Archive for outubro, 2008

Europa ameaçada pela maior crise cambial de sempre

sexta-feira, outubro 31st, 2008

“A mãe de todas as crises cambiais” foi o termo usado pelo recém laureado Prémio Nobel da Economia, Paul Krugman, num curto artigo publicado no New York Times, no final do mês, sobre os próximos desenvolvimentos nos mercados mundiais de divisas. O economista escreveu no seu blogue: “Tenho lido os relatórios de Stephen Jen, um antigo aluno meu, que actualmente é o estrategista chefe de câmbios do banco Morgan Stanley. Ele sublinha que desde o colapso do Lehman [Brothers] se avolumam claros sinais de crises cambiais através dos mercados emergentes do globo, incluindo a Europa do Leste. Neste momento, não se trata de uma crise asiática ou latino-americana. É uma crise global. Jen acrescenta: ‘Até agora, o sector financeiro dos Estados Unidos foi o epicentro da crise global. Receio que a queda dos activos e das economias dos mercados emergentes será o segundo epicentro, nos próximos meses, com efeitos devastadores no mundo desenvolvido.'”

Os analistas Edward Hadas e Hugo Dixon, em outro artigo publicado pelo diário novaiorquino, também lançaram o alarme. “A crise financeira – escreveram – atingiu uma marca perigosa. Os mercados de divisas são um ioió. Agora, as autoridades têm de encetar algumas manobras, bem vastas e delicadas – uma espécie de micro-cirurgia numa aeronave em céus turbulentos.”

Após citarem a dramática apreciação do iene e as violentas desvalorizações de outras moedas face ao dólar, os analistas explicaram a razão dos temores: “Variações desta escala são alarmantes quando acontecem no mercado bolsista. Porém, são petrificantes nos mercados de divisas, pois tornam virtualmente impossível fixar os preços das exportações e das importações.”

A situação agravou-se nos últimos meses com as manobras especulativas, sobretudo protagonizadas por grandes hedge funds. Desde a crise asiática, e da deflação que se lhe seguiu, o iene japonês e as baixíssimas taxas de juro nipónicas foram um El Dorado para os especuladores. Comprar ienes a preço de saldo para financiar operações especulativas a nível global foi altamente lucrativo nos últimos dez anos. Desde 2007, a implosão do mercado hipotecário norte-americano, o aperto global do crédito e a recessão económica mundial geraram dinâmicas inversas. A necessidade de dinheiro fresco, por parte dos investidores e especuladores dos países ricos, aumentou a procura sobre a divisa japonesa. Nos últimos meses, a necessidade fez subir em mais de 40% o seu valor face ao dólar. A impressionante valorização do iene é uma bomba-relógio para os exportadores nipónicos e um grave factor de desestabilização dos mercados cambiais.

Os fenómenos globais de desalavancagem aceleraram o processo, com prejuízo para os países com moedas mais fracas, vulneráveis a grandes défices orçamentais, ao desequilíbrio das contas correntes ou aos crónicos agravamentos da dívida pública.

Perversamente, o dólar americano, embora afectado por todas aquelas maleitas, beneficia do facto de continuar a ser percepcionada como divisa âncora das reservas financeiras mundiais. Por esta razão, em meados do ano, inverteu-se o acelerado processo de desvalorização do dólar, iniciado há um ano atrás. Contrariamente, países europeus com insuficientes reservas de moeda estrangeira e excessivamente dependentes de capitais externos – com destaque para a Islândia, Hungria, Cazaquistão, Sérvia e Bielorússia – foram particularmente afectados nas útimas semanas. Pacotes internacionais de ajuda financeira – empréstimos bilionários e venda de dólares – sucederam-se para limitar os danos e a erosão do valor das suas moedas.

“Esta é a maior crise cambial que o mundo alguma vez conheceu”, afirmou Neil Mellor, estrategista do Bank of New York Mellon, citado pelo londrino The Telegraph. O articulista do diário britânico sublinhou que “a crise financeira, que alastra como um incêndio incontrolável através do antigo bloco soviético, ameaça despoletar uma segunda e mais grave crise bancária na Europa Ocidental, e provocar o completo desmoronamento económico de todo o continente.”

Os números são aterradores. A Alemanha e a Rússia estão no olho do furacão. Só na Islândia as perdas da banca germânica ultrapassaram USD 22 mil milhões/bilhões (mm/bi). Em toda a Europa do Leste a exposição dos bancos da Alemanha é igualmente gigantesca. O caso da Rússia também é preocupante, agravado pelo afundanço dos preços do petróleo e pela desvalorização do rublo mais de 10%, nas últimas semanas. A dívida externa dos oligarcas russos (USD 530 mm/bi) já suplantou o total das reservas do país em moeda estrangeira e, até ao final de Dezembro, terão que pagar tranches no valor de USD 47 mm/bi. Apesar das riquezas naturais, avolumam-se os perigos de incumprimento russo no pagamento dos serviços da dívida externa. Na semana passada, os seguros de risco contra uma eventual insolvência da Rússia, galgaram para os 12% – uma taxa superior à registada pela Islândia na véspera da falência do sector bancário islandês. Alarmante é o grau de exposição dos bancos austríacos aos mercados emergentes europeus, que equivale a 85% do PIB da Áustria, com dimensão crítica na Hungria, Ucrânia e Sérvia. O mesmo indicador afecta a Suíça (50%), Suécia (25%) e Espanha (23%), contra apenas 4% da banca norte-americana. O drama espanhol é agravado pela crítica exposição aos mercados da América Latina. Os bancos do vizinho ibérico emprestaram USD 316 mil milhões aos países latino-americanos – quase o dobro dos empréstimos da banca americana na região. Da Argentina ao México, a banca espanhola corre sérios riscos de incumprimentos em cadeia. Se a estes juntarmos os da crise da bolha imobiliária, ainda em evolução, teremos um panorama negro para a banca espanhola com evidentes perigos de contágio ao sector bancário português. Neste contexto, conforme referiu o The Telegraph, “o mercado tomou cuidadosamente nota, na sexta-feira, que os maiores bancos de Portugal – Millenium, BPI e Banco Espírito Santo – se preparam para recorrer às garantias de crédito de emergência concedidas pelo Estado.”

Outro especialista em divisas, Hans Redeker, do banco BNP Paribas, falou “no perigo iminente” de as taxas de câmbio leste europeias implodirem “a menos que as autoridades monetárias da União Europeia acordem para a real gravidade da ameaça” prevendo mesmo “o despoletar de uma perigosa crise para a própria União Monetária Europeia.” “O sistema está paralizado, e começa a fazer lembrar a Quarta-Feira Negra de 1992. Eu receio que isto terá um tremendo efeito deflacionário na economia da Europa Ocidental. É quase garantido que o suprimento de moeda aos mercados da Eurolândia está prestes a implodir”, disse o economista do BNP Paribas. Esta é a visão de curto prazo.

Na semana passada, o investidor norte-americano Warren Buffett – admirado como o Oráculo de Omaha – discorreu no New York Times sobre a sua estratégia de longo prazo, favorável à actual compra de acções e de obrigações: “Hoje as pessoas que dispõem de aplicações equivalentes a dinheiro fresco sentem-se confortáveis. Não devem. Elas optaram por um terrível activo de longo prazo, algo que, virtualmente, dá uma remuneração igual a zero e está certamente condenada a perder valor. Na realidade, as políticas que o governo [americano] vai adoptar nos seus esforços para aliviar os efeitos da crise actual, provavelmente, vão ser inflacionárias e por isso acelerar a desvalorização do valor real dos depósitos em numerário. Os títulos, quase de certeza, irão ultrapassar a apreciação da moeda durante a próxima década, provavelmente de forma substancial. Os investidores que acumulam numerário estão a apostar na possibilidade de poderem fazer a mudança mais tarde, com sucesso. Na espera de boas notícias, eles ignoram o conselho de Wayne Gretzky [lenda do hóquei no gelo]: “Eu patino para onde vai estar o disco e não para onde ele esteve.”

As consequências de curto prazo para a economia global são ameaçadoras, sobretudo na área do comércio internacional. A combinação explosiva da recessão mundial, com o descontrolo da crise cambial, vai aumentar pressões proteccionistas e desencadear um ciclo vicioso de falências, desemprego e quebra do PIB mundial. O economista norte-americano Nouriel Roubini, ontem, na coluna semanal que assina para a revista Forbes, aconselhou que devemos prepararmo-nos para a stag-deflation – um venenoso neologismo que casa estagflação com deflação.

A Grande Depressão dos anos 30 pode vir a ser ultrapassada.

Este é o efeito perversor da Globalização.

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Pedro Varanda de Castro, Consultor

Indonésia: Preso ex-presidente do banco central

sexta-feira, outubro 31st, 2008

Indonésia - Cartaz AnticorrupçãoBurhanuddin Abdullah, antigo presidente do Banco da Indonésia foi condenado (quinta-feira) a 5 anos de prisão por subornar deputados com pagamentos ilegais de 10 milhões de rupias (EUR 719 mil), em 2003, e fazer aprovar legislação favorável a certos lóbis. O réu, cujo mandato terminou em Maio, foi igualmente condenado ao pagamento de uma multa de 250 milhões de rupias (EUR 18 mil). Burhanuddin anunciou que vai recorrer.

A comissão indonésia de luta contra a corrupção (KPK), responsável pela acção judicial, acusou outros três altos funcionários do banco pelo crime de cumplicidade. Dois deputados já estão a ser julgados. Aulia Pohan, um dos suspeitos e vice-governador do banco, é sogro do filho do actual presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono.

Entre os 180 países investigados pela Transparência Internacional, a Indonésia é apontada como o 126.º país mais corrupto do mundo.

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Deutsche Bank apresenta lucro inesperado no terceiro trimestre

quinta-feira, outubro 30th, 2008

O Deutsche Bank anunciou hoje ter alcançado um lucro inesperado entre Julho e Setembro, depois de as novas regras contabilísticas terem permitido à instituição contabilizar menos amortizações de activos. O lucro líquido do maior banco privado alemão, depois de interesses minoritários, caiu para EUR 435 milhões no terceiro trimestre, contra EUR 1,6 mil milhões/bilhões (mm/bi) registado em igual período do ano passado, informou a agência Bloomberg. Os números surpreenderam os analistas que antecipavam um prejuízo.

O resultado do terceiro trimestre deveu-se sobretudo à redução do valor das amortizações em EUR 845 milhões para EUR 1,2 mm/bi. As acções do Deutsche Bank acumulam uma desvalorização de 72% este ano, reduzindo a capitalização bolsista para EUR 14,2 mm/bi. MRA Dep. Data Mining

Estado português quer vender dívida pública aos chineses

quinta-feira, outubro 30th, 2008

O Estado português está a desenvolver contactos com a SAFE, a agência oficial que administra as reservas monetárias da China avaliadas em um bilião de euros, para a venda de títulos de dívida pública, revela hoje o Diário Económico. Até agora, Portugal tem estado de fora do horizonte da autoridade monetária chinesa, a qual só recentemente investiu em títulos com notações de risco inferiores a AAA, disse uma fonte do Ministério. Actualmente, o ‘rating’ da dívida portuguesa é AA-, concedido pela agência Standard & Poor’s. A dívida pública portuguesa deverá crescer para 64% do PIB no próximo ano, cerca de 110,7 mil milhões de euros.

“A entrada da China como investidor seria muito importante”, explicou ao jornal António Nogueira Leite. O ex-secretário de Estado do Tesouro considera que a entrada da China poderá abrir “a perspectiva de mais liquidez para o mesmo ‘rating’ de dívida pública e pode resultar em ‘spreads’ mais baixos”, ajudando a financiar a economia portuguesa diminuindo os encargos com os juros. MRA Dep. Data Mining

Barroso apresenta plano de relançamento económico para a UE

quinta-feira, outubro 30th, 2008

O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, anunciou a apresentação, em 26 de Novembro, de um plano de relançamento económico para a União Europeia, durante a conferência de imprensa que assinalou o final da reunião extraordinária do colégio de comissários europeus para discutir a crise financeira e a resposta dos 27 à recessão económica. O presidente da CE informou que as propostas pretendem minimizar o impacto da crise no emprego.

A reunião definiu directrizes a seguir pelos Estados-membros e debateu as propostas que Bruxelas apresentará no âmbito da primeira cimeira internacional sobre a crise mundial entre os 20 países mais industrializados do mundo (G-20), a realizar dia 15 de Novembro, em Washington. MRA Dep. Data Mining

Hungria, Islândia e Ucrânia contrataram empréstimos bilionários para atenuar crise

quinta-feira, outubro 30th, 2008

O Fundo Monetário Internacional confirmou a assinatura de um acordo para garantir à Hungria empréstimos do FMI, da União Europeia e do Banco Mundial, num total de 20 mil milhões de euros. O FMI vai contribuir com 12,5 mil milhões sob a forma de um “acordo de confirmação para um empréstimo de 17 meses”, o qual depende da aprovação do conselho executivo, no início de Novembro. O FMI indicou também que o Banco Mundial acordou também uma linha de crédito de mil milhões/um bilhão de euros.A organização multilateral, em comunicado, acrescentou que a Comissão Europeia está a finalizar outro empréstimo, no valor de EUR 6,5 mil milhões/bilhões. A ajuda europeia será a primeira deste tipo a ser concedida a um Estado membro da União Europeia desde o apoio garantido à Itália no início dos anos 1990.

Os financiamentos visam “solidificar a estabilidade a curto prazo da economia e melhorar o seu potencial de crescimento a longo prazo”, referiu o director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn.O programa inclui medidas para manter uma adequada liquidez em divisas, garantir altos níveis de capitalização para o sistema bancário, satisfazer as necessidades de financiamento do governo e assegurar a sustentabilidade da dívida a longo prazo. As medidas visam restaurar a confiança dos investidores e aliviar as tensões que afectaram os mercados financeiros húngaros nas últimas semanas.

A Hungria tornou-se no terceiro país a conseguir um empréstimo do FMI para enfrentar as consequências da crise financeira, depois da Islândia e da Ucrânia que vão receber 1,65 e 13 mil milhões de euros, respectivamente. MRA Dep. Data Mining

Delta e Northwest formam primeira transportadora aérea global

quinta-feira, outubro 30th, 2008

A companhia aérea norte-americana Delta Air Lines anunciou ontem a fusão com a concorrente Northwest Airlines, para formar a maior companhia global em tráfego, horas depois da autorização concedida pelas autoridades de concorrência norte-americanas.

A operação é mais um passo no fenómeno de concentração que está a assolar avários sectores industriais à escala global como forma de ultrapassar os constrangimentos da actual crise financeira e económica mundial.

As duas empresas “fundiram-se hoje, criando uma companhia aérea mundial de primeira linha, oferecendo serviços para quase todos os principais mercados do planeta”, informou a empresa num comunicado. A nova empresa passa a chamar-se-á apenas Delta e terá sede em Atlanta, Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos.

A Delta passa a ser o primeiro transportador aéreo do mundo, superando a American Airlines, de acordo com dados de 2007 da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). MRA Dep. Data Mining

EUA: Novo corte das taxas de juro não afastou espectro da crise

quinta-feira, outubro 30th, 2008

Dow 30-Out-2008O banco central dos Estados UnidosReserva Federal (Fed) – voltou a baixar a taxa de juro de referência para o valor mais baixo das últimas décadas (1%).

O mercado reagiu negativamente e os indicadores sobre as reservas que circulam no sistema financeiro mostram que o Fed perdeu capacidade para controlar a situação. Nos últimos 15 minutos da sessão bolsista, em Nova Iorque, o índice Dow Jones caíu a pique -cerca de 400 pontos – fechando abaixo dos 9 000 pontos.

Uma vez que o total do crédito disponível depende da procura, apesar da agressividade das medidas, o Fed não está a conseguir resolver o problema do congelamento do mercado interbancário. Desde 8 de Outubro, data da última baixa dos juros, as taxas dos fundos federais fixaram-se sempre abaixo dos patamares fixados pela autoridade monetária.

Os indicadores revelam que a actual crise não resulta do preço do dinheiro mas antes da falta de confiança dos bancos em emprestar dinheiro uns aos outros e na contracção do crédito aos clientes. O Fed não está a conseguir reverter a situação. Enquanto os bancos continuarem avessos ao risco de concessão de crédito entre si, e a apertar o financiamento às empresas e aos particulares, o clima recessivo vai manter-se, com impacto negativo no investimento e no consumo.

Embora a taxa Libor – a principal referência do crédito interbancário – tenha baixado ligeiramente nas últimas semanas, indicando alguma melhoria dos fluxos financeiros entre bancos, os resultados práticos são insignificantes em termos de reanimação económica. “O ritmo da actividade económica abrandou significativamente e é responsável pelo declínio do consumo” referiu o Fed, em comunicado. O documento refere o abrandamento da produção industrial, do investimento em novos equipamentos e a redução da procura mundial por bens americanos devido à redução do crescimento económico global. O banco central sinalizou a intenção de voltar a baixar os juros “caso se revele necessário” para promover o crescimento sustentável e a estabilidade dos preços.

Amanhã será conhecido o desempenho do PIB americano. A generalidade dos economistas consultados pela agência Bloomberg e pelo New York Times prevê nova contracção no último trimestre do ano.

“Se a economia continuar a encolher, poderá abrir a porta para novo corte dos juros, em Dezembro, da ordem dos 0,25% ou 0,5%”, afirmou John Silvia, economista do banco Wachovia Corporation. MRA Dep. Data Mining

Negócio Porsche/Volkswagen causa prejuízos bilionários a especuladores

quarta-feira, outubro 29th, 2008

O efeito bolsista da provável compra da Volkswagen pela Porsche poderá ter causado prejuízos combinados de USD 20 mil milhões/bilhões a alguns dos maiores hedge funds mundiais que apostavam na queda das acções do fabricante do “Golf”. Nos últimos meses, secretamente, a Porsche preparou o reforço da sua posição accionista na Volkswagen de 42,6% para 74%. Os fundos de protecção de riscos financeiros –hedge funds -, sobretudo nos últimos dias, fizeram aplicações especulando na queda das acções. Após o recente anúncio da Porsche, os títulos da Volkswagen subiram de €200/acção para mais de €900/acção, gerando lucros astronómicas para a Porsche e, inversamente, prejuízos de igual dimensão aos especuladores. A crise da indústria automóvel global, na semana passada, provocou a queda dos títulos da Volkswagen em cerca de 1/3. O gestores de hedge funds convenceram-se que era chegada a hora de apostar no mau momento da empresa alemã e assumiram gigantescas posições na venda a descoberto (short selling) de accções. O negócio correu mal e, agora, alguns analistas prevêem a falência de alguns fundos. Analistas do banco Morgan Stanley, na semana passada, avaliaram em USD 500 mm/bi as perdas do segmento mais especulativo da indústria financeira, durante o segundo semestre de 2008. MRA Dep. Data Mining

Aperto do crédito aumenta riscos de nova crise alimentar

quarta-feira, outubro 29th, 2008

Avolumam-se os sinais de uma nova crise alimentar à escala global. A pressão da escassez do crédito sobre as empresas e os agricultores impede o financiamento de sementes e fertilizantes para as colheitas de 2009.

Dan Basse, presidente da empresa de pesquisa AgResource Co., declarou à agência Bloomberg que a produção mundial de trigo deve baixar 4,4%, no próximo ano, com reflexos idênticos no milho e na soja. A agência noticiosa estadunidense informa que os contratos futuros na bolsa de Chicago “mostram que o trigo subirá 16%, no final de 2009, o milho 15% e a soja 3%”.

A situação do crédito está a preocupar também os maiores e melhores agricultores” afirmou Brian Willot, especialista norte-americano em commodities que dirige actualmente uma exploração de 700 hectares de soja, no Brasil. “Para os financeiramente mais fracos, o crédito desapareceu completamente. Para os mais fortes, está adiado e a taxas de juro subiram”, disse Willot.

Bancos e grandes empresas cerealíferas, como a Cargill Inc. e a Archer Daniels Midland Co., demonstram uma clara aversão ao risco. No Brasil, 3.º maior produtor mundial de milho, a seguir aos EUA e à Argentina, a produção deverá cair mais de 20%, devido à crescente dificuldade dos agricultores na obtenção de empréstimos para a compra de fertilizantes, revelou Enori Barbieri, vice-presidente da associação norte-americana de produtores de milho – National Corn Producers Association.

No café, segundo o director comercial da cooperativa brasileira Cooxupe, Lúcio Araújo, a produção deverá cair 25%. O Brasil é o maior produtor mundial.

Neste quadro, o problema da fome promete agravar-se. O secretário do Grupo Intergovernamental de Cereais associado à FAO, Abdolreza Abbassian, prevê que às 75 milhões de pessoas que, em 2007, aumentaram o número mundial de famintos – 923 milhões – se juntarão mais outras dezenas de milhões. “O efeito real da crise financeira está a reduzir as culturas e a provocar a quebra da produção. (…) Mais pessoas irão ter fome”, disse Abbassian.

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Derivativos derrubam presidente do Gulf Bank do Koweit

terça-feira, outubro 28th, 2008

O Gulf Bank, o segundo banco mais importante do Koweit, anunciou hoje a renúncia do seu presidente, Bassam Al-Ghanim, devido aos prejuízos sofridos pelos clientes em operações especulativas com derivados financeiros relacionados com a cotação do euro. Segundo a agência de notícias koweitiana Kuna, a medida foi anunciada pela direcção do banco após uma reunião de emergência, realizada na manhã de hoje e na qual foi igualmente decidida a renúncia do director, Abdulkareem Al-Saeed. O afastamento de ambos foi aprovado após o anúncio pelo banco central do Koweit, no domingo, sobre os prejuízos sofridos por clientes do Gulf Bank com instrumentos financeiros derivados. O banco assumirá os prejuízos, durante os próximos dias, até à regularização das relações com os clientes. Desde então, as acções do Gulf Bank foram suspensas da cotação. O Banco do Kuwait anunciou um programa de apoio financeiro ao Gulf Bank e medidas para a protecção de todos os seus depósitos, refere a Kuna. MRA Dep. Data Mining

Seguradora Aegon recebe ajuda bilionária do governo holandês

terça-feira, outubro 28th, 2008

A seguradora holandesa Aegon NV vai receber uma ajuda estatal de EUR 3 mil milhões/bilhões , informou a empresa num comunicado à imprensa. A detentora da norte-americana Transamerica Corporation é a segunda instituição da Holanda, após o banco ING, a receber ajuda governamental para ultrapassar a presente crise do crédito. MRA Dep. Data Mining

BCE: Trichet admite baixar o preço do dinheiro

terça-feira, outubro 28th, 2008

Jean-Claude TrichetO preço do dinheiro na Zona Euro poderá cair após a próxima reunião do conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE), disse ontem (segunda-feira) o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet. “É possível que o conselho de governadores baixe as taxas de juro uma vez mais”, afirmou o presidente do BCE, durante uma conferência de imprensa, em Madrid. Trichet justifica a sua leitura com os últimos dados sobre a inflação na Zona Euro, que apontam para uma “diminuição da pressão”. “As novas informações parecem indicar um aligeiramento dos riscos de escalada da inflação”, disse o banqueiro. Um eventual corte das taxas de juro, na reunião do conselho de governadores de 6 de Novembro, é apenas “uma possibilidade”, enfatizou Trichet. O BCE, em 8 de Outubro, baixou a taxa de juro directora de 4,25% para 3,75%.

O presidente do BCE reafirmou que a política monetária da Zona Euro se rege pela estabilidade dos preços. “Todas as nossas decisões são inspiradas por este princípio primário fundamental. Qualquer nova posição de política monetária que pudéssemos decidir no nossa próxima reunião teria de continuar a permitir-nos dizer aos nossos 320 milhões de cidadãos que podem estar confiantes”, sublinhou. As declarações do presidente do BCE antecedem a reunião do banco central dos Estado Unidos (Fed), em Washington, que provavelmente baixará amanhã (quarta-feira) a taxa de referência de 1,5% para 1%. Se tal acontecer, o preço do dinheiro na Eurolândia regressa ao patamar do Verão de 2004. MRA Dep. Data Mining

Venezuela propõe moeda comum latino-americana

terça-feira, outubro 28th, 2008

A Venezuela propôs a criação de um sistema financeiro do Sul, durante a VII Reunião Extraordinária do Conselho do Mercado Comum do Mercosul. “É a resposta à crise de hegemonia financeira do dólar”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Nicolás Maduro. O sistema seria constituído por uma moeda comum latino-americana e pela concretização do prometido Banco do Sul. Também faria parte do sistema um fundo de reserva da América do Sul, integrado por 10% a 20% das reservas internacionais dos países da região. Maduro considera que a região dispõe de cerca de USD 400 mil milhões/bilhões (mm/bi) em reservas, e defendeu a alocação de uma parte para o crescimento económico. “Financiaríamos o nosso desenvolvimento em condições estáveis e não especulativas. (…) O caminho do Sul é caminhar com pés próprios”, rematou. A Venezuela propôs também o aumento da pressão regional sobre a ONU para a convocação de uma cimeira de emergência para discutir as causas da crise financeira mundial. MRA Dep. Data Mining

Síria denuncia ataque militar americano como “crime vergonhoso”

segunda-feira, outubro 27th, 2008

A Síria responsabilizou a administração americana pelo ataque militar de ontem contra o seu território, no qual morreram oito pessoas, e convocou o responsável de Negócios dos Estados Unidos, em Damasco, para consultas, informou hoje a agência estatal Sana. Segundo um responsável sírio não identificado, citado pela agência, “quatro helicópteros americanos provenientes do Iraque violaram o espaço aéreo sírio na região de Abu Kamal e atacaram um edifício, acção que provocou a morte de oito civis”.

A agência refere que o regime sírio condenou a “acção agressiva”, classificando-a de “crime vergonhoso”, e responsabilizou o Exército americano por “todas as suas consequências”. Além disso, Damasco exigiu ao governo iraquiano que assuma a responsabilidade de iniciar uma investigação imediata sobre a “perigosa violação” e de proibir o uso de seu território para ataques à Síria. Segundo a Sana, quatro helicópteros dos EUA atacaram às 16h45 (hora local) um “edifício civil em construção” a aproximadamente oito quilómetros dentro do território sírio, na região fronteiriça de Dir al-Zur, no leste do país. Segundo o canal árabe de televisão Al Jazeera, os ocupantes do edifício foram atacados por oito soldados helitransportados. Os EUA, que acusam a Síria de permitir a entrada no Iraque de guerrilheiros da Al Qaeda, não confirmaram nem desmentiram o ataque. MRA Dep. Data Mining

Falência Lehman Brothers gera pesados prejuízos ao Postbank alemão

segunda-feira, outubro 27th, 2008

A falência do banco norte-americano Lehman Brothers causou prejuízos de EUR 449 milhões ao banco postal da Alemanha – Postbank – e desestabilizou a estrutura de capitais próprios da instituição. O maior banco do país em número de depósitos de clientes particulares vai ser obrigado a proceder a um aumento de capital de EUR mil milhões /um bilhão, até ao final do ano, para cumprir a legislação, e a cancelar o pagamento de dividendos, em 2008. Dado o seu estatuto de banco público, o Postbank não beneficia do programa de salvamento financeiro aprovado recentemente pelo governo de Berlim. MRA Dep. Data Mining

Digitalização vai aliviar tribunais de mais de um milhão de processos em papel

segunda-feira, outubro 27th, 2008

A digitalização de processos pendentes, que deverá aliviar os tribunais portugueses em mais de um milhão de processos em papel, vai avançar em 2009, com a candidatura do projecto aos fundos comunitários apresentada pelo Ministério da Justiça. O projecto, que inclui a gravação vídeo das audiências e balcões de atendimento nos tribunais, vai implicar um investimento total de EUR 20,4 milhões, dos quais 17,1 milhões serão financiados através do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). De acordo com as regras do novo quadro comunitário de apoio, os projectos avançam no primeiro semestre de 2009. Fonte do Ministério da Justiça indicou que a digitalização deverá ser efectuada com recurso a empresas externas. Os processos pendentes nos tribunais portugueses ultrapassam o milhão, depois de uma redução de 1,4 por cento em 2007, equivalente a menos 22 mil processos, segundo dados do Ministério da Justiça. A gravação áudio digital nas 760 salas de audiência dos tribunais de primeira instância já está em pleno funcionamento. A candidatura foi apresentada no âmbito do sistema de incentivos à modernização administrativa, ligado ao Programa Operacional Factores de Competitividade (POFC).

MRA & Associados

Governo japonês aprovou novas medidas anti-crise

segunda-feira, outubro 27th, 2008

Taro AsoO primeiro-ministro japonês Taro Aso anunciou hoje uma série de novas medidas para apoiar os mercados financeiros, entre as quais o aumento de um fundo governamental destinado a injectar capitais nos bancos, caso seja necessário. Aso garantiu ainda que o Japão vai apertar a regulamentação sobre as vendas a descoberto – operação especulativa a destinada a garantir benefícios apostando na queda das acções. O ministro adjunto para a Política Económica e Orçamental, Kaoru Yosano, precisou ontem que o Japão vai aumentar de dois biliões para dez biliões de ienes (EUR 84 mil milhões/bilhões) o plafond de intervenção do governo para apoiar os bancos em dificuldades. MRA Dep. Data Mining

Bolsa de Tóquio fechou no nível mais baixo dos últimos 26 anos

segunda-feira, outubro 27th, 2008

A Bolsa de Tóquio terminou a sessão de hoje com uma nova queda de 6,36%, levando o índice Nikkei a atingir o seu nível mais baixo dos últimos 26 anos. Numa sessão marcada pela queda espectacular dos valores bancários e pela valorização do iene face ao dólar e ao euro, o índice Nikkei caiu 486,18 pontos, menos 6,36%, para os 7.162,90 pontos, o fecho mais baixo desde 7 de Outubro de 1982. Os investidores desfizeram-se do papel dos bancos nipónicos em reacção a um artigo do jornal Nikkei, segundo o qual as instituições bancárias Mitsubishi UFJ Financial Group, Mizuho Financial Group e Sumitomo Mitsui Financial Group, tencionavam fazer aumentos de capital. Os bancos desmentiram a notícia. As acções dos exportadores japoneses também sofreram quedas devido à contínua valorização do iene face ao dólar e ao euro. MRA Dep. Data Mining

Goldman Sachs tentou ser comprado pelo Citigroup, mas sem sucesso, diz FT

segunda-feira, outubro 27th, 2008

Os líderes dos bancos norte-americanos Goldman Sachs e Citigroup, respectivamente Lloyd Blankfein e Vikram Pandit, mantiveram reuniões secretas, em Setembro, sobre uma possível fusão, nas vésperas da aprovação do Plano Paulson, noticiou hoje a edição online do Financial Times. “Um exemplo dramático das manobras secretas que antecederam o plano de salvamento do sector financeiro aprovado pelo governo” americano, afirma o jornal britânico. A iniciativa terá partido de Blankfein por sugestão, ou com o patrocínio, das autoridades reguladoras estadunidenses prossegue o FT, citando “fontes familiarizadas com os acontecimentos”. Pandit terá rejeitado de imediato a proposta que, segundo o jornal, previa o controlo do Goldman pelo Citi. “A união da força do Goldman na gestão de riscos, serviços de consultoria e plataformas comerciais exclusivas com a ampla base de banca de retalho do Citi e uma imensa rede de clientes do segmento ‘empresas’ teria criado um poderoso gigante financeiro”, sublinha o jornal. O articulista diz que a iniciativa “poderia ter beneficiado o sistema financeiro norte-americano”, através da criação de um forte concorrente aos bancos JPMorgan Chase e Bank of America, as instituições que mais se expandiram durante a presente fase da crise bancária norte-americana. A notícia confirma a tendência para a concentração dos grandes conglomerados financeiros americanos, numa estratégia de fuga para a frente. A lógica reside na criação de instituições de tão grande dimensão e penetração no mercado que, na prática, as proteja da mesma sorte que teve o banco Lehman Brothers – a falência. MRA Dep. Data Mining

Irlanda: Bancos descapitalizados procuram investidores e apoios do Estado

domingo, outubro 26th, 2008

Os bancos irlandeses entraram numa corrida aos investidores estrangeiros para reforçar as suas estruturas de capital, evitar o agravamento da precária situação financeira e alinhar os seus rácios financeiros com a concorrência britânica. O ministro irlandês das Finanças, Brian Lenihan, informou na sexta-feira que seis bancos já assinaram o acordo com o governo relativamente ao programa de protecção e garantia dos depósitos, em vigor nos próximos dois anos. As instituições co-signatárias são o Bank of Ireland, Allied Irish Banks , Anglo Irish Bank, Irish Life and Permanent, Irish Nationwide Building Society e Educational Building Society. O programa ascende a EUR 485 mil milhões/ bilhões (mm/bi). Segundo a edição online do Sunday Times, o banco norte-americano Morgan Stanley foi contratado pelo Anglo Irish Bank para encontrar investidores interessados numa injecção de capital e na compra dos seus activos norte-americanos. O jornal inglês refere o Bank of Ireland também quer vender activos face à necessidade urgente de melhorar os respectivos rácios de solvabilidade. Outro grupo financeiro – Allied Irish Banks – pretende alienar por USD mil milhões/um bilhão a sua participação de 24% no banco M&T Bank Corp, um dos regionais mais importantes da costa leste dos Estados Unidos. MRA Dep. Data Mining

Porsche quer assumir controlo da Volkswagen

domingo, outubro 26th, 2008

A Porsche anunciou hoje estar próximo de controlar a gestão da Volkswagen. O fabricante de automáveis desportivos de luxo informou que, para além da participação accionista de 42,6%, adquiriu opções sobre um pacote de mais 31,5% de títulos do conglomerado de Wolfsburgo. A Porsche informou desejar o controlo de 75% das acções e pretende fechar um acordo com a associada Volkswagen, em 2009, que estabelece o contrato de gestao, a distribuição de lucros e as modalidades jurídicas e operacionais do controlo accionista. MRA Dep. Data Mining

Ucrânia: FMI pronto para empréstimo de USD 16,5 mil milhões

domingo, outubro 26th, 2008

O FMI/Fundo Monetário Internacional atribuiu hoje um empréstimo de 16,5 mil milhões de dólares à Ucrânia, sujeito à aprovação de um plano de salvamento da economia do país e a alterações legislativas, anunciou Dominique Strauss-Kahn, director-geral da instituição. “Uma missão do FMI e as autoridades ucranianas chegaram a um acordo, sujeito à aprovação da direcção do FMI e do conselho executivo, para um programa económico apoiado por um empréstimo de 16,5 mil milhões de dólares”, disse Strauss-Kahn. O comunicado do FMI surge quando a Ucrânia enfrenta uma crise de liquidez e política, com eleições legislativas antecipadas, que deverão acontecer em Dezembro. MRA Dep. Data Mining

Sintonia euro-asiática sobre regulação financeira global

domingo, outubro 26th, 2008

Os chefes de estado e de governo europeus e asiáticos, reunidos em Pequim, apoiaram a proposta do presidente em exercício da UE/União Europeia, Nicolas Sarkozy, tendente ao endurecimento da regulação dos mercados financeiros a nível global, num comunidado distribuído no final da cimeira euro-asiática. Os participantes defendem “uma reforma eficaz e abrangente dos sistemas monetário e financeiro internacionais.” O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, após o conclave que reuniu 40 altos dignitários dos governos dos blocos europeu e asiático, afirmou ser necessária “muito mais regulação para assegurar a estabilidade financeira.”

O tema promete ser polémico entre os dirigentes americanos e europeus, durante a próxima cimeira internacional, a realizar no dia 15 de Novembro, em Washington, para debater as reformas do sistema financeiro global. Os americanos opõe-se ao excesso de regulação e, apesar da crise, continuam a defender o primado da liberdade económica. A maioria dos europeus, liderados por Sarkozy, defende uma maior intervenção do Estado na economia e maior rigor e controlo das actividades do sector privado, sobretudo na área financeira. MRA Dep. Data Mining

GE vai recorrer ao Fed para aliviar aperto do crédito

domingo, outubro 26th, 2008

A General Electric Corporation, o maior emitente de papel comercial dos Estados Unidos, registou-se junto do banco central Fed/Federal Reserve como beneficiário do programa específico de financiamento Commercial Paper Funding Facility, revelou a agência Bloomberg. O porta-voz da GE, Russell Wilkerson, disse à agência que a decisão visa “demonstrar o nosso apoio ao que o Fed está a fazer, ou seja disponibilizar todo o tipo de liquidez.” O papel comercial é um instrumento fundamental para as empresas americanas financiarem as suas tesourarias por períodos de 90 dias. A Bloomberg adianta que a decisão da GE “pode dissipar o estigma do programa junto de outros potenciais tomadores de crédito e estimular a liquidez no mercado encorajando os investidores a adquirirem dívidas de empresas com elevadas notações de risco.” Desde o início do ano as acções da GE registaram uma desvalorização de 54%.

O volume de papel comercial vincendo caiu USD 61,5 mil milhões/bilhões para um valor de USD 1,45 mil biliões/trilhões, o mais baixo desde Abril/2005, informou o banco central. Desde 10 de Setembro, o mercado encolheu em 1/5 – USD 366 mm/bi – a maior queda registada até ao presente. MRA Dep. Data Mining

Fed encaixou perdas trimestrais de USD 2,7 mm/bi com activos tóxicos

domingo, outubro 26th, 2008

O banco central norte-americano – Reserva Federal (Fed) – contabilizou prejuízos de USD 2,7 mil milhões/bilhões relacionados com a carteira de activos tóxicos do banco Bear Stearns, adquiridos em Março na sequência do acordo que patrocinou para a compra do banco pré-falido pelo JPMorgan Chase, revelou o Financial Times. O jornal britânico acrescentou ser “pouco provável que o Fed reconheça quaisquer perdas na carteira do Bear.” A autoridade monetária dos EUA comprometeu-se a não vender aqueles activos, pelo menos, durante dois anos. O Fed informou igualmente que o valor da carteira Bear Stearns caiu de USD 29,5 mm/bi para 26,8 mm/bi nos últimos três meses. MRA Dep. Data Mining

Banco BayernLB proibido de fazer especulação financeira no estrangeiro

sábado, outubro 25th, 2008

O governo de coligação do Estado da Baviera decidiu proibir o banco público estadual BayernLB de participar em operações especulativas em países estrangeiros e propôs uma profunda reestruturação da sua estrutura e do modelo de negócio, noticiou a agência alemã DPA. O banco registou, pelo menos, EUR 5 mil milhões/bilhões na transacção de derivativos de crédito relacionados com hipotecas norte-americanas de alto risco (subprime). O BayernLB terá de amortizar aquela verba até 2013, tendo solicitado ao Ministério das Finanças da Alemanha autorização para beneficiar do programa de salvamento financeiro aprovado por Berlim. MRA Dep. Data Mining

Brasil: BNDES poderá ajudar exportadores “apertados” com derivativos

sábado, outubro 25th, 2008

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou na sexta-feira, no Rio de Janeiro, que a instituição poderá ajudar empresas exportadoras que apresentam problemas de liquidez após perdas em operações no mercado financeiro com a recente alta do dólar. Só serão abrangidas as empresas exportadoras que usaram instrumentos derivativos para redução de riscos cambiais. “O BNDES, em geral, oferece recursos de prazo mais longo e ajuda a fortalecer a estrutura de capital para o investimento. Mas, obviamente, se a gente complementarmente ajudar, facilita para as empresas refinanciar suas perdas com o setor bancário privado. Depois, a gente ajuda a reforçar a estrutura de capital para que elas possam ter capacidade de investimento”, disse o presidente do BNDES. MRA Dep. Data Mining

Portugal: Maiores bancos portugueses vão recorrer às garantias do Estado

sábado, outubro 25th, 2008

Os bancos BCP, BES, BPI, CGD e Santander Totta prevêem emitir dívida para financiar a actividade bancária, admitindo recorrer às garantias do Estado, aprovadas pelo Governo, e que totalizam 20 mil milhões de euros, o equivalente a 11% por cento do PIB português, de acordo com notas das instituições disponibilizadas no site da CMVM/Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Em comunicado, o BCP afirma que “no âmbito do plano de liquidez” previsto para este ano o banco prevê emitir dívida e que “considera a solicitação de garantia pelo Estado” ao abrigo da lei aprovada a 20 de Outubro. Os comunicados das restantes instituições são idênticos sublinhando a possibilidade de recurso ao aval do Estado, para reforçar “a estabilidade financeira e de disponibilização de liquidez nos mercados.” As instituições de crédito interessadas no regime de garantias terão de apresentar um pedido de concessão ao Banco de Portugal e ao Instituto de Gestão de Tesouraria e de Crédito Público (IGCP). Após a análise do risco de crédito, caberá ao ministro das Finanças emitir a autorização final. Uma das modalidades previstas, passa pela aprovação de uma emissão obrigacionista. Se o banco não conseguir cumprir os compromissos, o Estado assegura-os podendo transformar o valor do empréstimo em capital social e passar a controlar a gestão ou a ser accionista da instituição devedora. MRA Dep. Data Mining

OPEP cortou produção mas petróleo continua a descer

sexta-feira, outubro 24th, 2008

No dia em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou um corte de 1,5 milhões de barris/ dia, o preço do crude caiu mais de quatro dólares. No mercado norte-americano, o petróleo para entrega em Dezembro desceu 4,20 dólares, para 63,64 dólares. Em Londres, o Brent, que serve de referência às exportações portuguesas, seguiu a mesma tendência e desvalorizou 4,40 dólares, para 61,52 dólares. Esta descida dos preços pode ser explicada com a queda da procura de petróleo por parte dos principais países, devido à crise económica e financeira global. MRA Dep. Data Mining