O primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert, actualmente sob investigação por suspeita de envolvimento num alegado caso de corrupção, anunciou ontem num discurso televisionado que se demitirá logo que o partido Kadima escolha o seu sucessor. As eleições partidárias, estão marcadas para final de Setembro. As consequências imediatas do anúncio são a paralisação das negociações de paz Israel-Autoridade Palestiniana e entre Israel e a Síria, mediadas pela Turquia. A saída de cena de Olmert poderá ser o golpe de morte na tentativa do líder hebraico e do presidente George W. Bush, de conseguirem a celebração de acordos de paz israelo-árabes antes de abandonarem os respectivos cargos. Os opositores de Olmert, dentro e fora da maioria parlamentar que apoia o governo, questionam crescentemente a sua legitimidade para fazer concessões históricas a Israel, semelhantes ao que classificam de “humilhante acordo” celebrado com os xiítas libaneses do Hezbollah para a troca de prisioneiros e reféns, realizada há poucas semanas. O chefe do executivo israelita reafirmou no discurso o seu empenhamento no processo de paz mas reconheceu ter perdido margem de manobra negocial desde o início das investigações sobre alegados crimes de suborno, fraude e abuso de confiança, durante os anos em que foi presidente da câmara de Jerusalém e ministro. “A presente campanha de difamação – disse Olmert – que inclui pessoas seriamente convencidas das virtudes do Estado e da sua imagem, levantam uma questão que eu não posso ignorar: O que é mais importante? A minha própria defesa ou o bem público?” MRA/Agências
Archive for julho, 2008
Israel: Olmert demite-se após eleições partidárias em Setembro
quinta-feira, julho 31st, 2008Doha atira OMC ao tapete e faz estremecer a globalização
quarta-feira, julho 30th, 2008A Organização Mundial do Comércio (OMC) – após o fracasso de ontem de um acordo entre países ricos e pobres para encerrar a Ronda de Doha e avançar na liberalização global do comércio – sai com menos poder e influência devendo remeter-se nos próximos anos a um período de hibernação. A cara superestrutura do comércio mundial vai limitar-se à arbitragem de conflitos enquanto se aguarda a eleição de um novo governo nos Estados Unidos (EUA) e os desenvolvimentos no seio da União Europeia (EU) – eleições para o Parlamento Europeu (Junho/2009) e um novo mandato da Comissão Europeia (Outubro/2009). Até lá assistiremos a movimentações dos 154 países membros da OMC para a celebração de acordos no plano bilateral já que, no âmbito multilateral, predominam o autismo e o proteccionismo. “Devemos preparar-nos para o ataque dos que vão declarar que isto é o fim da OMC. Tal posição é um absurdo. A OMC é o árbitro do sistema comercial baseado em regras e vai continuar a ser o local para futuras negociações, amplas ou específicas”, sublinhou num comunicado a Associação Nacional das Indústrias dos EUA, aparentemente confortada. Pascal Lamy, director-geral da OMC, prometeu não desistir e disse que vários ministros lhe pediram para retomar em breve as negociações. Porém, admitiu ser preciso deixar assentar a poeira, mantendo entretanto activos os mecanismos de consulta com os países membros. Celso Amorim, o chefe da diplomacia brasileira, estimou em “três a quatro anos” o tempo necessário para reiniciar o diálogo. O comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, actualmente, considera insanáveis os diferendos entre países ricos e pobres sobre a abertura dos mercados agrícolas, dos bens industriais e dos serviços. Os países em desenvolvimento defenderam um mecanismo especial de salvaguardas para pequenos agricultores contra surtos de importações. A intransigência dos EUA e da Europa para a manutenção dos subsídos agrícolas agrava o desentendimento. Mendelson, um britânico defensor da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) e do desmantelamento progressivo do proteccionismo, considerou que o resultado de Genebra foi “um revés significativo para todo o sistema comercial internacional. Todos saríamos ganhadores com um acordo. Sem ele, todos perdemos”. Por seu turno, Lamy lamentou não se ter conseguido avançar no sentido de uma política global contra o proteccionismo. “A minha esperança é que, devido à elasticidade do sistema, ele possa resistir à estrada esburacada que temos pela frente”, afirmou. Os litígios sobre o comércio de carnes, bananas e algodão continuarão a alimentar a pressão dos países em desenvolvimento, enquanto a exigência para o desarmamento fiscal e alfandegário para os bens industriais e serviços será o cavalo de batalha dos países industrializados. Resta à OMC o papel de árbitro. Em declarações à agência Reuters, David Woods, da empresa de consultadoria World Trade Agenda e ex-porta-voz do Gatt/Acordo Geral de Tarifas e Comércio, antecessora da OMC, considerou que o falhanço de Doha “é uma oportunidade perdida”. Porém, adiantou, “a OMC vai continuar a servir para resolver disputas [área] onde a sua integridade está intacta.” MRA Dep. Data Mining
OMC: Sarkozy lidera grupo de pressão europeu contra emergentes
terça-feira, julho 29th, 2008As negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) entraram numa crítica desde ontem com nove países europeus, liderados pela França, a criarem um bloco para exigir maiores concessões aos países emergentes. O chefe de Estado francês e presidente em exercício da União Europeia, Nicolas Sarkozy, surpreendeu os países mais pobres com o recém-criado – Clube dos Voluntários – França, Irlanda, Polónia, Hungria, Grécia, Portugal, Lituânia, Chipre e Itália – para pressionar o comissário europeu do Comércio, o inglês Peter Mandelson, a ser mais radical na defesa dos interesses dos agricultores da UE, durante as tensas negociações da Ronda de Doha, iniciadas há uma semana, em Genebra (Suíça). O grupo quer maior acesso aos mercados dos países em vias de desenvolvimento para a exportação de bens industriais, agrícolas e serviços. O nascimento do Clube dos Voluntários foi a resposta europeia ao endurecimento das negociações por parte da China e da Índia. Pequim subiu a fasquia dando apoio aos esforços da Índia que, nos últimos dias, reuniu quase uma centena de países favoráveis à imposição de novas barreiras agrícolas no pacote negocial em discussão. Por este motivo, após escassos dias de iminente acordo, tudo voltou ontem à estaca zero. A delegada dos Estados Unidos, Susan Schwab, acossada pela recessão económica no seu país, pediu aos emergentes para não inviabilizarem um acordo susceptível de salvar o trabalho iniciado em 2001, na capital do Qatar. A China e a Índia, pela primeira vez em clara aliança de interesses, assumem-se como as novas locomotivas da economia global e fazem valer o seu peso (1/3 de consumidores do planeta) para obter um acordo mais consentâneo com a sua dimensão e interesses económicos e geopolíticos. Sarkozy é um feroz defensor da PAC (Política Agrícola Comum) que, desde há décadas, garante multimilionários subsídos aos agricultores franceses e europeus para produzirem bens menos competivos e mais caros, fechando o mercado europeu aos países mais pobres com uma vasta rede de barreira aduaneiras, fiscais e técnicas. Em Genebra reina o cepticismo e a descrença, com o Brasil a tentar uma solução de compromisso entre os países ricos e pobres. Qualquer decisão carece da aprovação dos 153 países membros da OMC. Analogamente, qualquer posição assumida pela UE tem de ser ratificada pelos seus 27 Estados-membros. MRA/Agências
Portugueses fortemente endividados e penhoras aumentam
terça-feira, julho 29th, 2008O número de portugueses com o salário penhorado está a aumentar e as famílias estão «atoladas» em dívidas, disse Gomes da Cunha, presidente da Câmara dos Solicitadores, em declarações à Antena 1. Os solicitadores dizem-se “preocupados” com a situação e iniciam hoje uma campanha para promover as funções da classe, designadamente o aconselhamento e a cobrança de dívidas por via judicial. Gomes da Cunha considerou que o fácil acesso ao crédito acentuou o problema do endividamento por as famílias não saberem gerir os orçamentos domésticos. O presidente dos solicitadores revelou que as penhoras de salários registam um crescimento gradual, na Função Pública e no sector privado. As penhoras vão dos imóveis, salários e carros até a domínios de Internet. Entre 2003 e 2006 as penhoras atingiram cerca de 700 milhões de euros. Prestadores de serviços, financeiras e bancos estão entre os principais credores. Na entrevista à rádio pública, Gomes da Cunha enfatizou que a reforma da acção executiva, introduzida em 2003, só agora começa a produzir efeitos. O tempo médio de resolução das acções ronda os três anos. MRA/Diário Digital
Portugal: Ordem recusa exclusividade dos médicos
terça-feira, julho 29th, 2008O Governo renovou a intenção de forçar os médicos a trabalhar apenas nos serviços públicos de saúde, tendo enviado na passada sexta-feira uma proposta de lei naquele sentido à Ordem dos Médicos (OM), no âmbito da revisão das carreiras médicas da Função Pública. A Ordem considera a proposta inconstitucional mas ainda não respondeu ao pedido de agendamento de reuniões com o Governo sobre a matéria. O organismo representativo da classe considera igualmente que a intenção do governo “não é exequível”, durante os “próximos cinco anos”, devido à falta de médicos e aos constrangimentos que a situação provoca no Serviço Nacional de Saúde. MRA/Agências
EUA: Bush aprova primeira execução de um soldado desde 1957
terça-feira, julho 29th, 2008O presidente George W. Bush aprovou nesta segunda-feira, 28, a execução de Ronald Gray, um ex-cozinheiro do exército, correspondendo ao pedido do tribunal militar que o condenou à morte por quatro assassínios e oito violações, na Carolina do Norte, nos anos 80. O colectivo de juízes condenou-o por unanimidade. “Apesar de (…) ser uma decisão séria e difícil para um líder, o presidente acredita que as provas do caso não deixam dúvidas de que a sentença é justa”, disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. Nos EUA, um militar só pode ser executado após aprovação do presidente. Gray está no corredor da morte, na prisão militar de Leavenworth (Kansas), desde Abril de 1988. Apenas 10 membros das Forças Armadas foram executados, desde 1951, ano da promulgação do novo Código da Justiça Militar. O presidente Eisenhower foi o último presidente americano a aprovar a execução de um soldado, em 1957, condenado por violação e e tentativa de homicídio de uma menor austríaca de 11 anos. O enforcamento foi executado em 1961. No ano seguinte, o presidente John F. Kennedy foi o último chefe de Estado a comutar uma pena capital para prisão perpétua. MRA/Agências
Corrupção: Pena leve para ex-director da Siemens
segunda-feira, julho 28th, 2008O Tribunal Estadual de Munique condenou Reinhard Siekaczek, o principal acusado no processo sobre corrupção na administração de empresas do grupo Siemens, a uma pena suspensa de dois anos. O ex-director da área de telecomunicações (rede fixa) do conglomerado alemão, foi considerado culpado dos crimes de deslealdade e cumplicidade, de acordo com a sentença proferida hoje pelo juíz Peter Noll. O tribunal considerou provadas 49 das 50 acusações formuladas pelo Ministério Público, relativas ao pagamento de subornos e comissões ilegais no valor de 48,8 milhões de euros. Segundo a acusação, desde os anos 80, a Siemens terá movimentado ilegalmente um montante global de 1 300 milhões de euros. Além daquela pena, o executivo de 57 anos foi condenado ao pagamento de uma multa no valor de 108 mil euros. O réu admitiu, desde o início do julgamento, ter efectuado pagamentos a empresas inexistentes através de um “saco azul”. O tribunal lamentou que entre os réus não tenham estado responsáveis pela gestão executiva da Siemens, e reconheceu que o Siekaczek não utilizou os fundos para “proveito próprio”, facto atenuante da pena. O diário Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), tido como próximo dos meios de negócios alemães, numa primeira reacção à sentença, considera-a “um bom começo.” O FAZ informa que A administração da Siemens e o Ministério Público levarão a tribunal os antigos administradores de topo envolvidos no escândalo mas que até agora escaparam às malhas da Justiça. MRA/Agências
BIRD elogia iniciativa portuguesa “Empresa na Hora”
segunda-feira, julho 28th, 2008Portugal é apontado como um caso de sucesso num estudo do BIRD (Grupo Banco Mundial) devido à iniciativa governamental “Empresa na Hora”, lançado em 2005, destinado a reduzir a burocracia relacionada com a constituição de novas empresas. O BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, no estudo sobre reformas públicas Celebrating Reform 2008, dá como exemplo o “Empresa na Hora”, defendendo que “o seu sucesso inspirou outros países”. Angola e Cabo Verde já pediram apoio legal e técnico ao banco, com base no modelo português. A Eslovénia, Hungria, Egipto, Moçambique, Chile, Brasil, Suécia, Finlândia e China enviaram especialistas a Portugal para estudarem a solução destinada a agilizar o empreendorismo. O estudo considera Portugal como um dos países onde é mais fácil iniciar um negócio ou criar uma empresa. Agora são necessários 7 procedimentos, 7 dias e 600 euros quando, em 2005, os empresários executavam 11 actos administrativos, esperavam em média 78 dias e os custos ascendiam a 2 000 euros, acrescenta o BIRD. MRA/Agências
A China avança para a liderança global do acesso à Internet
segunda-feira, julho 28th, 2008Com 253 milhões de utentes, a China é o país do mundo que tem mais cidadãos com acesso à Internet, segundo estatísticas do Centro de Informação da Rede Internet da China (CNNIC, em inglês), 95% dos quais através de ligações de banda larga. Em Junho, autoridades norte-americanas estimaram que aquele número seria de 223 milhões de utentes apresentando taxas de penetração de 71% (EUA) e de 19% China). “É a primeira que este número ultrapassa significativamente os Estados Unidos, colocando a China em primeiro lugar”, refere um comunicado da CNNIC, o organismo chinês que regula a rede mundial de computadores(World Wide Web/WWW), informando que os números representam um crescimento de 56% relativamente a 2007. Analistas do sector estimam que, até 2012, aquele indicador cresça ao ritmo de 18% por ano. Naquela data, cerca de 490 milhões de chineses, quase a totalidade da actual população da União Europeia (UE), deverá ter acesso à Internet, melhorando exponencialmente a competitividade global da China. MRA Dep. Data Mining
Seguradora Lloyd’s acusada de colaborar com ditadura birmanesa
domingo, julho 27th, 2008A mega seguradora londrina Lloyd’s e três empresas suas agentes – Kiln, Atrium e Catlin – vão ser acusadas de cooperarem com a ditadura militar da Birmânia (Burma/Myanmar) através de contratos celebrados com a transportadora aérea Myanma Airways no início de 2008, revelou hoje o diário britânico Observer. As empresas denunciadas recusaram-se a comentar o envolvimento. Outros sindicatos seguradores liderados pela Lloyd’s também cobriram os riscos relacionados com as companhias de transportes marítimos geridos pela junta militar de Rangun. Os seguros garantem a manutenção das operações de transporte marítimo e aéreo sem as quais o governo birmanês não poderia exportar petróleo, gás, madeira, pedras preciosas e madeiras, cujos lucros ajudam os militares a perpetuar o regime totalitário e a manter na miséria milhões de birmaneses. Um relatório da ONG britânica de defesa dos direitos humanos Burma Campaign UK, que será divulgado na próxima semana, “vai afectar severamente a reputação da City [centro financeiro de Londres]“, diz o jornal. “É provável que [o relatório] desencadeie uma onda de campanhas para forçar a Lloyd’s a aconselhar os seus parceiros a cancelarem os negócios com a Birmânia”, acrescenta o Observer. Citado pelo jornal, Johnny Chatterton, director de campanha da ONG acusou “a indústria seguradora de ajudar a financiar a ditadura birmanesa. As companhias de seguros, incluindo membros da Lloyd’s, estão a pôr os lucros à frente da ética. Não lhes importa que estejam a ajudar o brutal regime birmanês a comprar armas, tanques e munições para campanhas repressivas e de limpeza étnica. Numa altura em que as empresas gostam de apregoar que agem eticamente, a verdade é que estão a ajudar um regime que viola, tortura e mata civis.” A Lloyd´s refutou as acusações argumentando que os seus parceiros não estão a violar a lei. Contrariamente aos Estados Unidos, a União Europeia excluiu os serviços financeiros do pacote de sanções contra o governo da Birmânia, contra as recomendações do Parlamento Europeu. Aguarda-se com expectativa se o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, que se tem destacado pela intransigência em relação ao regime totalitário do Zimbabué e ao presidente Robert Mugabe, cumprirá as promessas feitas em Outubro passado quando recebeu, em Downing Street, uma petição sobre a Birmânia, das mãos de monges budistas birmaneses. MRA Dep. Data Mining
EUA: Regulador toma conta de mais dois bancos regionais
sábado, julho 26th, 2008Os bancos regionais norte-americanos First National Bank (Nevada) e First Heritage Bank (Nevada, Arizona e Califórnia) foram encerrados ontem à noite, devido à crise financeira que afecta o sector, abalado pelo efeito subprime (créditos hipotecários de alto risco). A decisão foi comunicada ao mercado pela entidade reguladora Federal Deposit Insurance Corp (FDIC). Na próxima 2.ª feira os dois bancos reabrirão as portas sob uma nova designação: Mutual of Omaha Bank (MOB), informou a instituição. A FDIC justificou a medida como a solução “menos penosa”, assegurando que os depositantes serão transferidos para o MOB com “a totalidade dos seus depósitos”. Os bancos agora intervencionados pelo regulador federal, no final de Junho, possuíam activos no valor de USD 3.6 mil milhões/bilhões (2.3 mm/bi euros). No final de Dezembro de 2007, aquele valor ascendia a USD 4.1 mm/bi (2.6 mm/bi euros). Bill Uffelman, da Associação dos Banqueiros de Nevada, disse que a decisão das autoridades “é o reflexo dos tempos para os bancos. A economia está fraca.” A intervenção da FDIC surge apenas duas semanas após o colapso do banco IndyMac (Califórnia), um dos principais operadores regionais na área do crédito hipotecário, com activos no valor de USD 19 mm/bi (12 mm/bi euros). Desde Janeiro, um total de 7 bancos regionais foram intervencionados pela FDIC, na sequência do colapso da bolha imobiliária e do aperto de crédito dele resultante que, presentemente, afecta a economia norte-americana e global. MRA/Agências
Ver: Rarefacção global do crédito está a asfixiar bancos locais e regionais (MRA Alliance – 03/07/2008)
Irão já tem milhares de centrífugas para enriquecer urânio, diz Ahmadinejad
sábado, julho 26th, 2008O presidente Mahmoud Ahmadinejad, disse hoje que o Irão tem entre 5 000-6 000 centrífugas para enriquecimento de urânio, quase o dobro das que possuía em Abril, noticiou a TV iraniana “Alalam”. Ahmadinejad fez estas revelações numa conferência realizada na cidade iraniana de Mashhad, onde recebeu o título de “herói nacional da conquista nuclear”, concedido por organizações académicas e paramilitares fiéis a Teerão. “Eles (os países ocidentais) aceitaram que não sejam produzidas mais do que as 5 mil a 6 mil centrífugas existentes e que essas sejam activadas sem nenhum problema”, afirmou, sugerindo que o Ocidente está de acordo com a existência daqueles equipamentos nucleares no Irão. Em Abril, Ahmadinejad anunciou o início da instalação de seis mil novas centrífugas para o enriquecimento de urânio, duplicando a capacidade então existente na central de Natanz, no centro do país. MRA/Agências
China e Moçambique apostam no Vale do Zambeze para fazer “celeiro” chinês
sábado, julho 26th, 2008Os governos da China e de Moçambique querem transformar a região do Vale do Zambeze num centro de produção de arroz para o mercado chinês, que enfrenta crescentes aumentos do consumo e progressiva escassez de terra arável, afirma o investigador timorense Loro Horta, especialista nas relações China-PALOP. Horta diz que o interesse chinês pela região do Vale do Rio Zambeze vem desde 2006, visando designadamente, numa perspectiva de longo prazo, o desenvolvimento e a exploração agrícola do fértil solo moçambicano. “Se executado com sensibilidade, os planos agrícolas da China poderão trazer benefícios tremendos para os dois lados”, afirma Horta, actualmente ao serviço da Universidade Nanyang, de Singapura. MRA/Agências
Maior banco australiano alocou € 500 milhões para prejuízos
sábado, julho 26th, 2008O National Australia Bank (NAB), o maior banco do país aumentou esta semana as provisões para prejuízos em mais 500 milhões de euros (USD 795 milhões), provocando a sua maior queda bolsista, nos últimos 20 anos. A medida antevê incumprimentos relacionados com títulos de dívida (CDO/Collateralized Debt Obligation) derivados de créditos hipotecários americanos de alto risco (subprime). Numa primeira reacção, investidores de referência do NAB mostraram-se supreendidos com a dimensão das esperadas provisões. Agora, receiam que as perdas possam ser superiores e questionam a eficácia da administração do banco para limitar os prejuízos. O aperto global do crédito, resultante da crise hipotecária subprime norte-americana, já provocou a amortização de 298 mm/bi de euros a nível global. Vários analistas e gestores de fundos globais de investimento, como Bill Gross do Pacific Investment Management Co. (PIMCO), admitem que aquele valor possa chegar a um milhão de biliões/um trilhão de dólares (638 mm/bi de euros). MRA/Agências
CPLP: Líderes lusófonos querem globalizar a língua portuguesa
sexta-feira, julho 25th, 2008O primeiro-ministro José Sócrates anunciou hoje, no final da 7.ª cimeira da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, que vai convocar uma reunião de ministros dos oito países da CPLP para um entendimento sobre a data da entrada em vigor do acordo ortográfico. “Agora é connosco, agora somos nós que temos o dever de liderar a CPLP, que constitui a prioridade das prioridades da política externa portuguesa”, afirmou Sócrates, no final dos trabalhos, que decorreram no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Portugal definiu como ponto central da sua presidência o reforço e promoção da língua portuguesa, um tema que, segundo o Presidente Cavaco Silva, reúne o consenso de todos os membros: “Esta cimeira ficará como marco da afirmação do português na cena internacional”. No início da reunião, o ministro da Educação do Brasil, Fernando Haddad, anunciou que o seu país projecta para 2011-2012 a entrada em vigor do acordo ortográfico. Há cerca de 240 milhões de falantes de português no mundo. Segundo projecções baseadas na evolução demográfica dos oito países que têm o português como língua oficial, o número de falantes pode totalizar 335 milhões em 2050. Portugal e o Brasil, no último ano, têm enfatizado a necessidade de “globalizar” o português, através de políticas mais agressivas que o tornem idioma oficial em organizações multilaterais e aproveitem a Internet para a sua disseminação. A criação de uma rede de escolas e bibliotecas, bem como de uma WebTV, gerida em conjunto pelos oito membros da Comunidade, são alguns dos objectivos previstos no programa da presidência portuguesa. Os países membros concordaram com outras três prioridades apresentadas por Portugal: cidadania lusófona, concertação político-diplomática nos fóruns internacionais e a aumento da cooperação nos sectores da educação, cultura, energia e segurança alimentar. A Guiné Equatorial, actual observador da CPLP, propôs-se hoje ser admitido como Estado-membro, assumindo a responsabilidade de adoptar o português como língua oficial. O Presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, não se opõe por a ex-colónia espanhola ter sido inicialmente colonizada por Portugal. As Ilhas Maurícias e o Senegal têm o estatuto de observadores. Marrocos apresentou a sua candidatura. A proposta está em fase de análise. No final do seu mandato, em 2010, Portugal passará o testemunho da presidência a Angola. MRA/Agências
Seixas da Costa homenageado em Brasília
sexta-feira, julho 25th, 2008Em cerimónia no auditório do Palácio dos Congressos de Brasília, o embaixador de Portugal, Francisco Seixas da Costa, recebeu ontem das mãos do Governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, e do presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Distrito Federal, Fernando Brites, o “Troféu de Mérito” com que foi distinguido por esta última entidade.
Na sua alocução, o presidente da Federação, Fernando Brites, elencou o que considerou serem os pontos mais relevantes do trabalho desenvolvido pelo embaixador, ao longos de mais de três anos, com destaque para a ajuda na intensificação das trocas comerciais e em acções de promoção empresarial, notando, em especial, o seu papel de promotor da nova Câmara de Comércio Portuguesa em Brasília.
Os equívocos de Lula e Itamar
quinta-feira, julho 24th, 2008O Presidente Luis Inácio Lula da Silva e o ex-Presidente Itamar Franco estão, seguramente, mal informados sobre as políticas de imigração na Europa e correm o risco de, pretextando a defesa dos seus nacionais, agirem contra eles.
Acredito que o farão de boa fé, mas nem por isso posso deixar de os avisar que correm o risco de cair no ridículo, uma vez que, nas suas grandes linhas, as reformas da política de imigração têm como principal objectivo a defesa dos próprios imigrantes.
Todos nós, europeus, damos um especial valor ao vector social das políticas públicas. Por isso mesmo, temos dificuldade em compreender e em tolerar fenómenos oportunísticos como os que marcam a imigração ilegal.
Os imigrantes ilegais não têm segurança social nem têm acesso ao sistema público de saúde. Trabalham em muitos casos doze horas por dia e não podem piar, porque, se piarem são despedidos.
Não têm direito a férias, a subsídio de férias ou de Natal e, na generalidade dos casos, as entidades patronais não respeitam sequer as tabelas salariais para as profissões que exercem.
Tudo isso porque funcionam num mercado paralelo, à margem do sistema. Muitos deles só estão na Europa porque venderam tudo para viajar até ela, nalguns casos têm os credores à porta a cobrar-lhes dívidas da viagem e na maioria dos casos não tem sequer dinheiro para a viagem de regresso.
A directiva do retorno pode ter alguns aspectos negativos; mas esses não são os principais. No essencial, o que ela projecta é uma política comum de apoio ao retorno ou à integração nas suas terras de origem dos que não têm condições dignas de vida na Europa.
A União Europeia preza, de uma forma muito especial, um elevado nível de qualidade das suas sociedades e de todos os que nela se integram. Preza, outrossim, de forma especialíssima, a segurança, que a par da liberdade e da justiça, constitui um pilar fundamental da construção europeia. Não pode, por isso mesmo, permitir ou simplesmente tolerar a criação de ambientes que, como os brasileiros bem sabem, prejudicam a segurança das cidades e dos cidadãos.
Os exércitos de desempregados – todos o sabemos – são a principal razão da violência urbana. Por isso mesmo (também por isso mesmo e não por mera solidariedade social) a Europa tem esquemas próprios de protecção das pessoas na situação de desemprego que, naturalmente, não abrangem, nem podem abranger os clandestinos, porque eles, simplesmente, não existem.
E chegaram aos 8 milhões…
O objectivo das mais recentes alterações na politica de imigração da União Europeia não é a expulsão desses 8 milhões de pessoas, mas a criação de condições para a sua efectiva integração, desde que tenham um emprego estável e um patrão que assuma as suas responsabilidades. A verdade é que, apesar das quotas de imigração dos diversos países – incluindo Portugal – estarem por preencher, continuam diariamente a afluir à Europa trabalhadores clandestinos, candidatos a uma exploração infame, contra a qual não se rebelam nem Lula nem Itamar.
Estarão, seguramente, mal informados e, por isso, correm o risco de envenar a cimeira da CPLP, sem que, com isso ganhem o que quer que seja os brasileiros imigrados na Europa.
Muito mais importante do que fazer declarações destas seria que, pela via diplomática, se encontrassem formas mais eficazes de forçar o emprego legal dos que são empregados clandestinamente. Mas isso só se consegue combatendo a própria imigração ilegal e estabilizando o mercado em termos que não permitam aos patrões despedir hoje um clandestino para amanhã admitir outro.
Miguel Reis
Ver notícia da Lusa
Brasil quer CPLP contra lei europeia da imigração; Portugal recusa
quinta-feira, julho 24th, 2008O ex-presidente Itamar Franco defendeu que os chefes de Estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), devem condenar a política de imigração europeia, durante a cimeira que se inicia amanhã em Lisboa. “A política de imigração da União Européia deveria ser repudiada, não isoladamente, mas por toda a comunidade” lusófona, declarou Itamar Franco, em entrevista à Lusa, em Brasília. O governo do Brasil já se manifestou contra a directiva aprovada em 18 de Junho, pelo Parlamento Europeu, que endureceu as regras para os imigrantes ilegais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a política de imigração da UE como um “preconceito” e disse que o “vento frio da xenofobia sopra mais uma vez para o desafio da sociedade”.
O governo português minimizou hoje as afirmações do ex-presidente Itamar Franco. Em breves declarações aos jornalistas, o vice-ministro português dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, João Gomes Cravinho, afirmou que Portugal vai se opor a qualquer resolução naquele sentido, pois Lisboa “aprovou” a directiva comunitária. “Da parte de Portugal, não vai haver qualquer apoio a essa pretensão”, frisou Cravinho. Porém, mesmo admitindo que a questão possa dividir a comunidade lusófona, Cravinho disse acreditar na possibilidade de um entendimento. Os chefes de Estado e de governo da CPLP inauguram amanhã, em Lisboa, a VII cimeira da organização, subordinada ao tema “Língua Portuguesa: um patrimônio comum, um futuro global”. No encontro, a Guiné-Bissau transmitirá a Presidência do bloco lusófono a Portugal. MRA/Lusa
Chávez defende preço do petróleo a USD 100/barril
quinta-feira, julho 24th, 2008O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, defendeu hoje que o preço do barril de petróleo deve estabilizar nos 100 dólares, considerando-o um “preço correcto”, no final de um encontro com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém. Em declarações aos jornalistas, o líder venezuelano enfatizou a necessidade de se encontrar um “nível de estabilização” do preço do petróleo, Chávez lembrando que há dez anos, o barril custava sete dólares. “Não é ver apenas um dia, até porque muda todos os dias”, disse Chávez ao criticar o “efeito especulativo” que fez explodir o preço do crude. O Presidente venezuelano manifestou o desejo de ver crescer o “fluxo comercial” com Portugal, um “país amigo”. “Era muito oportuno”, sublinhou. O presidente venezuelano chegou ontem a Lisboa, onde assinou cinco acordos de cooperação económica. MRA/Agências
UE: Lei do divórcio pode abrir caminho a “Europa a 2 velocidades”
quinta-feira, julho 24th, 2008
O veto sueco à lei europeia do divórcio está a ser desafiado por nove estados membros da União Europeia (UE) dispostos a adoptar uma lei comum que, a verificar-se, reacenderá a polémica questão da “Europa a duas velocidades”. Áustria, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Roménia, Eslovénia e Espanha estão prontos a accionar o chamado procedimento “cooperação reforçada”, previsto pelos tratados da União. Ele permite que um grupo mínimo de oito países possa adoptar legislação, com ritmos e/ou objectivos diferentes, dos restantes parceiros. Outros quatro Estados-membros – Alemanha, Bélgica, Lituânia e Portugal – estudam a possibilidade de se associarem à iniciativa. O mecanismo jurídico prevê uma cooperação mais estreita entre os estados que desejem prosseguir o aprofundamento da construção europeia mais rapidamente. A acontecer será utilizado pela primeira vez. Se a inciativa for aprovada pela Comissão Europeia (CE), só entrará em vigor após a aprovação por uma maioria qualificada dos 27. Observadores em Bruxelas, consideram que o mecanismo, criado para evitar a paralisia institucional do bloco, poderá abrir um precedente imparável se a comissão não resolver rapidamente o impasse criado pelo «não» irlandês ao Tratado de Lisboa. O processo de aprofundamento europeu, com ritmos diferentes, entre os diversos parceiros passaria a ser a regra e não a excepção, alegam os críticos. “A cooperação reforçada é uma questão muito sensível por nunca ter sido usada. Permite a vários Estados-membros avançar mais rapidamente que outros. Essa não é propriamente a imagem da UE que queremos transmitir,” disse uma fonte da presidência francesa, citada pela agência Reuters. Há anos que os países da UE não se entendem sobre a legislação comum relativamente a casos de divórcio entre casais europeus de nacionalidades diferentes. A questão tem sido bloqueada pela Suécia que se recusa a aceitar que as partes possam escolher a jurisdição que deverá julgar o divórcio. Existem substanciais discrepâncias entre o Direito de Família nos países nórdicos (mais tolerante) e nos países maioritariamente católicos (mais restritivo). Em Malta, por exemplo, o divórcio é proibido. O tema vai ser debatido amanhã, em Bruxelas, durante uma reunião dos ministros da Justiça e da Administração Interna. MRA/Agências
Brasil: Juíz «chumba» autarcas por erros de português
quinta-feira, julho 24th, 2008O juiz eleitoral de Poço Fundo, Minas Gerais, Valter José Vieira, indeferiu o registo de 13 dos 60 candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador após o mau desempenho demonstrado no teste de português a que foram submetidos. Segundo o chefe do cartório eleitoral, Paulo Cauê Soave, o juiz convidou os 60 candidatos do município (12.151 eleitores entre 15 mil habitantes) para se submeterem ao teste argumentando que não aceitava autarcas analfabetos. A primeira prova foi realizada no passado dia 12. Das seis dezenas, um desistiu e 21 foram reprovados por não conseguirem escrever uma frase ditada pelo juiz. Na segunda prova, nos dias 16 e 17, treze eleitos foram reprovados – 12 vereadores e um vice-prefeito. Em conformidade, o juíz Vieira indeferiu o respectivo registo. O magistrado aplicou a resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que permite submeter cada candidato a cargos públicos a testes de português. A Constituição brasileira reconhece aos analfabetos o direito de voto mas impede-os de serem eleitos. MRA/Folha Online
Coreia do Norte: Negociações sobre desarmamento nuclear entraram na fase decisiva
quarta-feira, julho 23rd, 2008A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e os seus homólogos das duas Coreias, China, Rússia e Japão examinaram hoje, em Singapura, o processo sobre o desarmamento nuclear norte-coreano, na primeira reunião conjunta informal desde o início das negociações multilaterais, há cinco anos. “Esta é realmente a primeira reunião informal entre as seis partes”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Jiechi, no início do encontro. Yang destacou que os seis países superaram várias dificuldades para chegar à “terceira fase” e enfatizou a necessidade da realização, nos próximos meses, de uma reunião ministerial formal. “Isto mostra que as seis partes têm a vontade política de que o processo de negociações avance”, acrescentou o ministro chinês. Os negociadores dos seis países estiveram reunidos em Pequim (10-12 de Julho) onde finalizaram a criação de um mecanismo de verificação do arsenal da Coreia do Norte. Segundo uma proposta dos EUA, uma equipe de especialistas deverá visitar as instalações nucleares norte-coreanas, analisar os documentos e manter reuniões com os engenheiros nucleares do regime de Pyongyang, a fim de verificar a declaração. A reunião de Singapura realizou-se na véspera do Fórum Regional da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), onde serão discutidos assuntos de segurança. MRA/Agências
Crise nuclear: Irão não cederá nenhum centímetro, diz Ahmadinejad
quarta-feira, julho 23rd, 2008O presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, prometeu hoje que Teerão não cederá à pressão das principais potências mundiais para suspender o programa de enriquecimento de urânio. “O povo iraniano permanece firme e não recuará nenhum centímetro diante das potências opressoras”, declarou durante um comício na província de Kohgelouyeh-Boyerahmad, no sudoeste do país. O comentário foi uma resposta ao ultimato dos líderes ocidentais que concederam “apenas duas semanas” para que o Irão responda postivamente às suas ofertas para suspender o programa nuclear. “A nação iraniana não se importa com suas ameaças. Vocês estão enganados se pensam que podem forçar esta nação a ceder com sanções, ameaças e pressão”, disse o líder iraniano. Ahmadinejad sugeriu ao governo Bush/Cheney para não arruinar os esforços diplomáticos “com comentários irrelevantes e linguagem colonialista”. Actualmente, estão em vigor três pacotes de sanções impostos a Teerão pelo Conselho de Segurança da ONU. Os inspectores da AIEA/Agência Internacional de Energia Atómica relataram que, até ao presente, não existem sinais de um programa nuclear com fins militares. Os serviços secretos dos EUA divulgaram um relatório, há alguns meses, afirmando ter evidências de que um programa nuclear militar iraniano teria sido encerrado em 2003. MRA/Agências
EUA: Obama aprovou ataque israelita contra instalação nuclear síria
quarta-feira, julho 23rd, 2008O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, aprovou categoricamente ontem o ataque aéreo de Israel contra uma suposta instalação nuclear síria, em 2007, ao sob o alegado direito de autodefesa do Estado hebreu. O senador de Illinois, durante uma visita a Israel, respondeu “sim” à pergunta da rede americana de televisão CBS sobre a justeza do ataque aéreo israelita, em Setembro passado. “Penso que tinham provas suficientes” de que a Síria construía um reactor nuclear de modelo norte-coreano, destacou Obama. “Os israelitas vivem em num ambiente altamente hostil, e na região muitos proclamam que Israel é um inimigo”, justificou o candidato democrata. A Síria sempre negou que o local atacado pela aviação israelita fosse uma instalação nuclear. MRA/Agências
Timorenses podem ter dupla nacionalidade
quarta-feira, julho 23rd, 2008Com a independência de Timor-Leste, em Maio de 2002, um grupo de trabalho do MNE estudou as questões de nacionalidade dos timorenses e entregou, em 2005, um relatório que sugere que têm direito a serem portugueses, revela hoje o Diário de Notícias. O Governo alterou a lei em 2006, mas nada mudou. Os cidadãos de Timor-Leste são também portugueses e a maioria pode, se assim o entender, requisitar a dupla nacionalidade. O DN teve acesso a um memorando interno do Governo que concluiu que a independência daquele território em Maio de 2002 coloca problemas de atribuição da nacionalidade.
CMVM: Alterações ao regulamento de intermediação financeira em consulta pública
quarta-feira, julho 23rd, 2008A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aprovou uma proposta de alteração ao regulamento do exercício de actividades de intermediação financeira. Entre as medidas propostas incluem-se a imposição aos analistas financeiros independentes de deveres de conduta e qualificação profissional bem como princípios de actuação para a protecção dos investidores e da eficiência do mercado. Em comunicado, a CMVM informou que a proposta de alteração vai estar em consulta pública até ao dia 15 de Setembro. O orgão regulador propõe que os analistas independentes definam políticas e procedimentos auto-reguladoras das circunstâncias em que podem realizar operações pessoais, o modo como gerem os conflitos de interesses e que metodologias de análise utilizam. Em alternativa sugere que adiram a uma associação profissional de analistas financeiros. MRA Dep. Data Mining
UE: Portugal reportou 757 irregularidades (€ 57 milhões) na utilização de fundos em 2007
quarta-feira, julho 23rd, 2008Portugal reportou à Comissão Europeia um total de 757 suspeitas de irregularidades na utilização de fundos comunitários, em 2007, que implicam verbas no valor de 56.746.256 euros, segundo um relatório divulgado em Bruxelas. Das irregularidades identificadas, 190 dizem respeito ao sector da agricultura (5.570.368 euros), 540 a fundos estruturais (49.916.493 euros), 4 a fundos de coesão (865.435 euros) e 23 a recursos nacionais (393.960 euros). Em Portugal foram recuperados, no ano passado, 14.272.467 euros resultantes de irregularidades, faltando ainda reaver 28.666.161 euros, respeitantes a 2007. No seu relatório, Bruxelas pede mais atenção às autoridades portuguesas para respeitar os prazos. Cerca de 10% das irregularidades denunciadas diziam respeito a casos com mais de dois anos. A Comissão Europeia destaca ainda que “todas as irregularidades apresentadas estão a ser tratadas e sujeitas a um acompanhamento individualizado”. MRA/Agências
Reino Unido: Preços das casas sofrem maior queda desde 2002
terça-feira, julho 22nd, 2008Os preços das casas no Reino Unido registaram, em Julho, a maior descida desde 2002, primeiro ano em que a imobiliária Rightmove iniciou a recolha de dados. A Rightmove, que gere o portal britânico mais popular na procura de habitação, informou que, em Julho, os preços médios caíram 2% face ao mesmo mês de 2007. No mês em análise, os preços dos imóveis recuaram 1,8% em todo o país, registando a maior queda desde Dezembro. Em Julho, pelo 6.º mês consecutivo, o número de casas em venda por agente imobiliário subiu para 77. Em Junho aquele valor fora de 74. O colapso imobiliário no Reino Unido foi acelerado pela crise do mercado de hipotecas de alto risco nos Estados Unidos. Globalmente, o fenómeno subprime já custou às instituições financeiras cerca de USD 423 mil milhões. De acordo com os dados do Banco de Inglaterra, divulgados em 30 de Junho, as aprovações de empréstimos caíram, em Maio, para o nível mais baixo desde 1999. Os preços dos imóveis deverão cair 10% este ano e 6% em 2009, segundo a previsão do Ernst & Young Item Club. “Os bancos devem ser mais cuidadosos se não quiserem ser acusados de provocar um segundo ‘crash’, em 20 anos,” disse Miles Shipside, director comercial da Rightmove. MRA/Agências
Bancos ingleses registam fiascos em operações de recapitalização
terça-feira, julho 22nd, 2008O Halifax Bank of Scotland (HBOS), o maior credor hipotecário do Reino Unido, informou que 92% dos accionistas não participaram no aumento de capital da instituição, deixando títulos no valor 4,77 mil milhões de euros (3,8 mil milhões de libras esterlinas) nas mãos dos bancos subscritores. Segundo um comunicado emitido pelo HBOS, um total de 124 milhões de acções (preço unitário/275 pence) encontrou compradores. Os bancos responsáveis pela oferta – Morgan Stanley e Dresdner Kleinwort – ficaram com as restantes 1,38 mil milhões de acções emitidas. “A empresa conseguiu o seu dinheiro, mas os subscritores têm nas mãos uma enorme quantidade de acções”, comentou um analista da Numis Securities, que emitiu uma recomendação de ‘compra’ para o título. O HBOS necessita desta operação para se recapitalizar, após ter amortizado cerca de 5,02 mil milhões de euros (4 mil milhões de libras esterlinas) em activos hipotecados. O HBOS é um dos bancos britânicos que se encontra em dificuldades para aumentar o capital. Na semana passada, os accionistas do Barclays Bank (BB) compraram menos de 20% dos novos títulos emitidos pela instituição, na sequência de um aumento de capital no valor de 5,65 mil milhões de euros (4,5 mil milhões de libras). Em contrapartida, cerca de 95% de investidores compraram novas acções do Royal Bank of Scotland (RBS), no valor de 12 mil milhões de libras (15 mil milhões de libras). MRA/ Agências
Crédito malparado entre empresas espanholas quase duplica
terça-feira, julho 22nd, 2008O incumprimento de pagamentos das operações comerciais a crédito entre empresas em Espanha piorou, na primeira metade deste ano, e quase duplicou no mesmo período de 2007. O índice da Crédito y Caución, que compara os níveis de incumprimento de pagamentos das operações comerciais a crédito entre empresas, agravou-se 98,3% durante o primeiro semestre de 2008. No final de 2007, o índice mostrava um aumento de 14,9% na morosidade dos pagamentos, concentrado sobretudo nos últimos quatro meses do ano. “A evolução recente do indicador, que no primeiro trimestre alcançou 48%, mostra uma acelerada deterioração do comportamento a nível de pagamentos das empresas, associada a um profundo abrandamento económico, depois de vários anos de intenso crescimento”, refere a empresa de seguros de crédito prevendo que o cenário se deverá manter até final de 2009. A Crédito y Caución considera que crise afecta empresas de todos os ramos de actividade, com particular incidência na construção e obras públicas. O índice de Incumprimento Crédito y Caución, elaborado a partir de dados da empresa espanhola de seguros de crédito, no ano passado cobriu riscos comerciais e vendas a crédito superiores a 136 mil milhões/bilhões de euros e avaliou a solvência de 2,9 milhões de clientes de todos os sectores de actividade. MRA/Agências