O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem (21/01/2008) que o Brasil está preparado para enfrentar os efeitos, no cenário internacional, de uma possível recessão na economia norte-americana, afectada pela crise financeira. Meirelles ressaltou, entretanto, que isso “não significa dizer que a economia brasileira esteja imune à crise”.
Segundo Meirelles, o Brasil deverá persistir com a política do câmbio flutuante, de metas de inflação e de equilíbrio fiscal e, na sua análise, actualmente, os demais países “estão absorvendo os problemas da crise norte-americana”. O Banco Central, disse Meirelles, “monitora a situação internacional cuidadosamente e, quando toma qualquer medida, se precavém contra efeitos desfavoráveis no longo prazo”. De acordo com ele, a condução da política econômica nos últimos cinco anos assegurou ao país credibilidade internacional. “O que foi feito funcionou como um seguro contra adversidades.” As reservas internacionais do país e o sucesso da política de exportação são exemplos concretos da estabilidade que o país vive, acrescentou Meirelles durante uma cerimónia de tomada de posse de um quadro de topo do Banco Central. Fonte: Agência Brasil
Archive for janeiro, 2008
Brasil: Banco Central diz que país está preparado mas não é imune à crise global
terça-feira, janeiro 22nd, 2008Empresas da Bovespa perdem R$ 344,9 mm/bi (€ 130,43) em valor de mercado
terça-feira, janeiro 22nd, 2008As empresas listadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) perderam R$ 344,9 mil milhões/bilhões (mm/bi) nos primeiros 21 dias de 2008, valor equivalente a todos os bancos brasileiros (R$ 341,5/€ 149, 13, mm/bi), segundo o levantamento feito pela consultoria Economática. Os dados apurados, em mm/bi de Reais/Euros) revelam que o sector mais afectado é o de Petróleo e Gás (sete empresas no total), com uma queda de R$ 97,1/€ 36,7. Em seguida surge a banca (27 empresas), que perdeu R$ 58,6 /€ 22,1 bilhões) em 21 dias, e a mineração, com perdas agregadas de R$ 46,67 / € 17,64. De todos os 22 setores da Bovespa, somente o de Agronegócios e Pesca, com quatro empresas listadas, viou crescer o seu valor de mercado (R$ 186/€ 70,3 milhões).
Ontem (segunda-feira), a Bovespa registou o seu pior dia desde 27 de Fevereiro de 2007, quando os mercados globais reagiram às fortes perdas na Bolsa chinesa. Como resultado, desde o início de 2008, o mercado bolsista brasileiro já acumulou perdas de 15,93%. Consulte as perdas sectoriais ne edição online da Folha de São Paulo
Recessão e «subprime» derrubam bolsas mundiais; Lisboa perdeu 15% em 3 semanas
terça-feira, janeiro 22nd, 2008Noticia do Público às 13H40 de hoje (2.ª Feira), Lisboa
“O ano de 2008 está a revelar-se verdadeiramente negro para os mercados de capitais, que arrancaram este semana num cenário de “crash”, com a maioria das praças mundiais a registar perdas acentuadíssimas. A meio da sessão, mais de quinze praças financeiras internacionais registavam desvalorizações superiores a cinco por cento. Os analistas não hesitam em afirmar que os mercados estão um “descalabro”, devido à ausência de liquidez, provocada pelos receios de uma recessão nos EUA e pela crise do crédito de alto risco. Às 12h30, a maior quebra era protagonizada pela bolsa de Frankfurt, cujo índice Dax 30, perdia 6,78 por cento. Lisboa não escapa à onda negativa que está a varrer os mercados mundiais, o PSI desvaloriza 4,2 por cento e acumula uma perda anual de cerca de 15 por cento, ou seja, praticamente já anulou os ganhos de 2007. Em Lisboa, o BCP mantém-se entre os títulos mais massacrados, com as acções a recuarem 6,75 por cento para 2,21 euros. A banca está toda, aliás, em forte quebra: o BPI cai 5,58 por cento e o BES recua 5,67 por cento. Nenhum título da praça portuguesa está positivo, e o que perde menos é a Impresa, que apresenta uma desvalorização de 0,63 por cento.
Os investidores e os consumidores estão pouco confiantes na economia e receiam que o pior ainda possa estar para vir, como têm mostrado os últimos resultados de grandes bancos mundiais, que pela primeira vez em muitos anos apresentam prejuízos de grandezas assustadoras. O CitiGroup e a Merrill Lynch resgistaram no último trimestre de 2007 prejuízos na ordem dos 10 mil milhões de euros cada um. A falta de liquidez é um dos rastilhos desta quebra e os analistas afirmam que se fala imenso no mercado na necessidade de vender activos.”
Desde Agosto que, de forma insistente, temos alertado para as ameaças que a crise sistémica coloca ao sistema financeiro global. Reafirmamos que o “Titanic já zarpou, mas ainda não colidiu com o icebergue.”
MRA, Dep. Data Mining
Tóquio fechou hoje com o índice Nikkei a cair quase 4%
segunda-feira, janeiro 21st, 2008A Bolsa de Tóquio encerrou em baixa acentuada hoje, com um novo mínimo histórico nos últimos dois anos. O índice Nikkei 225 recuou 3,86%, para se fixar nos 13.325,94 pontos. A sessão foi marcada pela saída de investidores que duvidam da eficácia do plano anunciado pela Casa Branca para relançar a economia do principal destino das exportações nipónicas – Estados Unidos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng seguiu a tendência japonesa, com uma queda superior a 5%, atingindo os 23.9929,5 pontos, pouco tempo antes do fecho da sessão. Fonte: Diário Digital
Grã-Bretanha indeminiza vítimas de testes com armas químicas secretas
sexta-feira, janeiro 18th, 2008O ministério britânico da Defesa vai pedir desculpa e pagar mais de 4 milhões de euros (£ 3 milhões) de indeminizações aos 360 veteranos do exército de Sua Majestade, usados como “cobaias humanas” em testes com armas químicas secretas, realizados nos anos 50 e 60, no centro científico militar de Porton Down, noticiou ontem o diário londrino “Guardian“.
Os antigos soldados reclamam ter sido enganados pelos seus superiores. Aceitaram participar nos testes – com gás de nervos – pois foi-lhes dito que as experiências seriam feitas com um produto para combater a gripe, no centro de pesquisas militares em Salisbury, Wiltshire, Reino Unido.
No entanto, segundo o diário inglês, os “resultados de testes toxicológicos, realizados posteriormente, revelaram que as vítimas foram expostas a produtos alucinogénicos e agentes químicos que afectavam o sistema nervoso provocando perdas de memória, flashbacks e letargia.” Uma porta-voz do ministério informou que as conversações com os advogados das vítimas ainda não “estão encerradas” e que os termos do acordo “serão confidenciais.”
Cerca de 90% dos veteranos já aceitaram receber uma indeminização da ordem dos 10 500 euros (£ 8 000). O ministério da Defesa foi entretanto acusado de tentar chantagear os restantes, ao informar que só pagará as indeminizações se todas as vítimas aceitarem receber as verbas propostas. (pvc)
A síndrome «subprime», previsões negras para 2008 e USD 150 mil milhões para evitar a recessão
sexta-feira, janeiro 18th, 2008Os bancos de Wall Street atravessam actualmente a pior fase depois do «crash» bolsista de 1929, seguida da Grande Depressão que, com altos e baixos, durou até ao início da II Guerra Mundial (1939-1945). Neste momento a banca estadunidense é um dos elos mais fracos do sistema financeiro global. De uma lista de 16 bancos, indicativa dos resultados dos balanços (consolidados) referentes aos 12 meses de 2007, as perdas acumuladas com a crise «subprime» já ultrapassaram os USD 91 mil milhões/bilhões.
Síndrome Subprime
BANCOS
USD
1. Merrill Lynch $22.1 mm/bi
2. Citigroup $18 mm/bi
3. UBS $13.5 mm/bi 4. Morgan Stanley $9.4 mm/bi
5. HSBC $3.4 mm/bi
6. Bear Stearns $3.2 mm/bi
7. Deutsche Bank $3.2 mm/bi
8. JP Morgan Chase $3.2 mm/bi
9. Bank of America $3 mm/bi
10. Barclays $2.6 mm/bi
11. Royal Bank of Scotland $2.6 mm/bi
12. IKB $2.6 mm/bi
13. Freddie Mac $2 mm/bi
14. Wachovia $1.1 mm/bi
15. Credit Suisse $1 mm/bi
16. Paribas $197 milhões TOTAL $91.077 mm/bi
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco emissor americano), Ben Bernanke, admitiu ontem, perante a Comissão do Orçamento da Câmara dos Representantes, que a economia dos Estados Unidos piorou nas últimas semanas. O chefe da Reserva Federal e pediu ao Congresso a aprovação de um pacote de medidas rápidas e de curto prazo para estimular a economia. Bernanke disse que “à luz das mudanças recentes no panorama económico e dos riscos para o crescimento (dos EUA), pode ser necessário um afrouxamento adicional da política monetária”. Os mercados reagiram decepcionados ao discurso do presidente do Fed, temendo que não corresponda adequadamente ao esperado novo corte da taxa de juros, antes da próxima reunião da Comissão do Mercado Aberto da autoridade monetária americana, marcada para o final do mês. Também o presidente George W. Bush anunciou que, muito em breve, o seu governo anunciará uma série de medidas de emergência para revitalizar a economia e tentar evitar a recessão, que alguns analistas dizem já estar em marcha. Tecnicamente tal acontece quando a economia regista um crescimento negativo durante três trimestres consecutivos. A última recessão americana ocorreu entre Janeiro e Novembro de 2001, na sequência da chamada “bolha tecnológica”. O chefe da maioria democrata na Câmara de Representantes, Steny Hoyer, disse ontem que os legisladores do partido estão a preparar um pacote de USD 100 mil milhões/bilhões de apoio à economia, contemplando o reembolso de impostos para os contribuintes da classe média e o alargamento dos subsídios alimentares para os desempregados. Hoje, à tarde, o presidente Bush solicitou que o montante para acudir à crise aguda seja aumentado para USD 150 mm/bi pelos congressistas.
MRA, Dep. Data Mining
“A Mentira de Ormuz”: Cronologia de uma manobra americana para fomentar mais uma guerra…
sexta-feira, janeiro 18th, 2008“O Pentágono confirmou que cinco barcos iranianos realizaram manobras hostis contra três navios de guerra da Marinha dos Estados Unidos no estreito de Ormuz, rota estratégica do petróleo do Golfo”, noticiou a cadeia norte-americana de televisão CNN, no passado dia 6 de Janeiro.
- A construção da “ameaça iraniana”…
- O incidente teria ocorrido cerca das 05:00 (01:00 em Lisboa) de domingo.
- Um cruzador, um contra-torpedeiro e uma fragata da Marinha dos Estados Unidos atravessavam o estreito para entrar no Golfo Pérsico.
- Fontes militares americanas citadas pela CNN, informaram que os navios iranianos, dos Guardas da Revolução, ameaçaram as unidades da marinha americana via rádio, com mensagens hostis tais como: «Vamos atacar-vos» e «vamos fazer-vos explodir dentro de alguns minutos».
- «Não houve ferimentos, mas podia muito bem ter havido», dramatizou o responsável do Pentágono.
- A fonte anónima, citada pela CNN, acrescentou que os barcos iranianos deram meia-volta «no momento em que as forças dos Estados Unidos se preparavam para abrir fogo» alegando auto-defesa.
- Estas declarações, foram largamente noticiadas pela generalidade da media estadunidense no dia 7/01/2007 – horas antes do início de uma visita oficial do presidente Bush a vários países aliados do Golfo Pérsico.
- A descontrução da mentira…
Desde ontem, dia 17, a administração Bush/Cheney está a ser ridicularizada e denunciada por centenas de orgãos de informação, americanos e internacionais, com as seguintes mensagens:
- Falharam os propagandeados objectivos da visita:
- Fomentar a paz israelo-árabe;
- Convencer as monarquias pró-americanas da região a alinharem na campanha internacional contra o Irão;
- Usar “a provocação iraniana de Ormuz” como argumento para desacreditar Teerão;
- Catalogar o regime xiíta como uma “ameaça à paz mundial”;
- Usar o programa nuclear do Irão como o alvo a abater
- O “incidente de Ormuz” foi uma invenção do Pentágono
- A visita de Bush é um fracasso diplomático.
Seleccionámios os principais detalhes, a cronologia dos acontecimentos e exemplos sobre os métodos diplomáticos e militares usados pela administração Bush/Cheney para fabricar falsos pretextos susceptíveis de gerar crises internacionais.
De mentira em mentira, através de tácticas maliciosas e desleais, o presente governo americano usa todos os meios para atingir o único fim que persegue desde 2001: criar guerras e tensões político-militares não importa onde, nem contra quem. Continuação…
MRA, Dep. Data Mining
Consumo americano faz marcha-atrás; Recessão americana acelera
quinta-feira, janeiro 17th, 2008O consumo privado nos Estados Unidos sofre de anemia. Para alguns acentuam-se os sinais de que a recessão está a chegar. Infelizmente a realidade é pior do que parece: a economia americana já entrou em recessão, por muito que isso desagrade aos estrategistas do Fed, aos atrapalhados bancos de Wall Street e aos incrédulos comerciantes e consumidores. Uma simples análise aos últimos dados, no dia em que o chefe do Fed, Ben Bernake, perante o Congresso voltou a tapar o sol com a peneira, valerá a pena reflectir sobre o que nos espera no 1.º trimestre de 2008. Mais…
Reservas petrolíferas dos EUA sobem pela 1ª vez em 9 semanas
quarta-feira, janeiro 16th, 2008As reservas petrolíferas dos Estados Unidos registaram uma subida de 4,3 milhões de barris, o primeiro incremento em nove semanas, anunciou esta quarta-feira o Departamento de Energia norte-americano. Deste modo, às 16h00 (Lisboa) os contratos de Fevereiro do West Texas Intermediate (petróleo de referência nos Estados Unidos) negociavam-se no mercado NYMEX de Nova Iorque a USD 89,82 (- USD 2,02 dólares). Os dados surpreenderam os analistas, que antecipavam uma queda de 300 mil barris. As reservas de gasolina aumentaram em 2,2 milhões de barris, ligeiramente abaixo dos 2,4 milhões esperados pelo mercado. As reservas de produtos destilados registaram um aumento de 1,1 milhões de barris, excedendo as previsões em 100 mil barris. (pvc/agências)
Brasil: Mantega diz que turbulências exigem atenção, medidas ainda não
quarta-feira, janeiro 16th, 2008O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu atenção à crise mundial e o autorizou a tomar “medidas” para enfrentar a turbulência, caso considere necessário. Mantega, no entanto, acha que o Brasil está “bem posicionado no cenário mundial”. “Não vejo a necessidade de nenhuma medida”, afirmou. No entanto reconheceu que “o momento é de atenção”. O ministro brasileiro considerou os resultados negativos no mercado internacional, que afectam actualmente as bolsas mundiais, por enquanto, estão restritos aos bancos preferindo aguardar pelo balanço das empresas para avaliar “o tamanho do buraco”. Mantega afirmou que ainda não é possível falar em recessão nos Estados Unidos. Em sua opinião, apesar da travagem da economia norte-americana, os preços das commodities continuam a subir, o que favorece a balança comercial do Brasil. (pvc/Estadão)
Governo aprova amanhã resolução para ratificar Tratado de Lisboa na AR
quarta-feira, janeiro 16th, 2008O Conselho de Ministros vai aprovar amanhã a proposta de resolução para ratificação do Tratado de Lisboa da União Europeia na Assembleia da República, anunciou o primeiro-ministro, durante o debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo Bloco de Esquerda. José Sócrates espera que o tratado seja alvo de “um amplo debate” durante a sessão parlamentar, ainda sem data marcada. Fonte: Público
Produção industrial dos EUA com comportamento misto desde 2006
quarta-feira, janeiro 16th, 2008A produção industrial nos EUA manteve-se estável em Dezembro, depois de um crescimento de 0,3% em Novembro do ano passado, informou hoje a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed). Em todo o ano de 2007, a produção industrial americana cresceu 1,5%. Porém, a utilização da capacidade instalada caiu para 81,4% no mês passado, 0,2% abaixo do valor registado em Novembro. A produção industrial manteve-se estável nos dois últimos meses.
Sectores em contracção (Nov./Dez. 2007): Veículos e peças (- 0,5%), produtos de construção (- 0,9%), mobiliário (- 1,2%), equipamentos eléctricos (-0,1%) e serviços públicos (- 0,2%). Sectores em crescimento (Nov./Dez. 2007): Produtos tecnológicos (+ 0,8%), computadores (+ 1,1%), indústria extractiva (+ 0,1%), máquinas (+ 0,2%). (pvc)
UE: Kosovo é uma questão especial e de urgente solução, diz presidência eslovena
quarta-feira, janeiro 16th, 2008O Kosovo está no centro das prioridades da presidência eslovena da União Europeia. Esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, relembrou que a actual província separatista sérvia gozava, no tempo da Federação Jugoslava, de uma autonomia semelhante à da Sérvia. Porém, disse, o então líder sérvio Slobodan Milosevic pôs-lhe termo. Neste contexto, o chefe do governo da Eslovénia defende uma solução rápida que evite complicações diplomáticas decorrentes de uma independência não negociada do Kosovo, ignorando os interesses geopolíticos em presença.
“Não parece possível um acordo no Conselho de Segurança [da ONU] num futuro próximo. Por outro lado, todos sabemos que atrasar a solução poderia desestabilizar drasticamente a região dos Balcãs. A situação actual não é sustentável e o Kosovo representa um problema especial que não pode ser comparado a nenhuma outra situação no mundo”, enfatizou.
A declaração foi interpretada por analistas europeus como uma mensagem dirigida a alguns países que se opõem à independência do Kosovo, designadamente a Rússia, Chipre ou a Grécia, para além da própria Sérvia. Todos, pelas mesmas razões, receiam que a independência kosovar alimente sentimentos separatistas dentro dos seus territórios. Janez Jansa confirmou o envio de uma missão de paz para a região, conforme a decisão dos Chefes de Estado e de Governo, tomada durante o Conselho Europeu de Lisboa, no final da Presidência portuguesa da União Europeia, no mês passado. (pvc/agências)
Economia dos EUA pode ser capaz de resistir à recessão?
quarta-feira, janeiro 16th, 2008As perspectivas económicas para os EUA podem parecer sombrias em Wall Street, mas alguns analistas dizem que as empresas estão com dinheiro em caixa, os consumidores têm empregos com salários estáveis e o combalido mercado habitacional dá sinais de estabilização.
Uma onda de más notícias levou a esmagadora maioria dos analistas a concluírem que os EUA rumam para uma recessão, opinião particularmente partilhada pelo sector financeiro de Wall Street, muito afectado pela crise do crédito imobiliário. Quem terá razão? Argumentos optimistas (bullish) e pessimistas (bearish) disponíveis aqui.
Wall Street: Sinais de recessão sangram mercados americanos
quarta-feira, janeiro 16th, 2008As bolsas de valores dos Estados Unidos caíram mais de 2 % ontem, depois de novas perdas recorde do Citigroup e do pior resultado das vendas no retalho/ varejo desde 2002. O temor de recessão voltou a pairar sobre Wall Street. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova Iorque, recuou 2,17 %, para 12.501 pontos. O barómetro da bolsa tecnológica Nasdaq caiu 2,45 por cento, para 2.417 pontos. O índice Standard & Poor’s 500 caíu 2,49 %, para 1.380 pontos. O Citigroup, o maior banco norte-americano, cortou dividendos após contabilizar mais 18,1 mil milhões/bilhões de dólares por perdas relacionadas com o sector de crédito imobiliário de alto risco (subprime). As acções do banco afundaram-se mais 7 %. Fonte: Reuters
Baixa dos juros nos EUA deve impulsionar real face ao dólar
quarta-feira, janeiro 16th, 2008A continuação dos cortes dos juros pela Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos para evitar uma recessão deve impulsionar o real, mas ter efeito contrário sobre o peso mexicano. Win Thin, analista de mercados emergentes da Browne Brothers Harriman, em Nova Iorque afirmou à Reuters que “conforme as taxas caem nos Estados Unidos, o rendimento de algumas moedas latino-americanas sobe automaticamente.” O Fed deve reduzir a taxa básica de juros em pelo menos 0,50 ponto percentual, para 3,75 por cento, na reunião de 29 e 30 de janeiro.O crescimento econômico nos Estados Unidos desacelerou no ano passado e um número cada vez maior de economistas vem defendendo que uma recessão pode ser iminente. Nem mesmo a forte queda do dólar em 2007 em relação às moedas locais deve deter os investidores. “Ainda há espaço para maiores altas [das moedas locais] em lugares como o Brasil e Chile”, disse Thin. A Browne Brothers Harriman recomendou aos seus clientes que comprem a divisa brasileira. A corretora espera que o real supere a apreciação de 20% registada contra o dólar em 2007. A taxa de câmbio poderá atingir a cotação de 1,65 real/dólar, em 2008.
Ex-Embaixadora americana contra operações dos EUA no Paquistão
terça-feira, janeiro 15th, 2008A Embaixadora dos EUA no Paquistão (2001-2002, Wendy Chamberlin, em entrevista à cadeia global de televisão Fox News, informou que o Presidente paquistanês Pervez Musharraf nunca aprovou operações militares unilaterais norte-americanas em solo paquistanês, antes preferindo “esforços coordenados” a nível bilateral.
Chamberlin afirmou à cadeia televisiva globalista pró-americana que Musharraf, após ter aderido à coligação militar internacional criada após os ataques terroristas de 11 de Setembro, impôs como condição prévia a inibição de acções militares unilaterais das tropas ianques dentro das fronteiras do Paquistão. As declarações da antiga Embaixadora, agora presidente do Middle East Institute, um centro de estudos (think tank) com sede em Washington, foram interpretadas pelos media paquistaneses como um apoio claro à intransigente oposição do Presidente paquistanês a acções unilaterais contra quaisquer terroristas infiltrados clandestinamente no Paquistão. (pvc)
Chamberlin negou que a posição de Musharraf prejudique os esforços de espionagem dos EUA acerca dos esconderijos de líderes da al Qaeda e a possibilidade de serem presos, elogiando o sucesso das acções de contraterrorismo do Paquistão durante os últimos anos. (pvc)
Musharraf e Ahmadinejad vão assinar acordo energético este mês
terça-feira, janeiro 15th, 2008Os presidentes do Paquistão e do Irão Pervez Musharraf e Mahmud Ahmadinejad deverão assinar, em 25 de Janeiro, no Abu Dhabi um Acordo de Compra e Venda de Gás (Gas Sales Purchase Agreement/ GSPA) através do gasoduto Índia-Paquistão-Irão (IPI) noticia hoje o diário paquistanês Daily Times, citando fontes oficiais. O projecto GSPA será assinado ao mais alto nível dos dois governos, incluindo a Comissão Económica do Executivo (ECC) do Paquistão, com as empresas Sui Northern Gas Pipelines Limited (SNGPL) and Sui Sourthern Gas Company Limited (SSGC), estabelecendo a revenda de gás importado nos termos dos protocolos comerciais iranianos definidos pelo GSPA. A empresa paquistanesa ISGC – Inter State Gas Company – fará um pedido formal ao Irão para alocar mais 1.05 Bcfd (Billion cubic feet per day/mil milhões de pés cúbicos por dia) caso a Índia aprove o projecto. O fornecimento de gás iraniano ao Paquistão será de 8 (oito) dólares por MMBTU (milhões de unidades termais britânicas) ao preço corrente do preço do petróleo bruto (crude) – cerca de USD 100,00/Barril) de acordo com o índice Japanese Crude Cocktail (JCC) -o modelo de mecanismo de preços acordado pelos dois países. O governo de Islamabade calcula que os preços contratuais para o gás são cerca de 40% inferiores aos custos do óleo de aquecimento. (pvc)
Rússia e Grã-Bretanha novamente em rota de colisão
segunda-feira, janeiro 14th, 2008O ministério russo dos Negócios Estrangeiros informou hoje o Embaixador da Grã-Bretanha sobre um conjunto de medidas tomadas contra as actividades culturais britânicas na Rússia, após Londres ter desreipeitado ordens de Moscovo para fechar duas filiais do British Council (BC). O ministério informou o diplomata inglês que vai dar início a acções administrativas e judiciais com o objectivo de recuperar impostos da delegação do BC, em São Petersburgo, bem como de impôr restrições à acreditação de diplomatas que trabalham nas delegações regionais. A recusa da passagem de vistos de estadia aos novos empregados da instituição britânica foi outra das medidas tomadas pelas autoridades russas.
Numa nota publicada no site do ministério, o governo do Kremlin informa que “se reserva o direito de adoptar medidas adicionais” tendo em vista exercer pressão sobre “a delegação do British Council em Moscovo.” A delegação do British Council em São Petersburgo abriu na segunda-feira, em Nevsky Prospekt, apesar de ter recebido ordens oficiais para cancelar as suas actividades. A outra delegação, em Yekaterinburg, reabriu na semana passada. “Ao termos aberto as portas hoje quisemos transmitir a mensagem de que desejamos prosseguir o nosso trabalho na Rússia,” disse James Kennedy, director do British Council na Rússia, e responsável pela inauguração da delegação na cidade natal do presidente Vladimir Putin.
A Rússia alega que a instituição opera ilegalmente no país. O governo de Londres contraria a opinião de Moscovo dizendo que a base legal para a operação do organismo cultural britânico na Rússia é “bastante sólida”. A divergência evid~encia uma nova crise nas relações diplomáticas anglo-russas que promete agudizar-se nas próximas semanas com retaliações do governo britânico contra interesses russos no Reino Unido. pvc/Moscow Times
América Latina ajuda a transformar gigantismo dos EUA em nanismo
segunda-feira, janeiro 14th, 2008Neste início de 2008, ano que prevemos de grandes e perigosas ameaças para a economia global, uma análise mais profunda dos fundamentais dos países da América Latina, com o Brasil a funcionar como potente locomotiva, indicam que, apesar dos desafios e ameaças, brasileiros e seus pares da «iberolândia» americana têm razões para acreditar que a anunciada queda do «subprime» império americano, contrariamente ao que acontecia no século XX, não afectará substancialmente o seu desenvolvimento sustentado. A melhoria das condições de vida dos eternos «parentes pobres» dos Estados Unidos parece uma realidade sustentável e duradoura. Os factos e os números mostram que, desde o 11 de Setembro, o gigante americano está a encolher e a perder – influência e poder – no xadrês geopolítico global. De gigante e magnata, os «States» estão a transformar-se num pedinte atacado de nanismo. Veja aqui os dados que recolhemos, e avalie se estamos certos ou errados…
Alerta Brasil: UE vai dificultar introdução de biocumbustíveis no mercado europeu
segunda-feira, janeiro 14th, 2008A União Europeia vai estabelecer critérios mais rígidos para regular a produção e o comércio de biocombustíveis após constatar que a pressão para produzir combustíveis a partir de matéria-prima vegetal causou danos imprevistos, disse hoje o Comissário europeu do Ambiente, Stavros Dimas em entrevista à BBC. O eurocrata confessou à emissora pública britânica que a UE substimou os perigos para as florestas tropicais e os riscos de pressionar a subida dos preços dos bens alimentares ao estabelecer objectivos ambiciosos para substituir a energia fóssil por biocombustíveis.
“Constatamos que os problemas ambientais causados pelo biodiesel e os problemas sociais que lhe estão associados são mais graves do que inicialmente pensámos. Portanto devemos avançar com muita cautela”, afirmou Dimas, ao elaborar sobre o futuro das políticas europeias sobre o assunto: “Devemos estabelecer critérios para salvaguardar a sustentabilidade , incluindo questões sociais e ambientais, uma vez que existem alguns benefícios a retirar dos biocombustíveis”, disse.
Recorde-se que a Comissão Europeia, em Março de 2007, estabeleceu como objectivo o uso mínimo de 10% de biocombustíveis no sector dos transportes até 2020. Agora o Comissário defende que é preferível não atingir aquele objectivo para não prejudicar populações pobres e danificar o ambiente. (pvc)
Cravinho volta a criticar governo na polémica Ota/Alcochete
segunda-feira, janeiro 14th, 2008A escolha de Alcochete para implantar o novo aeroporto de Lisboa é o culminar de “uma avassaladora campanha de manipulação da opinião pública para forçar o Governo a mudar a localização para a península de Setúbal” disse João Cravinho, num documento ontem colocado na Internet sob o título “Ota, a melhor solução nacional”. O deputado socialista e ex-ministro do Equipamento Social, responsável em 1999 pela opção Ota, refere no documento que a campanha, é “tão persistente e tão cheia de contradições” que “não é obra do acaso” traduzindo interesses económicos “ocultos”.
O antigo governante prevê que a escolha de Alcochete provocará uma “explosão urbanística sem precedentes” na Península de Setúbal, capaz de duplicar a densidade populacional, já próxima dos 500 habitantes por km quadrado, bem acima da média nacional (115). Cravinho insiste que os efeitos ambientais negativos não são em Alcochete inferiores aos de Rio Frio, localização chumbada há anos por aquelas razões, e lembra que Alcochete implicará a alteração da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, impondo uma autorização da Comissão Europeia. Na sua óptica, a Região Norte ganharia com o aeroporto na Ota através de um modelo de desenvolvimento assente numa “grande aglomeração metropolitana polinucleada”, com cinco a sete milhões de pessoas, gerando massa crítica que nenhuma das regiões (Porto e Lisboa), por si só, tem condições para atingir. Fonte: Jornal de Notícias
França vai facturar com acordo nuclear nos Emirados Árabes, revela Al-Hayat
segunda-feira, janeiro 14th, 2008O presidente françês, Nicolas Sarkozy, confirmou ontem os planos para assinatura de um acordo de cooperação nuclear com os Emirados Árabes Unidos (EAU), para a construção de reactores nucleares na região, por empresas francesas. Sarkozy disse em entrevista ao jornal árabe Al-Hayat: “A minha visita aos Emirados Árabes Unidos será… a ocasião para assinar um acordo sobre uso pacífico de energia nuclear.” O chefe de estado gaulês chega amanhã aos EAU no final de uma visita oficial de três dias, que incluiu estadas na Arábia Saudita e no Qatar. Sarkosy referiu que “o mundo muçulmano não tem menos direitos do que outros países para usar energia nuclear civil (…) em total conformidade com as obrigações que derivam da lei internacional.” A edição de fim de semana do jornal francês Le Figaro afirmou porém que a assinatura de um contrato formal, envolvendo um a dois reactores, ainda poderá estar demorar algum tempo. A França – recorde-se – já assinou acordos para energia nuclear de uso civil com Líbia e Argélia, mas está contra o projecto nuclear do Irão alegando que servirá a estratégia militar regional do governo de Teerão. (pvc/Reuters)
Economia chinesa vai crescer “apenas” 10%, diz Goldman Sachs
segunda-feira, janeiro 14th, 2008O banco estadunidense Goldman Sachs reviu hoje em baixa a sua previsão de crescimento económico para a China, em 2008. No final de 2007 o banco de investimento de Wall Street estimou aquele valor em 10,3% reduzindo-o agora para 10%. O previsível impacto da recessão que o banco americano prevê venha a afectar o maior cliente de produtos chineses – os Estados Unidos – foi a razão apresentada numa nota ao mercado. “Dada a significativa contribuição para o crescimento decorrente das exportações líquidas, uma importante desaceleração na procura global –em resultado da recessão nos EUA– terá um visível impacto sobre o crescimento da China e a rendibilidade das empresas”, disse Hong Liang, economista do Goldman Sachs, especializado no mercado da China. O analista estima também uma quebra de 0,2% no peso das exportações líquidas para o Produto Interno Bruto (PIB) chinês neste ano. A previsão anterior de 1,8 % passou agora para os 1,6 %.
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Ouro salta para os USD 913,- e faz história
segunda-feira, janeiro 14th, 2008O ouro saltava mais de 2 por cento nesta segunda-feira, estabelecendo um novo recorde histórico, consequência de uma robusta tendência de compras face à continuada quebra, refere a Reuters citando operadores do mercado. As 10h03 (horário de Lisboa), o metal amarelo foi negociado no pico histórico de 913,00/913,70 a onça. Na sexta-feira o mercado fechou nos USD 895,70/896,50 a onça. A meta dos USD 1000,-/onça está mais próxima do que muitos observadores previram (segundo semestre de 2008).
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Subprime/EUA: Cleaveland processa 21 bancos por práticas predatórias
sábado, janeiro 12th, 2008A cidade de Cleveland (Ohio) processou 21 dos maiores bancos e instituições financeiras do país acusando-os de terem criado deliberadamente uma crise financeira na autarquia ao injectarem no mercado imobiliário local hipotecas de alto risco – subprime – cujos mutuários reconhecidamente não tinham meios financeiros para pagarem as prestações. O jurista municipal, Robert Triozzi, informou o New York Times que a cidade irá exigir o pagamento de centenas de milhões de dólares pelos prejuízos causados. Entre as instituições constituídas arguidas encontram-se as mais proeminentes dinastias fionanceiras de Wall Street – Citigroup, Bank of America, Wells Fargo, Merrill Lynch e Countrywide Financial, entre outras. O presidente da Câmara Municipal, Frank G. Jackson, afirmou que as financeiras “deverão ser responsabilizadas pelo que fizeram”, durante uma entrevista publicada na edição de hoje do NYT. “Vamos persegui-los para recuperarmos os recursos necessários para a reconstrução da cidade”, prometeu o Mayor.
Cleaveland foi particularmente atingida pela crise hipotecária com cerca de 14 mil penhoras de habitações entre 2006-2007. Bairros inteiros foram despejados, disse o autarca. O orçamento municipal foi fortemente sobrecarregado através da alocação de recursos extra para entaipar as casas abandonadas e do acréscimo de custos no combate ao crime violento e a fogos postos. Os bancos envolvidos recusaram-se a comentar o assunto. As práticas predatórias em Cleaveland, segundo o presidente da autarquia, provocaram uma verdadeira hemorragia na população da cidade. De cerca de um milhão de residentes, em 1950, passou a ter menos de metade (444 000) em 2007, de acordo com o último censo. (pvc)
Gestores bancários americanos e Nova Iorque estão menos ricos
sábado, janeiro 12th, 2008A crise dos créditos hipotecários de alto risco, ou «subprime», que despoletou a crise no sector bancário norte-americano, eliminou os gordos prémios anuais dos banqueiros e corretores de Wall Street. Nos bancos mais afectados os administradores não receberão um cêntimo. Mais…
Moody’s ameaça aumentar a notação de risco do Bank of America
sábado, janeiro 12th, 2008A agência estadunidense de classificação de risco Moody’s admitiu ontem a possibilidade de baixar o rating do Bank of America após a compra da Countrywide Financial Corporation, o maior banco hipotecário dos EUA. Actualmente, o grau de risco do Bank of America é praticamente nulo, com a notação “Aa1”, a apenas um ponto da nota máxima.
A Moody’s considera que a operação “dá ao comprador uma posição dominante no crédito hipotecário, mas impõe-lhe desafios, entre os quais a integração, a avaliação de activos hipotecários de alto risco” geradores de “volatilidade”. Os “potenciais contenciosos jurídicos” com boa parte dos cerca de nove milhões de clientes da Countrywide, foi outro constrangimento referido num comunicado da avaliadora de riscos.
As suas outras grandes concorrentes, Standard & Poor’s e Fitch, mantiveram inalteradas a notação do Bank of America. Contudo, a S&P revelou preocupação com o baixo nível dos fundos próprios do banco, após a aquisição, e a necessidade urgente da sua recapitalização. (pvc/agências)
Musharraf rejeita investigação da ONU sobre assassínio de Bhutto
sábado, janeiro 12th, 2008O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, recusou firmemente uma investigação das Nações Unidas sobre o assassínio da líder de oposição, Benazir Bhutto, em entrevista ao jornal francês Le Figaro. Defendendo que o seu país “não é o Líbano”, onde a ONU investigou o assassinato do ex-primeiro-ministro, Rafiq Hariri (2005), o chefe de Estado frisou que o Paquistão tem instituições próprias e conta com a cooperação da polícia criminal inglesa Scotland Yard. Disse ainda ser sua convicção de que os resultados do inquérito policial possam ser conhecidos publicamente antes das eleições gerais, marcadas para 18 de Fevereiro. Recorde-se que Bilawal Bhutto Zardari, filho e sucessor de Benazir Bhutto à frente do PPP – Partido Popular do Paquistão – pediu repetidamente uma investigação da ONU, alegando que sua família e o Partido do Povo Paquistanês desconfiam que a investigação do governo sobre a morte de sua mãe seja uma farsa sem transparência nem controlo independente. (pvc)
Independendência do Kosovo reconhecida pela UE em Março, diz DN
sábado, janeiro 12th, 2008A União Europeia (UE) tem tudo a postos para proceder de forma concertada ao reconhecimento de uma Declaração Coordenada de Independência do Kosovo que, segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, é esperada por Bruxelas entre o final de Fevereiro e o início de Março. “A presidência eslovena – acrescenta o jornal – só deverá reconhecer a soberania da província sérvia num quadro de coordenação internacional que envolva pelo menos os Estados Unidos.”
Citando fontes não identificadas da Comissão Europeia, em Bruxelas, o diário lisboeta refere que “o calendário do executivo comunitário já está delineado” precisando que “em Fevereiro a Missão Civil e Policial da UE para o Kosovo deverá estar pronta a avançar para o terreno” sendo em Março “reconhecida a soberania de Pristina.” O calendário e as medidas, de acordo com o relato do DN será definido na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, a realizar na Eslovénia nos dias 28 e 29 de Março.
Até lá um conjunto de outras iniciativas diplomáticas deverão ser concretizadas para dar consistência às iniciativas diplomáticas de Bruxelas: 1) Assinatura do Acordo de Associação e Estabilização (AAE) com a Sérvia ainda em Janeiro, antes das presidenciais sérvias, a 3 de Fevereiro; 2) A assinatura poderá evitar que o candidato ultranacionalista, Tomislav Nikolic, caso derrote o Presidente Boris Tadic, possa bloquear a adesão sérvia à UE integrando-se antes num bloco regional controlado pela Rússia. 3) O resultado das eleições, de acordo com a agenda de Bruxelas, poderá influenciar a reacção do país à independência do Kosovo e aceitação de uma missão da UE com a missão de assumir o comando internacional na província sob a égide das Nações Unidas. (pvc)