Archive for fevereiro, 2011
sexta-feira, fevereiro 25th, 2011
A capital líbia está cercada e patrulhada pelas forças leais a Kahdafi mas os revoltosos prometem marchar sobre Tripoli. Os combates com os mercenários ao serviço do presidente líbio continuam a decorrer em todo o país estimando-se em vários milhares o número de mortos. A capital da Líbia parece ser agora o último bastião seguro de Muammar Kahdafi.
O ditador que prometeu um banho de sangue surge cada vez mais isolado. Alguns vídeos divulgados na internet sugerem que uma cidade situada a 30 quilómetros da capital terá caído nas mãos das forças da oposição. As forças anti-Kadhafi controlam toda a zona costeira oriental do país, onde se concentra a maior parte da riqueza petrolífera. Benghazi, Tobruk, Derna, Bayda são algumas cidades que o regime deixou de governar.
Em Bengahzi, os habitantes estão a fazer filas para receber armas confiscadas à polícia e ao exército, a fim de juntarem ao que dizem ser “a batalha por Tripoli”. Há notícias de confrontos entre forças anti e pro Kadhafi em várias cidades do país. Fala-se em vários milhares de mortos.
Entretanto, a União Europeia poderá impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, impedindo o voo de aviões militares do país. A decisão está dependente do acordo do Conselho Geral das Nações Unidas mas o Ministro da Defesa da Hungria, país que está na presidência da UE, confirmou que esta é “uma das opções” em discussão.
A produção petrolífera líbia pode ficar totalmente paralisada com a guerra civil que devasta o país, avisou ontem o coronel Kadhafi. Em declarações telefónicas realizadas à televisão estatal, o líder da revolução de 1969 avisou que “se os manifestantes não forem trabalhar de modo regular, o fluxo de petróleo vai parar”.
MRA Alliance/Agências
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quinta-feira, fevereiro 24th, 2011
Num segundo discurso à população, o líder líbio pediu às famílias que levem os seus filhos para casa e lhes incutam bom senso. “Isto é uma farsa”, afirmou hoje Muammar Khadafi, numa declaração à população – a segunda esta semana. Num tom paternal, acusou o líder da Al-Qaeda, bin Landen, de ter instado à revolta na Líbia.
“É a Deus que devem dar ouvidos, não a bin Laden. Todo o mundo está connosco para lutar contra o terrorismo. Não deve haver misericórdia para os terroristas”, afirmou.
Khadafi disse ainda que os revoltosos que andam nas ruas são menores, pelo que não se lhes pode aplicar a lei. Pediu, por isso, às famílias que levassem os seus filhos para casa.
“Digam aos seus filhos para voltarem para casa. Isto não tem sentido”, defendeu. “Esta campanha está destinada a fazer mal aos vossos filhos”, acrescentou. “Querem que o bin Laden vos controle? Isso é vergonhoso!”, disse ainda. Khadafi argumentou depois que “há pessoas que estão no poder há mais tempo do que eu”. E Exemplificou: “A Rainha de Inglaterra”.
“Algumas pessoas não terão problemas em destruir o nosso país e a história da Líbia está a ser destruída. Se é isto que querem para o vosso país, a opção é vossa. Boa sorte. Mas não compreendo. Levem os vossos filhos de volta para casa e prendam os criminosos. Depois entreguem-nos os vossos filhos para reabilitação e vejam o que eles vos dizem”, concluiu.
MRA Alliance/RR
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quinta-feira, fevereiro 24th, 2011
Investidores portugueses, como Francisco Pinto Balsemão, Rui Nabeiro, Hipólito Pires, Proença de Carvalho e o embaixador António Monteiro, juntaram-se a empresários estrangeiros, entre os quais Carlos da Silva, líder do banco angolano Atlântico, para criar a InterOceânico. Esta sociedade com sede em Portugal tem um capital social inicial de 75 milhões de euros e pretende investir em grupos económicos em Portugal, Angola, Brasil e China.
Neste “losango”, como fez questão de sublinhar Carlos da Silva, que lidera o projecto, na apresentação da InterOceânico, foram já identificadas oportunidades em sectores como a agro-indústria, energia, indústria transformadora e sector financeiro.
Neste momento, adiantou aos jornalistas esta “associação de empresários”, como lhe chamou, está a analisar três projectos no sector financeiro em Angola, Brasil e Portugal, está a trabalhar num projecto agro-industrial e está em negociações com uma “holding” da área da energia, na qual pretende tomar uma participação de cerca de 5%. O responsável escusou-se, contudo, a adiantar nomes. Garantiu apenas que “no primeiro semestre deste ano haverá notícias dos projectos”.
Também este ano, sublinhou, entrarão investidores brasileiros e chineses no capital da InterOceânico, que tem na sua estrutura fundadora um investidor holandês e um israelita.
MRA Alliance/JdN
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quinta-feira, fevereiro 24th, 2011
Julian Assange, fundador do Wikileaks, deverá ser extraditado para a Suécia, de acordo com a decisão de um juiz britânico. Em causa está uma investigação no país escandinavo por alegados delitos sexuais. De acordo com o juiz Howard Riddle, citado pela Associated Press, «pura e simplesmente não há qualquer razão para crer que tenha havido um erro» relativamente ao mandato de detenção, como havia sido sugerido pelos advogados de Assange.Howard Riddle, que respondeu à defesa ponto a ponto, decidiu ainda que os comentários de procuradores e políticos suecos acerca do fundador do Wikileaks não influenciarão o rumo dos processos em causa.
Assange tem agora sete dias para recorrer da decisão (como o seu advogado já disse que faria) revelada no Tribunal de Belmarsh, no Sul de Londres, depois de uma audição realizada há dois meses que se seguiu à sua detenção a 7 de Dezembro.
De acordo com a BBC, o juiz decretou ainda que não há provas de que Assange venha posteriormente a ser extraditado para os Estados Unidos e eventualmente torturado por traição.
O australiano nega as três acusações de agressão sexual e uma violação supostamente ocorridas no Verão do ano passado em Estocolmo. Os seus advogados acreditam que a habitual prática dos tribunais suecos ouvirem os acusados de crimes sexuais à porta fechada poderá levar a um julgamento injusto.
Julian Assange alega que essas acusações têm motivações políticas, sendo retaliações contra o que tem vindo a revelar sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque, bem como relativamente a diversas revelações sobre a diplomacia mundial.
MRA Alliance/Agências
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segunda-feira, fevereiro 21st, 2011
O Banco Central Europeu (BCE) comunicou hoje que voltou a comprar dívida soberana da zona euro na passada semana, no total de 711 milhões de euros, incluindo, segundo a Bloomberg, dívida portuguesa.
A compra da dívida portuguesa, segundo disseram à agência de informação financeira três fontes com conhecimento das operações, foi feita a 10 de Fevereiro, mas ainda não tinha sido consolidada a 11 de Fevereiro, a data final para o anúncio das operações de compra na passada semana.
O total de dívida soberana que o BCE comprou desde que iniciou, em Maio, o programa de aquisição de dívida dos países da zona euro, chega assim aos 77 mil milhões de euros, segundo o banco central.
A última vez que o BCE tinha comprado dívida pública tinha sido na semana terminada a 22 de Janeiro, quando adquiriu 146 milhões de euros em obrigações.
O diferencial (spread) entre a dívida portuguesa a dez anos e a alemã com o mesmo prazo atingiu hoje os 426 pontos base, contra 412 de há uma semana.
MRA Alliance/Público
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segunda-feira, fevereiro 21st, 2011
Várias cidades na Líbia estão agora nas mãos dos manifestantes, depois de unidades militares e policiais se terem posto em fuga na sequência dos avanços dos protestos contra o regime de Khadafi.
Bengasi, a segunda maior cidade líbia, e Sirte já estão sob o controle das multidões, que pedem o fim do regime no poder desde 1969. De acordo com a Federação Internacional de Direitos Humanos, os manifestantes ganharam o controlo daquelas cidades após a retirada das forças de segurança. Segundo a AFP, a polícia também terá fugido da cidade de Zawiyah, a oeste da capital, Trípoli.
Entretanto, o jornal líbio Quryna diz, na sua edição online, que decorrem protestos em Ras Lanuf, cidade onde está sedeada uma das maiores refinarias petrolíferas do país. O mesmo jornal acrescenta que os trabalhadores formaram comités de segurança para evitar a destruição das instalações pelos manifestantes.
Entretanto, a BBC está a avançar que há rumores não confirmados de que Muammar Kadafi terá deixado Trípoli, possivelmente em direcção a Sirte, a sua cidade natal, ou em direcção à base que possui no deserto, em Sabha.
Pelas cidades líbias continua a contestação, com vários edifícios governamentais na capital a arder. Ainda de acordo com a BBC, as ruas de Trípoli estão agora calmas e sob o controle das forças de segurança, apesar de continuarem os relatos de disparos nos arredores da cidade.
Vários organismos e associação pró-regime estão a distribuir gratuitamente carne, peixe e frutos secos aos que se juntarem às manifestações em favor do presidente.
MRA Alliance/Agências
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segunda-feira, fevereiro 21st, 2011
A iInstabilidade que se vive na Líbia provocou um aumento do preço do petróleo, que atingiu novo máximo desde 2008 e superou a barreira dos 105 dólares. Adivinham-se novas subidas do preço dos combustíveis.
Os confrontos que se registam na Líbia estão a provocar uma subida no barril do petróleo, que atingiu valores que não se verificavam há mais de dois anos. Nesta segunda-feira, o barril de Brent (referência para o mercado europeu) atingiu os 105,08 dólares.
Depois da tensão no Egipto e na Tunísia, agora é a Líbia a abrir caminho à escalada do preço do crude, com perspectivas de novos aumentos dos combustíveis em Portugal. Há receios relativamente ao normal fornecimento desta matéria-prima, o que leva os mercados a aumentar o seu preço. Há tentativas de sabotagem nos poços de petróleo na Líbia (o terceiro produtor africano de petróleo e um dos principais fornecedores para o mercado português).
MRA Alliance/Agências
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sábado, fevereiro 19th, 2011
O montante negociado em obrigações do Tesouro português no mercado secundário caiu em Janeiro pelo nono mês consecutivo. Dados do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) dão conta que em Janeiro foram negociados, em média, 82,3 milhões de euros diários em OT nacionais no mercado secundário. Trata-se de uma descida de 71% face a igual período de 2010.
O mesmo já se tinha verificado em Dezembro, mês em que, em termos homólogos, este indicador tinha tombado mais de 80%.
O relatório do IGCP mostra, aliás, que esta tendência vinga há nove meses consecutivos no mercado secundário. Desde Maio de 2010 – período em que a crise da dívida soberana europeia ganhou força – que a negociação de OT nacionais cai, consecutivamente, em termos homólogos.
MRA Alliance/DE
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sábado, fevereiro 19th, 2011
O Governo vai lançar campanhas de difusão e “preços promocionais” para o cartão do cidadão. “Os cidadãos têm enorme vantagem em utilizá-lo e teremos campanhas de difusão do cartão e até preços promocionais”, disse José Magalhães, secretário de Estado da Justiça, à margem da cerimónia do Centenário do Registo Civil Obrigatório em Portugal.
O responsável lembrou que a existência de um chip no cartão “permite assinar documentos, substitui a presença física nas repartições da administração pública e permite trabalhar à distância”. “Tudo faremos para que as pessoas percebam que aquele papel é muito diferente de um papel plastificado”, concluiu.
Sobre a polémica em torno das dificuldades que os portugueses tiveram em votar nas últimas eleições usando o cartão de cidadão, José Magalhães sublinhou que “os eventos eleitorais nada têm a ver com o cartão em si”. Para o secretário de Estado, a explicação é simples: “Houve uma procura que excedeu as previsões e os sistemas de informação ao eleitor cumpriram o seu papel”. Concluindo: “pobre do cartão do cidadão que está totalmente inocente nesta matéria”.
Lembrou ainda a importância de ter um “cartão que simplifica a vida” ao incluir “vários números num só cartão” e fazer “colaborar serviços que normalmente trabalhavam de costas voltadas”.
MRA Alliance/DE
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sábado, fevereiro 19th, 2011
Moscovo está receoso quanto ao efeito que os problemas da dívida portuguesa poderão ter nos mercados financeiros. Dmitry Pankin, vice-ministro das Finanças da Rússia, confessou hoje que o Kremlin está “preocupado” com a situação portuguesa e com o impacto dos problemas portugueses na estabilidade dos mercados financeiros.
“Claro que [Portugal] nos preocupa. Estamos preocupados dado que poderá causar instabilidade no sistema cambial…a volatilidade provoca saída de capital dos mercados emergentes”, disse Pankin. Em declarações citadas pela Reuters, o responsável de Moscovo admitiu ainda que a Rússia poderá comprar obrigações emitidas pelo fundo de resgate europeu. “Claro que temos de incluir [os títulos emitidos pelo fundo na lista de possíveis investimentos]. Toda a gente está a considerar fazê-lo”, destacou.
MRA Alliance/DE
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sábado, fevereiro 19th, 2011
O aumento do preço do cabaz alimentar já empurrou 44 milhões de pessoas para o limiar da extrema pobreza. Os recentes conflitos nos países do Norte de África dão sinais de uma instabilidade que se pode estender a outras regiões do globo devido à escalada dos preços dos alimentos nos mercados internacionais, notam os peritos.
Um aumento que ameaça provocar, para além de instabilidade política, alguns distúrbios alimentares sobretudo nas populações de países da África e da América Latina como é o caso de Moçambique ou da Bolívia.
Analistas consultados pela Bloomberg alertam mesmo para a possibilidade de que este ano os preços possam manter-se elevados por um período mais longo do que em 2007/2008.
“Esta estação os preços foram sendo pressionados mais lentamente, mas além de poderem subir mais, parece que vão manter-se elevados por um período mais longo”, referiu Abah Ofon, do Standard Chartered, à Bloomberg.
“Estamos a prever subidas significativas no trigo, no milho, no óleo de palma, no café e no algodão”, acrescentou.
MRA Alliance/DE
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segunda-feira, fevereiro 14th, 2011
Taxas de juro de 5% sobre a dívida pública é o limite do financiável, defende Michel Aglietta, e Portugal está quase nesse ponto, alerta. O País até poderá recorrer à ajuda do Fundo de Estabilização Financeira, admite o antigo conselheiro económico do primeiro-ministro francês, mas será para resolver um problema temporário de liquidez e não por risco de insolvência.
MRA Alliance/DE
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segunda-feira, fevereiro 14th, 2011
A Jefferies International subiu o ‘target’ da Galp para 17 euros e sugeriu que a China poderá estar interessada na petrolífera. “É difícil acreditar que não haja uma petrolífera chinesa na corrida”, lê-se numa nota de análise libertada hoje, onde a equipa de analistas liderada por Daniel Ekstein sublinha que vários negócios entre a Repsol Brazil e a Sinopec, e também entre a Ineos e a Petrochina, mostram que o gigante asiático já se tornou fundamental para a realização de investimentos estratégicos nas diversas áreas de actuação da Galp.
A Jefferies lembra a recente “cooperação” entre Lisboa e Pequim e sugere que o negócio da Galp poderá servir de moeda de troca à compra de dívida pública portuguesa por parte da China. “A relação política entre Portugal e a China tem-se tornado cada vez mais cooperante, com a China a assumir-se com um forte comprador de dívida soberana portuguesa. Se a China acordou ajudar a economia portuguesa, então talvez a Galp vá emergir como o ‘quid pro quo’ nesse entendimento”, refere.
No entanto, para a casa de investimento a ENI não está disponível para vender a sua participação na Galp abaixo do valor de mercado. À cotação actual, a posição de 33% da ENI vale cerca de 4,3 mil milhões de euros. Ainda sobre a venda da posição da ENI, a Jefferies diz mesmo que “ou o negócio acontece com condições favoráveis para a ENI e, consequentemente, provoca uma valorização da Galp no mercado, ou não acontece de todo”.
A empresa norte-americana informa ainda que subiu o preço-alvo da petrolífera nacional de 16 euros para 17 euros, mantendo a recomendação de ‘comprar’ para as acções. Este ‘target’ implica um ‘upside’ de 7,6%. A suportar esta decisão estão também os resultados positivos apresentados pela Galp, que na sexta-feira reportou um lucro de 306 milhões de euros, o que representa uma subida de 43% face a 2009.
MRA Alliance/DE
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segunda-feira, fevereiro 14th, 2011
A estimativa rápida do INE aponta para uma contracção em cadeia do PIB português de 0,3% nos últimos três meses do ano passado. O número saiu em linha com as projecções dos economistas contactados pelo Diário Económico.
O relatório preliminar do Instituto Nacional de Estatístico aponta assim para uma diminuição em 0,3% da riqueza produzida em Portugal entre Outubro e Dezembro de 2010, em comparação com os três meses anteriores. Face a igual período de 2009, o INE prevê uma variação positiva de 1,2%.
“O contributo das Exportações para a variação homóloga do PIB manteve-se elevado no quarto trimestre, embora um pouco inferior ao observado no trimestre anterior. As Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes desaceleraram, apesar do crescimento expressivo da componente de veículos automóveis, enquanto o Investimento registou uma diminuição homóloga menos intensa, comparativamente com o verificado no terceiro trimestre”, lê-se no documento.
No conjunto do ano, o organismo de estatísticas aponta para um crescimento do PIB de 1,4%, o que compara com a estimativa de 1,3% do Governo de José Sócrates e de Teixeira dos Santos.
MRA Alliance
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segunda-feira, fevereiro 14th, 2011
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer reduzir o défice público norte-americano para metade antes do fim do seu mandato. Segundo a Reuters, a proposta prevê cortar cerca de 1,1 biliões de dólares nas despesas do Estado durante 10 anos, «atirando» assim o défice orçamental para a casa dos três por cento, em 2015.
De acordo com o responsável pelo Orçamento da Casa Branca, Jacob Lew, o défice orçamental deste ano deverá saldar-se em 1,5 biliões de dólares. Note-se que da lista de cortes constam inúmeros programas do Governo, da Segurança Social à Educação, entre outros.
MRA Alliance/Agências
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domingo, fevereiro 13th, 2011
Em entrevista ao semanário Expresso, Américo Amorim, accionista da Galp Energia, diz que está na petrolífera para ficar: “O meu compromisso com a Galp é de longo prazo. Estou na Galp para ficar”. Américo Amorim é presidente da Amorim Energia, ‘holding’ detida por si em 55%. Os restantes 45% estão nas mãos da Sonangol e de Isabel dos Santos.
A Eni, que controla cerca de 33% do capital da petrolífera esteve recentemente em negociações com a Petrobras para vender a sua posição, negociações que não chagaram a bom porto. Américo Amorim afirma que uma “solução para a Galp tem de passar por mim”.
Na entrevista, Amorim é claro sobre as suas intenções na Galp: “O facto de ter expirado o período de indisponibilidade de acções não altera o meu rumo. O meu compromisso com a Galp é de longo prazo. Esta empresa desempenha um papel estratégico, de interesse nacional, que continuarei a defender. É fundamental que todos entendam isso”.
MRA Alliance
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domingo, fevereiro 13th, 2011
O BCP apresentou ontem a estratégia do banco num encontro com 6.700colaboradores. No evento o banco confirmou a contratação de Mourinhno que passará a ser o novo rosto da marca Millennium. A nova cara do banco apareceu num vídeo, em fundo cinzento, com um ‘pin’ do Millennium bcp ao peito. O contrato Millenium/Mourinho tem a duração de dois anos e implica exclusividade do treinador para a área financeira em Portugal.
No vídeo, o técnico português refere que “há quem o ache arrogante por dizer que é o melhor, o número 1. Mas não é exactamente assim: eu não sou o melhor, mas ninguém é melhor do que eu”, afirma José Mourinho. O filme continua com a mensagem de que “é isso que temos em comum, entrego-me de alma e coração àquilo que faço”, diz, dirigindo-se aos funcionários presentes no encontro. “Quero dizer-vos em primeira mão que a partir de hoje também sou Millennium”. “Sinto-me Millennium” e “o nosso trabalho é a nossa paixão”, concluiu.
MRA Alliance/Agências
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
No dia em que foi colocada a primeira pedra da futura fábrica de baterias para carros eléctricos, em Cacia, o responsável da Nissan admitiu a possibilidade de novos investimentos para aumentar a produção prevista de 50 mil unidades anuais.
“A capacidade da fábrica é de 50 mil unidades, mas há espaço para aumentar a produção”, afirmou Toshiyuki Shiga, ‘chief operating officer’ (COO) da Nissan, realçando que “as baterias são a componente central do veículo eléctrico e, se a procura aumentar, há oportunidade de investir mais no futuro para aumentar a produção”.
Em entrevista à agência Lusa, o número dois mundial da Nissan considerou que “para já”, está concentrado no projecto da unidade de produção, um investimento de 156 milhões de euros, mas, acrescentou, “existem grandes oportunidades”.
MRA Alliance/JN
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
O Presidente do Egito demitiu-se, anunciou o vice-presidente, Omar Suleiman, através da TV estatal. Hosni Mubarak abandonou o Cairo esta manhã, tendo ido para a estância balnear de Sharm el-Sheikh.
Ao 18.º dia, o raïs (Presidente) caiu. Mubarak renunciou à presidência menos de 24 horas depois de ter afirmado que ficaria até às eleições de setembro. A renúncia foi feita pelo interposto vice-presidente, às 16h em Portugal, quando Mubarak já descansava na estância balnear de Sharm el-Sheikh.
“Nas difíceis circunstânciasque o país atravessa, o Presidente Hosni Mubarak decidiu abandonar a presidência. Encarregou o Supremo Conselho das Forças Armadas de dirigir os assuntos do Estado”, disse, na televisão estatal, o vice-presidente Omar Suleiman. Era este homem que, segundo Hosni Mubarak, iria assumir o poder até ao ato eleitoral. O povo não o aceitou.
Um comunicado de 30 segundos anunciou a queda do homem que dirigia o país há 30 anos. Os repórteres que estão no Cairo descrevem um ambiente de euforia na Praça Tahrir, palco de manifestações desde 25 de janeiro, e junto do Palácio Presidencial, onde hoje se reuniram dezenas de milhares de cidadãos.
Minutos antes da intervenção de Omar Suleiman, os tanques estacionados naquele local voltaram os canos na direção oposta à dos manifestantes, assegurando-os dessa forma de que não haveria repressão.
“É o dia mais feliz da minha vida!”, exclamou Mohamed ElBaradei, o Nobel da Paz de 2005, que há muito pedia o afastamento de Hosni Mubarak. É uma das figuras mais referidas para liderar a transição democrática, por agora ainda indefinida, mas na qual é certo que o exército terá um papel crucial.
MRA Alliance/Expresso
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
A inflação entrou em 2011 a acelerar a fundo e disparou para 3,6% no primeiro mês do ano. A subida dos preços das matérias-primas explica parte da subida, mas há outra parte que se explica com a subida do IVA. A aceleração inesperada ameaça a previsão do Governo para a inflação e retira ainda mais poder de compra às famílias.
Em Janeiro, a inflação homóloga atingiu os 3,6%, revelam os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor representa uma aceleração significativa face a Dezembro, altura em que o IPC – Índice de Preços no Consumidor – se fixou em 2,5%.
MRA Alliance/DE
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
As empresas alemãs presentes no mercado nacional estão satisfeitas, mas ao contrário dos últimos anos estão preocupadas com a falta de estabilidade política de Portugal. Cautelosas quanto ao médio prazo, as empresas consideram como pontos negativos a eficácia da Administração Pública, as condições de pagamento das empresas e o direito laboral.
O estudo anual referente a 2010 que a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã faz junto de 300 empresas alemãs a operar em Portugal, divulgado ontem – quando o Presidente alemão, Christian Wulff, iniciou uma visita oficial a Portugal – sublinha que “a estabilidade política, um dos aspectos que em estudos anteriores realizados pela CCILA recebeu sempre classificações muito positivas, mereceu nesta edição apenas 3,23 valores”, numa escala de um a seis, sendo o um muito positivo e o seis muito negativo.
MRA Alliance/DE
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
A ameaça do FMI voltou ontem a adensar-se sobre Portugal, com os juros da dívida a subirem vertiginosamente rumo aos 8%. Foi necessária a intervenção do BCE, que há já duas semanas não ia ao mercado secundário comprar dívida soberana, para que os investidores começassem a aliviar a pressão sobre os juros portugueses, já no seu máximo histórico de 7,64% para as obrigações do Tesouro a 10 anos, quando a Bloomberg noticiou que a autoridade monetária voltara a adquirir obrigações portuguesas. Os juros acabariam por ficar nos 7,296% no final da sessão, ligeiramente abaixo dos 7,361% a que os títulos com aquela maturidade cotavam na véspera, mas o susto está longe de ultrapassado.
O DN apurou que ontem, durante todo o dia, houve múltiplos contactos entre responsáveis do BCE, do Banco de Portugal e o ministro Teixeira dos Santos. Esta situação de crise impediu, aliás, que o ministro das Finanças pudesse estar presente, como previsto, no debate no Parlamento.
Desde o dia 2 deste mês que os juros das obrigações a 10 anos – as mais comercializadas no mercado secundário e o indicador mais utilizado para medir a confiança dos investidores na capacidade de Portugal saldar os seus compromissos -, então nos 6,901%, não paravam de subir, atingindo ontem a quinta sessão consecutiva acima da limite de 7% fixado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, para Portugal pedir a ajuda da UE/FMI.
Nas 30 sessões desde o início do ano, os juros portugueses fecharam em metade delas acima dos 7%. No caso da Grécia, bastaram sete dias acima daquela taxa para recorrer ao apoio externo, enquanto a Irlanda esteve 15 dias a fechar acima dos 7% antes do pedido formal de ajuda à UE/FMI.
MRA Alliance
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
Nomeado vice-presidente do Egipto por Hosni Mubarak a 29 de Janeiro deste ano, Omar Suleiman tem sido apontado por vários analistas como a personalidade que reúne as melhores condições para assegurar a administração do país numa fase de transição.
Nascido em Qena, no sul do Egipto, a 2 de Julho de 1936, Omar Suleiman mudou-se aos 19 anos para a capital para ingressar na prestigiada Academia Militar. Mais tarde, frequentou a Academia Militar Frunze, em Moscovo, ainda nos tempos da União Soviética. Participiou nas guerras dos Seis Dias (1967) e de Yom Kippur (1973).
Nos anos 80, licenciou-se em Ciência Política nas universidades de Ain Shams e do Cairo, tendo mais tarde integrado os serviços secretos militares. Dada a sua fluência em inglês, ficou responsável pelos contactos entre o Egipto e os Estados Unidos. Ainda nessa época, recebeu treino em Fort Bragg (EUA), o que lhe permitiu estreitar laços com os serviços secretos e militares americanos.
Em 1991, foi nomeado director da espionagem militar e, dois anos mais tarde, chefe do directório dos serviços secretos. Graças à sua insistência para que Hosni Mubarak se deslocasse no seu Mercedes blindado durante a visita que realizou à Etiópia, em 1995, o presidente egípcio sobreviveu a um atentado perpretado em Addis-Abeba.
Considerado um dos espiões mais poderosos do mundo, a identidade de Omar Suleiman foi revelada em 2001, quando começou a desempenhar missões de política externa. A sua figura tornou-se controversa depois de ter sido acusado de colaborar com o programa de rendição da CIA, que consistia na entrega de prisioneiros suspeitos de terrorismo a países onde a tortura é uma prática corrente.
MRA Alliance/JN
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
O embaixador do Egipto nos Estados Unidos, Sameh Chukri, afirmou hoje, à CNN, que o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, é agora o “presidente de facto”, sublinhando que Hosni Mubarak lhe transferiu todos os poderes.“O presidente Mubarak transferiu os seus poderes para o seu vice-presidente, que está agora encarregado de todas as funções de presidente”, afirmou o embaixador, que acentuou à televisão americana que se exprimia a pedido de Suleiman. “Assim, podemos dizer que o presidente [Mubarak] é um presidente de direito, mas o vice-presidente é um presidente de facto”, acrescentou.
MRA Alliance/Visão
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quinta-feira, fevereiro 10th, 2011
O BE anunciou no Parlamento que vai apresentar uma moção de censura ao Governo daqui a um mês, «quando for útil». O anúncio foi feito por Francisco Louçã e a utilidade referia-se ao prazo em que, por causa da eleição do Presidente da República, o Parlamento não pode ser dissolvido. Em princípio, a moção será apresentada a 10 de Março, um dia depois da tomada de posse de Cavaco Silva. O presidente da República não se quis pronunciar acerca da moção anunciada pelo BE.
O líder do BE afirmou que «o PS faltou à esquerda», resumindo o sentimento do seu partido: «Queremos parar a política deste Governo». Entre outros argumentos para a moção que irão apresentar, disse que «metade dos portugueses vive de uma forma precária» e que o «Governo criou um offshore laboral».
O primeiro-ministro acusou o BE de contradição política ao anunciar a moção de censura por mera competição com o PCP e de adoptar um comportamento sectário face ao seu Governo. «Foi um dos números políticos mais lamentáveis que vi na política portuguesa», disse José Sócrates.
Sócrates recusou-se a comentar a hipótese de se recandidatar ou não ao cargo, caso a moção seja aprovada e se venham a realizar eleições antecipadas. “A única coisa que não me ocorre é a irresponsabilidade dos políticos de criarem uma crise política. Não quero sequer considerar esse cenário, pela simples razão que tenho absoluta consciência do mal que isso faria aos portugueses e ao país”, argumentou, no final do debate quinzenal na Assembleia da República.
MRA Alliance/Agências
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terça-feira, fevereiro 8th, 2011
Nos últimos meses, a crise da dívida pública na zona euro tem dominado as atenções mundiais. A Grécia e a Irlanda tiveram mesmo de pedir ajuda à União Europeia (UE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e os receios de que outros países sigam o mesmo caminho – como Portugal e Espanha – continuam no ar.
No dia 25 de Janeiro, chegou o primeiro grande aviso, pela mão do próprio FMI. Numa actualização ao seu relatório sobre a estabilidade financeira mundial, a organização avisava que os EUA e o Japão poderiam começar a ter problemas de dívida. Os EUA estão atrasados em definir “uma estratégia credível de consolidação orçamental de médio prazo” e o Japão tem de fazer mais para “reduzir os elevados níveis de dívida”. Caso contrário, os juros que os investidores exigem para comprar obrigações do Tesouro destes países poderão começar a aumentar, “o que teria um efeito disruptivo nos mercados financeiros internacionais e na economia mundial”.
“Quase todos os países desenvolvidos têm de controlar as despesas de reforma e saúde para reequilibrar as contas públicas”, diz ao PÚBLICO o economista Sérgio Rebelo, que é professor na Kellogg School of Management, nos EUA. Mas se antes se pensava que teriam duas décadas para o fazer, agora, “com a crise financeira, a situação agravou-se em todo o mundo e tornou-se mais urgente fazer ajustamentos orçamentais”, acrescenta o antigo consultor do Banco Mundial e do FMI, justificando assim a crescente vigilância dos mercados em relação à dívida pública.
Em entrevista ao PÚBLICO por email, Ricardo Reis, professor na Universidade de Columbia, admite mesmo que há a possibilidade de contágio da crise da dívida europeia a grandes economias como o Japão ou os EUA. Mas avisa: “Não estamos todos no mesmo saco” e os problemas de Portugal “são muito piores”.
MRA Alliance
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terça-feira, fevereiro 8th, 2011
Os empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) aos bancos portugueses voltaram a aumentar em Janeiro, totalizando 41 mil milhões de euros. De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, os bancos portugueses aumentaram em 109 milhões de euros a sua exposição junto do BCE.
O total acumulado de empréstimos da autoridade monetária à banca nacional atingiu, assim, os 41 mil milhões de euros em Janeiro. É o valor mais alto desde Agosto de 2010, mês em que os empréstimos junto do BCE atingiram o máximo histórico de 49,1 mil milhões de euros.
Desde esse pico, vinha a registar-se uma tendência de desaceleração das ajudas do BCE à banca nacional. Contudo, em Dezembro e agora novamente em Janeiro, as cedências de liquidez voltaram a aumentar.
O recurso da banca nacional ao BCE disparou em Maio, mês em que rebentou a crise da dívida pública na Grécia. Esta crise fez congelar o mercado interbancário, dificultando o acesso ao financiamento nos mercados internacionais dos bancos nacionais e das instituições de outros países com problemas orçamentais como a Espanha, Irlanda ou Grécia. Foi neste contexto que o BCE optou por disponibilizar liquidez ilimitada à banca, fixando juros bastante mais baixos, de um por cento.
Apesar de estar longe do recorde registado em Agosto, Portugal permanece como um dos países que mais se tem mostrado dependente do financiamento do BCE. Comparando com os níveis de há um ano, o valor dos empréstimos da banca junto do banco central é quase três vezes superior.
MRA Alliance/Público
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segunda-feira, fevereiro 7th, 2011
O juro continua acima de 7% após Portugal ter realizado uma emissão de dívida sindicada de larga escala. A ‘yield’ da linha viva das Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos mais negociada no mercado avança agora para 7,088%, contra os 6,938% registados na sessão anterior. Esta evolução aumentou o diferencial face às ‘bunds’ alemãs da mesma maturidade para 389 pontos base (na sexta-feira fechou nos 379 pontos).
No mesmo sentido, o índice que mede a taxa cobrada pelos investidores para comprar dívida da mesma maturidade está a subir para 7,148%, face aos 7,055% verificados na sexta-feira.
Esta é a primeira reacção do mercado à notícia de que Portugal vendeu hoje sete mil milhões de euros numa operação sindicada de obrigações do Tesouro a cinco anos, quando o montante indicativo era de três mil milhões de euros, adiantou fonte governamental ao Económico.
Segundo duas fontes envolvidas na operação, citadas pela agência Bloomberg, Portugal terá pago um prémio de cerca de 360 pontos base acima da taxa de referência do mercado. Isto significa uma taxa de 6,45%, acima dos 6,24% registados no mercado secundário para a maturidade a cinco anos.
Também a percepção de risco de incumprimento de Portugal, medida pelo custo dos ‘credit default swaps’ (CDS), seguia a subir 10 pontos, com o preço destes instrumentos financeiros sobre obrigações a 5 anos a situar-se nos 415 pontos base, o que significa que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida portuguesa, os investidores têm que pagar 415,33 mil euros por esta espécie de seguro para se protegerem contra o eventual incumprimento de Portugal. É a segunda subida mais acentuada em todo o mundo, depois da Grécia, de acordo com um monitor da Bloomberg.
MRA Alliance/DE
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segunda-feira, fevereiro 7th, 2011
Os líderes europeus aceitaram reforçar o fundo de resgate mas a Alemanha recusou dar o seu aval a uma flexibilização do fundo, fechando a porta a linhas de crédito pontuais ou à compra de dívida pública dos países em dificuldades como Portugal.
Apesar da decisão mais ampla de criar um governo económico do euro poder colmatar um defeito de fabrico no desenho da moeda única e assim aliviar a pressão dos mercados, este recuo alemão é, no curto prazo, um mau sinal para Portugal, que continua a ser o primeiro do euro na linha de fogo.
A menção à “flexibilidade” esteve no projecto de conclusões do encontro mas depois da recepção fria dos restantes líderes europeus às intenções franco-alemãs de moldar políticas salariais, sociais e fiscais dos seus parceiros, Berlim deixou cair essa concessão.
MRA Alliance/DE
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segunda-feira, fevereiro 7th, 2011
Apenas 9% dos portugueses confia na actuação do seu Governo. É este o resultado que se destaca no Barómetro de Confiança 2011 da Edelman, que mede a confiança dos portugueses em instituições como Governo, empresas, media e organizações não-governamentais (ONG), e que é apresentado hoje, em Lisboa. Este valor representa uma queda considerável em relação à já baixa percentagem de portugueses que se mostraram confiantes nas autoridades no ano passado (27%).
“Este estudo incide sobre uma das mais importantes variantes económicas: a confiança”, explica Carlos Melo Brito, professor da EGP, a escola de negócios da Universidade do Porto, e especialista em marketing. “É uma variável muito importante, mas difícil de gerir. É fundamental para os poderes políticos. Sem confiança, não há muita esperança de sucesso em qualquer medida que se queira tomar”, salienta.
Apenas a Irlanda, com uma percentagem de confiança de 20%, se aproxima dos valores de Portugal, que ficam bem abaixo da média global de 54%. Por outro lado, 69% dos portugueses confia nas ONG, um dos valores mais elevados dentro dos países incluídos no estudo.
Quando questionados sobre quais são as fontes de informação mais credíveis, os inquiridos tendem a acreditar menos num membro do Governo (27%) ou o CEO de uma grande empresa (46%), do que num técnico especializado na sua área (81%).
“Portugal precisa de um projecto mobilizador, algo que dê razão de ser aos sacrifícios que estão a ser feitos”, defende Melo Brito. “Sem primeiro haver confiança, não há grande esperança de ver melhorias na nossa performance económica”, conclui.
MRA Alliance/DE
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