Archive for agosto, 2008

Mais um navio na ligação Brasil-Angola

sábado, agosto 30th, 2008

A linha comercial marítima entre o Porto de Paranaguá, no litoral sul do Brasil, e Angola, acaba de receber mais um navio. A armadora italiana Grimaldi, que inaugurou a rota em julho do ano passado com apenas um navio para a exportação de veículos, viu o crescimento contínuo dos negócios com o país e ampliou a freqüência das ligações, agora com três navios. Desde o início da linha marítima até agora, já atracaram no Porto Paranaguá 16 navios para levar veículos com destino a Angola.

Fonte: Embaixada de Angola no Brasil

Folha obriga a indemnizar advogado por ofensa do direito à imagem

sábado, agosto 30th, 2008

A empresa Folha da Manhã Ltda. deve pagar indenização de R$ 250 mil por erro na publicação de fotografia. Numa de suas edições de domingo, em 2001, o jornal Folha de S. Paulo publicou a matéria intitulada “Bairro de São Paulo atrai vizinhança homossexual”, na qual incluiu a foto de um advogado numa suposta insinuação de se tratar de público gay.

A foto foi publicada no caderno Cotidiano e fazia referência aos gays “de armário” que agendavam encontros noturnos pela internet. A foto, segundo a defesa, foi tirada furtivamente, no momento em que o advogado abraçava um conhecido em frente a um café. Havia indicação de que o fotógrafo eliminou do enquadramento as respectivas esposas, que se encontravam no local. Apesar da imagem escura, era plenamente possível a identificação.
Fonte: Carta Forense

Assanhar a Europa

quarta-feira, agosto 27th, 2008

O presidente da Geórgia, Saakashvili, qualificou de “sem-vergonha” a decisão anunciada na terça-feira por Moscovo de reconhecer a independência das regiões separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia. Mas viu um lado bom: “Pelo menos facilita muitas coisas para o mundo. Eles constituíram um desafio ao mundo, agora cabe ao mundo lidar com esse desafio“.

“Estou de certa forma tranqüilizado pelas boas reações do Ocidente e em geral do mundo. O que me tranqüiliza é que pelo menos as pessoas vêem a realidade agora”, disse ele. “Cabe agora a nós repelir a agressão russa. Se eles levarem isso adiante, vão continuar, vão também atacar outros países na vizinhança“, disse Saakashvili.

Na opinião de Saakashvili, a Rússia invadiu o seu país porque quer “controlar 40 por cento mais recursos [energéticos] da Ásia Central e do Cáspio, basicamente“. E por isso, disse, a Europa precisa se mobilizar para não agravar sua dependência em relação à Rússia.

Ler mais

Isto é o que se chama provocação para a guerra

Cáucaso: Dois pesos, duas medidas e muitas posições perigosas

quarta-feira, agosto 27th, 2008

Entre na janela no lado direito e escreva Kosovo em pesquisas.

Em 12 de Janeiro escrevia Pedro Varanda de Castro:

«A União Europeia (UE) tem tudo a postos para proceder de forma concertada ao reconhecimento de uma Declaração Coordenada de Independência do Kosovo que, segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, é esperada por Bruxelas entre o final de Fevereiro e o início de Março. “A presidência eslovena – acrescenta o jornal – só deverá reconhecer a soberania da província sérvia num quadro de coordenação internacional que envolva pelo menos os Estados Unidos.”
Citando fontes não identificadas da Comissão Europeia, em Bruxelas, o diário lisboeta refere que “o calendário do executivo comunitário já está delineado” precisando que “em Fevereiro a Missão Civil e Policial da UE para o Kosovo deverá estar pronta a avançar para o terreno” sendo em Março “reconhecida a soberania de Pristina.” O calendário e as medidas, de acordo com o relato do DN será definido na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, a realizar na Eslovénia nos dias 28 e 29 de Março.»

Em 16 de Janeiro escrevíamos o seguinte:

« O Kosovo está no centro das prioridades da presidência eslovena da União Europeia. Esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, relembrou que a actual província separatista sérvia gozava, no tempo da Federação Jugoslava, de uma autonomia semelhante à da Sérvia. Porém, disse, o então líder sérvio Slobodan Milosevic pôs-lhe termo. Neste contexto, o chefe do governo da Eslovénia defende uma solução rápida que evite complicações diplomáticas decorrentes de uma independência não negociada do Kosovo, ignorando os interesses geopolíticos em presença.

Não parece possível um acordo no Conselho de Segurança [da ONU] num futuro próximo. Por outro lado, todos sabemos que atrasar a solução poderia desestabilizar drasticamente a região dos Balcãs. A situação actual não é sustentável e o Kosovo representa um problema especial que não pode ser comparado a nenhuma outra situação no mundo”, enfatizou.

A declaração foi interpretada por analistas europeus como uma mensagem dirigida a alguns países que se opõem à independência do Kosovo, designadamente a Rússia, Chipre ou a Grécia, para além da própria Sérvia. Todos, pelas mesmas razões, receiam que a independência kosovar alimente sentimentos separatistas dentro dos seus territórios. Janez Jansa confirmou o envio de uma missão de paz para a região, conforme a decisão dos Chefes de Estado e de Governo, tomada durante o Conselho Europeu de Lisboa, no final da Presidência portuguesa da União Europeia, no mês passado.»

Pode ler, em 26 de Fevereiro:

«Um conjunto de 18 países reconheceu já formalmente a autoproclamada independência do Kosovo, entre os quais dez da União Europeia. Contra a independência manifestaram-se dez países, três deles da UE. Portugal definirá a sua posição sobre o processo de independência do Kosovo “muito brevemente”, depois de terminadas as consultas com o Presidente da República ».

Em 23 de Fevereiro:

«A independência do Kosovo cria um “precedente horrível” que se atravessará “na garganta” dos ocidentais, declarou ontem, em Moscovo, o presidente russo, Vladimir Putin, durante um encontro com os dirigentes da Comunidade de Estados Independentes (ex-URSS sem Estados bálticos).

“O precedente do Kosovo é horrível. De facto, fez voar em estilhaços todo o sistema das relações internacionais existente não apenas há décadas mas séculos”, disse Putin.

Evocando os países que já reconheceram a proclamação da independência do Kosovo, o presidente russo estimou que a situação terá “consequências imprevisíveis”. “Eles não pensam nas consequências do que fazem. No final, é como um pau de dois bicos e um dia uma das pontas vai ficar-lhes atravessada na garganta”, acrescentou Putin dirigindo-se aos países ocidentais.

A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e tradicional aliado da Sérvia, opõe-se inflexívelmente à independência do Kosovo.»

26 de Fevereiro:

«Um conjunto de 18 países reconheceu já formalmente a autoproclamada independência do Kosovo, entre os quais dez da União Europeia. Contra a independência manifestaram-se dez países, três deles da UE. Portugal definirá a sua posição sobre o processo de independência do Kosovo “muito brevemente”, depois de terminadas as consultas com o Presidente da República e com o parlamento, declarou na sexta-feira o primeiro-ministro José Sócrates. Na região as tensões étnicas e diplomáticas aumentam. Mais …»

29 de Fevereiro:

«A Rússia afirmou ontem perante o Conselho de Segurança da ONU que a missão que a União Europeia (UE) deve enviar ao Kosovo é “ilegal”, pois a autoridade no terreno continua nas mãos das Nações Unidas.“O envio de uma missão da UE seria ilegal e, portanto, qualquer tentativa de usurpar as funções da Unmik (a administração interina da ONU no Kosovo) é contrária à resolução 1.244″ que rege os destinos do Kosovo, defendeu o embaixador russo junto da ONU, Vitaly Churkin.

No entanto, a UE reiterou no passado a legalidade da missão no território balcânico, e o presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, no dia 21 de Fevereiro, disse ter obtido “o acordo das Nações Unidas”. »

Lê-se na Wikipedia, que não é, propriamente uma enciclopédida pró-russa:

A Ossétia do Sul (em osseto: Хуссар Ирыстон, transl. Khussar Iryston; em georgiano: სამხრეთ ოსეთი, transl. Samkhret Oseti; em russo: Южная Осетия, trans. Yujnaya Ossétiya) é uma região do Cáucaso do Sul, anteriormente chamada de Oblast Autônomo da Ossétia do Sul, dentro da República Socialista Soviética da Geórgia, parte da qual tem sido independente de facto da Geórgia desde a sua declaração de independência como República da Ossétia do Sul, durante o conflito osseto-georgiano no início da década de 1990. A independência do país, no entanto, ainda não recebeu reconhecimento diplomático oficial de qualquer um dos membros da Organização das Nações Unidas, que continua a considerar a Ossétia do Sul como parte integrante da Geórgia. Os georgianos mantêm o domínio sobre parte dos distritos situados no leste e sul da região, onde foi criada, em abril de 2007, uma Entidade Administrativa Provisória da Ossétia do Sul[1][2][3][4], comandada por ossetas, muitos antigos membros do governo separatista, que decidiram negociar com a autoridades da Geórgia a respeito do estatuto final e da resolução do conflito. (…)

A Organização das Nações Unidas, a União Européia, a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, o Conselho da União Européia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte e a maioria dos países do mundo reconhecem a Ossétia do Sul como parte da Geórgia. No entanto o governo secessionista do estado não-reconhecido organizou um segundo referendo de independência[6] no dia 12 de novembro de 2006, depois do primeiro referendo, realizado em 1992, não ter sido reconhecido pela comunidade internacional.[7] De acordo com as autoridades eleitorais de Tskhinvali, o resultado do referendo foi esmagadoramente favorável à independência, com 99% dos eleitores apoiando a separação da Geórgia, com um índice de abstenção de cerca de 5% dos eleitores.[8] O referendo foi monitorado por uma equipe de 34 observadores internacionais em 78 postos de votação[9]. No entanto, a eleição novamente não foi reconhecida pela ONU, União Européia, OSCE, OTAN, bem como pelos Estados Unidos e pela Federação Russa, dada a falta de participação de eleitores da etnia georgiana e a questão da legalidade do referendo sem o reconhecimento do governo central, em Tbilisi.[10] Paralelamente a estas eleições e referendos, um movimento político osseta de oposição ao governo secessionista oficial organizou suas próprias eleições, nas quais tanto habitantes georgianos como ossetas da região votaram a favor de Dmitri Sanakoev como presidente alternativo da Ossétia do Sul.[11] Esta “eleição alternativa” conseguiu o apoio de toda a população de etnia georgiana do território, e, em 2007, Sanakoev tornou-se o chefe da Administração Provisória da Ossétia do Sul.

Em 13 de julho de 2007 a Geórgia montou uma comissão governamental, encabeçada pelo primeiro-ministro Zurab Noghaideli, para desenvolver a autonomia da Ossétia do Sul dentro do estado georgiano. De acordo com as autoridades da Geórgia, o estatuto seria elaborado dentro da estrutura dum “diálogo de todas as partes”, englobando todas as comunidades que compõem a sociedade osseta.[12]

Em 8 de Agosto, tropas da Geórgia invadiram o território da Ossétia do Sul, para o tomarem pela força.

Chacinaram, literalmente, os cidadãos russos que encontraram, causando a morte de mais de um número indeterminado de pessoas, entre as quais alguns capacetes azuis russos, que ali se encontravam em missão de paz.

A Rússia reforçou o seu contingente, alegando que o fazia para proteger os seus cidadãos, forçando com isso ao recuo das tropas georgianas.
Iniciou-se então uma gigantesca campanha de desinformação, com os media ocidentais a informar que os russos invadiram a Geórgia e os Estados Unidos, de um lado, a reclamar a retirada das tropas russas e do outro a lançar uma «campanha de ajuda» através de vasos de guerra no Mar Negro.

Moram na Ossétia do Sul cerca de 70.000 pessoas, ocupando uma área de cerca de 4.000 quilómetros quadrados. Os ossetas têm uma língua e cultura próprias, diferente das da Geórgia e, como atrás se referiu, mais de 99% pronunciaram-se em referendo a favor da independência, não tendo os resultados sido reconhecidos porque os georgianos não participaram nas eleições.

No dia 26 de Agosto de 2008, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou que a Rússia reconhecia a independência das regiões separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abkházia.
Nada de substancialmente diferente do que havia sido feito por relação ao Kosovo, com a agravante de no caso do Kosovo não terem sido chacinados cidadãos americanos ou europeus.

Diz o jornal Correio da Manhã:

«O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou esta terça-feira o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas georgianas da Ossétia do Sul e Abkházia, contra todos os apelos lançados pela comunidade internacional.

O anúncio foi feito durante uma intervenção televisiva, com Medvedev a confirmar ter assinado os decretos sobre o reconhecimento de Moscovo da independência das duas regiões separatistas georgianas, tradicionalmente pró-russas.

A decisão foi tomada durante uma reunião, esta terça-feira, do Conselho Nacional de Segurança russo, um dia após o apelo do Parlamento de Moscovo para o reconhecimento da independência das duas repúblicas separatistas.

‘Não é uma opção fácil, mas é a única opção para preservar as vidas das pessoas’, justificou o presidente russo, acrescentando ao optar pela ofensiva militar sobre a Ossétia do Sul e a Abkházia, a Geórgia ‘optou pelo genocídio para atingir os seus objectivos políticos’.»

Todos os jornais referem que o reconhecimento russo provocou alegria nos dois territórios (que, somados, equivalem a duas vezes o Algarve), mas também um coro de protestos de europeus e americanos.

Há, claramente, dois pesos e duas medidas no tratamento dos separatistas do Kosovo e da Ossétia e Abecasia. E há uma gravíssima ocultação de dados elementares para a compreensão do problema do Cáucaso.

É por demais óbvio que a Rússia tem todo o direito de reconhecer as independências que quiser. Como os Estados Unidos e alguns países europeus tiveram o direito de reconhecer a do Kosovo.

Perigoso e manifestamente contrário ao espírito da Carta das Nações Unidas é que, em vez da pacificação que podem trazer as independências (ou os povos já não têm o direito à independência?) se crie um quadro de pré-guerra que só interessa aos Estados Unidos.
A Europa anda à deriva, sem política externa e sem política de defesa comuns e alguns dos seus líderes acompanham, de forma absolutamente irresponsável, a provocação dos americanos, que nos pode conduzir a um novo conflito mundial, como já avisou Gorbachov.
A presidência francesa está a destruir todo o trabalho diplomático que culminou com a cimeira UE-Rússia, no ano passado, em Mafra.
O isolamento da Rússia só interessa aos Estados Unidos e pode ter efeitos catastróficos nas nossas economias.
O descambar para um quadro de guerra – que se está a provocar – seria uma loucura de dimensões descomunais, que conduziria à destruição da infra-estrutura europeia, na hipótese de a Europa se envolver no conflito.

Não se pode fazer guerra à Rússia e exigir-lhe que, nessa hipótese trágica, não bombardeie as nossas cidades nem destrua os nossos equipamentos.
Não viram o que aconteceu no Iraque, onde destruiram tudo, por causa de um homem?

Estão a imaginar Moscovo? E Paris? E Madrid? E Lisboa?

Miguel Reis

Gomes Canotilho em palestra na Embaixada de Portugal

quarta-feira, agosto 27th, 2008

O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, bem como os seus antecessores no cargo, ministra Ellen Gracie e ministro Marco Aurélio de Mello, foram algumas das personalidades que assistiram à palestra que o Professor Joaquim Gomes Canotilho, um dos mais prestigiados juristas portugueses, proferiu na noite de hoje, no Centro Cultural do Instituto Camões, na Embaixada de Portugal, em Brasília. Juristas, académicos e estudantes de Direito estiveram presentes na ocasião.
O palestrante foi apresentado pelo embaixador Francisco Seixas da Costa, que destacou a importância da obra do Professor Gomes Canitilho e o reconhecimento que a mesma tem no Brasil. Para o diplomata português, “Gomes Canotilho é uma das figuras que honra Portugal no mundo académico internacional” e referiu a honra que a Embaixada tinha em poder acolhê-lo.

Seguiu-se uma sessão de autógrafos, durante a qual o professor da Universidade de Coimbra apresentou o seu mais recente trabalho editado no Brasil – “A questão da constitucionalidade das Patentes Pipeline à luz da Constituição Federal brasileira de 1988“.

Flávio Ribeiro na comissão de direito aeronáutico da OAB

domingo, agosto 24th, 2008

flavio1.jpgO nosso colega Flávio Schegerin Ribeiro, da Vieira, Mollo, Schegerin, Trarbach e Pontes Advogados, nossos aliados em Brasília, é o vice-presidente da recém constituida comissão de direito aeronáutico da Ordem dos Advogados do Brasil.

A situação da malha aeroviária passará a ter destaque na OAB/DF. O Conselho Pleno da Seccional empossou na noite de quinta-feira (7) os membros da Comissão de Direito Aeronáutico. O grupo é presidido pelo conselheiro Felipe Inácio Zanchet Magalhães e tem como objetivo debater juridicamente a situação regulamentaria de aeroportos, naves e bases aéreas. Também fazem parte da nova comissão os advogados Flávio Schegerin Ribeiro, vice-presidente, e os membros Emerson Henriques Pontes e Ricardo Trarbach.

Ler mais

Direito: cooperação luso-brasileira em alta

sábado, agosto 23rd, 2008

Para além de uma conferência do Prof. Gomes Canotilho, em Brasilia, sobre e a problemática das patentes pipeline à luz da constituição brasileira – tema fulcral da sua mais recente obra – vai realizar-se no Rio de Janeiro, no princípio do mês de Setembro, uma congresso dedicado à cultura jurídica, que contará com a presença de alguns dos mais reputados professores das universades portuguesas, com relevo para a de Coimbra. Reproduzimos o programa, tal como ele é apresentado pelos organizadores.

CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE CULTURA JURÍDICA Os 200 anos do direito brasileiro – Legado e perspectivas. Identidade e diversidade luso-brasileira Rio de Janeiro, 1, 2 e 3 de setembro de 2008

O CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE CULTURA JURÍDICA visa contribuir para o estudo da influência do pensamento político-jurídico português na formação do direito brasileiro, pensamento esse transladado para o Brasil no século XIX, com a corte portuguesa, e aqui cultivado pelos juristas brasileiros egressos da Universidade de Coimbra.

Professores Doutores

Universidade de Coimbra

Antonio José Avelãs Nunes

Antonio dos Santos Justo

Antonio Pinto Monteiro

Diogo Leite Campos

João Calvão da Silva

Joaquim de Sousa Ribeiro

Jorge Ferreira Sinde Monteiro

José Francisco Faria Costa

José Joaquim Gomes Canotilho

Paulo da Mota Pinto

Rui Manuel de Figueiredo Marcos

Ana Cristina Araújo

Fernando Catroga

Fernando Taveira da Fonseca

Universidade Nova de Lisboa

António Manuel Hespanha

Universidade Católica de Lisboa

Mário Bigotte Chorão

Universidade Autônoma de Lisboa

António Braz Teixeira

Universidade de Roma

Pierangelo Catalano

Universidades brasileiras

Aloísio Surgik (UFPR) – Álvaro Iglésias (CBFD) – Ana Lúcia de Lyra Tavares (PUC/RJ) – Aquiles Côrtes Guimarães (UFRJ) –Arion Sayão Romita (UERJ) – Aurélio Wander Bastos (UFRJ) – Carlos Fernando Mathias de Souza (UnB) – Edvaldo Pereira Brito (Mackenzie) – Francisco Amaral (UFRJ) – Francisco Vieira Lima (UFES) – Frederico Viegas de Lima (UnB) – Gustavo Tepedino (UERJ) – Heloisa Helena Barboza (UERJ) – José Gabriel Assis de Almeida (UERJ) – Luiz Edson Fachin (UFPR) – Luiz Fernando Whitaker Tavares da Cunha (UERJ) – Maria Adélia Campelo (IAB) – Maria Celina Bodin de Moraes (UERJ) – Miguel Reale Jr. (USP) – Paulo Luiz Netto Lobo (UFAL) – Ricardo César Pereira Lira (UERJ) – Roberto Rosas (UnB) – Sergio de Andréa Ferreira (UERJ) – Silmara Juny de Abreu Chinelato e Almeida (USP) – Zeno Veloso (UFPA).

 

Temário

A circulação das elites entre a metrópole e o Brasil – O papel dos egressos da Universidade de Coimbra – A política legislativa de D.João VI no Brasil – As bases romanistas do direito brasileiro no século XIX – Fontes portuguesas e evolução do direito civil brasileiro.

 

Comissão Científica

Profs. Doutores Francisco Amaral, António Avelãs Nunes e Roberto Rosas, José Faria Costa e Luiz Edson Fachin

Coordenação Geral

Prof. Dr. Francisco Amaral (UFRJ)

Coordenação Executiva
Dra. Ana Maria Lourenço

 

Local

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO– CNC – Av. General Justo, 307 – Centro – Rio de Janeiro

Inscrições

1. Diretamente no Instituto de Direito Comparado Luso-Brasileiro – Av. Nossa Sra. de Copacabana nº. 1183 – sala 503 – Copacabana – RJ.

2. Depósito bancário na conta nº 171471-6, do Instituto, no Banco Bradesco, agência 468-5, com remessa do comprovante via fax (0xx21) 2522-0045.

3. Empenho em nome do Instituto de Direito Comparado Luso Brasileiro – CNPJ 27.905.884/0001-80

4. Inscrições on-line, mediante comprovação de depósito bancário, no Bradesco, agência 468-5, c/c 171471-6. Favor preencher a ficha de inscrição clicando aqui

5. Para os estudantes, favor enviar juntamente com o comprovante do depósito comprovação do curso e da Instituição Educacional.

Gomes Canotilho profere conferência em Brasília

sábado, agosto 23rd, 2008

O jurista e professor catedrático português José Gomes Canotilho profere, no próximo dia 25 de Agosto, no Instituto Camões, em Brasília, uma palestra sobre questões constitucionais no âmbito do lançamento, no Brasil, da sua obra – “A questão da constitucionalidade das Patentes Pipeline à luz da Constituição Federal brasileira de 1988”.

Licenciado e Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, José Joaquim Gomes Canotilho é considerado um dos nomes mais relevantes do direito constitucional da actualidade.

É professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e professor visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Macau.

Para mais informações:

INSTITUTO CAMÕES

EMBAIXADA DE PORTUGAL

SES Av. das Nações, Quadra 801, Lote 02

CEP 70402-900

Brasília-DF

Tel:(61)3032.9600

Fax: (61) 3032.9634

Site: http://www.institutocamoes.org.br/

Mail: geral@institutocamoes.org.br

Bancos europeus drogados com injecções encobertas do BCE

sábado, agosto 23rd, 2008

Nout Wellink, governador do Banco da Holanda manifestou-se preocupado com a crescente dependência dos generosos fundos de financiamento do BCE/Banco Central Europeu por parte dos bancos europeus. A situação está a causar algum embaraço em Frankfurt, embora ninguém o querira assumir publicamente. “Existe um limite para se fazer isto. (…) Se vemos os bancos a ficarem demasiado dependentes dos bancos centrais temos que os pressionar para procurarem outras fontes de financiamento”, disse Wellink ao jornal financeiro holandês Het Finacieele Dagblad. Boa parte da persistente procura de liquidez, a coberto da opinião pública e, alguma vezes, contornando as próprias leis nacionais, é originada por instituições sedeadas em países afectados pelas crises imobiliária e hipotecária. Países como a Espanha, a Holanda, a Irlanda e a Grã-Bretanha estão na primeira fila. O Banco de Espanha revelou na sua última estatísta sobre o tema que os bancos espanhóis aumentaram os seus empréstimos junto do BCE para o valor recorde de quase €50 mil milhões (bilhões). Segundo o jornal britânico “Daily Telegraph” a situação “está a tornar-se numa questão sensível”, por ser uma forma encoberta de salvar bancos comerciais em dificuldades, impedindo que o mercado funcione correctamente. “Ninguém tem coragem de apontar o país envolvido pois logo que o façamos causaremos uma reacção do mercado que conduziria a uma corrida aos bancos”, disse a fonte citada pelo diário britânico. MRA Dep. Data Mining

Fannie Mae e Freddie Mac não têm património líquido, diz Buffet

sexta-feira, agosto 22nd, 2008

O investidor Warren Buffett disse hoje que “a festa acabou” para as maiores agências hipotecárias dos Estados UnidosFannie Mae e Freddie Mac – desesperadamente em luta pela sobrevivência face à descapitalização que sofreram com a implosão do mercado “subprime“. Num blogue interactivo da CNBC, Buffett considerou que, em certa medida, ambas faliram pois não conseguem sobreviver sem o apoio financeiro do governo. “Calcularam mal o risco. (…) Não têm qualquer património líquido”, disse o fundador da Berkshire Hathaway, um dos papéis mais sólidos do mercado americano de capitais. O septuagenário, conhecido nos meios financeiros como o “Oráculo de Omaha”, considerou que, embora as duas agências “sejam demasiado grandes para cair”, os accionistas podem “perder muito dinheiro”. A Freddie Mac e a Fannie Mae atingiram ontem a cotação mais baixa dos últimos 20 anos em Wall Street. Os investidores estão a fugir dos papéis com receio que o governo seja forçado a intervir para as salvar da insolvência e evitar uma crise de consequências imprevisíveis. O Congresso aprovou recentemente legislação que permite ao governo injectar fundos de emergência nas empresas. Ambas são responsáveis por mais de metade do mercado hipotecário americano (USD 12 milhões de biliões/trilhões). Uma operação de salvamento significaria uma depreciação dramática das acções, com avultados prejuízos para os investidores. MRA Dep. Data Mining

Rússia explora debilidades políticas e militares da NATO

sexta-feira, agosto 22nd, 2008

“Se as prioridades [da NATO] são um apoio claro ao falido governo de Saakashvili, se o corte de relações com a Rússia é o preço que eles [países ocidentais] estão dispostos a pagar, então que seja. A culpa não é nossa” Foi nestes termos que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, comentou o cancelamento pela Aliança Atlântica dos contactos com Moscovo. Em resposta o Kremlin ripostou com a suspensão da cooperação militar no âmbito do Conselho Rússia-NATO. Sobre as vantagens em manter abertas as portas do diálogo bilateral Lavrov foi enfático: “A única coisa que posso dizer é que a Rússia precisa tanto da cooperação com a NATO como a NATO precisa da Rússia.” A observação está relacionada com o acordo entre Moscovo e Bruxelas que permite à Aliança Atlântica transportar armas para o Afeganistão através de território russo. “Após a famosa reunião da NATO alguns representantes de topo da Aliança segredaram-me -‘Vocês não vão impedir o trânsito para o Afeganistão, pois não?'”, precisou Lavrov concluindo: “A sorte da NATO está a ser decidida no Afeganistão.” A dureza da retórica moscovita prenuncia um conjunto de decisões destinadas a fraligizar a já periclitante capacidade negocial dos aliados ocidentais. Alguns observadores russos especulam sobre a possibilidade de, na próxima semana, o parlamento russo aprovar a declaração unilateral de independência aventada pelos parlamentos da Ossétia do Sul e da Abkhásia. Os parlamentos regionais de Tskhinvali e Sukhumi enviaram ontem apelos naquele sentido ao presidente russo Dmitri Medvedev. Paralelamente Lavrov anunciou a intenção da Rússia em manter 500 soldados numa zona-tampão à volta da Ossétia do Sul. “Quero declarar clara e inequivocamente que a Rússia está a cumprir com rigor os seis príncipios acordados entre os presidentes Medvedev e Sarkozy”, precisou o chefe da diplomacia russa. “Aqueles princípios permitem às forças russas de manutenção de paz adoptar medidas adicionais para garantir a segurança na zona-tampão”, disse. Aquela área permite às forças russas manterem-se em zonas estratégicas da Geórgia e controlar a principal autoestrada do país, crucial para a economia georgiana. Por outro lado, está em cima da mesa a possibilidade de a Rússia fornecer armamento sofisticado à Síria satisfazendo um velho desejo do presidente sírio Bashar al-Assad que ontem visitou oficialmente o seu homólogo Medvedev, em Sochi, uma estância de veraneio no Mar Negro. Após o encontro, Lavrov informou os media que a Rússia “está preparada para fornecer armas de carácter defensivo que não violem o equlíbrio estratégico no Médio Oriente.” Observadores americanos interpretam estas declarações como um sinal do provável congelamento da cooperação americano-soviética no combate ao terrorismo e á proliferação nuclear. Os mais pessimistas prevêem o endurecimento da política energética russa face ao Ocidente, pressões acrescidas sobre as bases militares americanas na Ásia Central e o colapso das negociações para o controlo dos armamentos nucleares. Angela Stent, ex-especialista do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse ao New York Times que existem múltiplas formas de Moscovo “ser menos cooperante do que até aqui”, citando o Irão, a ONU, a Síria, Venezuela, o Hamas e os programas antiterroristas e anti-drogras. Michael McFaul, consultor de Barack Obama para as questões russas, foi mais longe acusando a Rússia de tentar “romper com a ordem internacional” reconhecendo-lhe capacidade para atingir tal desiderato. “O potencial é grande pois, no final de contas, eles são hegemónicos na região e nós não. Isto é um facto”, disse o professor da Universidade de Stanford. O articulista do New York Times especula sobre os mais recentes receios dos estrategistas norte-americanos. “Nos prognósticos sobre o potencial da Rússia para criar problemas, a maioria dos especialistas olha em primeiro lugar para a Ucrânia que deseja integrar a NATO. O pior cenário que circula nos últimos dias é a tentativa de Moscovo para reivindicar a estratégica península da Crimeia com o objectivo de assegurar o acesso ao Mar Negro. Os legisladores ucranianos estão a investigar notícias segundo as quais a Rússia forneceu maciças quantidades de passaportes aos russos que vivem na região, uma táctica usada por Moscovo nas províncias separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abkhásia, que serviu para justificar a intervenção militar no sentido de proteger os seus cidadãos.” MRA Dep. Data Mining

Stigliz prevê crise financeira até 2011 e prejuízos bilionários

sexta-feira, agosto 22nd, 2008

Na reunião anual de economistas laureados com o Prémio Nobel, organizada pelo banco sueco Riksbank, no Lago Constança (Suíça) o antigo chefe do Conselho de Consultores Económicos da presidência dos Estados Unidos (1995-1997), Joseph Stiglitz, estimou que a crise financeira custará globalmente USD 1,5 milhões de biliões (trilhões), durante os próximos três anos. [A crise] espalhou-se pela Europa e contaminará provavelmente a China. (…) Os bancos não falharam apenas na gestão dos riscos de crédito. Eles criaram o risco de crédito. Agora temos que pagar as consequências”, disse o economista laureado pela academia sueca, em 2001. Stigliz foi particularmente crítico na análise da política do BCE/Banco Central Europeu. Em sua opinião, “não há justificação teórica” para tentar conter a inflação, classificando a política anti-inflacionista de Jean Claude-Trichet como “um enorme erro.” Em sua opinião, “parece que agora eles [BCE] reconheceram que existem outros riscos para além da inflação, o que representa um vislumbre de esperança.” O Prémio Nobel em Ciências Económicas acrescentou que “muito mudou desde a explosão salarial dos anos 70. Os sindicatos estão mais fracos e a globalização funciona como travão às reivindicações salariais.” Stiglitz também criticou os reguladores acusando-os de estarem prisioneiros da ideologia. “Viveu-se um momento de festa e os reguladores não quiseram estragá-la. Eles encorajaram as pessoas a contraírem empréstimos com taxas de juro variáveis de 1%.” Por seu turno, Daniel McFadden, laureado em 2000, previu que o aperto do crédito está a infectar a economia real ameaçando empresas com falências. McFadden, que ectualmente lecciona na Universidade de Berkeley (Califórnia), considerou que “os erros desastrosos dos últimos anos” puseram em causa as teorias da “eficiência do mercado”, em que assentam as economias modernas e exigem agora maior controlo e supervisão dos mercados de securitização em geral, e dos derivativos de crédito, em particular. O laureado questionou igualmente a bondade da actuação dos banqueiros: “Na vertigem do lucro, o que se perdeu foi a ideia que os banqueiros têm alguma responsabilidade na protecção dos interesses dos clientes.” MRA Dep. Data Mining

Banca portuguesa é das menos eficientes da Europa Ocidental

sexta-feira, agosto 22nd, 2008

A Alemanha e Portugal são os dois piores países da Europa Ocidental em termos de eficiência bancária, segundo um estudo da consultora Arthur D. Little. A banca germânica regista um desempenho inferior ao da portuguesa, noticia hoje o Jornal de Negócios. A Islândia e a Espanha são os países que lideram o ranking. Num universo de 15 mercados, o Banco Popular (Espanha) detém o primeiro lugar no pódio, entre 51 instituições de grande porte. Em média, Portugal apresenta um rácio de eficiência de 68%, o que significa que por cada 100 euros de receitas os bancos nacionais gastam 68 euros. A eficiência é tanto maior quanto menores forem aqueles gastos. A relação entre custos operacionais e receitas na banca portuguesa está quase 10% acima da média europeia (58,6%). Integram a lista apenas duas marcas nacionais – a CGD/Caixa Geral de Depósitos, com um rácio de eficiência de 65%, e o BCP/Banco Comercial Português, com 71,1%. MRA Dep. Data Mining

Brasil será o 5.º maior mercado consumidor mundial em 2030

quinta-feira, agosto 21st, 2008

O Brasil chegará a 2030 com o quinto maior mercado consumidor do mundo, à frente de Grã-Bretanha, Itália e Alemanha, segundo um estudo divulgado em São Paulo. O indicador está relacionado com a expansão de 150 % do Produto Interno Bruto (PIB), com a melhoria dos rácios de produtividade da economia e a distribuição mais justa da riqueza nacional. “Haverá uma mudança profunda do perfil da sociedade brasileira”, disse Fernando Garcia, da FGV Projetos, que executou o estudo em parceria com a Ernst & Young. As premissas assentam nos indicadores económicos de 100 países, desde 1950. MRA Dep. Data Mining

China já é o maior cliente do Japão e destronou EUA

quinta-feira, agosto 21st, 2008

O Ministério das Finanças do Japão informou que as exportações cresceram 8,1% desde Junho de 2007, com a China a consumir mais 16,8% e os EUA a registarem uma queda de 11,5%. Pequim passou a ser o maior cliente de bens e serviços nipónicos posição até agora detida pelos Estados Unidos. As vendas do Japão para os mercados da Ásia cresceram 12,7%, atingindo o recorde histórico de 3,86 milhões de biliões (trilhões) de ienes. As exportações para a Europa aumentaram 4,1%, a primeira subida em três meses. O encarecimento dos produtos petrolíferos provocou uma queda abrupta (-87%) dos excedentes da bança comercial. Masamichi Adachi, economista sénior do banco JPMorgan Chase, afirmou à Bloomberg que “a emergência da China é um alerta aos exportadores japoneses para que pensem como poderão expandir para mercados emergentes após anos de orientação para o mercado americano.” Contudo, o economista japonês enfatizou que “a procura da China não é suficientemente forte para impulsionar as exportações num quadro de arrefecimento global da economia.” Opinião idêntica foi manifestada por Hiroaki Muto, economista sénior do fundo Sumitomo Mitsui Asset Management.A economia global entrou numa fase de abrandamento. Portanto a tendência será uma contração do crescimento das exportações. (…) A deterioração dos termos de troca continuará a afectar negativamente a economia.” Um painel de 18 economistas estimou em 5,% o crescimento médio das exportações japonesas, em 2008. MRA Dep. Data Mining

Russia desinveste 40% no mercado hipotecário americano

quinta-feira, agosto 21st, 2008

A Rússia adoptou uma posição cautelosa no mercado da dívida hipotecária americana diminuindo gradualmente o actual grau de exposição aos papéis transaccionados no mercado. Em Moscovo, o ministro adjunto da Economia, Dmitry Pankin, comentou os investimentos do estado russo nas agências imobiliárias norte-americanas, Fannie Mae e Freddie Mac: “De momento não planeamos aumentar a nossa exposição. Também não planeamos um desinvestimento rápido. Trata-se de títulos que remuneram de forma decente os nossos investimentos.” Pankin acrescentou que o fundo que administra os excedentes gerados pela venda de hidrocarbonetos russos investiu 3,6% dos seus USD 160 mm/bi em títulos de dívida da Freddie Mac e Fannie Mae. O retorno dos investimentos entre 30-01-2008 e 19-08-2008 foi de USD 72 milhões. Especulações sobre a posição de Moscovo foram alimentadas esta semana, na sequência da bem sucedida venda de USD 3 mil milhões/bilhões (mm/bi) de dívida pela Freddie Mac. O banco hipotecário americano de capitais públicos cotado em bolsa, informou que um terço da dívida foi adquirida por bancos centrais. O ministro da Economia, Alexei Kudrin, confirmou que a Rússia continuará a investir nas agências hipotecárias dos EUA, embora em quantidades inferiores. Os títulos que atingem os respectivos prazos de maturidade não serão substituídos por novos investimentos. No início de 2008, a Rússia detinha um sexto das suas reservas monetárias e de ouro – cerca de USD 100 mm/bi – em títulos da Fannie Mae, Freddie Mac e das 12 entidades que integram o sistema Federal Home Loan Banks. O banco central da Rússia informou que este ano o grau de exposição àquele segmento da dívida americana foi reduzido em cerca de 40%. Os investimento públicos governo moscovita foram publicamente criticados por vários media e sectores da opinião pública avessos a investimentos de alto risco. O grau de hostilidade aumentou na sequência do conflito com a Geórgia e após o acordo EUA-Polónia para a instalação de 10 sistemas de intercepção antimísseis em território polaco. MRA Dep. Data Mining

Cáucaso: Rússia desafia Ocidente e confunde conservadores americanos

quarta-feira, agosto 20th, 2008

Os Estados Unidos e os aliados da NATO estão a ser confrontados pela Rússia sobre os limites do seu poder político, económico e militar. Enquanto o Ocidente continua a atacar Moscovo por desrespeitar o acordo de cessar-fogo, assinado no passado dia 16 pelos governos da Rússia e da Geórgia, tornou-se evidente a incapacidade para impor soluções que satisfaçam os seus interesses. Indiferente ás pressões, a Rússia mantém o controlo territorial sobre um terço da Geórgia, incluindo zonas estratégicas como o porto de Poti e a cidade de Gori, e definiu as condições para a retirada das suas tropas. Vitaly Churkin, embaixador russo nas Nações Unidas, foi claro: “A retirada das tropas russas só acontecerá após estarem garantidas duas condições: a retirada das tropas georgianas para os quartéis e que as nossas forças de manutenção da paz não voltarão a ser atacadas.” O diktat do Kremlin alimentou a retórica ocidental da defesa da soberania, dos direitos humanos e de outros valores alegadamente estruturantes da civilização ocidental. A despeito dos discursos, Masha Lipman, analista do “think tank” conservador americano “Moscow Carnegie Center”, constata não existir “um eficaz elemento de alavancagem que o Ocidente possa usar” para impor uma retirada russa. “Este conflito mostrou claramente os limites do poder e da influência americana”, sublinhou Lipman. Os editores da revista conservadora estadunidense “National Interest” estão nos antípodas das premissas analíticas de Lipman: “De facto, a Rússia é uma potência fraca que temporalmente goza da força obtida com os elevados preços do petróleo. Lançou as garras à Geórgia e, à medida que o tempo passa, sentirá que os resultados serão crescentemente prejudiciais. Isto é um alerta aos russos para que não façam manipulações geopolíticas. O Ocidente deveria reforçar isto.” MRA Dep. Data Mining

Crise Financeira: Analistas prevêem novas correcções bolsistas

quarta-feira, agosto 20th, 2008

O Barclays Capital alertou hoje para a deterioração continuada do clima de confiança dos investidores, desde Maio, e prognosticou uma nova correcção em “forte baixa” dos mercados de valores mobiliários. O indicador de risco da subsidiária do banco britânico aponta para uma subida de 77% para 82% no grau de probabilidade de correcção dos mercados accionistas. Os analistas do Barclays Capital receiam que novos anúncios das entidades reguladoras possam retardar a recuperação dos mercados. MRA Dep. Data Mining

Ilhéus finlandeses podem rejeitar o tratado de Lisboa

terça-feira, agosto 19th, 2008

Alanda - BrasãoO parlamento autónomo do arquipélago finlandês de Alanda analisa a possibilidade de não aprovar o Tratado de Lisboa aprovado por Helsínquia, o que colocaria a Finlândia numa situação embaraçosa. A incapacidade do governo finlandês em assegurar a aplicação do tratado no conjunto do seu território colocaria a Comissão Europeia numa situação mais delicada após a recusa da Irlanda e as ameaças de rejeição oriundas da Polónia, República Checa. O parlamento de Alanda e as comissões que superintendem as questões relativas á autonomia regional debaterão o assunto dentro de duas semanas. Só após a audição de painéis de especialistas será tomada a decisão final. A vice-presidente do parlamento regional, Susanne Eriksson, em declarações à EuroActiv informou que a decisão “dependerá do que vai suceder ao tratado no seu todo.” O anterior Tratado Constitucional, rejeitado pela França e pela Holanda, recebeu igualmente o «não» da região autónoma finlandesa por estar condenado politicamente. Após a nega irlandesa a situação volta a repetir-se. A decisão do parlamento de Alanda não afecta a validade da ratificação do poder legislativo finlandês aprovada em 11 de Junho passado. No entanto, o tratado não seria executado no conjunto do território da Finlândia, criando uma situção política e jurídicamente bizarra no contexto da União Europeia. MRA Dep. Data Mining

Geórgia: Russos saem, Saakashvili e generais na corda bamba

terça-feira, agosto 19th, 2008

Contra-ataque russo na GeórgiaA retirada das tropas russas da Geórgia iniciada ontem marca o início da segunda fase da crise para o primeiro-ministro Mikhail Saakashvili – o ajuste de contas interno com os líderes da oposição e as faixas descontentes da população. [A crítica] vai começar quando os russos partirem”, escreveu o editorialista Zaza Gachechiladze. Um antigo membro do governo do presidente Zviad Gamsakhurdia nos anos 90 – Temur Koridze – já abriu as hostilidades com o neoconservador georgiano ao afirmar que “nem ele, nem o governo são competentes”, defendendo uma “autoridade saudável e sólida”. “Como comandante-em-chefe [Saakashvili] é um falhado. A sua política bateu no fundo.” Um ministro europeu que esta semana se deslocou a Tbilisi, no âmbito das iniciativas diplomáticas para pôr de pé o frágil cessar-fogo, afirmou a jornalistas ocidentais que dentro do próprio governo começam a ouvir-se vozes dissidentes que questionam a capacidade de avaliação de Saakashvili ao mandar invadir a Ossétia do Sul sem prevenir a reacção russa nem garantir uma protecção eficaz por parte dos aliados ocidentais. Valeri Kvaratskhelia, que integrou o governo do antigo presidente Eduard Shevardnadze aconselhou “o amiguinho de Bush” a pedir desculpa aos ossetas e georgianos e a demitir-se, abrindo caminho a um novo primeiro-ministro para iniciar o processo de reparação dos danos políticos e económicos. [O ataque] não foi apenas um erro, mas um crime”, frisou Kvaratskhelia marcando o tom da campanha anti-Shaakhasvili. As tropas russas e os paramilitares separatistas pró-moscovo encarregaram-se de danificar o que restava da inicipente infra-estrutura da Geórgia, fazendo retroceder o país aos níveis de desenvolvimento da era soviética. Bombardeamentos cirúrgicos, fogos postos e bombardeamentos em zonas militar e economicamente sensíveis, afectaram a circulação interna de pessoas e bens, o fornecimento de energia eléctrica, as telecomunicações e demais serviços essenciais a qualquer economia. Saakashvili e os invisíveis generais do seu exército vão estar na berlinda a partir desta semana. “Será que a Geórgia tem algum exército?”, escreveu com azedume Gachechiladze, editor de um jornal local de língua inglesa. “Há muitas questões a colocar” ao presidente (…) Quem era o comandante encarregado da ofensiva e quem tomou a decisão de invadir a Ossétia do Sul?” Entre a população são frequentes os ataques ao líder, ao governo, à tropa e ao que classificam de “traição ocidental” – a inexistente ajuda militar e política durante a violenta acção punitiva da tropa às ordens do Czar Putin. Alguns analistas ocidentais prognosticam o fim do noivado Geórgia-Ocidente e o cancelamento da boda Nato-Saakashvili. A confirmar-se o prognóstico, vem à colação o ditado português “quem semeia ventos, colhe tempestades.” O crepúsculo de Saakashvili faz lembrar o desabafo de Henry Kissinger, em 1975, na antecâmara da fuga americana do Vietname – “É perigoso ser inimigo dos Estados Unidos, mas ser seu aliado é letal.” MRA Dep. Data Mining

Soros comprou USD 811 milhões de acções da Petrobras

segunda-feira, agosto 18th, 2008

George SorosO mega especulador George Soros adquiriu no mercado cerca de 551 milhões de euros (USD 811 milhões) em papéis da Petrobras durante o segundo trimestre do ano, transformando-a no maior activo do seu fundo de investimento. A aquisição representa 22% do total de 3,68 bilhões de títulos detidos pelo Soros Fund Management. Um analista citado pela Bloomberg, comentou a compra afirmando que “a Petrobras tem algo que outras companhias não têm: petróleo”, referindo-se ao anúncio da descoberta do campo de Tupi, o maior já encontrado nas Américas desde 1976. MRA Dep. Data Mining

Paquistão: Presidente Musharraf renunciou ao cargo

segunda-feira, agosto 18th, 2008

Pervez MusharrafO presidente paquistanês Pervez Musharraf anunciou esta manhã, num discurso televisionado, que resigna ao cargo. Hoje o parlamento do Paquistão deveria iniciar os debates sobre a proposta de impugnação formulada pelo governo. A coligação governamental paquistanesa acusa Musharraf de abuso de poder e de ter violado a constituição, em Novembro passado, quando declarou o estado de emergência e afastou dos seus cargos mais de 60 juízes. MRA/Agências

Cáucaso: Assessor de McCain é um lóbista pago por Soros para promover Saakashvili

segunda-feira, agosto 18th, 2008

Randy ScheunemannRandy Scheunemann, o principal assessor de política externa do candidato republicano às eleições presidenciais americanas, John McCain, acumula o cargo com o de lóbista pago pelo multimilionário George Soros para promover o primeiro-ministro georgiano, Mikhail Saakashvili e defender os interesses da ex-república soviética no Congresso americano. O fundador da empresa de lóbi Orion Strategies, segundo informações da campanha de McCain e relatórios do Departamento de Comércio dos EUA, entre 01-01-2007 e 15-05-2008. recebeu dos cofres eleitorais republicanos cerca de USD 70 mil e USD 290 mil de uma organização financiada por Soros. Em Maio, Scheuneman abandonou os cargos executivos que detinha na empresa de lóbi mas continua a ser sócio. Um dos seus principais clientes era a Open Society Policy Center, uma fundação criada pelo especulador George Soros com profundas ligações ao governo da Geórgia, onde detém interesses políticos e económicos. A manipulação da imprensa georgiana e o controlo financeiro das organizações financiadas por Soros, na Geórgia, deram origem à criação no país, em 2005, de um movimento “Anti-Soros” para combater a disseminação das ideias do bilionário judeu, nascido na Hungria e naturalizado americano, que acusou de “ameaçar a Nação”. “Lamento ter usado um empréstimo de Soros”, confessou na altura Maia Nikolaishvili, uma activista política especializada em ciências forenses e co-fundadora do movimento. “Será possível que a sociedade georgiana ainda não tenha tomado consciência de que Soros é um inimigo da Geórgia e de cada um de nós”, disse Nikolaishvili citada pelo Eurasia Daily Monitor da Jamestown Foundation, próxima da comunidade dos serviços secretos americanos. MRA Dep. Data Mining

Paquistão. Presidente Musharraf desafia impugnação parlamentar

segunda-feira, agosto 18th, 2008

Pervez MusharrafO presidente paquistanês Pervez Musharraf deu a conhecer através dos seus assessores que pretende conhecer as acusações formais do governo, no âmbito do processo de impugnação ao cargo, antes de tomar uma decisão sobre a sua especulada demissão. O ex-general é tido pelos militares como um lutador por instinto que dificilmente aceitará a desonra de terminar a carreira devido à iniciativa de políticos que sempre desprezou. Até agora foram inconclusivas as negociações com a coligação governamental para o presidente obter a imunidade que o impeça de ser julgado em tribunal por alegadas práticas de abuso de poder. Os governantes receiam que Musharraf não se demita após a concessão formal da imunidade. A coligação é composta pelos dois maiores partidos políticos do Paquistão – Partido Popular do Paquistão (PPP) e Liga Muçulmana do Paquistão (PML-N) liderada respectivamente por Asif Ali Zardari, ex-marido da assassinada primeira-ministra Benazir Bhutto, e por Nawaz Sharif que lidera a iniciativa de impugnação. Sharif foi afastado do cargo de primeiro-ministro, em 1999, na sequência de um golpe militar chefiado por Musharraf. O parlamento analisará a proposta de impugnação esta semana. Devido ao impasse alguns analistas começam a admitir a possibilidade de uma intervenção do general Ashfaq Parvez Kayani, que sucedeu a Musharraf na chefia do Estado-Maior do Exército. Sobre a possibilidade de os EUA concederem asilo político ao presidente do Paquistão, numa entrevista à cadeia de televisão FoxNews, a secretária de Estado Condoleezza Rice, por enquanto, foi peremptória: “Esse assunto não está em cima da mesa.” Musharraf sempre negou o desejo de se exilar devido ao afastamento forçado do cargo. MRA Dep. Data Mining

Cáucaso: Capitais estrangeiros fogem da Rússia por causa da guerra

segunda-feira, agosto 18th, 2008

O ministro russo das Finanças, Alexei Kudrin, revelou que a fuga de capitais da economia da Rússia, como consequência da guerra no Cáucaso, atingiu os € 4.76 mil milhões/bilhões. O ataque da Geórgia à região separatista da Ossétia do Sul para acabar com o domínio dos rebeldes pró-russos, a 7 de Agosto, assustou os investidores e provocou a maior queda da bolsa moscovita nos últimos dois anos. “As saída de divisas da Rússia atingiram USD 6 mm/bi nba sexta-feira e USD mil milhões/um bilhão na segunda-feira” revelou Kudrin num encontro com jornalistas. O ministro russo previu que o conflito possa prejudicar em USD 30-40 mm/bi as estimativas de entradas de capital estrangeiro durante 2008 avançadas pelo banco central da Rússia. “Penso que as entradas de capitais serão um pouco inferiores aos prognósticos do banco central, devido à continuação da turbulência nos mercados financeiros globais e aos riscos políticos que emergiram nos últimos dias”, disse Kudrin. Em 2007, a Rússia registou um recorde nas entradas de capital estrangeiro, com USD 82 mm/bi (€ 55,64 mm/bi). MRA Dep. Data Mining

Cáucaso: Pressões Ocidente-Rússia fragilizam estabilidade na região

segunda-feira, agosto 18th, 2008

Eduard KokoityO Presidente da República separatista da Ossétia do Sul, Eduard Kokoity, anunciou ontem a destituição do governo separatista e proclamou o estado de emergência na região rebelde sob ocupação russa. “Assinei três decretos: um sobre a demissão do Governo, outro sobre a proclamação do estado de emergência na Ossétia do Sul e o terceiro sobre a criação de uma comissão de emergência encarregue de acabar com as consequências da agressão georgiana”, afirmou o líder ossete à cadeira de televisão russa Vesti-24. Ontem a chanceler alemã, Angela Merkel, durante uma visita oficial à Geórgia, manteve que o país do Cáucaso está a caminho de se tornar membro da NATO contra a vontade da Rússia. “A Geórgia irá será membro da NATO se quiser – e ela quer”, disse Merkel, num discurso suceptível de aumentar as tensões diplomáticas entre Berlim e Moscovo. Durante a conferência de imprensa, o presidente georgiano Mikhail Saakashvili afirmou que os russos “continuam a agressão militar” através da “tomada de novas áreas e da minagem de novas pontes. Os generais russos disseram-nos que têm duas opções, podendo retirar ou avançar para a capital [Tblisi]. Eles ainda aguardam ordens sobre o que vão fazer”, disse. A Ossétia do Sul integra oficialmente a Geórgia, mas autoproclamou-se independente em 1992, depois da queda da União Soviética. Actualmente, está empenhada em assegurar o reconhecimento internacional, tal como a Abkázia, outra região que quer separar-se da Geórgia. Após a guerra iniciada em 7 de Agosto, e que durou três dias, as tropas russas continuam a ocupar pontos estratégicos dentro da Geórgia, como as cidades de Gori e Senaki. Na sequência do cessar-fogo assinado no sábado, a Rússia informou que começará hoje a retirar os seus homens da ex-república soviética. Alguns analistas ocidentais consideram a retirada um teste às verdadeiras intenções do Kremlin. MRA/Agências

Irão lançou foguetão, Casa Branca reagiu com preocupação

segunda-feira, agosto 18th, 2008

Shahab 3O Irão anunciou o lançamento de um foguetão capaz de transportar satélites, suscitando uma imediata reacção norte-americana, que considerou o facto “inquietante”. “O desenvolvimento e teste de foguetões pelo Irão é uma fonte de inquietação e levanta novas questões quanto às suas intenções”, afirmou Gordon Johndroe, porta-voz da Casa Branca. O mesmo responsável adiantou que a iniciativa iraniana desrespeita as determinações do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Citando um “alto responsável” iraniano , a agência AFP deu a notícia do lançamento do engenho iraniano. A fonte anónima referiu que o foguetão não incluiu o satélite Omid, desmentindo informações da imprensa local. O chefe de Estado Maior da Força Aérea iraniana acrescentou que o Irão tem aviões de combate com capacidade para cobrir uma distância de 3.000 quilómetros, atingir Israel e regressar sem reabastecimento. “Nós não queremos atacar outro país (…) mas queremos defender-nos de uma agressão”, afirmou o o brigadeiro-general Ahmad Mighani, citado pela agência oficial Isna. Os mísseis Shahab 3 iranianos também têm capacidade para atingir Israel. MRA Dep. Data Mining

Onda “subprime” ameaça futuro da economia australiana

sábado, agosto 16th, 2008

Na Austrália, mais de 100 autarquias, igrejas, organizações humanitárias, hospitais e casas de saúde estão ameaçadas de falência com as responsabilidades contraídas em derivativos de crédito de alto risco (subprime) no valor de USD 2 000 milhões/bilhões estruturados por um banco americano. O papel actualmente não tem qualquer valor nos mercados da dívida e os investidores arriscam prejuízos que, para a maioria, são insustentáveis, revelou a imprensa especializada australiana. O banco americano Lehman Brothers vendeu e gere dezenas de milhões de dólares daqueles fundos. O jornal Business Day identificou mais de 150 governos provinciais e locais, bem como instituições particulares e de solidariedade social que investiram em CDO’s (obrigações de dívida garantidas por activos subprime), os complexos derivativos de crédito que os especialistas classificam de “lixo tóxico” e responsabilizam pelo disparo da crise financeira global. Dezenas de prestadores de serviços de saúde, universidades, fundações, bancos mutualistas, cooperativas, fundos de investimento, as igrejas anglicana, baptista e católica, governos locais e agências federais estão na lista das principais vítimas. Um grupo de 23 autarquias prepara uma acção judicial contra o banco. As notícias surgiram um mês depois de o National Australia Bank ter anunciado que vai proceder à amortização de 90% da sua carteira de CDO’s, avaliada em USD 1 000 milhões/bilhões, por considerar que os investimentos são irrecuperáveis. A mesma decisão deverá ser tomada nas próximas semanas pelos outros investidores, o que irá afectar o desempenho económico de algumas regiões económicas australianas nos próximos anos. Os jornais australianos revelam que o fenómeno subprime se tornou um problema nacional face aos montantes envolvidos e à elevada dispersão das dívidas e à variedade dos investidores atingidos. Os USD 2 000 milhões/ bilhões referidos são geridos unicamente pelo Lehman Brothers. Desconhece-se por enquanto o grau de exposição de outras instituições e investidores. O banco americano anunciou que irá defender-se em tribunal contra todas as acções judiciais que considere injustificadas. MRA Dep. Data Mining

Al-Qaeda ameaça Musharraf e acusa-o de ser o “maior inimigo do islão”

sábado, agosto 16th, 2008

al-ZawahiriAyman al-Zawahiri, o número dois da al-Qaeda atacou o presidente paquistanês Pervez Musharraf numa mensagem áudio em inglês distribuída pela Internet. Pervez [Musharraf] revelou-se um dos maiores inimigos do islão, se é que não é o maior”, afirmou na mensagem cuja autenticidade aguarda confirmação. O exército paquistanês defende os muçulmanos, é uma agência de serviços secretos ou é um bando de mercenários que mata muçulmanos para agradar aos seus patrões, os novos cruzados da casa Branca?”, interrogou-se Al-Zawahiri quando comentou a cooperação entre os Estados Unidos e o Paquistão na guerra contra os talibãs. MRA/Agências

Rússia diz que cessar-fogo assinado por Saakachvili foi alterado

sábado, agosto 16th, 2008

Sergei LavrovO acordo de cessar-fogo assinado pelo presidente da Geórgia, Mikhail Saakachvili, difere do que foi acordado, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. “Ficámos um tanto preocupados com o facto de o documento assinado por Saakachvili ser diferente do documento que foi acordado pelos presidentes da Rússia e França, por isso iremos precisar esta questão pelos canais diplomáticos”, revelou Serguei Lavrov acrescentando que, não obstante, o presidente Medvedev ordenou o seu cumprimento. Porém, o chefe da diplomacia russa garantiu que a Rússia irá “comparar” os seus próprios “passos para o cumprimento honesto dos acordos assinados com a forma como as outras partes irão cumpri-los”. Lavrov assinalou que Mikhail Saakachvili assinou esse acordo, mas acrescentou que “hoje, continuam a chegar notícias sobre a detenção, ora ali, ora aqui, de camiões carregados de armas”. “Será muito perigoso se esses arsenais forem parar a mãos impróprias”, acrescentou. O ministro anunciou também que “as tropas russas irão ser retiradas da zona do conflito à medida que forem realizadas outras medidas de segurança”. A Geórgia, pelo seu lado, acusa Moscovo de continuar a violar o acordo de cessar de fogo. MRA/Agências