regularização de Dívidas celebrados em 2010, com um valor aproximado de 571 milhões de euros, dos quais não tinham conhecimento, mais 290 milhões de euros de juros de mora “que também não foram comunicados às autoridades estatísticas”.

Já para este ano, mais 11 milhões destes acordos respeitantes a dívidas contraídas desde 2005 e juros de mora no primeiro semestre de 32 milhões de euros. A Madeira não terá ainda comunicado encargos, que ainda não foram objecto destes acordos relativos a serviços de saúde de 2008, 2009 e 2010, em montantes de 20, 25 e 54 milhões de euros, respectivamente.

Imprensa internacional arrasa Governo Regional

No blogue de um dos seus colaboradores, o britânico Financial Times refere-se à Madeira como a “ilha desonesta”. “A Madeira, um pitoresco arquipélago de 267,000 pessoas, esbarrou com Portugal continental esta sexta-feira, espalhando-se em cacos de um novo passivo”, escreve o jornalista Joseph Cotterill no FT AlphaVille.

Também o Wall Street Journal colocou na sua homepage a notícia com o título: “Portugal encontra buraco de 1,5 mil milhões de dólares”. O jornal económico norte-americano adianta que o “Banco de Portugal revelou esta sexta-feira que a ilha da Madeira, uma pequena região autónoma, omitiu 1,1 mil milhões de euros (1,53 mil milhões de dólares) de endividamento nos últimos ano, situação que vai colocar mais pressão sobre o país no cumprimento dos objectivos orçamentais perante o seu resgaste internacional massivo”.

No país vizinho, é o La Vanguardia a dar conta do novo buraco madeirense, que “vai obrigar Portugal a rever o seu défice”, referindo-se a Jardim como um político “com uma reputação de rebelde dentro do seu partido e historicamente polémico nas suas declarações”. Já no Brasil, o Globo titula que a “llha da Madeira omite dívida bilionária e eleva pressão sobre Portugal

MRA Alliance/DE

Bancos centrais coordenam-se para injectar liquidez

sexta-feira, setembro 16th, 2011
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou ontem uma acção concertada com a Reserva Federal (Fed) norte-americana, o Banco de Inglaterra, o Banco do Japão e o Banco Nacional Suíço para injectar liquidez em dólares aos bancos da Zona Euro.

A operação visa assegurar que a banca europeia tenha divisa norte-americana suficiente até ao final deste ano.

MRA Alliance/DD

Dinamarca: Oposição social-democrata ganha eleições gerais

sexta-feira, setembro 16th, 2011

O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, assumiu a derrota nas eleições legislativas e vai apresentar hoje à rainha Margarida II a demissão do governo.

Aos seus apoiantes, declarou, citado pela agência AFP, que felicitou a líder da oposição social-democrata, Helle Thorning-Schmidt, pela vitória eleitoral da aliança social-democrata/esquerda.

MRA Alliance/DD

Regulador quer subir 30% preço da electricidade em 2012

sexta-feira, setembro 16th, 2011

O preço da electricidade para as famílias portuguesas promete registar, no próximo ano, um aumento sem precedentes. As estimativas preliminares da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), segundo o Diário Económico apurou, apontam para um agravamento que andará na casa dos 30%.

Este cenário está a forçar o Governo a encontrar, numa corrida contra o tempo, mecanismos para atenuar as contas do regulador. Esta entidade apresenta, a 15 de Outubro, a proposta tarifária para 2012, sendo fixada depois a 15 de Dezembro.

A justificar esta escalada dos preços da electricidade, que vai ter ainda de incorporar o agravamento da carga fiscal, derivado da subida do IVA de 6% para 23%, a partir de 1 de Outubro, está, não só os custo com a produção de energia, mas acima de tudo os encargos com os chamados custos de interesse económico.

MRA Alliance/DE

Prejuízo das empresas públicas cresceram em 2010 quase 11%

sexta-feira, setembro 16th, 2011

As dívidas do Sector Empresarial do Estado (SEE) chegaram, no final do ano passado, aos 32.388 milhões de euros, com o endividamento a crescer 10,8%. Este é um aumento, em termos absolutos, de 3.149 milhões face a 2009. As empresas públicas ultrapassaram, de acordo com o relatório anual divulgado pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), o limite de 7% endividamento traçado pelo anterior Governo. Já este ano a dívida deverá crescer 8,2%.

A estimativa é da Comissão Europeia, no seu primeiro relatório de avaliação do programa de ajuda financeira a Portugal, e baseia-se nos planos de corte de custos entregues pelas empresas.

No relatório, com a data de Julho mas que só ontem ficou disponível no ‘site’ da DGTF, a Estradas de Portugal surge como a empresa que, sujeita a um limite de endividamento, mais aumentou a sua dívida: 33%, chegando aos 2.005 milhões de euros. Mas há casos mais graves. A dívida da Parque Escolar disparou 379,8% para 665 milhões de euros.

MRA Alliance/DE

Fraude de 1,4 mil milhões de euros afunda UBS nas bolsas

sexta-feira, setembro 16th, 2011

UBS, o maior banco suíço informou ontem os investidores de que poderá apresentar prejuízos no terceiro trimestre em consequência de uma fraude no valor de 1,44 mil milhões de euros. A polícia londrina prendeu Kweku Adoboli, de 31 anos, ‘trader’ da UBS desde 2006, por estar alegadamente envolvido na transacção não autorizada em causa.

Estas notícias levaram os títulos da UBS a afundar 10,8% na bolsa de Zurique, enquanto a meio da tarde perdiam mais de 11% em Nova Iorque. Trata-se da maior queda diária desde Março de 2009.

Os responsáveis da UBS comunicaram apenas que o assunto está ser investigado:”Pretendemos chegar ao fundo da questão tão depressa quanto possível, e não pouparemos esforços para descobrir exactamente o que se passou”, explicaram.

No entanto, rumores de mercado apontam para transacções sobre o franco suíço. Adoboli estava integrado num departamento de ‘exchange-traded funds’ (ETF), chamado Delta One, onde os ‘traders’ tentavam gerar enormes lucros a partir de pequenas variações de preços. Os ETF são instrumentos complexos, que apostam na performance de activos subjacentes com recurso à alavancagem.

Louise Cooper, analista no BGC Partners, disse ao ‘The Guardian’ que os rumores relacionam as perdas com uma transacção sobre o franco suíço que terá corrido mal, depois da intervenção do Banco Nacional da Suíça para desvalorizar a moeda. A 6 de Setembro, a autoridade monetária estabeleceu que um franco suíço não poderia valer mais do que 0,83 euros. Nesse dia a moeda suíça caiu mais de 8% frente ao euro, “o que é uma grande oscilação no mercado cambial”, comentava a analista do BGC.

MRA Alliance/DE

Governo ataca despesa com extinção de entidades públicas e redução de cargos dirigentes

quarta-feira, setembro 14th, 2011

O primeiro-ministro Passos Coelho anunciou  esta tarde no Parlamento que serão extintas 137 entidades públicas no âmbito da redução do peso da despesa no Orçamento Geral do Estado.

“Serão extintas cerca de 162 entidades no âmbito da Administração Central, serão criadas novas 25 através de fusões de entidades existentes, e isso dá um saldo líquido de cerca de 137 entidades que serão extintas e que beneficiarão a Administração Central para futuro de uma estrutura mais leve que pese menos aos bolsos dos contribuinte”, afirmou Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal, no Parlamento.

O primeiro-ministro acrescentou que “será de 100 milhões de euros o impacto orçamental durante o ano de 2012 que esta medida trará” e, quanto aos 1712 lugares dirigentes a extinguir, referiu que isso “equivale a cerca de 27 por cento de redução”.

Passos Coelho assinalou que esta redução de lugares que vai ser aprovada pelo Conselho de Ministros nesta quinta-feira fica “muito acima, portanto, dos 15 por cento que tinham ficado indicados como objectivo importante a alcançar”.

O Governo estabeleceu, no dia 20 de Julho, as linhas gerais do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), fixando como “objectivo mínimo uma redução de pelo menos 15 por cento do total das estruturas orgânicas de cada ministério e de pelo menos 15 por cento do número de cargos dirigentes, tanto de nível superior, como de nível intermédio”.

MRA Alliance/DN

Angola: Altas patentes morrem em queda de avião militar

quarta-feira, setembro 14th, 2011

Um avião militar angolano despenhou-se hoje depois de ter levantado voo da cidade de Huambo, no centro do país, matando pelo menos 30 pessoas, entre as quais três generais, informou a agência de notícias angolana Angop.

Segundo a Polícia Nacional angolana há um total de 30 mortos e seis feridos. Um sobrevivente que está hospitalizado disse ao semanário Sol que o acidente ocorreu muito rápido que é difícil perceber o que aconteceu. A mesma fonte acrescentou que o piloto parecia estar consciente de que haveria uma falha técnica.

As causas do acidente ainda não são conhecidas, mas os bombeiros e as Forças Armadas já estão no local a recolher dados. De acordo com a BBC online a maioria dos passageiros serão oficiais da Força Aérea.

MRA Alliance/Público

Moody’s corta rating dos bancos Société Générale e Crédit Agricole

quarta-feira, setembro 14th, 2011

A agência de notação Moody´s baixou hoje o rating dos bancos franceses Société Générale e Crédit Agricole. No caso do Crédit Agricole, a Moody´s atribui agora a classificação “Aa2” contra a “Aa1” anterior, numa decisão justificada com a exposição da instituição à Grécia. Já a Société Générale vê a sua classificação passar de “Aa2” para “Aa3”.

A agência manteve, no entanto, a nota do BNP Paribas, que se mantém  sob “vigilância negativa”, o que significa que a instituição bancária não está isenta do risco de degradação. A Moody´s alertou em meados de Junho que podia baixar a nota dos três bancos face à sua exposição à Grécia.

MRA Alliance/DE

Troika obriga a cumprir cortes de 15% este ano

terça-feira, setembro 13th, 2011

A troika vai obrigar as empresas públicas a cortar 15% de custos operacionais até ao final deste ano. Segundo o relatório do Programa de Assistência Económica e Financeira publicado hoje, a troika não vai abrir excepções no cumprimento das metas ainda que algumas empresas, nomeadamente na área dos transportes, tenham estado a negociar cortes mais faseados.

A troika diz que até ao final do ano serão para implementar cortes de “pelo menos 15%” nas sociedades controladas pelo Estado central, sendo que nas locais e regionais deverão estar concluídos planos para proceder a cortes semelhantes até ao final deste mês.

A troika impõe ainda que até ao fim de 2012 a maioria das empresas públicas, com excepção das mais problemáticas, atinjam o equilíbrio operacional.

Para isso, diz o documento, o Governo irá elaborar um documento estratégico a rever a estrutura de tarifas e de serviços a nível local, central e regional com metas numéricas e de redução de custos incluindo “realinhamento de salários, redução de emprego ou mais aumento de tarifas se necessário” até ao fim deste mês.

MRA Alliance/JdN

“Precisamos de penalidades orçamentais para políticos”, diz Silva Lopes

terça-feira, setembro 13th, 2011

O antigo ministro das Finanças defendeu hoje, numa conferência da Ordem dos Economistas, que deveria haver penalizações para os políticos que não cumprissem as regras de sustentabilidade das contas públicas. Um alerta numa altura em que Portugal inscreve na sua Lei de Enquadramento Orçamental a proibição de manter um défice superior a 0,5% do PIB.

“Precisamos de penalidades orçamentais para políticos. Por exemplo, quem não cumprisse as regras não podia ser de novo eleito durante um período de tempo. Até o presidente da Madeira já admitiu que faz despesa para impedir que a Esquerda chegue ao poder. Temos de impedir isto”, disse Silva Lopes.

Para o antigo ministro, Portugal tem de melhorar a qualidade dos seus procedimentos orçamentais, incluindo, além de penalizações, um sistema de controlo mais eficiente, apoiado por auditorias mais regulares. “Não temos suficientes auditorias nos serviços públicos, autarquias incluídas”, afirmou Silva Lopes.

Outra proposta feita por Silva Lopes foi a criação de um “organismo poderoso”, incorporado no Ministério das Finanças, que teria a obrigação de analisar e aprovar os orçamentos dos vários órgãos do Estado, de maneira a facilitar o acompanhamento da situação financeira das Administrações Públicas.

Silva Lopes considerou ainda que o actual programa de ajustamento é “difícil” e que as circunstâncias em que vai ser aplicado são bastante mais complicadas, devido à adversa conjuntura externa.

MRA Alliance/JdN

Número de pobres nos EUA ultrapassa 46 milhões

terça-feira, setembro 13th, 2011

A taxa de pobreza dos Estados Unidos subiu em 2010 para o nível mais alto de quase duas décadas. Já o rendimento das famílias registou uma queda. Os números evidenciam o impacto da pior crise financeira em sete décadas, de acordo com a Bloomberg. Os dados foram divulgados pela unidade Census Bureau do Departamento do Comércio dos Estados Unidos, e revelaram que a proporção de pessoas a viver em situação de pobreza subiu para 15,1% no ano passado, contra 14,3% em 2009. O rendimento médio das famílias caiu 2,3% em 2010.

São cerca de 46,2 milhões os norte-americanos que vivem em condições consideradas de pobreza, o que corresponde ao número mais alto desde que o Census Bureau começou a contabilizar este indicador, há 52 anos.

Segundo a Bloomberg, os dados podem também ter piorado nos últimos meses devido ao enfraquecimento da economia. “As famílias estão a lutar para pôr comida na mesa e não têm poder de compra para ajudar a economia a recuperar”, disse Isabel Sawhill, da Brookings Institution, em declarações à Bloomberg.

MRA Alliance/JdN

Parceiros sociais rejeitam proposta de fundo de despedimento

terça-feira, setembro 13th, 2011

A criação de um Fundo de Compensação do Trabalho foi um dos temas em debate na reunião de hoje de Concertação Social, tendo os parceiros sociais já reagido de forma negativa à proposta apresentada pelo Governo.

A proposta do Governo para a criação de um Fundo foi enviada aos parceiros na quarta-feira. Segundo o Ministério da Economia, este foi um dos temas abordados com os parceiros no encontro de hoje.

O Executivo defende a criação de um fundo financiado pelas empresas, que terão de descontar periodicamente até um por cento do valor dos salários e das diuturnidades, num mecanismo só aplicável aos novos contratos.

Da reunião de hoje entre o Executivo e os patrões e os sindicatos saiu a decisão de criar três grupos de trabalho sobre o fundo de despedimento, a competitividade e o crescimento, e a reforma laboral e a criação de emprego.

A TSF, divulgou que ficaram já agendas três reuniões destes grupos de trabalho para 21, 22 e 23 de Setembro.

No final da reunião, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, desvalorizou as críticas que patrões e centrais sindicais repetiram à saída do encontro. «Para nós o mais importante é avançar com uma estratégia que faça com que Portugal volte a crescer», disse.

A proposta para a criação do FCT decorre do acordo tripartido para a competitividade e o emprego assinado em Março, entre o anterior Executivo e os parceiros sociais.

O fundo pagará parte das indemnizações em caso de cessação dos novos contratos laborais e estabelece que as indemnizações correspondem a 20 dias por cada ano de trabalho, em vez de 30.

As confederações patronais mostraram-se desde logo críticos da proposta do Governo, que aponta para que o valor das contribuições feitas mensalmente pelo empregador – num total de 14 meses – corresponda até 1% da retribuição base.

MRA Alliance/Agências

Ratings de três grandes bancos franceses em risco

segunda-feira, setembro 12th, 2011

Os bancos franceses BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole poderão esta semana ser objecto de um corte na notação da sua saúde financeira por parte da agência de rating norte-americana  Moody’s.

Fontes próximas do processo revelaram à agência financeira de notícias Bloomberg que a Moody’s, após ter colocado as três instituições bancárias francesas sob observação negativa, em Junho, prepara-se para cortar o ‘rating’ destes bancos devido à exposição que têm à dívida e a activos gregos.

Quando colocou o ‘rating’ em revisão, a Moody’s explicou que iria analisar “uma potencial inconsistência” entre o impacto de  uma eventual reestruturação da dívida soberana grega, ou de uma situação de incumprimento das autoridades helénicas no pagamento dos juros aos credores, com as notações de risco daqueles bancos.

MRA Alliance/DE

Alemanha previne-se contra eventual default grego

segunda-feira, setembro 12th, 2011

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, prepara-se para a possibilidade do colapso da Grécia, depois de Atenas ter admitido que a economia do país deverá contrair 5% este ano, em vez da recessão de 3,8% anunciada em Junho. Nesse caso, será impossível atingir o défice de 7,6%, em 2011, acordado com a ‘troika, impedindo o envio da próxima parcela da ajuda financeira internacional.

A edição desta semana da revista Der Spiegel, citando fontes próximas do gabinete de Schäuble, revela que funcionários do Ministério das Finanças alemão estão a analisar cenários prevenindo um eventual incumprimento dos pagamentos da Grécia e avaliando o impacto dessa situação na zona euro.

A revista diz que estão a ser considerados dois cenários de uma eventual falência técnica da Grécia: no primeiro o país continua na zona euro, enquanto no segundo Atenas deixa a moeda única, voltando à dracma, o que provocaria uma subida em flecha da dívida pública grega, que está em euros, e o colapso dos bancos.

Nos dois cenários, os especialistas sugerem a abertura de linhas de crédito preventivas para países como Espanha e Itália, caso tenham dificuldade em financiar-se nos mercados, e az concessão de ajudas a alguns bancos da zona euro com  excesso de exposição à dívida grega.

O jornal alemão adianta que o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) também têm um papel importante na elaboração daqueles cenários. Brevemente, o FEEF terá mais poderes de acordo com as decisões tomadas na cimeira extraordinária da União Europeia de 21 de Julho.

A iminência de um incumprimento grego acentuou-se depois de terem sido suspensas as negociações entre o Governo helénico e a missão de inspectores da União Europeia e do FMI devido à descoberta de uma derrapagem orçamental de 1,7 mil milhões de euros.

MRA Alliance/DE

Grécia avança com mais austeridade para evitar incumprimento

segunda-feira, setembro 12th, 2011

O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, perante a ameaça de congelamento da próxima parcela do resgate em vigor, anunciou ontem um novo imposto sobre o imobiliário, que vai afectar todos os proprietários de casas. Atenas vai cobrar, em média, quatro euros por cada metro quadrado, oscilando entre um mínimo de 50 cêntimos nas zonas mais pobres e um máximo de 10 euros nas áreas mais ricas do país. A medida vai durar dois anos. Além disso, o Governo decidiu também cortar um mês de salário a todos os políticos.

As novas medidas de austeridade de emergência foram aprovadas num conselho de ministros extraordinário, depois de o primeiro-ministro grego ter dito ontem que a prioridade é “salvar o país da bancarrota” e garantido que irá fazer tudo o que for necessário para atingir as metas orçamentais.

“Tomámos esta decisão para evitar a catástrofe para o nosso país e os nossos cidadãos. Vamos permanecer no euro e isso significa decisões difíceis”, disse o ministro das Finanças, sublinhando que o Governo “decidiu enfrentar uma situação especialmente nefasta à Grécia na Europa e nos mercados, fazendo um novo esforço nacional”.

As duas medidas vão ajudar o Governo a atingir as metas do défice de 17,1 mil milhões de euros em 2011 e de 14,9 mil milhões de euros em 2012, colmatando uma derrapagem orçamental de dois mil milhões de euros para este ano, motivada pelo agravamento da recessão, que será perto de 5% do PIB este ano, pior que a contracção de 3,8% esperada em Junho.

A nova vaga de austeridade surge depois de o euro ter resvalado para mínimos de seis meses e de os juros gregos terem voltado a bater novos máximos desde a adesão ao euro na semana passada, com os mercados a descontarem um ‘default’ da Grécia. As ‘yields’ gregas das maturidades a um e dois anos superaram os 57% e 97%, respectivamente.

O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, reagiu dizendo que as decisões tomadas pela Grécia demonstram o compromisso de Atenas de atingir as metas orçamentais este ano e no próximo. “A Grécia necessita de alcançar os objectivos orçamentais e levar a cabo as reformas estruturais acordadas para garantir” ajuda externa, disse.

Nos últimos dias, responsáveis da União Europeia e do Fundo avisaram que a próxima ajuda à Grécia não está garantida e que o Governo tem de cumprir as metas orçamentais acordadas. Isto depois de terem sido suspensas de uma forma intempestiva as negociações entre Atenas e a troika sobre a próxima parcela do actual resgate, no valor de 110 mil milhões de euros, concedido em 2010.

Em entrevista à edição de domingo do jornal alemão Der Tagesspiegel, publicada hoje, a chanceler Angela Merkel, revelou ter pedido ao Governo grego que não desista do seu esforço reformista e insistiu que as ajudas europeias só irão para a frente se Atenas cumprir com as condições impostas para o resgate. Num clima de crescente recusa dos alemães em prosseguir no apoio ao resgate da Grécia, Merkel pediu no entanto paciência para com o país mediterrânico, argumentando que os problemas criados durante anos não se podem resolver da noite para o dia.

MRA Alliance/DE