O Banco Santander anunciou esta madrugada que comprará as sucursais e as contas dos clientes do banco britânico Bradford & Bingley, através da sua subsidiária Abbey National, após o anúncio da sua nacionalização esperada para esta manhã, em Londres. “As contas da clientela e a rede de sucursais serão assumidas por Abbey. Os detalhes serão conhecidos mais adiante”, disse um porta-voz do Santander, citado pela agência France Press. Segundo a imprensa especializada, o governo britânico deverá anunciar igualmente a nacionalização do conjunto dos empréstimos em curso do Bradford & Bingley, incluindo mais de 41 mil milhões/bilhões (mm/bi) de libras (EUR 52 mm/bi) em empréstimos imobiliários.
Archive for setembro, 2008
Inglaterra: Santander vai comprar contas e sucursais do Bradford & Bingley
segunda-feira, setembro 29th, 2008Benelux: Governos iniciam processo de nacionalização do banco Fortis
segunda-feira, setembro 29th, 2008O banco Fortis foi parcialmente nacionalizado pelos governos da Bélgica, Holanda e Luxemburgo (Benelux) para evitar as consequências económicas e sociais da falência do maior grupo financeiro belga. O Estado belga vai comprar 49% das operações na Bélgica por EUR 4,7 mil milhões/bilhões (mm/bi). A Holanda pagará EUR 4 mm/bi por uma participação idêntica nas operações holandesas. O Luxemburgo concedeu um empréstimo, convertível em 49% das acções, no valor de EUR 2,5 mm/bi. O ministro holandês das Finanças Wouter Bos afirmou à televisão holandesa NOS que o governo “está a comprar poder no banco para ter maior influência nas decisões que vão ser tomadas. Isso, é o que os depositantes necessitam nesta altura.” A afirmação de Bos significa que a operação de salvamento iniciou o processo de nacionalização, o qual será concluído caso a crise se agrave e o banco demonstre incapacidade para resolver os problemas de liquidez. O conglomerado do sector bankassurance precisa refinanciar EUR 10 mm/bi em títulos com maturidades até ao final de 2009. No final de Junho, a sua carteira em instrumentos derivativos – CDO’s e MABS’s – somava EUR 41,7 mm/bi. No primeiro semestre do ano, o Fortis registou perdas nos lucros antes de impostos superiores a EUR 918 milhões. MRA Dep. Data Mining
Alemanha: Banco hipotecário temporariamente salvo da bancarrota
segunda-feira, setembro 29th, 2008O banco alemão especializado em financiamentos hipotecários – HRE/Hypo Real Estate – recebeu um empréstimo de emergência de um consórcio bancário germânico para evitar o colapso financeiro, noticiou no domingo a agência norte-americana Bloomberg. O valor do pacote financeiro foi estimado em dezenas de milhares de milhões/bilhões de euros. No sábado, o Financial Times Deutschland publicara a notícia da falência iminente. O HRE, o primeiro banco do índice bolsista alemão DAX a entrar numa situação de pré-ruptura, perdeu quase 90% do seu valor, desde 2007. Só este ano, as acções já caíram 62%. As causas estão relacionadas com a subsidiária irlandesa Depfa, devido a operações especulativas, elevada exposição a instrumentos derivativos e a créditos de má qualidade. No ano passado, o conglomerado financeiro bávaro adquiriu o banco hipotecário irlandês Depfa por EUR 5,7 mil milhões/bilhões (mm/bi), numa operação que o colocou na liderança europeia do segmento. Após a operação de salvamento, a holding HRE emitiu um comunicado no qual informou a decisão de “depreciar o valor contabilístico” da participação na Depfa e a suspensão do pagamento de dividendos, em 2008. MRA Dep. Data Mining
Bancarrota ameaça as finanças do Paquistão
domingo, setembro 28th, 2008As actuais reservas monetárias do Paquistão – USD 3 mil milhões/bilhões (mm/bi) – só chegam para comprar bens essenciais até ao fim do ano e o país corre o risco de não ter fundos para pagar os juros da dívida externa, informou hoje a cadeia árabe de televisão Al Jazeera. O país gasta mensalmente USD 1 mm/bi na aquisição de bens essenciais. A estação televisiva transmitiu uma reportagem de Islamabade dando conta do aumento das tensões sociais, face à duplicação dos preços dos bens alimentares e energéticos. A escalada da violência política e dos atentados bombistas ajudam a complicar uma situação já de si política e socialmente explosiva. Saquib Sherani, conselheiro económico do primeiro-ministro, Yusuf Reza Gilani, informou que o Paquistão precisa urgentemente de USD 7 mm/bi para saldar os seus compromissos de curto prazo. “É muito dinheiro e nós precisamos dele com urgência. (…) As reservas só chegam para pagar as importações durante um mês”, disse Sherani ao canal de televisão. O conselheiro paquistanês informou que, desde Junho, Islamabade tem tentado obter mais fundos dos países doadores mas, até agora, sem sucesso. O papel estratégico do Paquistão na “Guerra contra o Terror”, segundo Sherani, exige o apoio político e financeiro da comunidade internacional. “Se a situação continuar e o Paquistão não conseguir resolver os problemas, isso constituirá uma grande, grande vitória para aqueles que querem desestabilizar o país.” Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Grã-Bretanha, França, Alemanha, Estados Unidos (EUA), China, Emiratos Árabes Unidos (EAU), Canadá, Turquia, Austrália e Itália, juntamente com a União Europeia e a ONU, concordaram na sexta-feira “desenvolver uma abordagem coordenada e exequível” para solucionar as questões relacionadas com a “segurança, desenvolvimento e necessidades políticas na fronteira” mas não prometeram ajuda financeira. Uma nova reunião foi marcada para Outubro, em Abu Dhabi, capital dos EAU.
UE: Bancos à beira da falência em Inglaterra e na Bélgica
domingo, setembro 28th, 2008O banco hipotecário britânico Bradford & Bingley deverá ser nacionalizado hoje na sequência da tentativa falhada das autoridades reguladoras e do Tesouro da Grã-Bretanha em encontrar um comprador para impedir a falência, revelou hoje o Financial Times. Nos últimos 12 meses as acções da instituição registaram uma quebra superior a 93%. O elevado grau de exposição a créditos de alto risco e a corrida aos depósitos, nas últimas semanas, colocaram-no na mesma situação do banco Northern Rock, nacionalizado desde Fevereiro. A forte contracção do mercado hipotecário britânico deixa pouca margem de manobra às autoridades. Ou assumem o controlo da instituição, e dão garantias aos depositantes que o seu dinheiro está em boas mãos, ou é decretada a falência. Na Bélgica, o banco Fortis também suscita preocupações. Ontem, o ministro belga das Finanças, Didier Reynders, reconheceu as condições adversas do mercado e informou os media que “se fôr necessário” o governo tomará as medidas adequadas à situação. “Garantimos que nenhum cliente, nenhum depositante, será abandonado”, prometeu. As acções do banco belga-holandês caíram a pique depois de terem surgido notícias sobre a corrida aos depósitos. Na sexta-feira, a instituição, que opera na área da banca e dos seguros, viu as suas acções registarem uma quebra de 20%. As perdas acumuladas nas últimas 52 semanas ultrapassam os 30%. A descapitalização do banco começou em 2007, com o investimento de EUR 24,2 mil milhões na compra do banco ABN Amro da Holanda, em consórcio com o Royal Bank of Scotland e o Banco Santander. A crise financeira global agravou-se desde então e atirou o banco belga-holandês para a lista dos condenados. O Fortis é o maior empregador privado da Bélgica e gere contas de um 1,5 milhões de particulares. MRA Dep. Data Mining
EUA: Pacto nuclear com Índia abre precedente favorarável ao Irão
domingo, setembro 28th, 2008O Senado norte-americano prepara-se para votar nas próximas semanas o pacto nuclear com a Índia, aprovado na sexta-feira pela Câmara dos Representantes, que estabelece a cooperação bilateral na produção de energia atómica, até 2050. O acordo, que prevê a transferência de tecnologia e o abastecimento de material nuclear, porá fim à proibição da cooperação nuclear com a Índia e marca o início de uma nova relação estratégica entre Washington e Nova Deli. O pacto foi criticado por vários organismos americanos e internacionais por a Índia não ser signatário do Tratado de Não Proliferação. O acordo nuclear indo-americano, segundo os críticos, fará crescer o arsenal nuclear indiano e vai desencadear uma corrida armamentista no continente asiático. Por outro lado, cria um precedente favorável à estratégia do Irão de desenvolver um programa nuclear para fins civis. MRA Dep. Data mining
EUA: Orçamento 2009 agrava défices e complica situação financeira
domingo, setembro 28th, 2008O Congresso dos Estados Unidos, enquanto as atenções estão concentradas na aprovação do bilionário programa de salvação da indústria financeira, aprovou o orçamento para 2009, no valor de USD 634 mil milhões/bilhões (mm/bi), o maior na história do país. O “sim” dos congressistas, maioritariamente afectos ao Partido Democrata, equivale a uma faca de dois gumes. Por um lado, dá cobertura legal ao financiamento da máquina governamental, que na próxima semana esgota o orçamento de 2008, permitindo-lhe que continue a funcionar sem apertos ,após as presidenciais de 4 de Novembro. Por outro, aos olhos dos eleitores americanos, que naquele dia também elegem uma parte dos seus representantes no Congresso, a dimensão dos gastos é um sinal de que a classe política é incapaz de controlar as finanças públicas, reduzir os estratosféricos custos provocados pelo laxismo orçamental e fiscal e aplicar políticas que melhorem a saúde económica do país e promova a justiça social. Porque o tempo urge, a câmara legislativa estadunidense já enviou o projecto orçamental para a Casa Branca na expectativa de seja rapidamente assinado pelo presidente George W. Bush. O documento inclui a alocação de USD 487,7 mm/bi para a Defesa, USD 40 mm/bi para a Segurança Interna e USD 72,9 mm/bi para construções militares, registando um crescimento de 6% face ao orçamento de 2008. O projecto orçamental contempla a inclusão de USD 25 mm/bi em subsídios estatais para ajudar a periclitante indústria automóvel. Tal como noticiámos em Julho, a dotação confirma os perigos que ameaçam os três ícones do capitalismo americano – General Motors, Ford e Chrysler. Os subsídios aos três fabricantes vão custar aos contribuintes USD 7,5 mm/bi. O restante será concedido sob a forma de empréstimos com taxas de juro abaixo dos preços de mercado para a modernização de fábricas e a construção de veículos que poluam menos e economizem combustível. As companhias só começarão a amortizar os empréstimos a partir de 2015. ONG’s de controlo sobre políticas públicas identificaram mais de 2300 projectos especiais que consumirão recursos superiores a USD 6,5 mm/bi. Muitos deles satisfazem os grupos de interesses que mais investem em actividades de lóbi e no financiamento aos dois únicos partidos representados no Congresso – Democrata e Republicano. MRA Dep. Data Mining
Rússia propõe cimeira pan-europeia sobre segurança
domingo, setembro 28th, 2008A Rússia propôs hoje em Nova Iorque, no quadro da 63.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), a realização de uma cimeira pan-europeia para a criação de um novo sistema de segurança colectiva na Europa. “A actual arquitectura da segurança europeia não superou o teste que lhe foi feito por acontecimentos recentes”, declarou Serguei Lavrov. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo aludia à crise na Geórgia e às independências unilateralmente proclamadas pelas repúblicas rebeldes da Ossétia do Sul e da Abcázia. Lavrov recordou que o presidente russo, Dmitri Medvedev, está apostado num novo Tratado para a Segurança na Europa. MRA Dep. Data Mining
Brasil: Gigantes brasileiros registaram prejuízos bilionários em negócios especulativos
sábado, setembro 27th, 2008Grandes companhias exportadoras brasileiras perderam nas últimas semanas mais de 1,3 mil milhões/bilhões de reais em operações especulativas com vários tipos de instrumentos derivativos, noticiou hoje a agência Bloomberg. A empresa agro-alimentar Sadia e a Aracruz Celulose registaram pesadas perdas em derivativos de câmbio. A agência estadunidense especializada em informação económica refere que mais empresas brasileiras que operam no mercado das commodities poderão vir a sofrer igualmente prejuízos avultados. A desvalorização do real em 15%, desde 1 de Agosto, terá sido a causadora do fiasco especulativo com derivativos para cobertura de riscos de câmbio. A Sadia, segunda maior companhia alimentar do país, anunciou perdas de 760 milhões de reais (USD 410 milhões). A Aracruz informou o mercado que os prejuízos “são avultados” mas não podem ser ainda contabilizados com rigor. Os director financeiros das duas empresas foram despedidos. Na sessão de ontem da Bolsa de São Paulo (Bovespa), as acções da Sadia caíram 35% e as da Aracruz 17%, as maiores desvalorizações desde 1994 e 1997, respectivamente. O Banco Bradesco, num e-mail aos clientes, revelou que a CVRD/Companhia Vale do Rio Doce, o maior produtor de minério de ferro do mundo, perdeu 600 milhões de reais (USD 325 milhões) com o mesmo tipo de derivativos. Dada a sua dimensão e saúde financeira, a acções da CVRD caíram apenas 3,7%. O índice Bovespa caíu 2%, também ajudado pelos modestos resultados das exportações. O sentimento no mercado bolsista brasileiro é de preocupação por se desconhecer, por enquanto, o grau de exposição das principais empresas cotadas aos instrumentos derivativos e o respectivo grau de alavancagem. MRA Dep. Data Mining
EUA: Banqueiros receberam prémios 10 vezes superiores aos empréstimos para desenvolvimento de países pobres
sábado, setembro 27th, 2008Os principais banqueiros das cinco maiores instituições financeiras de Wall Street receberam USD 3,1 mil milhões/bilhões em salários, bónus e prémios de gestão nos últimos cinco anos, noticiou hoje a agência Bloomberg. Os executivos foram remunerados pelos ruinosos negócios que fizeram com derivativos de crédito. Estes instrumentos financeiros são os principais causadores da maior crise financeira desde a Grande Depressão. O actual secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, recebeu USD 111 milhões, entre 2003 e Julho de 2006, mês em que tomou posse do actual cargo. Após a recusa inicial, Paulson, arquitecto do polémico plano de salvação da indústria financeira americana, aceitou a imposição de limites aos salários dos banqueiros privados durante a audição perante o Congresso, na passada quarta-feira. Os partidos com assento na câmara legislativa exigem a adopção de tal medida como condição para a aprovação do “Plano Paulson”, que prevê que o Estado assuma dívidas e injecte USD 700 mm/bi para consertar o sistema financeiro do país. O valor de USD 3,1 mm/bi é quase 11 vezes superior aos empréstimos concedidos, em 2006, pelas Nações Unidas , a 16 países pobres para investimentos em projectos para a melhoria das condições de vida da população rural. MRA Dep. Data Mining
WaMu entrou com processo de falência judicial
sábado, setembro 27th, 2008O conglomerado financeiro americano WaMU/Washington Mutual, apresentou o pedido de protecção de credores ao abrigo do Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, após ter passado para o controlo do regulador FDIC/Federal Deposit Insurance Corporation, no passado dia 25. O processo da maior falência bancária na história dos EUA, foi apresentado em Delaware e inclui a subsidiária WMI Investment Corp, segundo a agência de comunicação Business Wire. A falência foi provocada depois de, em apenas 10 dias, os clientes terem levantado das contas USD 16,7 mil milhões/bilhões (mm/bi). A carteira de clientes foi adquirida na quinta-feira pelo JPMorgan Chase por USD 1,9 mm/bi. O comprador passou a ser o maior banco dos EUA em depósitos. MRA Dep. Data Mining
Wachovia entre a falência e venda ao desbarato
sábado, setembro 27th, 2008O processo de insolvência do Wachovia agudizou-se nos últimos dias. O banco norte-americano poderá em breve ser adquirido por três instituições –Citigroup, Wells Fargo ou Santander – ou pedir a protecção dos credores, noticiou o Wall Street Journal. A notícia confirma as nossas previsões de 15 de Setembro. A agência Bloomberg, por seu turno, atribui ao CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, a definição do caminho provável para a sorte do Wachovia: “Esperar para ver se os reguladores assumem o controlo do banco, depois comprar os melhores activos e o governo que fique com o resto.” Esta foi a estratégia seguida com êxito na compra do que sobrou do WaMu/Washington Mutual. O valor que o JPMorgan pagou pelos activos do WaMu – USD 1,9 mil milhões/bilhões – representa uma modesta parcela do preço que propôs ao Wachovia, em Março. O negócio não realizou por a administração do Wachovia ter considerado “muito baixo” o valor da oferta. MRA Dep. Data Mining
EUA: Apenas 22% dos americanos apoiam “Plano Paulson”
sábado, setembro 27th, 2008Uma sondagem USA Today/Gallup, realizada na quarta-feira, indica que a maioria dos 1019 inquiridos desaprova o plano de salvação da indústria financeira apresentado ao Congresso dos Estados Unidos, há uma semana, por Henry Paulson, secretário do Tesouro da administração Bush/Cheney. Mais de metade (56%) acha que o poder legislativo deve aprovar medidas de emergência contrárias às sugeridas pelo governo. A libertação de fundos públicos no montante de USD 700 mil milhões/ bilhões para combater a crise apenas mereceu o apoio de 22%. Um em cada 10 inquiridos defende que o Congresso não deverá tomar qualquer iniciativa. Significativamente, 43% revelaram seguir o assunto “com muita atenção” e 37% com “alguma atenção”. Com 8 em cada 10 americanos atentos às tensas negociações entre os partidos Republicano e Democrata, é praticamente seguro que o “Plano Paulson” será recusado pela câmara legislativa estadunidense. A pressão da opinião pública, a escassos 40 dias das eleições presidenciais, deverá levar o Congresso a apoiar medidas que limitem os riscos do investimento público e que punam as empresas e gestores responsáveis pelo enfraquecimento do sistema financeiro global. Um significativo número de congressistas do Partido Republicano, que controla a presidência do país, rebelou-se e recusa qualquer tipo de acordo acusando o governo de “práticas socialistas”. Os democratas, maioritários nas duas câmaras do Congresso, afirmam que só assinam um compromisso desde que o presidente Bush convença os congressistas do próprio partido a subscrever um acordo bipartido. Na sexta-feira, dia do primeiro debate presidencial entre os candidatos Barack Obama (democrata) e John McCain (republicano), outra sondagem da Gallup dava uma vantagem de 3% ao primeiro (48% contra 45%). A crise financeira transformou-se na questão central da campanha beneficiando o candidato afro-americano. Face ao clima depressivo que abala o país, o painel da Gallup que mede a confiança dos consumidores, caiu um ponto, fixando-se nos 81%. MRA Dep. Data Mining
Rússia vai instalar novo sistema de defesa nuclear
sábado, setembro 27th, 2008O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou planos para a construção de um novo sistema de defesa nuclear, operacional a partir de 2020, equipado com um sistema de defesa aeroespacial e modernos submarinos nucleares equipados com mísseis. Os comandantes militares russos apresentarão os planos ao executivo liderado por Vladimir Putin, até ao final do ano. O anúncio é a resposta da Rússia ao reforço das operações da NATO na Europa de Leste, após o conflito Rússia-Geórgia, e um acto de retaliação à recente corrida armamentista de Washington, com o anúncio da instalação de um escudo de defesa antimísseis na Polónia. Um analista ocidental, citado pela Reuters, desvalorizou a iniciativa sublinhando que as vulnerabilidades russas são evidentes na área do armamento convencional e não nos sistemas de dissuasão nuclear. “Eu diria que isto é um golpe de teatro contra o Ocidente, idêntico ao envio para a Venezuela de bombardeiros estratégicos. (…) Isto impressiona apenas a audiência doméstica, não o Ocidente“, disse o tenente-coronel Marcel de Haas, especialista em questões russas e de segurança do Instituto de Relações Internacionais Clingendael, na Holanda. MRA Dep. Data Mining
Brasil: Descoberta de mais petróleo na jazida de Santos
sexta-feira, setembro 26th, 2008A Petrobras anunciou na sexta-feira nova descoberta de óleo leve ao sul da bacia de Santos, em reservatórios arenosos acima da camada de sal, tototalmente controlados pela estatal brasileira. Com esta segunda decoberta, a petrolífera “estima que o volume recuperável de óleo nessa área seja de aproximadamente 150 milhões de barris de óleo equivalente”, refere o comunicado oficial. Os reservatórios descobertos estão situados a 2.060 metros de profundidade. MRA Dep. Data Mining
Brasil: Crédito com recurso externo recuou 2,6% em 15 dias
sexta-feira, setembro 26th, 2008O Banco Central (BC) do Brasil informou na sexta-feira que o aperto do crédito se acentuou na primeira quinzena de Setembro. Até ao dia 15, os empréstimos com recursos externos diminuíram 2,6%, em USD. O chefe do Departamento Económico do BC, Altamir Lopes, sublinhou que a tendência já era observada antes da agudização da crise de liquidez a nível global, precipitada pela falência do Lehman Brothers, o 4.º maior banco de investimentos dos Estados Unidos. A expansão do crédito brasileiro mantém-se mas com recurso a fundos domésticos. Nos primeiros onze dias de Setembro, os empréstimos às empresas cresceram 3,9% e aos particulares 0,9%, comparativamente ao mesmo período de Agosto. A alta foi estimulada pelos empréstimos a pessoas jurídicas, (+ 3,9%) e moderadamente (+ 0,9%) a pessoas físicas. MRA Dep. Data Mining
Bush negou apoio a Israel para atacar Irão, diz Guardian
sexta-feira, setembro 26th, 2008O presidente George W. Bush negou o apoio dos Estados Unidos a um ataque militar de Israel a instalações nucleares iranianas na Primavera passada, noticiou hoje o jornal “Guardian“. Citando “diplomatas ocidentais”, o diário britânico acrescenta que Bush terá informado o então primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, durante a sua viagem oficial a Washington, em 14 de Maio, que aquela posição seria mantida até 20-01-2009, dia da tomada de posse do próximo presidente americano. A decisão foi comunicada na mesma altura em que o Complexo Industrial-Militar (CIM) americano concluía negócios no valor de USD 24 mil milhões/bilhões para o rearmamento de Israel e dos seus aliados árabes. MRA Dep. Data Mining
Nova Zelândia entrou oficialmente em recessão
sexta-feira, setembro 26th, 2008A economia da Nova Zelândia encolheu 0,2% no 3.º trimestre confirmando ter entrado na primeira recessão desde 1998. No trimestre anterior a quebra no crescimento económico atingira os 0,3%. Os dados foram divulgados hoje pelo departamento nacional de estatística – Statistics New Zealand. Analistas admitem a possibilidade de o banco central neozelandês baixar as taxas de juro na próxima reunião da comissão monetária, em Outubro. MRA Dep. Data Mining
Short selling: China aprova regras do capitalismo e da especulação financeira
sexta-feira, setembro 26th, 2008O Conselho de Estado da China, contrariamente à actual tendência nos países capitalistas afectados pela crise financeira global, abriu as portas a mecanismos especulativos ao legalizar a compra de acções a crédito e a venda de títulos a descoberto, noticiou a agência Bloomberg. A medida pretende reanimar os mercados de capitais chineses após meses de retracção dos negócios. MRA Dep. Data Mining
Bank of East Asia resiste ao levantamento dos depóstitos
sexta-feira, setembro 26th, 2008O 3.º maior banco de Hong Kong – Bank of East Asia Ltd. – está a resistir com sucesso à corrida aos depósitos por parte dos clientes e as operações estão a “regressar rapidamente ao normal”, noticiou a agência Bloomberg. As acções do banco recuperaram 3,4% nas últimas 24 horas. A Autoridade Monetária de Hong Kong – HKMA/Hong Kong Monetary Authority – apoiou os esforços do BEA para recuperar a confiança do mercado e neutralizar os boatos sobre a debilitada saúde financeira do banco. O secretário das Finanças, John Tsang , alegou que os rumores eram “infundados” e garantiu que a instituição tem capital suficiente para operar. Ainda assim, o presidente da HKMA, Joseph Yam, apelou aos depositantes para manterem a calma, enquanto decidiu injectar liquidez no sistema. MRA Dep. Data Mining
Regulador assume controlo do WaMu e vende depósitos ao JPMorgan Chase
sexta-feira, setembro 26th, 2008O JPMorgan Chase, o 3.º maior banco dos Estados Unidos em activos, fechou o acordo para a compra dos depósitos do banco hipotecário WaMu/Washington Mutual, noticiou a agência Bloomberg. O regulador Federal Deposit Insurance Corp. assumiu o controlo da empresa e vendeu ao JPMorgan Chase os créditos de boa qualidade por USD 1 900 milhões. Os activos do WaMu ascendem a USD 307 mil milhões/bilhões (mm/bi). Desde a implosão da bolha imobiliária estadunidense, as hipotecas detidas pelo WaMu, no valor de USD 19 mm/bi, perderam metade do valor, segundo um comunicado do organismo norte-americano regulador das caixas económicas – Office of Thrift Supervision. As acções do JPMorgan Chase registaram uma desvalorização de quase 30% no último ano. MRA Dep. Data Mining
“PIG” versus “BRIC”
quinta-feira, setembro 25th, 2008“Um novo confronto de siglas caracteriza o atual ambiente global, transformado pela crise que atingiu as maiores economias do mundo. Enquanto os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) continuam a ser apontados como os condutores do crescimento mundial, agora na Europa a expressão Pigs (porcos, em inglês) vem cunhar a posição menos favorecida de Portugal, Itália, Grécia e Espanha. “Brics soa bem, mas Pigs, não”, disse o vice-presidente sênior do The Economist Group, Daniel Thorniley, durante o evento “Emerging Markets Summit 2008”, realizado ontem em Londres.
A referência aos principais emergentes do mundo, criada pelo executivo do Goldman Sachs Jim O?Neill, em 2001, faz alusão a “brick” – tijolo em inglês. Já a sigla Pigs começou a ser usada pela mídia internacional para caracterizar os países europeus próximos da recessão. Ao aparecer na coluna “Lex” do jornal britânico Financial Times no início do mês, o termo chegou a irritar o ministro de Economia português, Manuel Pinho. Polêmica à parte, a percepção de executivos e especialistas é de que agora a busca por oportunidades mais lucrativas de crescimento a longo prazo ganhará mais intensidade. Nesse contexto, a adoção de estratégias adequadas aos mercados emergentes recebe importância renovada. “As empresas alemãs não estão investindo na Alemanha porque não há confiança”, disse Thorniley, ressaltando que a inflação afetou o poder de compra da população. Por isso, ele acredita que os emergentes, onde há mercado consumidor, são mais atraentes. “Os executivos estrangeiros reconhecem que, se quiserem elevar seus lucros, não será em seus mercados domésticos”, disse o diretor Danny Lopez, da UK Trade & Investment (UKTI), órgão do governo britânico. Para Jim O?Neill – que como “pai” dos Brics continua entusiasta -, o crescimento econômico global virá cada vez mais desses países. “Entre eles, acho que o Brasil é hoje o mais interessante, pois está conseguindo passar por anos de estabilidade depois de anos de caos.”
Artigo original em O Estado de S. Paulo, 24-09-2008
Crise sistémica: Corrida ao Bank of East Asia, em Hong Kong
quinta-feira, setembro 25th, 2008O Bank of East Asia (BEA) – começou ontem a sofrer a investida dos depositantes com maciços levantamentos de fundos, noticiou o Financial Times. O presidente da instituição, David Li, interrompeu uma visita aos Estados Unidos e regressou de urgência à região administrativa autónoma da China numa tentativa desesperada para conter a corrida ao banco e acalmar os accionistas. A agência Bloomberg informou que o banco central de Hong Kong e a polícia iniciaram investigações tendentes a clarificar “rumores maliciosos” sobre a saúde financeira do BEA, disseminados via telefone. “Os boatos não têm fundamento”, disse Li à chegada ao aeroporto de Hong Kong. “O banco não tem problemas”, assegurou. O BEA informou que a sua exposição à falência do banco estadunidense Lehman Brothers e à nacionalizada seguradora AIG/American Insurance Group representa menos de 0,2% dos seus activos. O director executivo do banco central de Hong Kong, Joseph Yam, garantiu que o BEA dispõe de uma “ampla base de capitais próprios” e que o sistema bancário da região autónoma é “robusto”. Em caso de falência, tal como na maior parte dos países, apenas estão cobertos os riscos dos depósitos inferiores a 100 mil dólares de Hong Kong. Na sessão de ontem, as acções do banco desvalorizaram 6,9% e registam perdas acumuladas de 37% desde o início do ano. Os prejuízos estão relacionados com a exposição do banco asiático a activos hipotecários de alto risco (subprime). Em 30-06-2008, os activos do BEA ascendiam a EUR 34,6 mil milhões/bilhões (mm/bi) – HKD 396,6 mm/bi – sendo o rácio capital/depósitos igual a 14,6%. A especulação sobre a frágil solidez financeira do banco iniciou-se em 18-09-2008 quando as agências de rating Moody’s e Standard & Poor’s informaram o mercado que poderão baixar as notações de risco do BEA. A última corrida a um banco na praça de Hong Kong – Internacional Bank of Asia – ocorreu em 1997, mas o banco manteve-se em actividade e independente até 2003, ano em que foi adquirido pelo grupo Fubon Financial Holding Co., de Taiwan, por USD 415 milhões – 1,16 vezes superior ao valor do respectivo balanço. MRA Dep. Data Mining
China Ferrovia reconstrói Caminho de Ferro de Benguela
quinta-feira, setembro 25th, 2008A circulação ferroviária no troço Lobito (Benguela)/Luau (Moxico) será retomada em Maio de 2011, vinte anos após a sua paralisação, anunciou Liu Feng, o responsável da empresa chinesa encarregue da reconstrução do Caminho de Ferro de Benguela. O engenheiro-chefe da China Ferrovia, disse à Angop que a empreitada, com início previsto para este mês, representa um investimento de 1 800 milhões de dólares e vai ser executada por 3 000trabalhadores angolanos e 1 500 chineses. Disse ainda que os primeiros três meses da obra serão ocupados com a remoção dos antigos carris e a montagem da fábrica de travessas e produção de britas. A reconstrução do CFB vai impulsionar o desenvolvimento das regiões centro e leste de Angola e fortalecerá a integração regional dentro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). A ferrovia serve três países vizinhos – República Democrática do Congo, Zâmbia e Zimbabué. MRA Dep. Data Mining
Crise sistémica: Quem é o Sr. Henry Paulson?
quarta-feira, setembro 24th, 2008O pai do plano de salvação financeira, oficialmente estimado em USD 700 mil milhões/bilhões (mm/bi), Henry Merritt Paulson Jr, 62 anos de idade, é o actual secretário do Tesouro dos Estados Unidos – equivalente a ministro das Finanças na Europa – e membro do Conselho de Governadores do Fundo Monetário Internacional (FMI). Tomou posse do cargo na segunda administração Bush/ Cheney, no dia 10 de Julho de 2006. Segundo a revista Forbes, foi CEO do banco de investimento Goldman Sachs, durante 8 anos e integrou os quadros da instituição durante 15. Enquanto banqueiro distinguiu-se como especialista em derivativos de crédito, tendo sido o 12.º executivo bancário mais bem pago do segmento, em 2006. Antes de tomar posse do actual cargo governamental, nos primeiros seis meses de 2006, recebeu da Goldman Sachs, em salários e prémios de gestão, USD 16,4 milhões. Em 2005, o cargo rendeu-lhe USD 37 milhões. Ainda segundo a Forbes, em Dezembro de 2006, Henry Paulson, detinha 0,92% do capital da Goldman Sachs. Ao câmbio da altura, em acções do banco, o secretário das Finanças possuía activos no valor de USD 632,4 milhões. No último ano, a crise sistémica reduziu aquele património em 40%. Durante o mandato de Paulson, os bancos de investimento de Wall Street sofreram embates decisivos. O Bear Stearns foi comprado, em Março, pelo JPMorgan Chase. Em Agosto, o Lehman Brothers declarou falência e o rival Merril Lynch foi absorvido pelo Bank of America. No domingo passado, os dois últimos sobreviventes – Goldman Sachs e Morgan Stanley – foram autorizados a mudar de estatuto – bancos de retalho – para terem acesso a novas facilidades de crédito e a captação de depósitos. Os casos Fannie Mae, Freddie Mac e AIG/American International Group (AIG) envolveram créditos e garantias estatais no valor de milhões de biliões/trilhões de dólares. O Plano Paulson, em fase de apreciação pelo Congresso, implicará a mobilização de, pelo menos, USD 700 mm/bi. “Mr. Risk”, foi elogiado pela Business Week (BW), em 2006, como alguém que sabe criar e gerir dividas e riscos. “No último Relatório e Contas, Paulson – escreveu a BW – releva a vontade do Goldman de assumir riscos com os clientes: ‘Os bancos de investimento devem investir mais capitais próprios quando executam transacções’. O assunto tornou-se uma obsessão no Goldman. Como descobrir riscos lucrativos, como os controlar e monitorar, bem como evitar catastróficos passos em falso que podem arrasar companhias inteiras. Isso significa contrair mais dívida: USD 100 mm/bi em dívida de longo prazo, durante 2005, comparativamente com USD 20 mm/bi, em 1999. Isso significa apostar em grande em todo o género de derivativos exóticos e outros títulos. E implica segurar quase USD 50 mm/bi no mealheiro, cash suficiente e títulos com liquidez para aguentar a firma em situações de crise financeira.(…) A nomeação de Paulson, o Sr. Risco, como secretário das Finanças é tão irónica quanto apropriada.(…) Claramente, Paulson não tem medo das dívidas nem de assumir riscos. Isso pode torná-lo na pessoa ideal para agarrar a situação económica e fiscal [do país], que é mais parecida com a do Goldman do que a maior parte dos economistas admitirão.” Dois anos depois, Paulson emitiu uma nota na qual solicita ao Congresso “autoridade para comprar activos críticos de instituições financeiras tendo em vista promover a estabilidade do mercado e ajudar a proteger as famílias americanas e a economia dos Estados Unidos.” No domingo, no programa Meet The Press da NBC, Paulson apresentou as suas razões. As vozes críticas não se fizeram esperar. “Com Paulson actualmente a tentar conseguir obter poderes ilimitados para administrar a maior operação de salvamento da indústria financeira na história dos EUA, muitos também se interrogam se Paulson não entrou numa dinâmica com enormes conflitos de interesses.” MRA Dep. Data Mining
Nota: Meet The Press e vozes críticas são links para os temas abordados.
EUA: FBI investiga empresas envolvidas na crise financeira
quarta-feira, setembro 24th, 2008O FBI, a polícia judiciária estadunidense, iniciou uma investigação sobre possíveis fraudes no financiamento de hipotecas nas agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, na seguradora AIG e no falido banco de investimentos Lehman Brothers. Dois funcionários de investigação criminal revelaram ontem que o FBI procura descobrir eventuais fraudes cometidas nas operações de crédito hipotecário que deu origem à crise subprime. As investigações centrar-se-ão nas instituições financeiras e respectivos gestores de topo. Actualmente o FBI investiga empresas e indivíduos suspeitos de terem manipulado os balanços, contribuindo para provocar a actual crise financeira. Na semana passada, o director do FBI, Robert Mueller, informou o Congresso que a polícia criminal dos EUA estava a investigar 24 empresas financeiras “de grande porte” por alegadas irregularidades. Ontem o secretário do Tesouro, Henry Paulson, e o presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, esbarraram com o crescente cepticismo do Congresso para a aprovação de um programa de emergência – USD 700 mm/bi – para recuperar a confiança dos mercados financeiros e evitar uma recessão. Senadores dos partidos Republicano e Democrata expressaram fortes reservas ao “Plano Paulson” recusando-se a “passar um cheque em branco” sem que estejam acautelados os interesses dos contribuintes. Políticos e analistas contestam o alcance e dimensão do programa considerando-o “vago”, “inútil” e “violador dos mecanismos de uma verdadeira economia de mercado”. MRA Dep. Data Mining
Transparência: Corrupção piora em Portugal e na maioria dos países lusófonos
quarta-feira, setembro 24th, 2008A maioria dos países lusófonos, excepto Cabo Verde, regrediu no índice global de corrupção, divulgado pela Transparência Internacional. Por ordem decrescente, a lista classifica anualmente o impacto do fenómeno em 180 países. O grau de corrupção do sector público é calculado com base em avaliações de empresários e analistas de cada país. Portugal ocupa este ano a 32ª posição (6,1 pontos), tendo perdido quatro lugares em relação a 2007. A seguir, Cabo Verde subiu dois lugares, passando da 49.º para 47.º (5,1), equiparando-se à Costa Rica, Hungria, Jordânia e Malásia. O Brasil passou de 72.º para 80.º (3,5), lugar que divide com quatro países – Burkina Faso, Marrocos, Arábia Saudita e Tailândia. O recuo mais significativo foi de São Tomé e Príncipe, que passou do 118.º para o 123.º lugar, mantendo o mesmo número de pontos (2,7) e partilhando a posição com o Nepal, Togo, Nigéria e Vietname. Moçambique caiu 15 posições na lista , ficando em 126.º lugar. O estudo da Transparência Internacional coloca Timor Leste entre os países onde a situação se deteriorou “significativamente”. Dili teve o pior recuo, passando da 123.ª posição para a 145.ª (2,2). O desempenho timorense é igual ao do Cazaquistão e ligeiramente melhor do que o Bangladesh, Quénia e Rússia. Angola e Guiné–Bissau perderam 11 lugares (1,9 pontos) obtendo pontuação idêntica ao Azerbeijão, Burundi, Gâmbia, Congo, Serra Leoa e Venezuela. Macau, região administrativa especial da China, registou um “agravamento dos níveis percebidos de corrupção”, passando do 34º para o 43º lugar (5,4 pontos). Numa tabela de 1 a 10, a Dinamarca, Nova Zelândia e Suécia dividem o primeiro lugar como uma pontuação de 9,3 pontos, seguidos de Singapura (9,2). Os países mais corruptos são a Somália (1 ponto), o Iraque e Mianmar (1,3) e o Haiti (1,4 ). Durante a apresentação do Índice TI 2008, em Berlim, Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional, destacou os aumentos contínuos dos níveis de corrupção nos países pobres e os constantes escândalos envolvendo empresas e organismos dos países ricos. “Os aumentos contínuos nos níveis de corrupção e pobreza, que afectam muitas das sociedades do mundo, caminham para um desastre humanitário e não podem ser tolerados. Porém, até mesmo nos países mais privilegiados, onde as sanções são aplicadas de formas perturbadoramente desiguais, o combate à corrupção deve endurecer”, afirmou. MRA Dep. Data Mining
Bancos internacionais propõem solução para calote argentino
quarta-feira, setembro 24th, 2008Barclays, Citibank e Deutsche Bank fizeram uma oferta para reabrir a troca de bónus da dívida argentina com credores privados, informou o governo da Argentina, que deverá responder aos interessados até meados de Outubro. Se a proposta for aceite será posteriormente submetida à aprovação do Congresso, podendo abrir caminho à regularização da divída externa argentina, actualmente em incumprimento (default). A presidente Cristina Kirchner, anunciara na segunda-feira, em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU, que os três bancos pretendem trocar títulos com os 1/4 dos credores privados que recusaram, em 2005, as propostas de Buenos Aires para reestruturação da dívida. Os bónus em causa ascendem a USD 20 mil milhões/bilhões (mm/bi). Na operação com os restantes credores o Tesouro argentino trocou títulos no valor de USD 81,8 mm/bi. Cristina Kirchner adiantou que os três bancos ofereceram condições mais interessantes do que as aceites pelos credores para a operação de 2005. A proposta contempla o refinanciamento de empréstimos para amortização da dívida pública vincenda em 2009 e 2010. No próximo ano vencem-se USD 31 mm/bi. Durante a visita a Nova York, a presidente argentina debaterá com os líderes dos 19 países que integram o Clube de Paris os detalhes para o cancelamento da dívida do país sul-americano. MRA Dep. Data Mining
Berkshire Hathaway investe USD 5 mm/bi no Goldman Sachs
quarta-feira, setembro 24th, 2008O multimilionário especulador Warren Buffett , através da holding – Berkshire Hathaway – decidiu investir USD 5 mil milhões/bilhões (mm/bi) no grupo Goldman Sachs, ontem transformado em banco de retalho. O anúncio da Berkshire informa que o investimento será em acções preferenciais com um dividendo de 10%. A Berkshire poderá igualmente adquirir USD 5 mm/bi em warrants para a compra de acções ordinárias ao preço de execução de USD 115/acção, por um período de cinco anos. A cotação da Goldman encerrou hoje a USD 125/acção, mais 3,54% do que ontem. Nas últimas 52 semanas, o banco de Wall Street sofreu perdas acumuladas de 40%. A operação insere-se na sua estratégia de captação de USD 7,5 mm/bi através da emissão de acções. Os activos da Berkshire ascendem a USD 278 mm/bi. Coca Cola, Wells Fargo, American Express e a holding que controla o jornal Washington Post são alguns dos investimentos mais significativos em carteira. MRA Dep. Data Mining
Angola: Sonangol e filha do presidente reforçam posições na banca
terça-feira, setembro 23rd, 2008 O Banco Comercial Português (BCP) finalizou hoje o acordo com a Sonangol e o Banco Privado Atlântico (BPA), participado pela petrolífera angolana, para a entrada no capital do Millennium Angola, onde assumirão 49,9 por cento do capital. Com o negócio, os fundos próprios do Millennium Angola serão reforçados em 68 milhões de euros. A Sonangol vai assumir uma posição de 29,9 % e cabendo 20% ao BPA. Em paralelo o Millennium Angola entra no capital do BPA, onde passa a controlar 10% do capital. O entendimento surge um dia depois de a Caixa Geral de Depósitos e o Santander terem concluído um acordo semelhante com a Sonangol e os empresários angolanos Jaime Freitas e António Mosquito. A transacção envolveu o Totta Angola, que passará a designar-se Banco Caixa Geral Totta Angola. Os accionistas angolanos também passam a controlar 49% do capital. O valor associado ao negócio CGD/Santander/Sonangol, ascende a 68 milhões de euros. A petrolífera vai assumir igualmente o controlo de 49,9% do capital do Banco de Fomento de Angola, controlado pelo BPI. Neste negócio, anunciado na semana passada, a Sonangol entra como accionista minoritário da empresa angolana de telecomunicações Unitel. A Portugal Telecom (25%) e uma empresa liderada por Isabel dos Santos, filha do presidente José Eduardo dos Santos, são accionistas da Unitel. Os parceiros angolanos pagarão cerca de 338 milhões de euros por 49,9% do BFA. Isabel dos Santos é igualmente accionista do Banco Espírito Santo Angola, onde detém uma participação de 20%. Paralelamente, através da SPF/Sociedade de Participações Financeiras, Isabel dos Santos detém 25% do BIC Portugal, o primeiro banco de capitais maioritariamente angolanos que opera, desde Maio, na praça lisboeta. Presidido pelo ex-ministro português da Indústria, Mira Amaral, e com um capital social de 17,5 milhões de euros, o BIC Portugal tem uma estrutura accionista idêntica à do BIC Angola. Conjuntamente com o investidor português Américo Amorim (25%) e com o presidente do BIC Angola, Fernando Teles (20%), a empresária angolana controla 70% do capital. Participam igualmente no capital social do BIC Portugal, o empresário luso-brasileiro José Ruas (10%) e o ex-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Sebastião Lavrador (5%). O BIC Portugal funciona como plataforma lusitana dos bancos angolanos na Europa, tendo em vista a gestão dos seus fluxos financeiros. MRA Dep. Data Mining