Archive for novembro, 2008

Venezuela: Chávez quer governar até 2021

domingo, novembro 30th, 2008

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou hoje que vai insistir na aprovação de uma emenda constitucional que lhe permita ser reeleito sem limite temporal de mandato e manifestou-se disponível para permanecer no poder até 2021.

Chávez informou que deu instruções à força política que lidera – Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) – para voltar a tentar pôr fim ao limite constitucional de dois mandatos presidenciais consecutivos de seis anos.

“Eu dei ao PSUV e ao povo venezuelano minha autorização para começarem o debate e tomarem as medidas necessárias para obter aquela emenda constitucional e a reeleição do presidente. (…) Eu asseguro que, agora, vamos obtê-la”, disse Chávez, durante a cerimónia de posse do governador do distrito de Libertador de Caracas, Jorge Rodriguez, obrigatoriamente transmitida em directo por todos os canais de TV e rádio do país.

“Eu estou pronto e, se estiver saudável, e for a vontade de Deus, estarei convosco até 2019, 2021”, acrescentou.

Em dezembro de 2006, Chávez foi reeleito para o segundo e último mandato consecutivo de seis anos. Constitucionalmente outro presidente deverá ser eleito em 2012.

O líder venezulano prometeu, em Dezembro passado, que não voltaria a insistir na reeleição presidencial ilimitada depois de os eleitores, em referendo, terem rejeitado a sua proposta de emenda constitucional.

MRA Dep. Data Mining

Opinião: O Mês da Verdade

domingo, novembro 30th, 2008

“A Persistência da Memória”, Salvador Dali, 1931Os presidentes da General Motors, Rick Wagoner, e da Chrysler, Bob Nardelli, nas audiências perante o Congresso, este mês, traçaram um quadro negro sobre o futuro próximo da indústria automóvel norte-americana. “Catátrofe”, “colapso” e “crise monumental” foram expressões utilizadas por ambos, e corroboradas por Allan Mulally, o líder do outro fabricante – Ford.

O espectro da falência colectiva está mais próximo do que muitos imaginam e poderá conhecer desenvolvimentos cruciais, em Dezembro.

Nardelli forneceu os seus números, caso a falência não possa ser evitada – 2,3-3 milhões de desempregados, USD 265-400 mil milhões (mm/bi) de salários perdidos e USD 100-150 mm/bi a menos de receitas fiscais para o governo federal.

Analistas do sector, citados pela revista Barron’s, estimam que a GM, para sobreviver até ao final de 2009, precisará de uma gigantesca injecção de capital – USD 100 mm/bi – caso as vendas não recuperem, cenário que parece mais provável.

Perante o Congresso, Mulally traçou o presente quadro das vendas – quebra de 45%, desde Janeiro. Em Outubro os três fabricantes de Detroit registaram o pior resultado dos últimos 25 anos. Novembro deverá confirmar a espiral descendente.

“A menos que a as vendas reanimem – escreve a Barron’s – a GM chegará ao final do ano sem dinheiro na tesouraria. A Chrysler e a Ford poderão aguentar mais tempo mas, também elas, esgotarão os seus recursos a meio do Verão e no próximo Outono, respectivamente.”

Apesar das perspectivas sombrias, Governo e Congresso recusaram até agora reforçar os apoios ao sector.

Comparativamente aos USD 7 mil biliões concedidos, sob as mais diversas formas, ao sector financeiro, PME’s e consumidores, o montante de USD 25 mm/bi de fundos estatais concedidos até agora aos três fabricantes de Detroit é irrisório. Ainda assim, governantes e legisladores resistem, pois não acreditam na viabilidade do modelo económico da indústria automóvel do país.

Os três gestores, por exigência do Congresso, deverão apresentar, na próxima terça-feira, um plano “detalhado e consistente” susceptível de convencer os legisladores sobre a viabilidade económica e financeira das suas operações.

Caso contrário, os cofres do Tio Sam vão continuar fechados.

Se tal acontecer, a futura administração Obama enfrentará, a partir de 20 de Janeiro, uma crise interna semelhante à que Franklin Delano Roosevelt (FDR) encontrou quando tomou posse, em 4 de Março de 1933, como 32.º presidente dos Estados Unidos.

A Grande Depressão, iniciada em 1929, herdada da administração Hoover, apesar do subsquente “New Deal”, imposto por FDR, agravou-se substancialmente em 1937 e apenas começou a dar sinais de abrandamento após o início da II Guerra Mundial, em 1939.

A presente crise sistémica poderá não evoluir para uma conflagração à escala global.

Porém, pode marcar a presidência BHO (Barack Hussein Obama) como o início da “Década Perdida”, semelhante à que o Japão vive desde 1998.

Desta feita, com dimensões planetárias.

MRA Dep. Data Mining

Pedro Varanda de Castro

OPEP quer petróleo a USD 75/barril

domingo, novembro 30th, 2008

A decisão da OPEP de congelar, até à reunião de 17 de Dezembro, o corte da produção de petróleo não significa que os países produtores não queiram forçar o mercado a apreciar o ouro negro para um valor que estimam justo – USD 75/barril.

O ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, na qualidade de representante do maior exportador do bloco, afirmou ontem no final da reunião informal da organização, no Cairo, que aquele valor é o “preço justo” para suportar os financiamentos necessários ao desenvolvimento de novos campos petrolíferos.

O comunicado final da reunião sublinhou que a procura será “muito inferior” às previsões de Outubro, data da cimeira que cortou a produção mensal em 1,5 milhões de baris/dia. Os analistas do sector interpretam o texto como um sinal claro de que, dentro de duas semanas, a OPEP decidirá um novo corte. A maioria dos analistas, consultada pela agência de notícias Bloomberg, calcula que a redução será de “pelo menos” um milhões de barris/dia.

Os países da OPEP apelaram a três importantes produtores que não integram o bloco – Rússia, México e Noruega – que acompanhem eventuais cortes. Até agora, apenas a Noruega recusou explicitamente aderir por “não existirem cenários” naquele sentido. A posição foi defendida pelo ministro norueguês da tutela, Terje Riis-Johansen, numa entrevista concedida no passado dia 18.

Os preços do crude caíram 62% desde Julho, quando chegaram ao valor histórico de USD 147,27/ barril, na sequência da deterioração das condições económicas e da ameaça de uma recessão a nível global.

MRA Dep. Data Mining

Espanha: Ministro diz que desemprego pode chegar a 12,5% no 1.º trimestre de 2009

sábado, novembro 29th, 2008

O ministro espanhol do Trabalho e da Emigração, Celestino Corbacho, admitiu que a taxa de desemprego em Espanho deverá passar de 11,3% para 12,5% durante o primeiro trimestre de 2009. Corbacho, todavia, manifestou-se convencido de que, a partir de Março, a economia recuperará a confiança e deverá iniciar a recuperação.

MRA Dep. Data Mining

“EUA será um país subdesenvolvido em 2012”, diz especialista

sábado, novembro 29th, 2008

Saldos causam a morte a funcionário da Wal-Mart, ontem, em Nova IorqueUma multidão de consumidores, excitada com os super saldos da cadeia Wal-Mart, provocou ontem a morte de um funcionário da cadeia retalhista, numa loja perto de Nova York, informou a polícia local.

O incidente ocorreu poucas semanas depois de o especialista norte-americano em prospectiva e tendências sociais e económicas, Gerald Celente, ter afirmado em entrevista à Fox News, que “por volta de 2012”, devido ao empobrecimento agudo de muitas famílias, os EUA vão conhecer momentos de grande instabilidade causados pela fome, exclusão social e desemprego.

Tumultos, aumento da criminalidade violenta e marchas pelo emprego serão as consequências da actual crise, prevê Celente. Em sua opinião, dentro de 3 anos, os EUA “serão um país subdesenvolvido”.

Celente, célebre pelo rigor e assertividade na antecipação de megatências locais, regionais e globais, sustenta que, nos próximos anos, os americanos vão passar por uma “profunda crise”, com implicações políticas, económicas e sociais, para a qual “não estão preparados”.

A tragédia de ontem, em Valley Stream, Long Island, no dia conhecido como “Black Friday”, que inaugura a temporada de compras de fim de ano nos Estados Unidos, a seguir ao dia de Acção de Graças, parece dar-lhe razão.

Todos os anos, milhões de americanos correm para as lojas nesta data, estimulados pelos mega saldos das cadeias retalhistas. Para aumentar o volume de vendas, algumas redes abrem as portas ainda de madrugada, com centenas de clientes em fila aguardando a abertura das portas.

Segundo o “New York Times”, ontem havia cerca de 2 000 pessoas. Muitas começaram a chegar às nove da noite. A abertura ocorreu às cinco da manhã. Preocupados com a afluência de público, os funcionários da Wal-Mart chamaram a polícia, cerca das três da manhã, mas de nada serviu.

Pouco antes da abertura, vários trabalhadores da maior cadeia retalhista do mundo tentaram segurar os portões de entrada para evitar a invasão dos clientes, mas não conseguiram. Depois de derrubar as portas, a multidão invadiu a loja e passou por cima da vítima. Mais tarde, a polícia voltou ao local e encerrou o estabelecimento.

Celente prevê o fim da deriva consumista e o colapso do modelo de sociedade – american way of life – que emergiu, no último meio século, das cinzas da II Guerra Mundial. “A tradicional festa consumista do Natal, tal como a conhecemos, vai acabar. Em 2012, vai ser mais importante ter comida na mesa do que presentes na árvore de Natal”, concluiu.

MRA Dep. Data Mining

Pedro Varanda de Castro, Consultor

5.ª imobiliária de Espanha declarou falência

sexta-feira, novembro 28th, 2008

O conglomerado imobiliário espanhol Promociones Habitat apresentou hoje nos tribunais o pedido de falência por não conseguir fundos para amortizar a dívida de EUR 2,3 mil milhões/ bilhões (mm/bi), após o falhanço para tentar renegociar o acordo de pagamento com os bancos credores, celebrado em Fevereiro de 2007.

Os principais bancos que reclamam 44% da massa falida, são La Caixa (EUR 232 milhões), Caja Madrid (220), Banco Santander (218), BBVA (200) y Banco Popular (160). O resto da dívida reparte-se entre outros bancos e caixas económicas, que incluindo os accionistas minoritários, somam 38 entidades.

A Promociones Habitat, a quinta maior imobiliária de Espanha, entrou em crise após a compra da Ferrovial Imobiliária, em 2006, com uma dívida acumulada superior a EUR 2,2 mm/bi.

O rebentamento da bolha imobiliária espanhola, na sequência da crise hipotecária e do aperto do crédito, matou as aspirações da administração de a transformar na primeira empresa nacional do sector.

Contudo, a administração ainda tem esperanças de continuar o projecto empresarial após um período de reestruturação e redimensionamento sob protecção judicial.

MRA Dep. Data Mining/El Periodico

Medvedev “satisfeito” com decisão dos EUA relativamente ao não alargamento da NATO

sexta-feira, novembro 28th, 2008

A Rússia está “satisfeita” com a decisão dos Estados Unidos de renunciar à concessão do estatuto de candidato oficial de adesão à NATO para Geórgia e Ucrânia, declarou hoje o presidente russo Dmitri Medvedev, em Havana, durante a visita oficial que realiza a Cuba.

“Estou satisfeito por a razão ter prevalecido”, declarou Medvedev, citado pela agência Ria-Novosti, ao mesmo tempo que lamentou os acontecimentos que marcaram “o fim de actividade da actual administração norte-americana”. “O mais importante é que não se fará mais avançar esta ideia obstinada e absurda, como era o caso há alguns anos”, sublinhou o presidente russo, na última etapa do seu périplo latino-americano.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, anuncira na quarta-feira que não vai insistir na concessão à Geórgia e à Ucrânia do estatuto de candidato oficial de adesão à NATO, principal ponto na ordem de trabalhos de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança a 02 e 03 de Dezembro, em Bruxelas.

Em contrapartida, Rice preconizou transformar “a comissão NATO-Geórgia e a comissão NATO-Ucrânia” em “estruturas no seio das quais se pode intensificar o diálogo e as actividades” com os dois países.

Durante a cimeira da NATO, realizada em Março em Bucareste, os 26 países-membros da OTAN não chegaram a um entendimento sobre o Plano de acção tendo em vista a adesão à Aliança Atlântica (MAP) de Kiev e Tbilissi.

Os Estados Unidos e a maior parte dos países da Europa central desejavam a adesão de Geórgia e Ucrânia, ao contrário da Alemanha e da França, preocupadas com a posição da Rússia, hostil à esta perspectiva.

Os líderes aliados reconheceram que a Geórgia e a Ucrânia têm vocação para um dia entrar na NATO e concordaram que a questão do MAP seria alvo de uma “primeira reavaliação” em Dezembro.

MRA Dep. Data Mining

Commerzbank compra Dresdner Bank por metade do preço

sexta-feira, novembro 28th, 2008

O Commerzbank anunciou hoje que finalizou a compra da totalidade do capital do Deutsche Bank por EUR 5,1 mil milhões/ bilhões (mm/bi), e assumirá a gestão a partir de Janeiro. O valor negociado no Verão com o accionista maioritário, a seguradora Allianz, era de EUR 9,7 mm/bi, mas deterioração das condições financeiras do Dresdner, na sequência do aprofundamento da crise financeira, facilitaram o negócio.

O semanário Der Spiegel, na edição online, considera que é uma transacção a “preço de saldo”. Os activos conjuntos ascendem a EUR 1,1 mil biliões/trilhões (mibi/tri) passando a ser o segundo maior banco da Alemanha, a seguir ao Deutsche Bank, com activos totais no valor de EUR 2 mibi/tri.

Para a Allianz o negócio foi desastroso. Em 2001, a seguradora comprara o Dresdner por EUR 24 mm/bi.

A fusão vai implicar a dispensa de 9 000 funcionários, 6 500 dos quais na Alemanha. Actualmente as duas instituições empregam 67 000 trabalhadores.

O negócio aumenta para 12,5 milhões a carteira de clientes do Commerzbank.

MRA Dep. Data Mining

Berardo está a perder 700 milhões com crise financeira

sexta-feira, novembro 28th, 2008

O empresário Joe Berardo revelou ao Diário Económico que se vender as acções que detém BCP, Zon e Sonae SGPS, perderá EUR 700 milhões. “Só perco quando vender e só ganho quando vender.” É esta a resposta que Joe Berardo à pergunta sobre a derrocada dos seus investimento na bolsa.

De acordo com os cálculos feitos pelo Diário Económico, desde o início do ano, Berardo já acumula uma menos-valia potencial de mais de 697,9 milhões de euros só com a queda das acções que detém do Millenniumbcp, Zon e Sonae SGPS. Estes cálculos não têm em consideração o preço médio a que estas acções foram compradas.

Segundo o DE, “boa parte das aquisições de Berardo foram financiadas por empréstimos bancários, apoiados em garantias assentes nas acções adquiridas. Uma situação inimaginável nos dia de hoje até porque ainda ninguém consegue prever como em quando terminará a crise.”

MRA Dep. Data Mining

Seis bancos financiam BPP com 600 milhões de euros

sexta-feira, novembro 28th, 2008

A operação para viabilizar o BPP está concluída e prevê a entrada de cerca de 600 milhões de euros no banco contra garantias através de activos do BPP. O plano liderado pelo Banco de Portugal inclui o financiamento por parte de seis bancos – CGD, BCP, BES, BPI, Santander Totta e Crédito Agrícola – e será executado com um aval do Estado, a ser disponibilizado àqueles bancos, revela hoje a edição online do semanário Expresso.

Na sequência deste plano o Banco de Portugal deverá, em principio, nomear administradores independentes para o BPP.

João Rendeiro não colocará obstáculos à sua saída como presidente do conselho de administração do BPP, o que poderá ocorrer por exigência dos bancos. Rendeiro é o maior accionista com 12,5%.

MRA Dep. Data Mining

Nokia vai abandonar mercado japonês

quinta-feira, novembro 27th, 2008

A companhia finlandesa Nokia anunciou hoje que deixará de vender os seus telefones celulares no Japão – com excepção dos modelos Vertu -, devido ao escasso êxito comercial, informou a agência japonesa “Kyodo”. Em comunicado, o vice-presidente da Nokia, Timo Ihamuotila, explicou que “não é sustentável” continuar o investimento no Japão “no actual clima económico global”.

Os telefones celulares da Nokia nunca foram líderes no mercado japonês, ao contrário do que ocorreu em muitos outros países. Os japoneses preferem modelos domésticos equipados com várias funções, como televisão.

Os modelos da Nokia são comercializados no Japão pelas operadoras NTT Docomo e Softbank Mobile, esta última proprietária dos direitos do iPhone no espaço nipónico.

MRA Dep. Data Mining

EUA: Mais 171 bancos em risco de insolvência, diz regulador

quinta-feira, novembro 27th, 2008

O orgão regulador do sistema bancário norte-americano, Federal Deposit Insurance Corporation (FDCI), acabou de listar 171 bancos em situação problemática, um aumento de 54 instituições durante o terceiro trimestre, sinalizando a deterioração do sector e o aumento exponencial dos riscos para os depositantes, apesar dos programas de salvação financeira aprovados pelo governo. No entanto, os 171 bancos que agora integram a lista, mas cujos nomes não foram revelados, representam apenas cerca de 2% das 8 500 instituições cujos depósitos estão seguros pela FDIC. O total de activos depositados naqueles bancos, entre os dois últimos trimestres, passou de USD 78,3 mil milhões/bilhões (mm/bi) para USD 115,6 mm/bi. Este montante indica que os principais 20 bancos do país, que estão igualmente com problemas, não fazem parte da lista do regulador.

“Registámos problemas profundos nos nossos mercados financeiros que agora estão a ameaçar de forma crescente a economia real”, referiu Sheila Blair, a presidente da FDIC, num comunicado à imprensa, no qual é revelado que os bancos locais, que gerem activos de apenas USD mil milhões/um bilhão, também começam a dar sinais de stress financeiro.

A informação do regulador bancário indica que a estabilização do sector está ainda fora do controlo das autoridades e que, por esta razão, os problemas do aperto do crédito, e da disfunção do mercado interbancário estadunidense, deverão continuar nos próximos meses, pressionando o processo de concentração bancária.

Os dois maiores bancos norte-americanos que faliram em 2007 – Washington Mutual (WaMu) e IndyMac Bancorp – nunca integraram a lista da FDIC. Instituições que foram vendidas à pressa a outros bancos alegadamente mais solventes, como a Wachovia Corporation, também nunca foram listadas como “problemáticas”.

Durante o terceiro trimestre, faliram nove bancos. O fundo de garantia dos depósitos gerido pela FDIC sofreu uma redução de USD 42,5 mm/bi, no segundo trimestre, para USD 34,6 mm/bi. O ritmo de insolvências está a aumentar uma vez que, desde 1 de Outubro, já declararam falência mais nove bancos.

A FDIC revelou que os lucros dos bancos registaram uma quebra de 94% durante o último trimestre, tendo passado de USD 27 mm/bi para 1,7 mm/bi. À excepção dos últimos três meses de 2007, este foi o pior período de lucros desde 1990, com o crédito malparado a atingir USD 27,9 mm/bi.

MRA Dep. Data Mining

Opinião: A demência política e a irresponsabilidade financeira norte-americana

quinta-feira, novembro 27th, 2008

O governo dos Estados Unidos voltou a abrir os cordões à bolsa ao anunciar mais um plano de relançamento económico, no montante de USD 800 mil milhões/bilhões (EUR 600 mm/bi), para estimular o consumo e reanimar o mercado imobiliário.

Em conjunto, todas as ajudas governamentais concedidas ao sector financeiro estadunidense, desde Janeiro, já somam USD 7,2 mil biliões – mais de metade do PIB do país.

Recorde-se que, , no dia 3 de Outubro, o primeiro programa específico de emergência aprovado pelo Congresso – Trubled Asset Relief Program (TARF) – fora dotado com um décimo daquela verba (USD 700 mm/bi)

O fundo de emergência, inicialmente concebido para a compra de activos tóxicos, foi sendo sucessivamente alterado e direccionado para outros fins, como a recapitalização das instituições financeiras. Os ziguezagues do secretário do Tesouro, Henry Paulson, são interpretados pela maioria dos analistas como um claro sinal do desnorte do governo dos EUA face à gravidade da situação das empresas e do sistema financeiro norte-americano.

O novo plano anunciado pelo secretário Paulson, visa agora, directamente, o sector que está na origem da grave crise financeira que se alastrou ao mundo inteiro: o mercado imobiliário. Em conferência de imprensa, Paulson justificou a medida afirmando que “milhões de americanos não conseguem encontrar financiamento acessível para as necessidades básicas de crédito. As taxas dos cartões de crédito estão a subir, o que torna as compras do dia-a-dia mais difíceis para as famílias.”

O exorbitante nível de endividamento do Tesouro coloca as finanças públicas no limite da capacidade para conseguir pagar atempadamente o serviço da dívida. Alguns analistas admitem mesmo a possibilidade de os Estados Unidos poderem entrar em ruptura financeira, em meados de 2009.

Em círculos financeiros americanos e europeus há mesmo quem especule com a possibilidade de um incumprimento que, a acontecer, significaria o fim do sistema financeiro mundial, criado após a II Guerra Mundial, e o aprofundar da actual crise sistémica.

O nível de endividamento público norte-americano aproxima-se perigosamente do valor global do PIB – cerca de USD 14 mil biliões. A acção do banco central dos EUA (Fed) de inundar os mercados com oceanos de liquidez, através da emissão de Títulos do Tesouro, está a provocar reacções contraditórias nos mercados. Porém, o seu ritmo e dimensão prenunciam, a prazo, uma forte desvalorização do dólar, a subida em flecha das taxas de juros e a ameaça de hiperinflação.

Após oito anos no poder, a administração republicana Bush/Cheney deixa ao 44.º presidente, o democrata Barack Obama, que tomará posse no dia 20 de Janeiro, um país arruinado, e uma elite irresponsável, que atirou o planeta para uma catástrofe política, económica e social, de consequências imprevisíveis.

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Pedro Varanda de Castro

P.S.: Desde 2007, temos expressado as nossas opiniões sobre este assunto. Em Setembro e Outubro, voltámos à carga em três artigos. 1 2 3

Brasil e Rússia celebram acordos nas áreas militar e aeroespacial

quarta-feira, novembro 26th, 2008

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, encerrou hoje uma visita oficial de dois dias ao Brasil na qual destacou a importância do país como principal parceiro russo na América Latina.
“Temos a intenção recíproca de ampliar a cooperação em todas as áreas“, disse Medvedev durante um discurso oficial no Rio de Janeiro após a assinatura de vários acordos de cooperação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os dois presidentes emitiram também uma declaração conjunta e destacaram a intenção dos respectivos Governos de ampliar as relações estratégicas em várias frentes.
“Eu gostaria de destacar os resultados construtivos de nosso trabalho de ontem (terça-feira) e hoje”, disse Medvedev sobre “todo um pacote de acordos” bilaterais e a decisão mútua de coordenar no futuro as posições de Brasil e Rússia no cenário internacional.
“É óbvio que estamos coordenando nossa política externa, algo indispensável na situação atual”, declarou o governante russo em referência à crise financeira global.
Medvedev e Lula assinaram acordos de cooperação nas áreas aeroespacial e militar, assim como um convênio para eliminar a necessidade recíproca de vistos para visitas de menos de 90 dias de duração a cada país.
Para Lula, entre estes acordos, “merece especial destaque” a cooperação em tecnologia espacial, pois a Rússia está ajudando o Brasil a desenvolver seu próprio Veículo Lançador de Satélites (VLS).
Os dois presidentes coincidiram na necessidade de que as relações comerciais abarcam mais que a troca bilateral de matérias-primas e produtos básicos, para incluir mais bens manufaturados e de alto valor agregado.
O governante russo deixou hoje o Rio de Janeiro rumo à Venezuela, próxima etapa de uma viagem pela América Latina que o levará também a Cuba e que foi iniciada no Peru.

Fonte: EFE

Vaticano convertido à energia solar

quarta-feira, novembro 26th, 2008

O Estado do Vaticano aderiu hoje à energia solar com a inauguração da sua primeira instalação de energias “limpas” no telhado da moderna sala Paulo VI, a dois passos da basílica de São Pedro. Os 2400 painéis solares instalados no telhado da sala, de cinco mil metros quadrados, permitirão fornecer 300 megawatts (MW) por ano, com picos de 221 KW/hora, segundo o Vaticano.

A energia produzida servirá para as necessidades daquela sala – que acolhe regularmente audiências gerais do Papa, congressos e concertos – e a dois edifícios vizinhos. Permitirá economizar o equivalente a 80 toneladas de petróleo por ano. A cidade do Vaticano desenvolve ainda outros projectos de energia renovável nos seus 44 hectares, entre eles uma instalação de aquecimento solar na “zona industrial”, que reúne os serviços técnicos do Estado pontifício. O objectivo é produzir energia renovável suficiente para satisfazer 20 por cento das necessidades até 2020. Esta meta corresponde aos objectivos fixados pela União Europeia.

Desde o Verão de 2007, o Vaticano está envolvido na plantação de uma floresta na Hungria, gerida pela Planktos-Klimafa, uma empresa mecenas americana-húngara. A reflorestação pretende colocar o Vaticano entre os primeiros Estados neutros a nível de emissões de gás carbónico. No âmbito do Protocolo de Quioto, um Estado pode obter créditos de emissão de gases com efeito de estufa ao investir em projectos sustentáveis em outros países.

A ecologia surge frequentemente nas intervenções do Papa Bento XVI. Durante a sua viagem à Austrália, o Sumo Pontífice apelou a uma sensibilização para responder ao “grande desafio” que representa a protecção do ambiente.

MRA Dep. Data Mining/Agências

Tribunal checo diz que Tratado de Lisboa não viola a Constituição

quarta-feira, novembro 26th, 2008

O Tribunal Constitucional checo deliberou hoje que o Tratado de Lisboa está em conformidade com a lei fundamental do país, abrindo caminho à sua ratificação, após vários meses de bloqueio. “O Tratado de Lisboa não contradiz a ordem constitucional”, declarou o presidente do Tribunal Constitucional, Pavel Rychetsky, durante uma audiência pública organizada em Brno.

O Primeiro-ministro checo defende a ratificação do tratado, embora reconheça que ele não lhe agrada, pelo facto de o seu país assumir a partir de Janeiro a presidência da União Europeia. O grande opositor ao tratado é o Presidente checo, Vaclav Klaus, o qual rejeita qualquer nova transferência de poderes para Bruxelas.

Se a República Checa concluir o processo, a entrada em vigor do tratado de fica apenas pendente do resultado de um novo referendo na Irlanda, que votou contra na primeira consulta popular, no Verão passado.

A decisão do tribunal é um passo importante com vista à ratificação, mas não é o decisivo, porque o texto assinado durante a presidência portuguesa terá ainda de ser aprovado pelas duas câmaras do Parlamento.

MRA Dep. Data Mining

OIT prevê “dolorosas” reduções de salários em 2009

quarta-feira, novembro 26th, 2008

Um relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre salários, ontem divulgado, refere que a crise mundial deverá ocasionar reduções significativas na massa salarial de milhões de trabalhadores em diversos países.

“Para 1,5 mil milhões/bilhões de trabalhadores assalariados no mundo, avizinham-se momentos difíceis. As classes médias também serão gravemente afectadas”, afirma o director-geral da organização, Juan Somavia.

Segundo o estudo, intitulado “Relatório Mundial sobre Salários 2008/2009”, em 2009, os salários reais devem crescer, no máximo, 1,1%, menos 0,6% do que em 2008, mas dá como certa a queda 0,5% dos rendimentos laborais em alguns países industrializados.

MRA Dep. Data Mining

Banco de Portugal poderá assumir gestão do Banco Privado Português

quarta-feira, novembro 26th, 2008

O Banco de Portugal poderá assumir em breve a gestão do BPP, para evitar a falência do banco, adianta esta manhã o Diário Económico. O plano, que ainda não foi aprovado pela administração liderada por João Rendeiro, vai englobar também o apoio de alguns bancos.Para além da gestão do Banco de Portugal, a solução adiantada pelo DE prevê que alguns bancos privados participem na solução para viabilizar o BPP, não através da entrada no capital, mas da cedência de liquidez.

A injecção de dinheiro por parte do Estado está afastada. A possibilidade do Banco de Portugal assumir a gestão está prevista na lei, no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. A definição de um plano de saneamento pode acontecer sempre que um banco não consiga evitar a falência pelos seus próprios meios. Para garantir que esta iniciativa do Banco de Portugal avance falta apenas, segundo o Diário Económico, a autorização de administração liderada por João Rendeiro.

Nos últimos dias João Rendeiro terá procurado um comprador para o BPP mas ninguém se mostrou interessado e também viu recusada a garantia estatal de 750 milhões de euros. Pelas contas do Diário Económico, se o BPP falir, cerca de oito mil investidores, correm o risco de perder mil milhões de euros, na medida em que a gestão de carteiras de investimento não está protegida pelo Fundo de Garantia de Depósitos.

A administração do BPP reúne na próxima sexta-feira.

MRA Dep. Data Mining

Portugal agonia até 2010, na cauda da Europa, diz OCDE

quarta-feira, novembro 26th, 2008

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) antecipa que a economia portuguesa vai atravessar um período de prolongada agonia do qual só conseguirá recuperar “lentamente”, a partir de 2010, com um acentuado agravamento do desemprego, que atingirá os níveis de há 22 anos.

As previsões, divulgadas ontem, são mais pessimistas do que as do Governo, do Fundo Monetário Internacional e da Comissão Europeia.

As estimativas apontam para um crescimento de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) português, este ano, e para uma contracção de 0,2%, em 2009. Para a Zona Euro, a OCDE projecta um crescimento negativo de 0,6%, em 2009, com a economia alemã a cair 0,8%, a francesa a deslizar 0,4% e a espanhola a recuar 0,9%.

Apesar de Portugal ter uma recessão menor do que os principais parceiros europeus, não recuperará de forma tão rápida. Em 2010, será o país da Zona Euro com menor crescimento. O PIB nacional crescerá 0,6%, contra 1,2% na Zona Euro e na Alemanha, 1,5% em França e 0,8% em Espanha.

A fraca expansão da economia terá reflexos no mercado laboral. A OCDE indica que a taxa de desemprego deverá subir de 7,6%, este ano, para 8,5%, em 2009. Em 2010, deverá aumentar para 8,8%, um valor que já não se regista em Portugal desde 1986, segundo dados do Eurostat.

A organização teme que, até 2010, haja mais oito milhões de desempregados nos países da OCDE, atingindo-se naquele ano um total de 42 milhões de pessoas desempregadas. Já as taxas de juro e a inflação na Zona Euro tenderão a descer nos próximos dois anos, com reflexos nos preços em Portugal (1,3% de inflação no país, em 2009).

A OCDE assume ainda que o défice público fique acima da projecção do Governo, atingindo 2,9% no próximo ano e 3,1% em 2010. “A situação orçamental deverá deteriorar-se em 2009 e 2010, à medida que as condições económicas mais fracas reduzam o crescimento da receita”, refere a organização.

A OCDE aponta para a necessidade de aprofundar a consolidação orçamental e de reformas estruturais a médio prazo, para fortalecer o desempenho económico” em Portugal. Recomenda ainda uma “maior eficiência no sector público” e um ambiente de negócios “mais favorável”, de modo a aumentar a confiança do sector privado e o crescimento.

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Plano de relançamento europeu aprova défices excessivos até 2010

quarta-feira, novembro 26th, 2008

A Comissão Europeia vai encorajar os países europeus a lançar um plano coordenado de relançamento orçamental, num montante total de 130 mil milhões de euros, com duração de dois anos. Ao abrigo da iniciativa, Bruxelas admite não penalizar os países que ultrapassem os limites impostos ao défice público, mas, a partir de 2011, exige-lhes que o corrijam.

Bruxelas propõe que os países avancem com medidas individuais, a par de um reforço dos fundos europeus, recomenda medidas associadas à despesa pública com “impacto a curto prazo sobre a procura”, e aconselha os Estados a investirem em projectos de apoio às pequenas e médias empresas ou para as famílias “mais afectadas pela desaceleração económica”.

A este propósito sugere “transferências reforçadas para as famílias desempregadas ou de baixo rendimento” ou ainda “um prolongamento temporário dos subsídios de desemprego”.

Bruxelas defende ainda a redução de impostos indirectos, como é o caso do IVA, a fim de “dar um impulso forte ao consumo”. O Reino Unido já anunciou que vai reduzir a sua taxa máxima de IVA de 17,5 para o mínimo europeu de 15 por cento, mas Alemanha e França contestam uma baixa generalizada dos impostos.

Noutros domínios, a Comissão propõe a redução dos impostos sobre os rendimentos, em particular para os salários mais baixos, e incentivos fiscais à eficiência energética e energias alternativas.

São igualmente apontadas medidas específicas para os sectores automóvel e da construção, entre os mais afectados pela desaceleração da economia.

A acompanhar a proposta, a Comissão apela ao Banco Central Europeu para rever em baixa a taxa directora, sublinhando que existe “margem para novas reduções”, consideradas essenciais para favorecer o crescimento.

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Portugal vai ser o 3º país da UE com o imposto automóvel mais elevado

quarta-feira, novembro 26th, 2008

Portugal, em 2009, passará do 4.º para o 3.º lugar entre os países da União Europeia com maior carga fiscal na aquisição de automóveis ligeiros, devido às alterações propostas pelo Governo para o próximo Orçamento do Estado.

O Imposto Sobre Veículos (ISV) aumentará em média 11%, ao contrário do que sucederá na maioria dos Estados membros da União Europeia que optaram por manter ou desagravar o imposto como forma de apoiar os automobilistas, a economia e a indústria automóvel.

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Gestores da nacionalizada AIG com ordenados de um dólar/mês, durante 2009

terça-feira, novembro 25th, 2008

O conglomerado segurador American International Group (AIG) congelou o pagamento de salários e eliminou os bónus aos sete executivos de topo da empresa, nacionalizada em Setembro após uma gestão ruinosa com investimentos e operações especulativas de alto risco. Segundo um comunicado da empresa, o presidente do conselho de administração, Edward Liddy, até ao final de 2009, vai receber o salário simbólico de um dólar por mês.

A medida, que se aplica a outros gestores de topo, visa satisfazer as exigências do Congresso de limitar drasticamente os astronómicos salários, prémios e bónus aos gestores responsáveis pelo colapso financeiro das empresas. A falência da naior seguradora estadunidense foi evitada através da injecção de dinheiro dos contribuintes. Desde Setembro, a AIG já consumiu USD 152 mil milhões/bilhões dos fundos de emergência que foram disponibilizados pelo Tesouro norte-americano.

As acções da AIG registaram, desde Janeiro, uma desvalorização de 97%, estando actualmente cotada na faixa dos USD 1,70-1,80 por título.

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Inglaterra: Governo Brown duplicará dívida pública até 2014

terça-feira, novembro 25th, 2008

O agressivo programa de endividamento público para salvar o sistema financeiro britânico proposto pelo trabalhista Gordon Brown duplicará a dívida pública do Reino Unido e rompe com o monetarismo e o fundamentalismo do mercado, protagonizado pela conservadora Margaret Thatcher e pelo seu antecessor e correlegionário de partido, Tony Blair. O programa apresentado ao Parlamento, ontem, em Londres, para combater a recessão económica e evitar um ciclo deflacionário, vai custar ao país 25,6 mil milhões/bilhões (mm/bi) de libras (GBP), ou EUR 29,7 mm/bi.

Este é o maior programa estatal de estímulo económico, desde a recessão dos anos 80 e vai aumentar a dívida do Estado, até 2014, para GBP mil biliões/um trilhão (mibi/tri), ou EUR 1,2 mibi/tri.

A agenda do “Novo Trabalhismo”, iniciada por Tony Blair, nos anos 90 – menos Estado, menos despesa pública, menos impostos para os ricos e mais mercado – deu agora lugar ao “Velho Keynesianismo” – mais dívida pública, mais intervenção do Estado na economia e maior carga fiscal para os contribuintes abastados.

Assim, Brown ficará na história do Reino Unido como o homem que acabou com três décadas de ortodoxia neoliberal imposta pelo Partido Conservador e seguida pelo “New Labour”.

A medida reconciliou o Partido Trabalhista com os sindicatos – ao aumentar para 45% os impostos sobre os rendimentos anuais superiores a 150 mil libras e ressuscitou as divisões ideológicas com a oposição conservadora que o acusam de “irresponsabilidade”.

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EUA: Governo ‘socializa’ prejuízos bilionários do pré-falido Citigroup (Actualizado)

segunda-feira, novembro 24th, 2008

O Governo dos Estados Unidos aprovou a primeira fase das ajudas de emergência a conceder ao Citigroup, em sérios apuros devido à excessiva exposição a créditos de alto risco através de instrumentos derivativos fortemente especulativos.

O Tesouro vai garantir USD 306 mil milhões/bilhões (mm/bi) de activos relacionados com hipotecas de alto risco e activos tóxicos do Citigroup, numa tentativa para estabilizar a situação do banco norte-americano que, na semana passada, sofreu uma erosão de 60% na sua capitalização bolsista.

O montante de activos tóxicos agora ‘socializados’ equivale a mais de metade do total dos activos, 6 vezes a capitalização bolsista ou a 50 vezes os lucros líquidos de todos os bancos da Índia, em 2007.

Para além das garantias, o Citigroup também vai ser recapitalizado com uma injecção estatal de USD 20 mm/bi, precisou o New York Times. Em Outubro, o conglomerado financeiro, já havia recebido uma injecção de capital no montante de USD 25 mmm/bi com fundos do Programa de Compra de Activos Tóxicos aprovado pelo Congresso.Em troca do capital e das garantias concedidas, o Estado norte-americano vai passar a ser accionista do Citigroup, através de uma carteira de acções preferenciais, no valor de USD 27 mm/bi. O contrato implica o pagamento de um dividendo de 8% para remunerar o risco do investimento público. Num comunicado divulgado hoje os organismos de regulação e de garantias de depósitos – Tesouro, Reserva Federal (Fed) e Federal Deposit Insurance Corp (FDIC) – justificaram as medidas para “estimular a estabilidade do sistema financeiro e ajudar a retomar o crescimento económico do país.” Na sexta-feira passada a capitalização bolsista do Citigroup recuou para USD 20,5 mmm/bi. Há escassos dois anos era de USD 244 mm/bi. Na altura, o banco empregava 375 mil trabalhadores mas já anunciou que vai despedir cerca de 75 mil nos próximos meses.

Apesar das medidas, vários analistas estão cépticos relativamente ao seu resultado prático, face à dimensão da alavancagem do grupo a arriscados instrumentos como Credit Default Swaps (CDS) e Collateralized Debt Obligations (CDO).

Em Agosto passado, o Citigroup era o segundo banco dos Estados Unidos em capitalização bolsista com mais de USD 2 mil biliões de activos. Em meados do ano, os prejuízos do grupo exclusivamente no segmento hipotecário de alto, médio e baixo risco – subprime, Alt-A e prime – foi contabilizado pelo Citi em USD 200 mm/bi.

Àquele montante somavam-se as carteiras das dívidas de mais de 185 milhões de cartões de crédito emitidos em todo o mundo – 68% dos quais com mais incidentes de crédito do que os registados pelo grupo em 2007.

Se a estes, forem agregados os valores de todos os outros créditos concedidos ou garantidos pelo Citigroup – automóveis, estudantes, empresas, etc. – os valores do crédito malparado assumem proporções astronómicas.

A tentativa de evitar a falência do Citigroup transforma-se, assim, numa missão impossível, à luz dos mecanismos da lei da oferta e da procura, defendidos, mas raramente cumpridos, pelos fundamentalistas do mercado.

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Pedro Varanda de Castro, Consultor

Expresso envolve altas figuras no escândalo do BPN

domingo, novembro 23rd, 2008

O jornal «Expresso» envolve o conselheiro de estado e ex-ministro Dias Loureiro em operações, alegadamente fraudulentas, relacionadas com o escândalo do BPI.

Na sua edição de 22 de Novembro, escreve o jornal:

«Segundo o Expresso apurou junto de uma fonte que participou nas conversas, Hector Hoyos deslocou-se a Portugal em 2001 em jacto particular e teve reuniões com Oliveira Costa e Dias Loureiro em casa deste último, no Estoril, para negociar a venda das participações nas duas empresas de Porto Rico.

Acordados os termos do negócio (que perfez 71,25 milhões de dólares), os dois administradores da SLN deslocaram-se a Porto Rico na companhia de Hoyos para concretizar a operação.

Mas a verdade é que nem a Biometrics Imagineering nem a Novatech tinham activos tangíveis, além de um escritório alugado em San Juan de Porto Rico que fechou poucos meses depois. O dinheiro destes ‘investimentos’, que nunca constou das contas oficiais da SLN, seguiu o seu curso via contas “offshore” e, tudo indica, terá sido partilhado pelos envolvidos no negócio. Mais tarde, Hoyos terá solicitado um ‘reforço’ do investimento, mas Oliveira Costa recusou.

Dias Loureiro chegou a deslocar-se mais duas vezes a Porto Rico. A última terá sido para dirimir um conflito existente entre Oliveira Costa e os sócios porto-riquenhos.

Ao Expresso o agora Conselheiro de Estado – que esteve no universo BPN, entre Janeiro de 2001 e Março de 2002 como administrador-executivo da SLN e depois disso como não executivo até 2005 – diz que depois de ter questionado o facto de as participações não estarem no Relatório de 2001, Oliveira Costa lhe respondeu: “Não as vê porque estas vão ser consolidadas na Seac Banche (tecnológica italiana que tinha sido adquirida pela Datacomp)”. Acrescentou: “As participações estão parqueadas num veículo “offshore” e como vamos proceder a uma fusão na área tecnológica em 2002, não se preocupe. porque os revisores não fizeram qualquer reserva às contas”. Por isso, diz, “assinei as contas. Não percebo nada de contabilidade”.»

Oliveira e Costa em prisão preventiva

domingo, novembro 23rd, 2008

Segundo o Jornal de Negócios, José de Oliveira Costa foi pronunciado por sete crimes e vai ficar em prisão preventiva.O ex-presidente do BPN – Banco Português de Negócios saiu do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, pouco depois das 21 horas do dia 21 de Novembro, num carro celular que o transportou para o estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária.

Segundo o jornal, o juiz de instrução criminal confirmou a pronúncia de Oliveira Costa por sete crimes. Fraude fiscal qualificada, burla qualificada, falsificação, abuso de confiança agravada, falsificação, infidelidade, branqueamento de capitais e aquisição ilícita de acções.

Trata-se de uma notícia incorrecta, porque Oliveira e Costa não foi pronunciado, nem sequer acusado, sendo apenas suspeito da prática de alguns crimes, que o jornal refere serem os atrás identificados.

As notícias vindas a público são pouco precisas e controversas. Estaremos perante uma caso com um mínimo de fundamento ou perante a mera criação de um bode expiatório?

A pergunta assume a maior pertinência porquanto, por regra, as decisões das administrações dos bancos são, por regra, colegiais, não podendo um administrador tomar decisões sem a intervenção dos demais. E tanto quanto se sabe não foi constituido mais nenhum arguido.

A controvérsia assume especial relevância com as declarações de Dias Loureiro, ex-administração do BPN e de António Marta, ex-vice-governador do Banco de Portugal, um a dizer que pediu ao BP para fiscalizar a instituição e outro a afirmar que o que se passou foi o contrário: que o conhecido político se deslocou ao Banco de Portugal para pedir que fosse aliviada a supervisão sobre o BPN.

Não era conhecida fortuna a nenhum dos referidos politicos antes de entrarem na política. Agora os jornais dizem que Oliveira e Costa fez uma partilha de mais de 5 milhões de euros e que Dias Loureiro ganho mais de 9 milhões de euros na vendas suas acções na Sociedade Lusa de Negócios.

Banco Privado Português quer aval do Estado de 750 milhões

quinta-feira, novembro 20th, 2008

O Banco Privado Português (BPP) já pediu empréstimo ao Estado de 750 milhões de euros, em 3 anos, com vista a repor a liquidez na instituição financeira.
Isso significa que, a instituição liderada por João Rendeiro é o primeiro banco a recorrer das garantias disponibilizadas pelo Estado a este sector no valor de 20 mil milhões de euros.
O responsável culpa as dificuldades do sistema financeiro e descarta dificuldades do próprio banco.«Não significa que esteja em dificuldades, significa que todo o sistema financeiro nacional e internacional está em dificuldades», refere o líder do banco em entrevista à «SIC Notícias».

Fonte: Agência Financeira

EUA: Cheney e Gonzalez acusados de crime organizado por um colectivo de jurados

quarta-feira, novembro 19th, 2008

Os jurados de um tribunal do Texas acusaram o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, e o ex-Procurador Geral, Alberto Gonzales, de “actividades criminosas organizadas” relacionadas com alegados abusos sobre prisioneiros em cadeias sujeitas a jurisdição estadunidense. A decisão ainda pode ser anulada por um juíz.

Os jurados de Willacy County, no vale do Rio Grande, perto da fronteira com o México, acusaram Cheney de “lucrar com a privação da liberdade a seres humanos” e estabeleceram uma relação causal com os investimentos privados do actual vice-presidente norte-americano. Cheney é accionista da empresa Vanguard Group que gere várias unidades prisionais no Texas.

Por seu turno, Gonzales foi acusado de “promover a obstrução à justiça” e de “impedir as investigações sobre abusos”, cometidas em prisões estaduais.

A acusação foi supervisionada pelo procurador estadual, Juan Guerra.

A administração Bush/Cheney tomou posse em 20 de Janeiro de 2001 e abandona o cargo na mesma data do próximo ano.

Gonzales ocupou o cargo de Procurador Geral da República entre 2005 e 2007.

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Stress dos «hedge funds» pode gerar crise bolsista, dizem gestores e analistas

terça-feira, novembro 18th, 2008

Um crescente número de analistas prevê uma quebra das bolsas mundiais, até ao final do ano, após os resgates comunicados pelos investidores, no último sábado, aos fundos de protecção de riscos – hedge funds.

A aversão ao risco e a consequente fuga das aplicações em activos tóxicos, por parte dos clientes, vai obrigar os gestores dos fundos a vender ao desbarato posições accionistas em empresas que integram os principais indíces bolsistas mundiais, provocando a sua queda.

“Uma profunda recessão é agora inevitável e a possibilidade de uma depressão não pode ser excluída”, disse o especulador George Soros, na semana passada, perante a comissão do Congresso dos EUA encarregada de analisar o papel daqueles fundos na actual crise sistémica.

Durante as sessões parlamentares, todos os gestores de hedge funds convocados – George Soros, James Simons, John Paulson, Philip Falcone e Kenneth Griffin – concordaram que a ausência de regulação das suas actividades pode agravar o carácter sistémico da crise e reconheceram o direito das autoridades em conhecer as suas posições e estratégias de investimento para evitar o stress dos mercados.

Durante a sessão, o congressista republicano Thomas Davis (Virgínia) informou que os oito mil fundos hedge gerem activos no valor de USD 1,5 mil biliões/trilhões (mibi/tri) e representam cerca de 30% do mercado bolsista nos EUA.

“Fundos institucionais e de pensões públicos – sublinhou Davis – estão profundamente dependentes dos ganhos prometidos por hedge funds. Isto significa que os funcionários públicos e os reformados da classe média perdem dinheiro cada vez que um hedge fund entra em colapso ou resgista prejuízos.”

Martin van Vliet, analista económico do banco holandês ING, disse ao New York Times que “historicamente, as recessões precedidas por crises bancárias são tendencialmente mais profundas e duram mais tempo. (…) Por isso, é altamente provável que a actual crise de crédito seja mais dolorosa do que a de 2001 e 2002 – que se seguiu à bolha tecnológica.”

Um estudo recentemente publicado pela Kinetic Partners concluiu que apenas 10% dos fundos hedge britânicos estão dispostos a adoptar as boas práticas propostas pelo sector, 20% recusaram-nas de forma peremptória e 2/3 ainda não decidiram…

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Alemanha: Governo indeciso sobre ajuda à OPEL

terça-feira, novembro 18th, 2008

A chanceler alemã Angela Merkel anunciou que o executivo de Berlim vai estudar o pedido de financiamento da subsidiária germânica da General Motors.

Uma decisão sobre o assunto não será tomada antes do Natal.

Na conferência de imprensa após a reunião de emergência com a administração da empresa na Europa, Merkel disse às agências internacionais que a Opel é “um caso especial” devido aos laços com o fabricante norte-americano de automóveis.

“Ainda não está decidido se as garantias aos créditos irão ser necessárias. Caso o sejam, os fundos deverão permanecer com a Opel alemã”, sublinhou a chanceler federal.

O director da GM Europa, Carl-Peter Forster, informou que a Opel pediu a Berlim mais de mil milhões de euros em garantias de crédito. Os fabricantes de automóveis europeus e americanos estão a pedir subsídios e intervenções estatais para salvar o sector.

A pré-falida General Motors disse que este é “o pior mercado automóvel desde 1945.”

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