Archive for setembro, 2007

Universal quer destronar Globo

sábado, setembro 29th, 2007

A Igreja Universal quer destronar a Globo, com o seu projecto Record News. O sinal foi dado pelo bispo Edir Macedo, numa cerimónia presidida pelo presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva.
Na presença do presidente, do governador de São Paulo, José Serra (PSDB) e outras autoridades, o bispo Edir Macedo, dono da Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, atacou a Globo durante seu discurso na cerimônia que marcou o início das transmissões do canal de notícias Record News.
“Nós fomos injustiçados por muitos anos por um grupo de comunicação que tinha e e mantém o monopólio da notícia no Brasil. Daí nosso desejo de dar um fim a esse monopólio”, afirmou Macedo, em uma referência indireta à emissora carioca, justificando o motivo da criação do “primeiro canal exclusivo de notícias 24 horas da TV aberta”.

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Governo de São Paulo aposta no fim das queimadas da cana

sábado, setembro 29th, 2007

O governo de São Paulo espera a adesão, ainda neste ano, de 100 a 120 usinas produtoras de açúcar e álcool ao protocolo agroambiental do setor, cujo principal compromisso é o fim da queima da palha de cana-de-açúcar até 2017. A meta de adesões deve ser anunciada pelo governador José Serra até meados de outubro. Se confirmada a expectativa, entre 60% e 70% das 170 usinas e destilarias paulistas terão aderido ao programa no ano. Em todo o Estado, das 280 milhões de toneladas de cana processadas, cerca de 40% são colhidas com máquinas e 60% são queimadas, prática necessária para a colheita manual.
Serra só depende de um espaço em sua agenda para fazer um balanço de quantas unidades já aderiram ao programa e ainda para assinar, com os produtores independentes de cana-de-açúcar, um outro protocolo que prevê o fim das queimadas até 2021 em lavouras desses agricultores. O ano de 2021 é justamente o previsto pela atual legislação paulista para o início da redução da área queimada, cujo prazo se estende até 2031, mas que será antecipado pelo protocolo.

Fonte: Portugal Digital

Governo do Tocantins promove negócios em Portugal

sábado, setembro 29th, 2007

O governador do Tocantins, Marcelo Miranda, reuniu-se em Cascais com empresários portugueses, que vai convidou a investir no estado.
Nesta sua visita a Portugal, Marcelo Miranda tem proposto ao empresariado luso investimentos em turismo e na agro-indústria. Os biocombustíveis são um dos segmentos apontados pelo governador e carro-chefe do encontro de hoje.

Fonte: Portugal Digital

Banco estatal chinês assina acordos com Angola

sábado, setembro 29th, 2007

O presidente do banco estatal chinês Eximbank, Yang Zilin, está desde quarta-feira em Luanda para reuniões de trabalho com as autoridades angolanas. De acordo com o ministro das Finanças, José Pedro de Morais, a visita realiza-se na seqüência do acordo geral de financiamento assinado em março deste ano, em Pequim, entre o seu ministério e a presidência do EXIMBANK. “Assinamos um primeiro acordo de cooperação de US$ 2 bilhões de dólares, cuja primeira fase está quase completa. Os projetos para a segunda fase, que correspondem a mais US$ 1 bilhão de dólares, entraram já em execução”, disse o ministro.

Fonte: Embaixada de Angola no Brasil

Portugal afectado pelo contágio da crise financeira global

quinta-feira, setembro 27th, 2007

Crise imobiliária começa a causar primeiras vitimas em PortugalUm fundo de investimento português comunicou ao regulador ter tido necessidade de recorrer a um empréstimo bancário devido ao elevado volume de resgates das participações dos clientes, revelou ontem o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares. A informação foi fornecida durante uma conferência de imprensa, um dia depois de o BPI ter informado que irá liquidar no dia 2 de Outubro o “Fundo BPI Renda Trimestral”.

2.ª vítima protegida pelo anonimato

O fundo de investimento, que Tavares se recusou a identificar, informou a comissão ter sido forçado a recorrer a um empréstimo bancário devido ao elevado volume de resgates das participações dos clientes. O levantamento de dinheiro pelos clientes, que o presidente da CMVM também não quis quantificar, foi provocado pelo stress nos mercados de capitais, iniciado em finais de Julho após o rebentamento da bolha imobiliária e subsequente crise do sistema de crédito norte-americano. Carlos Tavares esclareceu que o recurso a empréstimos “é possível para prevenir situações de falta de liquidez” e que, no caso em concreto, o recurso ao crédito “foi usado dentro das margens normais”.
O presidente da CMVM reconheceu que “não podemos presumir que Portugal não é afectado e que não haja contágio.” (…) “Hoje já não podemos falar apenas no ‘subprime’ [crédito hipotecário de alto risco] nem dizer que pelo facto dos portugueses não terem investimento directo nestes produtos securitizados não são afectados.” (…). “Não podemos subestimar e dizer que este é um problema passageiro nem dar-lhe uma dimensão que ele pode não ter.” (…)

Obrigações são elo mais fraco

“Esta crise vai exigir muita transparência de todos os agentes”, sublinhou Carlos Tavares. “A exposição directa dos fundos portugueses ao subprime foi considerada marginal. Mas no que diz respeito ao mercado de títulos de risco fixo, como é o caso das obrigações [activos a que os fundos são muitas vezes expostos], temos um problema semelhante ao dos outros países”, afirmou. “Vai ser preciso análise e muito transparência por parte de todos os agentes do mercado para saber se há ou não problemas mais profundos e qual a sua dimensão”, disse o regulador.

A CMVM tem vindo desde há algum tempo a reunir com as sociedades gestoras para aferir a situação dos activos que compõem os fundos, verificando os riscos existentes e potenciais. Carlos Tavares deixou também um conselho aos investidores: “olhem para a carteira dos fundos e para as rendibilidades e tenham um diálogo com as sociedades gestoras, exigindo a identificação dos riscos, para tomarem decisões fundamentadas”. Esta foi a primeira vez que uma autoridade financeira reconhece a existência de potenciais problemas para as instituições financeiras portuguesas devido à sua exposição, directa ou indirecta, aos múltiplos “derivativos de risco” transaccionados fora de bolsa na Europa e nos Estados Unidos, nos últimos anos.

Crise financeira chega a Portugal: Fundo do BPI é a primeira vítima

quarta-feira, setembro 26th, 2007

O efeito dominóO BPI decidiu proceder à liquidação de um fundo de investimento mobiliário, com activos no montante de 88 milhões de euros, revela o Diário Económico na edição de hoje. Segundo um comunicado divulgado na terça-feira, o banco informou que “a decisão de extinção do Fundo [BPI Renda Trimestral] tem subjacente o interesse dos participantes” e a “simplificação da oferta de fundos de investimento”. A carteira do fundo é composta maioritariamente por obrigações de “baixo risco” com “elevada liquidez” e por “alguns créditos hipotecários”. A incerteza quanto à distribuição trimestral do rendimento dos capitais investidos foi a razão apontada para a liquidação. O reembolso da totalidade do capital aos participantes foi assegurada por uma fonte do BPI citada pelo jornal. O encerramento do fundo será concluído no dia 2 de Outubro. A mensagem pretensamente tranquilizadora arrisca-se a aumentar os receios e a desconfiança dos investidores.

Contágios do alto risco

O Diário Económico refere que “o sector financeiro português não está imune aos riscos de contágio” da crise global de crédito e classifica a decisão do banco presidido por Fernando Ulrich como a manifestação de “uma crise financeira, mas também de confiança”. O DE avança publicamente com o que a MRA tem prognosticado nos relatórios de acesso restrito “Sistema Financeiro Global Observatório da Crise“, desde Agosto, apesar da sistemática desvalorização do problema por parte das autoridades monetárias e dos «market players». A situação, porém, é grave. A sentença BPI significa o princípio do fim de outros veículos de investimento existentes no mercado português. Após o colapso do segmento hipotecário de alto risco (subprime), nos Estados Unidos, cujos sinais já eram evidentes no último trimestre de 2006, os instrumentos de dívida negociados entre investidores, bancos, fundos, corretores e outros agentes tornaram-se ilíquidos. O mercado evaporou-se. O apetite pelo risco tornou-se drásticamente volátil.

O nacional-porreirismo

Esta quarta-feira, Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) informará os investidores e o público em geral sobre os efeitos da crise no sistema financeiro português, durante uma conferência de imprensa. O jornal sublinha que “o regulador [CMVM] considera existirem, neste momento, alguns motivos para preocupação” uma vez que “não é possível garantir que não se verifiquem casos preocupantes”.Manuel Vasconcelos Guimarães, presidente da APFIPP, associação dos fundos de investimento, pensões e patrimónios, há apenas uma semana, garantira ao jornal não existirem motivos para alarme quanto a um eventual contágio pela crise ‘subprime’. “Estamos tranquilos com a indústria de fundos” afirmou então o presidente da APFIPP garantindo desconhecer “problemas no sistema”. A opinião foi emitida em contraciclo com a debandada geral dos investidores. Em Agosto, os resgates das unidades de participação atingiram níveis recorde. Tal não impediu o dirigente associativo de manifestar o seu optimismo. “Os dados de Agosto reflectem o período de incerteza que afectou os mercados financeiros. É nestas alturas que determinados investidores vêem boas oportunidades que acabarão por constituir-se como motores de novas subscrições”, sublinhou Vasconcelos Guimarães. À data, a CMVM já havia informado o mercado sobre a crescente tendência para o desinvestimento naqueles veículos de poupança e valorização de patrimónios. Era a confirmação, pelo regulador da actividade bolsista, de que os mecanismos imunitários do sistema europeu ao descalabro dos mercados da dívida não existiam. Por isso, não funcionaram.

EUA: Vendas de casas e confiança dos consumidores voltam a cair

terça-feira, setembro 25th, 2007

Adensa-se o clima recessivo. Menos crescimento. Mais desemprego. Mais Inflação.O mercado imobiliário americano continua a ser a espada de Dâmocles sobre a economia global. O número de habitações vendidas caiu de novo, prolongando um persistente clima de recessão iniciado há 13 meses. Os dados foram divulgados hoje em Nova Iorque pela Associação Nacional de Agentes Imobiliários. As vendas registaram uma queda de 4,3% desde Julho. No mercado existem actualmente 5,5 milhões de casas à espera de compradores. Este número adensa as perspectivas de uma recessão económica no mercado consumidor mais importante do mundo. O temor de uma depressão económica e a perspectiva de mais inflação e desemprego derrubou igualmente o índice de confiança dos americanos no final do presente trimestre. Os resultados de um inquérito hoje divulgados ultrapassaram as piores previsões dos analistas, atingindo o valor mais baixo desde 2005. Segundo o instituto de pesquisa Conference Board, de Nova Iorque, o Índice de Confiança dos Consumidores, entre Agosto e Setembro, caiu 6 pontos (de 105.6 para 99.8). Este número situa-se 4.7 pontos abaixo das previsões (104,5). Trata-se do pior resultado desde Novembro de 2005 (98,3) , aquando do súbito aumento do gás e do petróleo que se seguiu à devastação das zonas costeiras do Golfo, pelos furacões Katrina e Rita. Estes dois indicadores, muito aguardados pelos analistas, transmitem más notícias aos mercados. A inevitabilidade de uma crise longa e duradoura começa a impôr-se nas principais praças financeiras do planeta.

Gorbachev “vende-se” à “elitista e capitalista” Louis Vuitton

terça-feira, setembro 25th, 2007

Gorbachev + Louis Vuitton = Publicidade ou Necessidade?Mikhail Gorbachev, último presidente da União Soviética e «pai» da «perestroika» , foi contratado para publicitar as malas Louis Vuitton, juntando-se a celebridades como Andre Agassi, Steffi Graf e Catherine Deneuve. Annie Leibovitz encarregou-se de o fotografar. O «cachet» não foi revelado. A campanha iniciou-se este mês, na revista Vogue.

O jornal russo Kommersant ironizou cruelmente ao escrever que o ex-líder soviético “tem uma cara como se transportasse polónio 210, na mala” ( substância radioactiva que alegadamente serviu para matar o ex-expião russo, Alexander Litvinenko, no final do ano passado, em Londres).

O conceito da campanha explora a ideia de “ uma viagem” que se realiza no período de “ grandes mudanças na vida de uma pessoa”. Na peça publicitária, Gorbachev surge sentado no banco traseiro de um táxi, com a mala Vuitton junto a si, olhando pensativamente para a janela, enquanto passa por uma rua cinzenta e taciturna.

O político russo, actualmente reformado, não é um completo novato nestas andanças da propaganda. Comercial obviamente. Em política, o antigo patrão do Kremlin foi mestre. De facto, nos anos 90, ele participou noutra campanha publicitária. A marca era a Pizza Hut, franquia de fast food, propriedade da “água suja do imperialismo” que dá pelo nome de Pepsi Cola. Segundo o New York Times, o realpolitiker russo, apeado do poder pelo sanguíneo Boris Yeltsin, terá cobrado na altura a ridícula quantia de 150 000 (mil) dólares. Se nos lembrarmos que Michael Jackson ganhava qualquer coisa como 5 000 000 (milhões) de dólares por cada filme de 30 segundos, temos que concluir que Gorbachev é um modelo publiciário muito em conta…

Fontes: New York Times, Pravda

Fed só forneceu 25% da liquidez procurada pelo mercado interbancário

terça-feira, setembro 25th, 2007

NYSE - Fecho 24 Set 2007

A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos voltou a injectar na segunda-feira mais 10 mil milhões de dólares no sistema monetário, via Fed Nova York, o banco emissor encarregado das operações de liquidez. Na semana passada foram colocados no mercado 68 250 milhões de dólares. Na operação de ontem (segunda-feira) verificou-se um facto importante. Contata-se que, apesar da maciça intervenção, os bancos queriam muito mais.

De facto, o Fed aceitou a compra de dívida (prazo 1 dia) no valor de uma dezena de milhar de milhões. Porém, face às ofertas apresentadas, o mercado sinalizou «precisar» de 41 225 milhões, ou seja mais 75% do que o montante injectado. A dívida adquirida estava quase totalmente suportada por títulos do tesouro (9 334 milhões).

Pela primeira vez, e ao contrário de situações anteriores, as garantias oferecidas não foram respaldadas por créditos hipotecários. Digno de nota, também, o facto de a Reserva Federal usar a compra de créditos hipotecários para tornar mais líquido um mercado actualmente a atravessa uma grave crise. O sector bancário luta deseperadamente pelo acesso a fundos suficientes para cobrir a gigantesca quantidade de hipotecas de alto risco (subprime) já vencidas ou prestes a vencerem-se, por se encontrarem no limite da maturidade.

Sem dinheiro fresco suficiente no circuito interbancário, os receios dos investidores manifestam-se nas cotações bolsistas. No quadro acima, logo após a intervenção do Fed (12H00, Nova Iorque), as cotações recuperaram um pouco. Porém, logo que foram sendo conhecidos novos dados sobre a economia americana, que foi divulgada a posiçãodo FMI sobre o assunto, o stresse aumentou. A opinião do director-geral do FMI, Rodrigo Rato (ver post anterior), sobre as (negras) perspectivas para o último trimestre de 2007, e o seu provavel agravamento em 2008, a reacção dos investidores foi a de liquidar/reduzir posições ajudaram a toldar o clima depressivo. Todos os índices, com excepção do relativo aos títulos tecnológicos (High Tech Index), fecharam no vermelho. (Fonte: Yahoo Finance)

EUA/Grã-Bretanha: Distribuidor de produtos de construção afectado pela crise hipotecária

terça-feira, setembro 25th, 2007

Cotações da Wolseley, na Bolsa de Londres (24/09/2007)A empresa britânica Wolseley, líder mundial na distribuição de produtos para a construção civil, anunciou na segunda-feira a primeira quebra de lucros registada na última década. Os resultados são fruto da crise financeira que afecta os mercados de crédito imobiliário nos Estados Unidos e na Europa. Num comunicado, a empresa advertiu que o contágio vai afectar negativamente empresas de sectores similares, como as reparações e manutenção de bens imobiliários.

As acções da Wolseley caíram 5%, para o valor mais baixo desde 2005. O maior distribuidor mundial de produtos de canalização e aquecimento anunciou uma redução de 7,3% nos lucros em 2007 (€1 080 mil milhões). A crise hipotecária nos EUA afectou significativamente a faturação. Nos EUA, que representam 50% do volume de negócios da Wolseley a nível mundial, os resultados económicos foram preocupantes. Os lucros caíram 19%, fechando em € 696,5 milhões, após a sua subsidiária Stock ter registado perdas de proveitos da ordem dos 75%.

Director do FMI prevê 2008 como um ano de crise aguda nos EUA afectando a economia mundial

terça-feira, setembro 25th, 2007

Rodrigo Rato - Director-geral do Fundo Monetário InternacionalA agência Reuters informa que “investidores vacilantes, afectados pela contracção mundial do crédito, receberam um novo golpe na segunda-feira após o FMI ter prognosticado que os impactos económicos da crise serão mais graves em 2008, ao mesmo tempo que outras fontes revelavam que o Deutsche Bank sofrerá prejuízos de 1700 milhões de euros provocados por empréstimos de má qualidade.” “Os mercados de crédito estão em fase de correcção, mas lentamente. Não nos encontramos numa fase de estabilidade”, afirmou o director-geral do Fundo Monetário Internacional, Rodrigo Rato, num seminário, em Madrid. “A economia real vai sentir os efeitos, sobretudo durante 2008, com uma intensidade maior nos Estados Unidos e menor noutras regiões”, acrescentou.

 

Novo report sobre a crise dos mercados financeiros

segunda-feira, setembro 24th, 2007

Crise Financeira Global – Observatório – Report 2

«A Europa é, neste grupo, o elo menos forte. Suspeita-se que o grau de exposição do sistema bancário da zona euro às turbulências financeiras sejam bem maiores do que se tem dito e escrito. Na Alemanha, Grã-Bretanha, Holanda, Espanha e França as réplicas do sismo americano causaram umas dezenas de vítimas. » – escreve Pedro Varanda de Castro, do Departamento de Data Mining da MRA no seu report de hoje.

«Três bancos alemães mudaram de mãos em operações relâmpago que acalmaram os ânimos de depositantes crescentemente desconfiados. Em Inglaterra o Northern Rock está cada vez mais encostado às tábuas, à espera da estocada final. Lloyds, Barclays, HSBC e Fortis anunciaram nos últimos dias que a compra da moribunda instituição está fora dos seus planos. O Financial Times, na edição desta manhã, revela que a recusa tem a ver com o facto de a recuperação financeira exigir injecções de capital que rondam os 20 mil milhões (bilhões) de libras, quase 30 mil milhões (bilhões) de euros.»

“América Latina não precisa de um líder” disse Lula em entrevista ao New York Times

domingo, setembro 23rd, 2007

Lula e Chavez em acalorada cavaqueiraO presidente Lula da Silva afirmou, numa entrevista exclusiva ao jornal americano The New York Times que a América Latina “não está tentando procurar um líder” nem “precisa de um líder”. Segundo o jornal, Lula rejeitou assumir-se como contraponto ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. “O que nós precisamos fazer é construir uma harmonia política, porque a América do Sul e a América Latina precisam aprender a lição do século XX”, disse o presidente. “Nós tivemos a oportunidade de crescer, nós tivemos a oportunidade de nos desenvolver, e nós perdemos essa oportunidade. Por isso nós ainda somos países pobres”, sublinhou.

Lula já havia negado a existência de uma disputa entre Brasília e Caracas pela liderança na região e divergências com o presidente venezuelano. Na entrevista ao jornal, Lula voltou a apoiar o projecto defendido por Chávez visando a criação do “Banco do Sul”, para promover o desenvolvimento regional. Porém, relativamente ao gasoduto que Chavez quer construir entre a Venezuela e a Argentina, com passagem pelo Brasil e Bolívia, Lula foi céptico interrogandando-se se haverá “gás suficiente” para o viabilizar.

O entrevistador opinou que Lula demonstra uma “ apreciável resiliência política” graças à robustez da economia e à sua popularidade pessoal. O presidente repetiu que não deseja continuar no Planalto, antes pretende reformar-se em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde despontou para a política nacional. “Eu não vou participar de um programa de estudos para graduados na Universidade de Harvard”, ironizou Lula, aludindo a uma das ocupações do seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

Escritório aliado em Londres

domingo, setembro 23rd, 2007

A Nabas Legal Consultancy, sociedade de advogados dirigida por Vitoria Nabas, é o nosso mais novo aliado, em Londres.
A firma integra uma equipe de profissionais bilíngues, todos graduados.
Sediada em Londres e com registro na Law Society of England and Wales, Ordem dos Advogados de Portugal e do Brasil, a firma tem correspondentes nos principais países da Europa e América Latina sendo o alto padrão do trabalho e atendimento a seus clientes reconhecido internacionalmente.
Entre as firmas de média dimensão, vocacionadas especialmente para o apoio aos cidadãos e às pequenas e médias empresas, é o mais prestigiado escritório brasileiro na capital britânica.

Hiperinflação, recessão, turbulência cambial e valorização das «commodities»

sábado, setembro 22nd, 2007

Os dados vão ser lançadosDepois de ter forçado a marca simbólica de 1,40 dólares, o euro continuou a valorizar-se ontem cotando-se a 1,412 dólares. Ferida pelo espectro da recessão e indefesa perante o inevitável efeito “boomerang” da política monetária da Reserva Federal (Fed) a «green back» vai passar por um período de reajustamento do seu valor, mais consentâneo com a economia real dos Estados Unidos. A moeda europeia fechou o dia nos 1,4076 dólares, contra 1,4065 dólares na véspera (21H00 GMT).

O dólar canadiano bateu o recorde de há 31 anos (11/1976). Outras moedas de economias ricas em «commodities» valorizaram-se – os dólares australiano e neozelandês, o real saudita, a coroa norueguesa, bem como outras divisas refúgio. Entre elas destacamos o iene japonês e o franco suiço, apesar de os respectivos bancos centrais menterem as taxas de juro francamente mais baixas do que as americanas ou britânicas. Conforme previmos no passado dia 20, no nosso primeiro relatório, o dólar confirmou o início do que promete ser uma longa fase de desvalorização face a uma alargada cesta de divisas mundiais. É nossa convição de que, com o agravar da crise financeira global e a esbanjadora política do Banco Central Europeu de apoio à liquidez do mercado interbancário, a prazo, o euro acompanhará o dólar na caminhada descendente. Neste particular o sobre-e-desce da moeda funciona opostamente ao princípio dos vasos comunicantes. Se uma desce outras sobem. Na madrugada da próxima segunda-feira (24/09) estará disponível nos sites da MRA Alliance e MRA Newsletter o relatório n.º 2 do Observatório da Crise Financeira Global, elaborado pelo Departamento de Data Mining.

Dólar promete período de queda prolongada mas BCB pode refrear subida do real

sábado, setembro 22nd, 2007

Dólar afunda-se e real valoriza-seO dólar retomou a trajetória de queda nos mercados mundiais durante o dia de ontem. No Brasil a moeda norte-americana recuou 0,74% e encerrou cotada a R$ 1,868. Na semana, o dólar acumulou uma desvalorização de 1,74%. O mercado aguarda para os próximos dias uma definição do Banco Central do Brasil (BCB) em relação aos leilões de swap cambial reverso, mecanismo para a compra futura de dólares pela autoridade monetária brasileira para evitar a apreciação excessiva do real face à divisa americana. No dia 1º de Outubro vencem-se cerca de 2 mil milhões (bilhões) de dólares em contratos swap reversos firmados pelo Brasil. O montante global destes contratos futuros no mercado ultrapassa os 22 mil milhões (bilhões) de dólares.

Fonte: BCB

China: Gigantesco mercado aeronáutico vai precisar de 3 400 novos aviões

sábado, setembro 22nd, 2007

Corrida Boieng-Airbus para liderar mercado chinêsA China vai ser o segundo maior mercado aeronáutico do mundo, dentro de 20 anos. O forte crescimento deste sector na China redobra as atenções sobre o décimo segundo salão aeronáutico, que encerra hoje em Pequim. John Burns, vice-presidente da Boeing para as operações na China, diz que “nos próximos 20 anos, a taxa de crescimento vai ser de quase 9% ao ano, em termos de passageiros.” A China vai precisar de 3 400 novos aviões nos próximos 20 anos. A rival Airbus pretende conquistar quota de mercado, projectando vender 100 a 150 aviões, de diversas categorias, durante os próximos cinco anos. Uma das armas da construtora europeia é a produção local do modelo A320. Visto por enquanto como um concorrente marginal, o fabricante chinês AVIC pode, dentro de alguns anos, assumir-se como um actor importante.

Fonte: Jornal de Angola

Países africanos de língua oficial portuguesa aproveitaram apoio da União Europeia

sábado, setembro 22nd, 2007

Cooperação e ajuda UE-ACPA União Europeia foi em 2006 o maior doador na área do desenvolvimento, com 48 mil milhões de euros, tendo os cinco países africanos de língua portuguesa aproveitado bem os fundos atribuídos, de acordo com dados da Comissão Europeia. As taxas de execução do FED – Fundo Europeu de Desenvolvimento – são de 100 por cento em Cabo Verde, 95 por cento em Angola, 85 por cento em Moçambique e 78 por cento na Guiné-Bissau sendo a de São Tomé e Príncipe mais baixa.

A ajuda da União Europeia representa quase 100 euros por cidadão europeu por ano, superior aos 53 euros dos Estados Unidos da América e aos 69 euros do Japão. O próximo FED, que compreende o período entre 2008 e 2013, deverá registar um aumento de 35 por cento em relação ao anterior.

Bruxelas chumba condições da fusão espanhola entre as “energéticas” Enel-Acciona-Endesa

sábado, setembro 22nd, 2007

Fusão no sector energético espanhol negada pela Comissão EuropeiaAs condições impostas pelas autoridades espanholas à operação de fusão entre a Enel, Acciona e Endesa violam as regras dos Tratados comunitários sobre livre circulação de capitais, de estabelecimento e de circulação de bens, noticiou o Diário Digital. A Comissão Europeia (CE) deu um prazo de 30 dias para uma reacção da Espanha. Nas conclusões da avaliação preliminar às medidas impostas por Madrid à operação em curso entre as três companhias do sector energético, Bruxelas decidiu que as condições enunciadas «interferem com a competência exclusiva da Comissão para decidir sobre uma concentração de dimensão comunitária».

Bruxelas nega autoridade da França para suspender venda de sementes transgénicas

sábado, setembro 22nd, 2007

Campanha francesa contra OGM'sA Comissão Europeia sublinhou ontem que a legislação europeia não autoriza um Estado ou uma região a proibir a cultura de Organismos Geneticamente Modificados (OGM), conforme o desejo da França. “Uma interdição geral não é possível de acordo com a jurisdição europeia”, lembrou Barbara Helfferich, porta-voz do comissário europeu para o ambiente, citada pelo Público

Segundo o jornal “Le Monde” de quinta-feira, a proposta do governo francês passaria pela suspensão da comercialização de sementes de OGM até à adopção de uma nova lei. Em França, as culturas transgénicas são marginais. Em 2007, havia 22.000 hectares de milho geneticamente modificado, 0,75 % da produção global.

Grã-Bretanha está dificultar redacção final do novo tratado europeu

sábado, setembro 22nd, 2007

Gordon Brown rasteira Sócrates?

Exigências de “última hora” do Reino Unido têm bloqueado o trabalho dos juristas dos 27 que, em Bruxelas, estão a redigir o texto final do novo Tratado europeu noticiou a agência Lusa citando «fontes comunitárias». “Exigências de última hora” apresentadas pela Grã-Bretanha, na área da Justiça e Assuntos Internos, serão os inesperados obstáculos.

Do lado dos representantes da Polónia, país que se admitia viesse a colocar maiores obstáculos, não têm surgido quaisquer dificuldades relevantes, acrescentou a mesma fonte à Lusa. Por seu lado, um porta-voz da presidência portuguesa desvalorizou a questão assegurando que o trabalho técnico está “a correr bem” e justificou como “normal” um “esforço suplementar” para resolver as “últimas dificuldades”.

Número de penhoras imobiliárias nos EUA duplicou nos últimos 12 meses

sexta-feira, setembro 21st, 2007

Casas penhoradas nos EUAO número de americanos que viram as suas casas penhoradas, entre Agosto de 2007 e 2006, mais do que duplicou fixando-se em 108 716, revelou a empresa de estudos imobiliários RealtyTrac Inc., citada pela agência Bloomberg. O mercado atravessa actualmente a pior recessão desde 1991. A construção de habitações abrandou para uma taxa anual de 1,3 milhões de casas, o valor mais baixo dos últimos 12 anos. O investimento imobiliário contribuiu para a redução de 0,6% do PIB americano no segundo trimestre (taxa anualizada), segundo noticia distribuida pela agência de informação económico-financeira, Bloomberg.

Capitais americanos e árabes lutam pelo controlo das bolsas globais

sexta-feira, setembro 21st, 2007

London Stock ExchangeA bolsa tecnológica novaiorquina «Nasdaq» e a «Borse Dubai» fecharam um negócio de troca de posições accionistas para criar uma megabolsa global integrando plataformas intercontinentais de negociação de acções ligando os Estados Unidos, Europa, Médio Oriente a a Ásia, noticiou esta noite a agência Reuters. O processo de globalização das bolsas entra agora numa fase de aceleração prevendo-se que capitais do Dubai e/ou do Qatar, em consórcio com a Nasdaq, passem a controlar as praças bolsistas de Londres (London Stock Exchange) e de Estocolmo (OMX). A concentração das bolsas mundiais prenuncia o aparecimento de novos produtos financeiros e sofisticadas tecnologias de comércio electrónico. Porém, poderá ainda suscitar a oposição de uma parte dos congressistas americanos que não vêem com bons olhos a entrada de financeiros árabes na administração da Nasdaq.

Juros baixos não ressuscitam mercado americano do papel comercial

sexta-feira, setembro 21st, 2007

Papel Comercial norte-americanoO mercado estadunidense de papel comercial voltou a encolher pela sexta semana consecutiva mostrando que a redução das taxas de juro decidida pela Reserva Federal (Fed) não foi suficiente para fazer regressar os investidores ao mercado da dívida de curto prazo, noticiou esta madrugada a agência norte-americana Bloomberg. A Fed informou que aquele segmento caiu 16% desde o dia 8 de Agosto, perdendo em volume cerca de 345 mil milhões (bilhões) de dólares. Os instrumentos de dívida caucionados por activos hipotecários de alto risco/subprime (ABCP’s) foram praticamente abandonados pelos investidores após o número de incidentes de crédito ter atingido valores históricos nos últimos cinco anos. Os vendedores de ABCP’s usavam o numerário para comprar dívidas sobre hipotecas, obrigações, cartões de crédito, facturas vencidas e empréstimos automóveis caucionadas por activos de alto risco. Desde Agosto este mercado desapareceu.

Zâmbia boicotará a Cimeira UE-África se Mugabe for excluído

sexta-feira, setembro 21st, 2007

Levy Mwanawasa - Presidente da ZâmbiaA rádio estatal zambiana anunciou ontem à noite que o presidente Levy Mwanawasa boicotará a próxima cimeira UE-África, em Dezembro, caso o seu homólogo zimbabueano Robert Mugabe não seja convidado. O chefe de Estado zambiano, que preside actualmente à Comunidade de desenvolvimento da África austral (SADC), defende que os problemas do Zimbabué só podem ser resolvidos pelo diálogo, noticiou a RTP/Lusa.

Consórcio Petrobrás-BG Group-Petrogal-Galp descobre petróleo leve em Santos

sexta-feira, setembro 21st, 2007

Parceria Petrobras-Galp descobre petróleo em SantosA Petrobras confirmou novas descobertas de petróleo leve no campo de Tupi, na Bacia de Santos, revelou esta madrugada o JC Online, do Recife, citando um comunicado da empresa.O óleo encontrado no local possui 28 graus API e o campo é operado pela Petrobras (65%) em parceria com a BG Group (25%) e a Petrogal-Galp Energia (10%). A BG informou o mercado, em 2006, haver a possibilidade de existência de reservas no campo de Tupi (1,5 bilhão/10 bilhões de barris).

Brown pressiona Mugabe e boicota diálogo euro-africano promovido por Portugal

sexta-feira, setembro 21st, 2007

Gordon Brown - Primeiro Ministro da Grã-BretanhaO primeiro ministro britânico Gordon Brown vai pedir à União Europeia que alargue as sanções políticas, diplomáticas e económicas às familias dos líderes políticos do Zimbabué impendindo-os de viajar e estudar na Europa, noticia hoje o diário londrino The Independent. O líder britânico reafirmou ontem a sua recusa em participar na cimeira UE-África promovida pela presidência portuguesa da União Europeia atitude que ensombrará os esforços do governo Sócrates para reactivar o diálogo entre a Europa dos 27 e os países africanos. Portugal receia que outros líderes africanos se recusem a participar no conclave, a realizar em Dezembro, em Lisboa, se não for mantido o convite para a participação do presidente zimbabueano, Robert Mugabe, acusado por Londres de violar os direitos humanos no seu país.

PVC comenta a crise dia a dia

quinta-feira, setembro 20th, 2007

Pedro Varanda de castroPedro Varanda de Castro, consultor de comunicação da MRA e coordenador do Departamento de Data Mining da sociedade, recolhe minuto a minuto informação sobre a crise dos mercados e comenta-a, em termos acessiveis ao cidadão médio.
Os reports têm uma versão soft e uma versão hard, esta última profusamente documentada e contendo informação reservada, que é fornecida apenas on demand.
Os reports soft começaram a ser publicados hoje no site da MRA.

Prémio Nobel de Economia adverte que Fed está a estimular a crise do crédito

quinta-feira, setembro 20th, 2007

Harry Markowitz, Prémio Nobel da Economia, 1990

A decisão da Reserva Federal americana (Fed) de reduzir as taxas de juro nos Estados Unidos em 50 pontos base está a criar uma liquidez artificial nos mercados monetários, segundo o economista Harry Markowitz, Prémio Nobel de Economia de 1990, citado pela TV Jornal/Agência Estado.

Segundo Markowitz, a principal motivação do Fed para executar o corte de juros destina-se a incentivar os bancos a voltarem a emprestar dinheiro uns aos outros. “Na prática, o corte de juros vai inundar de liquidez o mercado”, comentou. O economista chamou a atenção para alguns dados da economia norte-americana, como a inflação, e apontou a elevação dos preços das commodities, entre elas o petróleo, que se encontra em patamares recordes.

Revisão e confirmação de sentenças estrangeiras em Portugal

quinta-feira, setembro 20th, 2007

Notas revistas sobre a documentação necessária para a revisão e confirmação de sentenças estrangeiras em Portugal podem ser consultadas no site da MRA.
Nos casos de sentenças de divórcio, estando de acordo ambas as partes, pode a revisão ser pedida por ambos os ex-cônjuges, o que permite um apreciável ganho de tempo.