A União Europeia aprovou ontem a reforma para o sector vinícola, que implica a erradicação de 175 mil hectares de vinha para melhorar a competitividade. Os vinhos europeus têm perdido mercado para as marcas do novo mundo – Chile, Argentina, Estados Unidos, Austrália e África do Sul. Incentivos financeiros serão concedidos aos produtores menos competitivos para cessem a actividade. A UE poderá desta forma reduzir a produção vinícola excedente que custa milhões de euros/ano aos cofres comunitários. Os valores das ajudas serão definidos e pagos pelos governos nacionais. MRA/Agências
Archive for abril, 2008
Europa reduz vinhedos para melhorar qualidade do vinho
quarta-feira, abril 30th, 2008Inflação agro-alimentar e petróleo acentuam desigualdades, pobreza e ameaçam paz mundial
terça-feira, abril 29th, 2008Especialistas internacionais, da ONU/FAO à OMC passando pela OCDE, convergem num ponto: a combinação da inflacão agro-alimentar e energética vai tornar o mundo mais inseguro, mais pobre e mais desigual. Os ambiciosos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) para 2015 não estão apenas comprometidos. São inexequíveis e pura ficção. Os profetas do crescimento e do desenvolvimento perpétuos atiraram o mundo para um beco sem saída.
Ou consumimos menos e de forma mais inteligente, ou dentro de alguns decénios não teremos dinheiro suficiente para comprar comida, combustíveis e medicamentos para tratarmos as doenças que, crescentemente, vão diminuir a nossa qualidade de vida. Mais…
MRA – Dep. Data Mining
EUA: Desigualdade social pior do que em 1929 – Grande Depressão
domingo, abril 27th, 2008A desigualdade económica nos Estados Unidos atingiu o nível mais elevado, desde o ano negro de 1929. As desigualdades de rendimentos chegaram a extremos nunca antes contabilizados. Tal como acontece nesta década, os anos 20 foram um período de vigoroso aumento dos lucros das empresas e do endividamento familiar. Com dinheiro fácil, os bancos de Wall Street estão agora a padecer do “moderno” milagre da alavancagem – capacidade de gerar lucros recorrendo a crédito alheio e a produtos financeiros – derivativos – fortemente especulativos e de alto risco.
Um dos principais indicadores da desigualdade é o «coeficiente Gini». As autoridades que administram as estatísticas federais revelaram que aquele índice, em 2005, foi o maior já registado, traduzindo-se numa “extrema desigualdade”. Uma análise dos dados coligidos pelo Departamento do Congresso que supervisona as questões orçamentais confirma quão desigual é a América do século XXI.
Entre 1979 e 2005 o rendimento antes de impostos dos agregados familiares mais pobres aumentou 1,3%/ano e o da classe média 1%. O rendimento dos super-ricos – 1% da população/3 milhões de pessoas – cresceu 200% antes da liquidação de impostos e, pasme-se, 228% depois do acerto tributário. O resultado da injusta distribuição da riqueza gerada, em 2005, é alarmante: o grupo que compõem o sector mais pobre da população recebeu USD 15 300, a classe média USD 50 200, enquanto os milionários arrecadaram mais de USD 1 milhão. Em 1979, os rendimentos depois de impostos dos super-ricos era 8 vezes superior à da classe média e 23 vezes maior do que a dos 20% dos americanos mais pobres. Em 2005, aquelas proporções aumentaram respectivamente para 21 e 70 vezes. Entre 2002 e 2006, o topo da pirâmide arrecadou quase 75% dos lucros gerados com o aumento da riqueza produzida.
A «sul-americanização» dos EUA é uma ameaça para a paz social. Bill Gross, líder do maior fundo de acções do mundo (Pimco) pôs o dedo na ferida: “Quando o fruto do trabalho da sociedade é mal distribuído, quando os ricos ficam mais ricos e as classes média e baixa lutam para sobreviver, o sistema desmorona-se. Os diversos barcos não acompanham a maré. O centro é incapaz de se sustentar”. As taxas de criminalidade, de todos os tipos, crescem exponencialmente. É nesta altura que os pobres dizem: “Os ricos que paguem a crise…” MRA – Dep. Data Mining
Onda histórica de falências na banca americana assusta regulador
quinta-feira, abril 24th, 2008As falências de bancos americanos podem ultrapassar “padrões históricos” afirmou John Dugan, um dos funcionários que fiscaliza cerca de 1 700 grandes e médios bancos norte-americanos. Numa entrevista ao Financial Times o regulador, membro da autoridade federal de supervisão (Office of the Comptroller of the Currency), manifestou o receio de que o arrefecimento da economia aumente o crédito mal parado devido a empréstimos no segmento imobiliário comercial. A opinião de Dugan coincidiu com a decisão dos bancos de alocarem abundantes recursos às suas reservas, por anteciparem também significativos prejuízos nos créditos ao consumo e às pequenas empresas. Este facto comprova que a chamada «crise do crédito» transbordou do segmento «subprime» – hipotecas de má qualidade – para a economia real. MRA – Dep. Data Mining
UE: Bruxelas levanta barreiras ao reconhecimento académico e profissional
quinta-feira, abril 24th, 2008Os presidentes do Conselho da União Europeia e da Comissão assinaram ontem uma recomendação conjunta para facilitar o processo de transferência e reconhecimento de qualificações académicas e profissionais e dinamizar a mobilidade de trabalhadores e estudantes na Europa dos 27. O instrumento é o aprofundamento do Sistema Europeu de Qualificações (European Qualifications Framework/EQF) destinado a facilitar o reconhecimento transfronteiriço de conhecimentos e competências. O EQF combinará o Processo de Bolonha (Ensino Superior) e o Processo de Copenhaga (Formação/Educação Vocacional) melhorando a transparência e compreensão das qualificações. A nova ferramenta funcionará como referencial do sistema dispondo de oito níveis de qualificações que podem ser reconhecidas e transferidas. A mudança qualitativa assenta nos resultados da qualitativos da aprendizagem (o que uma pessoa sabe e é capaz de fazer) abandonando a abordagem quantitativa (a duração dos cursos e os anos de experiência). O novo sistema é considerado uma das chaves da «Estratégia de Lisboa», pois removerá todos os obstáculos ao desenvolvimento de conhecimentos académicos e de competências profissionais, no seio da UE, até 2012. MRA/Agências
Alemanha: Previsões económicas para 2008 caem para 1,2%
quinta-feira, abril 24th, 2008O Governo alemão espera um forte abrandamento do ritmo de crescimento da economia do país. O ministro alemão da tutela, Michael Glos, avançou hoje novas previsões – a economia deverá crescer 1,2%, contra os 1,7% calculados para 2008. “É uma ilusão crer que as dificuldades conjunturais nos Estados Unidos (…) vão poupar por tempo indefinido a Alemanha”, disse.
Glos defendeu que o Banco Central Europeu (BCE) não deverá reforçar o euro através do aumento das taxas de juro. No entanto o ministro da Economia considerou que o BCE “até agora, fez um bom trabalho” e frisou que a política seguida teve “efeitos estabilizadores”.
A confiança dos empresários caiu em Abril na Alemanha e na França, que representam cerca da metade da economia da Zona Euro, face à subida dos preços da energia e das matérias-primas, agravada pela valorização do euro. O cepticismo foi igualmente agravado pela redução do poder de compra dos consumidores e pela previsível quebra do crescimento global. A inflação na Zona Euro subiu para os 3,6% em Março, a taxa mais alta desde há 16 anos. O euro valorizou-se 9% face ao dólar desde o início do ano. MRA/Agências
Alemanha e França unidas no proteccionismo agrícola
quinta-feira, abril 24th, 2008Alemães e franceses uniram-se ontem na rejeição de cortes nos subsídios agrícolas, num clima de encarecimento global dos produtos alimentares, e dando argumentos aos que defendem que o eixo Paris-Bona não quer a liberalização global do comércio, paralizada na “Ronda de Doha”, sob os auspícios da OMC – Organização Mundial de Comércio. O ministro alemão da Agricultura Horst Seehofer argumentou que a fome nos países pobres e o aumento dos preços dos bens alimentares não são razões para reduzir os subsídios aos agricultores da UE. Cerca de 40% do orçamento da europa comunitária (EUR 115 mil milhões/bilhões) é absorvido anualmente por apoios financeiros a uma agricultura cara e não competitiva. A decisão franco-alemã foi tomada no mesmo dia em que o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso e o primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, manifestaram a sua “profunda preocupação” pela alta dos preços dos alimentos, do petróleo e de outras commodities, na cimeira anual EU-Japão. MRA/Agências
Galileo vs. GPS reactiva tensões tecnológicas e estratégicas transatlânticas
quarta-feira, abril 23rd, 2008A aprovação por larga maioria (607-36; 8 abstenções) do sistema europeu de navegação via satélite «Galileo», pelo Parlamento Europeu, hoje, em Estrasburgo, promete reactivar um novo período de surdas tensões entre a União Europeia e os Estados Unidos, proprietários do largamente popular «GPS – Global Positioning System».
O Galileo, que integra um conjunto de 30 satélites, tem um custo estimado em EUR 3.4 mil milhões. O modelo de financiamento e o prazo de início das operações (2013) , nos últimos dois anos, chegaram a pôr em perigo a sua concretização. Etelka Barsi-Pataky, representante parlamentar húngara no PE, defendeu o projecto com o argumento de que “dinamizará a inovação tecnológica, o empreendorismo e a criação de empregos”, em muitos países membros e não apenas nos mais desenvolvidos e com maior influência em Bruxelas.
Os principais clientes do Galileo serão companhias aéreas e empresas globais de transporte, distribuição e logística. Estes e outros mercados, face à expansão do GPS americano, desvalorizaram a viabilidade e a necessidade de um sistema europeu independente. Tais argumentos são contrariados pelos políticos e tecnólogos da UE. Argumentam que os sinais emitidos terão melhor qualidade que os do GPS e estarão sempre disponíveis para servir os seus clientes. O serviço americano poderá ser interrompido a qualquer momento desde que o governo dos EUA invoque “motivos de segurança nacional”.
O Galileo assume-se como o primeiro grande projecto infraestrutural no sector aeroespacial, depois do projecto Airbus, nos anos 70/80. Um novo marco regulatório estabelecerá os respectivos padrões de segurança cuja gestão caberá à Comissão Europeia e à autoridade de supervisão -European Global Navigation Satellite System Supervisory Authority. A legislação hoje aprovada prevê que a UE será a única fonte de financiamento do projecto cabendo-lhe a propriedade de “todos os activos (…) criados ou desenvolvidos durante os programas.” Fundos adicionais poderão ser alocados ao «Galileo» por Estados Membros, terceiros países ou organizações internacionais. As empresas privadas, a partir de 2013, poderão igualmente comparticipar no financiamento da fase de exploração do projecto. Em lugar de lhes ser reconhecido o estatuto de “co-proprietários” do sistema serão tratados como “empreiteiros contratados”. MRA/Agências
Activismo homosexual influencia políticas públicas americanas
terça-feira, abril 22nd, 2008Tim Gill é um activista «gay» e generoso financeiro de estratégias que estão a influenciar políticas públicas estaduais nas áreas do matrimónio, família e direitos homosexuais, noticiou o canal televisivo norte-americano «Christian Broadcasting Network». Gill fez fortuna nas décadas de 80/90 como fundador da Quark, uma bem sucedida empresa de software. Em 2000, retirou-se da direcção executiva da empresa e passou a filantropo a tempo inteiro. Carrie Earll, Directora Executiva do movimento pró-família «Issues Analysis for Focus on the Family», considera que a estratégia de Gill passa por, agir cedo, antecipar e “influenciar a juventude conservadora emergente e passar uma mensagem de medo e intimidação para outros conservadores.” Os financiamentos começaram com USD 300 mil (2000) e atingiram USD 5.0 milhões, em 2004, de acordo com a revista Atlantic Monthly. O filantropo «gay» privilegia as campanhas a nível estadual e local por estar convencido de que «as políticas públicas começam na base”, afirma Earll.
Para muitos legisladores pró-família o “efeito Gill” é incontornável e neutraliza os esforços de organizações e activistas com menores recursos, que se opõem às suas campanhas. A revista Out classificou-o como o 5.º «gay» mais influente dos Estados Unidos. Em 2005, lançou o fundo «Gill Action Fund» cujos recursos são orientados para “garantir as mesmas oportunidades a todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual ou de género.” Posteriormente o sucesso do fundo agitou o ambiente político. USD 15.0 milhões apoiaram candidatos e causas que venceram 50 das 70 campanhas realizadas que alteraram as correlações de forças e dos poderes legislativos nos estados de Michigan, Pensilvânia, Washington, e Iowa. MRA – Dep. Data Mining
Cidadão americano preso por espionagem nuclear para Israel
terça-feira, abril 22nd, 2008O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) ordenou hoje a prisão de um engenheiro suspeito de fornecer a Israel segredos sobre armamento nuclear, aviões de caça e mísseis de defesa aérea, durante os anos 80. De nacionalidade americana, Ben-Ami Kadish, de 84 anos, confessou os actos de espionagem durante um inquérito do FBI/Federal Buro of Investigation por convicção de estar a ajudar o Estado judaico. Kadish, nascido no Connecticut, foi engenheiro mecânico no Centro de Engenharia, Desenvolvimento e Investigação da marinha americana, em Dover, Nova Jérsia. Segundo a acusação, ele retirou da biblioteca do Centro entre 50 a 100 documentos secretos, fornecendo-os ao contacto israelita para serem fotografados. Entre o material visado encontrava-se armamento nuclear e mísseis “Patriot”. O mesmo funcionário governamental israelita, não identificado, esteve ligado a Jay Pollard, outro cidadão americano condenado a prisão perpétua, em 1985, também sob a mesma acusação. Tom Casey, do Departamento de Estado, recordou que “depois do «caso Pollard» sublinhámos que este não era o tipo de comportamento que esperávamos de amigos e aliados. Vinte anos depois, a nossa opinião sobre o assunto não mudou.” Pollard declarou-se culpado, em 1986. Dez anos depois Israel concedeu-lhe a nacionalidade israelita. Em 1998, reconheceu que antigo analista dos serviços secretos da marinha americana era um dos seus espiões. Desde então o governo israelita tem tentado, sem sucesso, a sua libertação. MRA/Agências
Economia indiana dá sinais de fadiga, enquanto brasileira prospera
segunda-feira, abril 21st, 2008O Wall Street Journal, na sua edição de hoje, considera que “o milagre económico da Índia está a perder a magia aumentando as dúvidas sobre se conseguirá atingir o ambicioso desempenho de se tornar na próxima superpotência económica. Funcionários governamentais e outros apoiantes do crescimento indiano – prossegue o diário americano – alimentavam a esperança de que a Índia pudesse ser uma das raras economias – como a China actual e o Japão dos anos 60 – que poderia crescer a taxas anuais de 10% durante uma década independentemente do que acontecesse no resto do mundo.”
Os números porém não confirmam o optimismo. Nos últimos cinco anos o crescimento indiano, em média, foi de 9.0%, embora tenha subido para os 9.6% no ano económico que terminou em 31 de Março de 2007. Um analista da Associated Press, no último fim de semana, forneceu uma imagem completamente oposta sobre o desempenho da economia brasileira.
“A fluorescente economia do Brasil está a entrar numa fase de aceleração. Biofuel e [novas jazidas de] petróleo em águas profundas estão a tornar o país independente em matéria de energia e a encher os cofres do Estado com dinheiro suficiente para irrigar o deserto e construir auto-estradas através da Amazónia.” A análise da AP transpira optimismo: “A moeda do país está forte, as exportações disparam e a dívida externa desapareceu. A economia cresce a uma taxa anual superior a 5.0%. Milhões de pessoas com novo acesso ao crédito estão a comprar casas e carros. No topo das boas notícias, está a revelação de um funcionário do sector energético [na semana passada] sobre a descoberta de uma nova jazida de petróleo que poderá vir a ser a terceira maior do mundo. Durante décadas, os brasileiros sentiam que o seu atrasado país merecia desempenhar um papel de relevo no palco mundial. Agora, provavelmente, está a consegui-lo”, acrescenta a agência noticiosa americana. MRA – Dep. Data Mining
Presidente do «Barclays Capital» alerta para «Queda Global» da economia
segunda-feira, abril 21st, 2008O presidente do Barclays Capital Hans-Joerg Rudloff declarou que a Rússia não passará imune ao arrefecimento global da economia e, se quiser ter sucesso, tem que ajustar o elevado crescimento do PIB com o combate à inflação, noticiou o diário Moscow Times.
Rudloff, membro do conselho de supervisão da petrolífera russa Rosneft, afirmou que “fundamentalmente, a história do crescimento russo permanece intacta, mas passará a navegar em águas muito mais difíceis,” devido aos efeitos da crise hipotecária americana e ao espectro de recessão nos Estados Unidos. Os prejuízos para as grandes empresas financeiras ocidentais e para os globalizados mercados de capitais aí estão para o demonstrar.
Após nove anos sucessivos de crescimento, com destaque para os dois últimos – 8.1% (2007) e 6.7% (2006) – “a situação actual será geradora de uma redução do crescimento, mesmo em países como a Rússia e a China,” sustentou o financeiro ocidental. O jornal afirma que entre os ministros russos existem duas correntes antagónicas sobre as políticas macroeconómicas e que, provavelmente, a Rússia não vai conseguir combater a espiral inflacionista de acordo com os planos do governo. MRA Dep. Data Mining
Maribel Malca não será extraditada para o Peru
sexta-feira, abril 18th, 2008O Tribunal da Relação de Lisboa recusou o pedido de extradição de Maribel Malca – aliás Liliana Maribel Malca Salaverry de Lopez – filha do general Victor Villanueva, que foi Ministro da Defesa do governo de Alberto Fujimori, no Peru.
O pedido de extradição tinha sido formulado pelas autoridades do Peru, mas o tribunal português negou-lhe provimento por considerar que ele tem uma motivação política.
Maribel foi patrocinada por advogados da MRA.
China provoca subida dramática dos preços dos fertilizantes
quinta-feira, abril 17th, 2008O governo chinês abriu os cordões à bolsa e aceitou pagar o triplo, em 2008, pelo carbonato de potássio que importa do Canadá para melhorar a sua produtividade agrícola, num sinal de que o preço da fileira agro-industrial vai continuar o ciclo de subida. O grande beneficiário foi o fornecedor Potash Corp. do Canadá, o mais produtor de fertilizantes do mundo, cujas acções não têm parado de se valorizar na bolsa de Toronto. A Potash Corp. passou a ser a segunda empresa canadiana com maior capitalização bolsista – atrás da Research In Motion e à frente do Royal Bank of Canada e Manulife Financial. O seu valor de mercado é actualmente de 62 mil milhões de dólares canadianos (CAD). Desde 2003, as acções da empresa tiveram uma valorização de 1 000%.
Contratos idênticos estão a ser assinados entre a China e empresas russas como de outros países à escala global. A procura de fertilizantes à base de potássio deverá crescer 4% ao ano, de acordo com fontes do sector. Os preços das commodities agrícolas – trigo, milho, soja e arroz – não param de subir. Mais caras e escassas estão a provocar tensões sociais em muitos países em desenvolvimento, africanos e asiáticos, em particular no Zimbabué, Uganda, Quénia, Sudão, República do Congo, Burundi e Ruanda, bem como nas Filipinas, Indonésia, Índia e China and India. MRA/Agências
Economias do Brasil e México estão a ultrapassar concorrentes regionais
quinta-feira, abril 17th, 2008A agência de rating Fitch revelou que o Brasil e o México estão a deixar para trás vizinhos como a Venezuela onde os gastos públicos aceleraram a espiral inflacionista e puseram em causa a sustentabilidade do seu crescimento a longo prazo. A Fitch Ratings sublinha que a América Latina está a partir-se em dois grupos em matéria de riscos de crédito. No grupo dos que registaram melhoria nas notações estão o Brasil, Chile, Colômbia, México, Panamá e Perú. Nos últimos anos as suas políticas macroeconómicas melhoraram a balança tributária e o crescimento do produto (PIB) per capita. No grupo dos “maus alunos” estão a Argentina e a Venezuela com “crescentes desequilíbrios.” MRA/Agências
Russia vai usar fundos orçamentais para salvar aperto da banca
quinta-feira, abril 17th, 2008O Ministério das Finanças da Rússia estabeleceu um tecto mínimo de taxas de juro anuais nos 7,5% para os primeiros leilões de fundos orçamentais que vão ter lugar para ajudar a banca russa a enfrentar o impacto da escassez global de liquidez do sistema financeiro. O primeiro leilão, marcado para hoje, ascende a 300 mil milhões/bi (mm/bi) de rublos (USD 12.79 mm/bi). Os empréstimos à banca têm um prazo de pagamento até 14 de Maio. A banca russa contraíu avultados empréstimos no estrangeiro mas ainda não deu sinais de ter sido severamente afectada pela crise global de liquidez como a que perturbou vários mercados, entre os quais o vizinho Cazaquistão.
A súbita quebra do crescimento bancário nalguns segmentos levou os bancos russos a pedirem ajuda ao Banco Central e ao governo para disnibilizarem fundos de emergência para aliviar a pressão.
Analistas, entretanto alertaram para os perigos de consequências dramáticas no processo inflacionário doméstico. “O uso deste dinheiro pelos bancos pode afectar a economia. (…) O impacto na taxa de inflação, em lugar dos estimados USD 13 mm/bi, pode ser 20 vezes superior”, disse Maxim Osadchy, analista da Antanta Capital, referindo-se ao montante anunciado para o leilão. “O valor pode galgar facilmente para os USD 260 mm/bi.” disse. Na Rússia, em 2007, a taxa de inflação ultrapassou largamente as previsões oficiais (12%) e, em 2008, a espiral ascendente tem-se agravado, podendo atingir os 15%, de acordo com os analistas. Todavia, o ministro russo das Finanças, Alexei Kudrin, ontem, admitiu “ser possível” uma taxa de 10%, em 2008. O discurso do ministro foi interpretado como o primeiro sinal do governo de que manter a inflação abaixo dos dois dígitos será difícil.
As medidas anunciadas irão ter um impacto temporário positivo na capacidade de financimaneto dos grandes bancos mas excluiu os pequenos do processo fazendo temer pela sua solvabilidade. Os especialistas prognosticam uma fase de concentração com as grandes instituições a assumirem o controlo das pequenas, mais vulneráveis e cujo preço se vai tornar atractivo para serem comprados. MRA/Agências
Negociações secretas EUA-Irão sobre o programa nuclear iraniano
terça-feira, abril 15th, 2008Durante os últimos cinco anos, os EUA e o Irão vêm mantendo conversações secretas sobre a nuclearização do Irão e as tensões bilaterais, revelaram fontes americanas. Um dos participantes nas discussões, o antigo diplomata Thomas Pickering revelou que um grupo de ex-especialistas e diplomatas do Departamento de Estado tem mantido encontros com académicos e conselheiros políticos iranianos em territórios neutros. O grupo foi organizado pela Associação ONU dos EUA. O Instituto de Pesquisa para a Paz Internacional, financiado pelo governo sueco, está igualmente envolvido como “facilitador” dos contactos. MRA-Dep. Data Mining
EUA: Suicídios entre militares americanos são 20% do total nacional
terça-feira, abril 15th, 2008Um estudo governamental sobre suicídios entre militares no activo e reservistas revela que, em 2005, atingiram cerca de 20% do total nacional. No período, 1 821 militares suicidaram-se em 16 estados americanos, segundo os dados apurados pelos U.S. Centers for Disease Control and Prevention. Cerca de metade sofriam de depressão e um terço deixou mensagens sobre os motivos que os levaram a pôr termo à vida. No sexto ano da guerra no Iraque estes dados alarmaram o Pentágono. Um relatório do exército publicado em 2007, revelou que a taxa de suicídios entre soldados enviados para o Iraque, entre 2003 e 2006, era 40% mail alta que a média dos suicídios no exército. Fonte: MRA – Dep. Data Mining
Alerta Brasil: UE deverá rever em baixa a taxa de consumo de biocombustível
segunda-feira, abril 14th, 2008A Agência Europeia de Ambiente (AEE) pediu hoje à Comissão Europeia que suspenda o objectivo de atingir 10% de consumo de biocombustíveis no segmento dos transportes até que novos estudos científicos forneçam dados mais rigorosos sobre os riscos ambientais da decisão. O aviso coincide com a entrada do Banco Mundial no grupo dos críticos sobre o aumento da produção de biofuel. A Comissão Científica de AEE já havia classificado a obrigatória meta de 10% como “uma experiência demasiado ambiciosa (…) cujos indesejados efeitos são difíceis de prever e de controlar”. MRA/Agências
Banco Wachovia apresentou hoje primeiro prejuízo em sete anos
segunda-feira, abril 14th, 2008O quarto maior banco dos Estados Unidos, o Wachovia Corp. , anunciou hoje os resultados relativos ao primeiro trimestre do ano, quatro dias antes do previsto, que se traduziram em prejuízos, os primeiros desde 2001, no montante de USD 393 milhões. As perdas, relacionadas com as hipotecas de alto risco (subprime), levaram o banco a anunciar que cortou nos dividendos, para reter USD 2 000 milhões em capital, e que irá lançar uma operação de recapitalização, em bolsa, no montante de USD 7 000 milhões/bilhões. Os resultados negativos do primeiro trimestre contrastam com os lucros de 2 300 milhões/bilhões, em 2007. O valor do banco caíu para metade, desde 2006, após a compra da hipotecária Golden West Financial Corp. (USD 24 600 milhões/bilhões) no princípio do rebentamento da bolha imobiliária. O Wachovia alocou mais USD 2 800 milhões/bilhões para cobrir os prejuízos do primeiro trimestre, e prevenir a continuada desvalorização dos activos imobiliários que detém na Califórnia e na Flórida. Os analistas prevêm que, em 2008, será muito difícil reverter a situação negativa, face ao esperado agravamento da crise hipotecária. Na Europa, esta manhã, os investidores em várias praças financeiras inundaram os mercados com ordens de venda das acções Wachovia. O dia promete ser de forte desvalorização, designadamente após a abertura das bolsas nos EUA, dentro de algumas horas.
MRA, Dep. Data Mining
Iraque/Sérvia: Negócios escuros levantam suspeitas de corrupção no exército
domingo, abril 13th, 2008O diário New York Times denuncia hoje um negócio secreto montado por funcionários governamentais iraquianos para a compra de armamento à Sérvia no valor de USD 833 milhões. O facto revela o nível de corrupção e ineficiência que campeiam na intendência militar do Iraque no sector de compras de equipamento de defesa. O jornal cita funcionários do governo Bush/Cheney afirmando que o exército iraquiano tem muito que aprender sobre como gastar dinheiro de forma inteligente. Em 2005, os iraquianos malbarataram USD 1.3 mil milhões/bilhões (mm/bi) em material militar de qualidade duvidosa, grande parte do qual nunca chegou a ser fornecido. O negócio com a Sérvia aparente ser mais um golpe para iludir as leis anticorrupção vigentes no país ocupado pelas tropas anglo-americanas.
MRA – Dep. Data Mining
Crise financeira vai prolongar-se dolorosamente nos próximos anos
sábado, abril 12th, 2008Whitney Tilson, fundador da Tilson Mutual Funds e colunista do jornal britânico Financial Times advertiu recentemente para o perigoso impacto financeiro global relacionado com a escalada das taxas de juro variáveis e o incumprimento de contratos hipotecários de alto risco – subprime – que poderão atingir dimensões dramáticas em 2009/2010.
George Soros, no livro lançado este mês «The New Paradigm for Financial Markets: The Credit Crisis of 2008 and What It Means», alerta para outra bomba-relógio de consequências imprevisíveis – Credit Default Swaps/CDS – instrumentos de securitização de riscos relacionados com empréstimos multimilionários contraídos por grandes conglomerados globais. Soros, um especulador visionário que virou lenda ao lucrar 1 000 milhões de dólares num dia, com o ataque à libra esterlina e à política monetária do Banco de Inglaterra, em 1992, defende que “o pior ainda está para vir”. Em sua opinião a desconfiança dos bancos em fazerem empréstimos entre si (mercado interbancário) e a recessão em que mergulhou a economia americana vão deprimir o «zilionário» mercado dos CDS’s. Quando os incumprimentos dos primeiros grandes contratos começarem a acontecer, provavelmente já neste semestre, Soros mostra-se céptico que os devedores paguem as dívidas e que muitos dos bancos credores consigam sobreviver.
Dados recolhidos pelos analistas dos mercados bancários BCA Research, num estudo recente, corroboram as visões pessimistas de Soros e Tilson. Como exemplo referem o desconhecimento das posições financeiras das seguradoras hipotecárias federais Freddie Mac and Fannie Mae, na prática organismos operacionais do governo dos EUA no mercado financeiro imobiliário. Ambas estão muito expostas aos contratos subprime e começam a dar sinais de apuro face ao rápido crescimento das penhoras de habitações por os mutuários não terem dinheiro para pagar as prestações mensais. “No nosso cenário mais optimista, os prejuízos de ambas, em 2008, relacionados com hipotecas de má qualidade, ascenderá a cerca de USD 24 mil milhões/bilhões (mm/bi)”, estimam os analistas. A confirmar-se a previsão, isto equivaleria a cerca de 30% do capital social das duas agências, em 2007.
Russia e Mongólia acordam exploração de urânio e cooperação militar
sábado, abril 12th, 2008A Rússia fechou ontem um acordo, em Moscovo, com o governo mongol para a exploração das ricas jazidas de urânio com o antigo satélite soviético, assinado pelos primeiros-ministros Viktor Zubkov e Bayar Sanjaa. A agência nuclear russa Rosatom informou que o compromisso estabelece o novo quadro da cooperação do complexo industrial-nuclear e militar russo na exploração, extracção e processamento do minério de urânio na Mongólia e na modernização das suas infra-estruturas de defesa e segurança. O aumento das encomendas para a construção de novas centrais nucleares em todo o mundo acentua a importância estratégica do acordo bilateral reinicia um período cooperação praticamente interrompido desde o colapso do império soviético, em 1991. O presidente russo Vladimir Putin, que teve uma reunião a sós com Sanjaa, no Kremlin, revelou que o tempo perdido nas relações diplomáticas e no intercâmbio comercial entre os dois países será recuperado rapidamente. O chefe do governo mongol agradeceu a cooperação militar russa e manifestou o seu interesse futuro “em desenvolver esta esfera de cooperação.”
MRA – Dep. Data Mining
B+RIC: BRIC um gigante económico, RIC um gigante geopolítico
sexta-feira, abril 11th, 2008Os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China reúnem-se em Moscovo, no próximo mês, para debaterem temas de interesse comum no âmbito da globalização: comércio, desenvolvimento e sistema financeiro. Os quatro gigantes querem criar um novo quadro de cooperação que possa gerar sinergias e vantagens competitivas, em particular no âmbito da cooperação económica. Com 40% da população mundial o potencial conjunto das potentes economias e mercados BRIC é uma garantia plausível para poderem passar ao lado do clima recessivo mundial, e assumirem-se como as locomotivas do crescimento global nos próximos 40 anos. Todavia começa a desenhar-se, entre os BRIC, um futuro a duas velocidades: B + RIC. Mais…
MRA, Dep. Data Mining
Pedro Varanda de Castro
Consultor
Portugal já atingiu meta europeia de electricidade com fontes renováveis
sexta-feira, abril 11th, 2008O ex-eurodeputado e empresário Carlos Pimenta afirmou hoje que Portugal, em 2009. terá um amplo complexo fabril de equipamentos eólicos e já alcançou a meta europeia de consumo de electricidade produzida com fontes de energia “limpas”. Pimenta explicou que uma directiva europeia de 2001 impôs até 2010, que a electricidade consumida nos Estados-membros seja oriunda em 39% de fontes energéticas alternativas (água, vento, sol, biomassa…). “Portugal não só ganhou esta aposta como vai ultrapassá-la face aos projectos concretos em curso e previstos para 2009 e 2010 [em termos de construção de parques eólicos]”, defendeu o empresário das energias alternativas. Fonte: aeiou/Lusa
Menos 50% de água até 2050 no Médio Oriente, diz Banco Mundial
sexta-feira, abril 11th, 2008A oferta de água por habitante deve cair para metade no mundo árabe até 2050, em razão da diminuição do volume de chuvas e do aumento da população, advertiu ontem o BIRD (Grupo Banco Mundial). Um relatório do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, indica que, apesar de o nível actual de recursos hídricos se manter, a explosão demográfica da região e a redução de, no mínimo, 20% das chuvas agravarão a já “crítica” situação dos recursos hídricos da região.
O estudo revela que há um excesso de exploração dos recursos renováveis nos países do Oriente Médio e o Norte da África, e diz que o custo dos problemas ambientais ligados à água consome entre 0,5% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) dos países daquelas regiões. Face à complexidade da situação, os especialistas do BIRD sugerem um melhor planeamento para evitar medidas drásticas. Apesar das perspectivas pessimistas, a instituição acredita que já existem as soluções técnicas e políticas necessárias para resolver o problema.
Recorde-se que se realizou em Março passado, em Berlim, uma conferência internacional sobre formas de prevenir conflitos devido ao futuro agravamento da escassez de água. Por outro lado, segundo um relatório aprovado em 2007, em Valência, pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) o aquecimento global, em 2020, colocará entre 75 milhões e 250 milhões de africanos a viver sem acesso a água potável.
Fonte: MRA/Agências
Onda de nacionalizações, continua na Venezuela “bolivariana”
sexta-feira, abril 11th, 2008O presidente venezuelano Hugo Chávez está prestes a concretizar a nacionalização da Ternium Sidor, uma das grandes siderúrgicas privadas da América do Sul e a maior que opera no país, controlada em 60% por investidores argentinos da holding Techint. Chávez tornou públicas as suas intenções após o insucesso das negociações salariais entre a administração argentina e os trabalhadores venezuelanos. O presidente populista afirmou que os operários siderúrgicos terão mais vantagens se trabalharem para o Estado. A informação surgiu após a nacionalização no início da semana de companhias estrangeiras de cimento. O Estado venezuelano domina completamente os sectores do petróleo, energia eléctrica, e telecomunicações.
A poderosa União Industrial Argentina (UIA) advertiu para as consequências negativas da decisão em termos da integração bilateral e regional do fluxo de investimento directo estrangeiro (IDE). “A integração da Venezuela como membro do Mercosul requer, sem dúvida, relações comerciais amigáveis e de confiança mútua, a respeito dos investimentos”, disse a organização patronal argentina em comunicado emitido em Buenos Aires. “Está em jogo o ideal da integração do Mercosul”, o bloco fundado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, disse um representante da siderúrgica argentina em declarações a rádio América, de Buenos Aires. A empresa deseja que Chávez reconsidere a nacionalização da empresa e afirmou-se disposta a concluir a negociação do contrato colectivo de trabalho com os sindicatos.
A integração da Venezuela no Mercosul foi aprovada pelos parlamentos de Buenos Aires e Montevidéu, mas ainda está pendente em Brasília e Assunção(Paraguai). Cerca de um 1/3 da dívida externa argentina foi comprada em 2007 pela Fazenda venezuelana, facto que compromete a capacidade de pressão do governo Kirchner. MRA Dep. Data Mining
Putin reforça poder e influência na Rússia pós-Putin
quinta-feira, abril 10th, 2008Vladimir Putin, o presidente russo cessante, está a construir um vasto aparelho de fiéis e leais servidores susceptível de o transformar no único primeiro-ministro da “Mãe Rússia” com poderes domésticos idênticos aos de Ivan IV Vasilyevich – Ivan “O Terrível” – o primeiro governante russo a ostentar o título de Czar e a alargar, consolidar e dominar territorialmente um extenso império, no século XVI. O instrumento para consolidar tamanho poder, 500 anos depois, reside no controlo dos “emissários regionais.”
“Os ‘emissários’ desempenharão um novo papel. As suas funções assemelhar-se-ão às de super governadores regionais, com poderes outorgados pelo Kremlin, para fiscalizarem todo o aparelho político-administrativo regional [dependente do poder central moscovita]. Eles prestarão contas ao governo liderado por Putin”, revelou hoje o diário Vedomosti, de São Petersburgo (cidade natal de Putin), controlado pelos influentes grupos de informação económica que publicam o britânico Financial Times (Pearson plc) e o norte-americano Wall Street Journal (Dow Jones & Co.). O jornal atribuiu a “fontes da presidência” a interpretação dos referidos factos e a confirmação de que “está a ser considerada uma reforma no aparelho administrativo do Kremlin.”
De acordo com as nossas pesquisas, após a tomada de posse (2000), Putin institucionalizou os “emissários” no processo de reorganização político-administrativa da Rússia. As 89 regiões/províncias russas passaram a integrar 7 distritos federais. O objectivo foi reforçar o controlo do governo central sobre todo o país, após a traumática implosão da ex-URSS, e recuperar a autoridade do Estado sobre o seu vasto território.
Os super governadores regionais – emissários – passaram então a ser a interface entre os poderes regionais e o Kremlin, dispondo de ampla influência, assegurando a harmonização legislativa entre a federação e as regiões, e aconselhando Putin na escolha de candidatos para os governos regionais.
Na actual fase de transição, segundo o relato do Vedemosti, a reestruturação do poder regional e local está a ser concebida e elaborada pela administração do Kremlin, fiel a Putin. “Pode ser interpretada como uma tentativa para assegurar ao ainda presidente renovados poderes na sua qualidade de futuro primeiro-ministro,” remata o diário russo. MRA-Dep. Data Mining
EU-Israel: Relações preferenciais prorrogadas
quinta-feira, abril 10th, 2008O “Plano de Acção” que, desde 2005, instrumentaliza as relações preferenciais entre a União Europeia e Israel expira hoje mas, de acordo com fontes da Comissão Europeia, será prorrogado por mais um ano. Telavive considera o acordo como um instrumento fulcral da cooperação entre as duas partes, no âmbito da “Política de Vizinhança Europeia”, que assegura a competitividade do Estado judaico apesar dos últimos alargamentos da UE aos países leste europeus.
O “Plano de Acção” euro-israelita garante encontros bilaterais ao mais alto nível, integra um acordo de comércio livre para produtos industriais, assinado em 1975, actualmente em fase de alargamento para a área dos serviços, e o acesso preferencial de Israel a programas e instituições comunitárias.
As áreas da Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, Competitividade e Inovação abriram ao país do Médio Oriente as portas para a integração no projecto Galileo, concorrente do GPS norte-americano. Este é um dos estrategicamente mais importantes para a UE, por envolver avançados sistemas de posicionamento via satélite, com aplicações civis e militares independentes do sistema gerido pelo complexo industrial-militar dos EUA. Fonte: MRA-Dep. Data Mining
Globalização está a enervar as pessoas, diz Mandelson
quinta-feira, abril 10th, 2008A globalização e o livre comércio enfrentam um cepticismo crescente por parte da opinião pública, disse o comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, durante uma conferência, em Watford, Grã-Bretanha, sobre modelos avançados de governação. “Apesar de estarmos rodeados por benefícios da globalização, as pessoas ainda estão cépticas”, disse o eurocrata britânico, a despeito das enormes vantagens e de ter distribuído riqueza a mais de mil milhões (um bilhão) de pessoas anteriormente mais pobres. Mendelson atribuíu o facto à transferência de poder e influência económica do ocidente para o oriente. “Sem dúvida é isto que está a enervar as pessoas”, acrescentou.
O comissário europeu aconselhou os governos a evitarem o isolacionismo e o proteccionismo como resposta a estas mudanças. A mensagem dirigiu-se aos líderes ocidentais numa altura em que, face à crise financeira mundial, têm aumentado as pressões para que as negociações sobre a liberalização do comércio mundial – Ronda de Doha – sejam rapidamente reactivadas. Desde 2004, altura em que deveriam ter terminado, o diálogo de surdos entre países ricos e pobres sobre o desarmamento comercial, tem afectado o crescimento e o desenvolvimento global. Fonte: MRA-Dep. Data Mining